- Biografia
- Nascimento e família de Quesada
- Treinamento e primeiros empregos
- Um poeta autodidata
- Amor e seu primeiro trabalho
- Morte de Alonso Quesada
- Estilo
- Em poesia
- Nas crônicas
- Nas narrações
- No Teatro
- Tocam
- Publicações póstumas:
- Breve descrição do trabalho mais significativo
- O linho dos sonhos
- Fragmento
- Referências
Alonso Quesada era o pseudónimo de Rafael Romero Quesada (1886-1925), poeta, escritor e narrador espanhol, que pertencia ao grupo de autores modernistas da Gran Canária, chefiado por Tomás Morales Castellano.
A obra de Quesada foi orientada para temas do quotidiano, mas ao mesmo tempo caracterizada por ser sarcástica e irónica, e marcada ao mesmo tempo pela sua aflição existencial. Além disso, ele refletia o contraste entre a realidade das coisas e o que carregava dentro de si.
Fonte da imagem: blogdeleonbarreto.blogspot.com
Alonso Quesada publicou seu primeiro livro em 1915, com o título El lino de los Sueños. Porém, a vida não foi suficiente para ele ver todas as suas obras publicadas. Sua morte deixou um vazio precoce na literatura das Canárias e, ao mesmo tempo, criou uma marca marcante no modernismo e no pós-modernismo do século XX.
Biografia
Nascimento e família de Quesada
Alonso Quesada nasceu em 5 de dezembro de 1886 em Las Palmas de Gran Canaria. De sua família sabe-se que seu pai era militar e que morreu quando o poeta tinha vinte anos, deixando ao jovem a cargo de sua mãe, suas três irmãs e suas duas tias.
Treinamento e primeiros empregos
Alonso estudou na escola San Agustín em Las Palmas, onde conheceu seu amigo, que também seria poeta, Tomás Morales Castellano. A ilusão de Quesada de continuar estudando foi ofuscada quando, em 1907, seu pai deixou de existir.
O jovem Quesada teve que abandonar os estudos para cuidar da família. Começou então a trabalhar como jornalista e, ao mesmo tempo, também trabalhou como assistente no Banco da Espanha. Alguns anos depois, trabalhou na Diretoria de Obras Portuárias.
Um poeta autodidata
Quesada não teve oportunidade de prosseguir os estudos universitários, mas soube desenvolver o seu talento para a escrita e a poesia. Desde cedo começou a ler obras importantes, razão pela qual possuía amplo conhecimento cultural e intelectual.
Tomás Morales Castellano, poeta amigo de Quesada. Fonte: Modernismo, via Wikimedia Commons
Alonso Quesada foi um especialista da literatura e da história da Espanha, dos grandes clássicos, e também expressou sua admiração pelos escritores importantes de sua época. Manteve amizade com intelectuais de renome como Agustín Millares Carlo, Luís Doreste Silva, entre outros.
Amor e seu primeiro trabalho
A atitude de Quesada perante a vida era quase sempre de frustração, muitas vezes ele se sentia desesperado. No entanto, ele viu um raio de luz entrar quando, em 1915, publicou sua primeira obra The Linen of Dreams. Sua felicidade foi ainda mais prolongada quando ele conheceu seu grande amor.
Durante esses anos Rita Suárez entrou na vida de Alonso, uma jovem que em 1920 se tornou sua esposa e companheira de vida. Ela foi sua musa para a criação da peça Llanura, e também com ela teve sua única filha, Amalia, em 1922.
Morte de Alonso Quesada
A vida de Quesada não foi inteiramente positiva ou melodiosa, o facto de ter que se dedicar a actividades que não eram do seu interesse, e adiar tantas outras que o eram, era frustrante.
Ter que lutar contra a tuberculose o devastou. A doença o deixou sem fôlego no início de 4 de novembro de 1925, na mesma cidade onde nasceu.
Estilo
A obra de Alonso Quesada teve um estilo literário intimamente ligado à sua vida e às circunstâncias em que viveu. Por isso, muitas vezes escreveu sobre o dia a dia, e que deu aos seus textos ironia e sarcasmo, com uma agilidade ímpar.
A linguagem usada pelo poeta em suas obras era simples, mas culta. Embora houvesse um certo humor negro em suas composições, também dava para perceber um grau de sensibilidade que ele costumava combinar com seus estados de espírito.
Banco da Espanha. Um dos locais onde Quesada trabalhou. Fonte: Luis García, via Wikimedia Commons
É importante destacar que Alonso Quesada foi um autor que cultivou vários gêneros literários. Em cada um deles deixou refletidos seu talento, graça, astúcia e determinação como especialista em letras. Poesia, crônicas, narrativas e teatro fizeram parte de sua vida como escritor.
Em poesia
A poesia de Quesada era precisa e direta, ele usava uma linguagem de fácil compreensão, principalmente coloquial. Enquadrado no modernismo, com características próprias de personalidade como a ironia, e tendo como temas principais do dia a dia, a natureza, os amigos, a tristeza entre outros.
Nas crônicas
O contato que o escritor espanhol teve com o jornalismo desde muito jovem o levou a se tornar um grande cronista. Seu estilo neste gênero era agressivo, sem deixar de ter elegância, ao mesmo tempo que se caracterizava por ser malicioso e ao mesmo tempo atencioso.
Nas narrações
No caso do gênero narrativo, Alonso Quesada demonstrou criatividade e astúcia. Sempre se manteve atento à sua costumeira ironia, à qual agregou flexibilidade na montagem e se dedicou a ser mais descritivo e detalhado.
No Teatro
Como autor de peças, Alonso a desenvolveu dentro do simbolismo. Neles desenvolveu personagens que enfrentaram conflitos por aspectos morais e físicos. Os textos foram ambientados nas qualidades realistas da cidade onde ele cresceu e viveu.
Tocam
- O linho dos sonhos (1915).
- Crônicas do dia e da noite (1919).
- A Umbria (1922).
Publicações póstumas:
- As estradas dispersas (1944).
- Lunar (1950).
- Sala para fumadores (1972).
- As preocupações do Hall (1975).
- Insular (1982).
- Memoranda (1982).
Breve descrição do trabalho mais significativo
O linho dos sonhos
Foi a primeira e mais reconhecida obra de Alonso Quesada, que escreveu em verso simples ou em branco, ou seja, munida de medidas, mas não de rima. Nessa coleção de poemas, ele desenvolveu temas relacionados aos acontecimentos do dia a dia.
Fragmento
“Cheguei a tremer para falar diante dele, porque bebi as palavras, não só com os ouvidos, mas com os olhos. Nunca entendi melhor a santidade da palavra e tudo o que nós, sacerdotes rotineiramente, profanamos.
… Eu, que li o Colóquio nas Sombras, com a emoção de tais lembranças, não sei o que dizer a vocês sobre esse poema; mas coloca diante de mim o taciturno misterioso e tempestuoso, sedento de conhecimentos substanciais, que me pediu o que não sei se posso dar ”.
Referências
- Arencibia, Y. (2015). Alonso Quesada. Espanha: Arquipélago das Letras. Recuperado de: academiacanarialengua.org.
- Alonso Quesada. (2019). Espanha: Wikipedia. Recuperado de: es.wikipedia.org.
- Alonso Quesada. (S. f.). Cuba: Ecu Red. Recuperado de: ecured.cu.
- Tamaro, E. (2004-2019). Alonso Quesada. (N / a): Biografias e vidas. Recuperado de: biografiasyvidas.com.
- Biografia de Rafael Romero Quesada-Alonso Quesada. (2014). Espanha: Canárias no mundo. Recuperado de: canariosenelmundo.com.