- Evolução
- Divergência
- Caracteristicas
- - Tamanho
- - Listras
- - Espécies
- Equus quagga
- Equus zebra
- Equus grevyi
- - Deslocamentos
- - Sentidos
- - Dentição
- Taxonomia e espécies
- Habitat e distribuição
- Zebra de Grevy
- Zebra comum
- Zebra da montanha
- Estado de conservação
- - Ameaças
- Caçando
- Degradação de habitat
- Mudança climática
- Consanguinidade e hibridização
- - Ações
- Reprodução
- Órgãos reprodutores
- Processo reprodutivo
- Alimentando
- Digestão
- Comportamento
- Vantagens das listras
- Estudos recentes
- Referências
A zebra (Equus) é um mamífero placentário que pertence à família Equidae. Seu principal diferencial é o padrão listrado em preto e branco que apresentam no corpo. Estes são apresentados como um desenho único que identifica cada espécie. A pele é negra e a coloração das bandas deve-se à melanina. Os cabelos que possuem esse pigmento assumem a cor preta, enquanto os que não possuem são brancos.
Existem três espécies: a zebra comum (Equus quagga), a zebra de Grevy (Equus grevyi) e a zebra da montanha (Equus zebra). Todos eles habitam o continente africano, de onde são originários, estando distribuídos em regiões específicas. Eles geralmente vivem em savanas, arbustos espinhosos, pastagens, colinas costeiras e montanhas.
Zebra. Fonte: pixabay.com
As populações de zebra foram impactadas negativamente por vários fatores antropogênicos, como caça e destruição de habitat. Por causa disso, a IUCN incluiu as três espécies em sua lista de animais em risco de extinção.
Esses ungulados são mais ativos durante o dia. À noite, grande parte do grupo descansa na grama, enquanto o macho dominante observa e protege o rebanho.
Evolução
Os primeiros equídeos existiram no Eoceno, há cerca de 54 milhões de anos. Eram mamíferos de pequeno porte, com três dedos em cada perna traseira e quatro nas anteriores. Em vez de garras, eles tinham capacetes, mas tinham almofadas.
No Mioceno e no Oligoceno, esse grupo de animais sofreu várias adaptações corporais, entre as quais ter três dedos em cada membro. Durante o Mioceno, os dedos laterais dos pés diminuíram progressivamente de tamanho, até o aparecimento do Equus, que tem apenas um dedo funcional.
Os especialistas sugerem que o gênero Equus é o produto da evolução do Dinohippus, sendo um dos primeiros ancestrais Equus simplicidens, conhecido como zebra americana.
Este equídeo viveu nas eras Plioceno e Pleistoceno. Seu comprimento corporal era de aproximadamente 110 a 145 centímetros e pesava de 110 a 385 quilos. Seu corpo era atarracado, com um pescoço grosso, como o de uma zebra, e um crânio estreito e curto, semelhante a um burro.
Divergência
Evidências mitocondriais apóiam a divisão sofrida pelo gênero Equus. Dois grupos emergiram disso, um de verdadeiros cavalos e outro grupo de burros e zebras.
Deste último grupo, a linhagem do burro pode ter sido a primeira a se separar, o que provavelmente ocorreu quando os Equus chegaram ao Velho Mundo. Quanto às zebras, as evidências parecem indicar que elas foram diferenciadas na África, onde são endêmicas.
Caracteristicas
- Tamanho
O tamanho e o peso da zebra variam por espécie. Assim, a zebra-comum (Equus quagga) pesa aproximadamente 350 quilos e mede de 2 a 2,6 metros de comprimento, com cauda de 0,5 metros.
A zebra de Grevy (Equus grevyi) é maior, pesando 350 a 450 quilos. Quanto ao corpo, mede de 2,5 a 2,75 metros, da cabeça à cauda. Sua altura, do ombro à caixa da perna, é de aproximadamente 1,5 metros.
Em relação à zebra da montanha (Equus zebra), tem comprimento de 2,1 a 2,6 metros, com cauda que mede entre 40 e 55 centímetros. O peso desta espécie é de cerca de 204 e 372 quilogramas.
- Listras
Anteriormente, a zebra era considerada um animal de corpo branco, com listras pretas. Essa afirmação foi baseada no fato de alguns terem a barriga totalmente branca.
Porém, evidências embriológicas mostram que a cor da pele é escura e que as listras e o branco do abdômen são conseqüência da pigmentação da pelagem.
Isso acontece pela ação de células epiteliais especializadas conhecidas como melanócitos, que são a melanina, um pigmento que escurece a pele (os pelos que estão crescendo). Assim, aqueles que contêm melanina assumem uma cor preta e aqueles que não a contêm são brancos.
Em geral, as listras são verticais no pescoço, cabeça, tronco e quartos dianteiros. Já nas extremidades e nas costas, as linhas são dispostas horizontalmente.
- Espécies
Equus quagga
Winfried Bruenken (Amrum)
A zebra comum ou lisa tem uma juba ereta, com linhas pretas e brancas. As listras pretas no corpo são largas e separadas por espaços em branco. Entre essas duas cores estão intercaladas linhas castanhas suaves fracas.
O rosto parece preto, devido às bandas, e o focinho é escuro. Em quase todos os membros desta espécie, as linhas se estendem até o meio do abdômen. Em algumas ocasiões, as listras podem estar ausentes nas extremidades, tórax e lados.
Equus zebra
Prabir K Bhattacharyya
Já na zebra da montanha, as listras são menos grossas que as da zebra comum e não atingem a parte média da região ventral. A crina é ereta e as listras são mais grossas. No abdômen e no peito apresenta uma linha preta.
Equus grevyi
Ltshears
A zebra de Grevy é caracterizada por um padrão de listras pretas e brancas finas, com abdômen branco. O desenho das linhas na crina é uma continuação das do rosto do animal. Em relação ao focinho, não é totalmente preto, como nas outras duas espécies.
Um aspecto distintivo desta espécie é a borda branca que envolve a boca e o nariz. Além disso, possui uma faixa dorsal espessa, com finas faixas brancas nas laterais. Ele tem uma mancha marrom-escura no rosto.
- Deslocamentos
A zebra tem quatro tipos de movimentos para se mover; trote, caminhe, galope e galope rápido. Geralmente é mais lento que o cavalo, mas possui uma grande resistência, o que o ajuda a escapar da ameaça.
Quando perseguido, pode ziguezaguear de um lado para o outro, dificultando o ataque de seu predador. Se encurralada, a zebra se levantará sobre duas pernas e chutará ou morderá o atacante.
- Sentidos
Este animal tem excelente visão. Como a grande maioria dos ungulados, os olhos estão localizados nas laterais da cabeça, proporcionando um amplo campo de visão. Além disso, ele tem um sentido de audição altamente desenvolvido. Quanto aos ouvidos, ele pode virá-los em quase todas as direções.
- Dentição
Os dentes da zebra têm adaptações para pastagem. Assim, os incisivos inferiores e superiores são fortes, permitindo cortar a grama com eficiência. Além disso, eles têm dentes grandes com uma coroa alta, o que torna mais fácil para eles esmagar e moer gramíneas ricas em silicato.
Taxonomia e espécies
Reino animal.
Sub-reino: Bilateria.
Filo: Chordata.
Subfilo: Vertebrado.
Superclasse: Tetrapoda.
Classe: Mammalia.
Subclasse: Theria.
Infraclass: Eutheria.
Ordem: Perissodactyla.
Família: Equidae.
Gênero: Equus.
Subgênero: Equus (Hippotigris).
Espécies
- Equus grevyi.
Habitat e distribuição
A zebra é nativa da África, mas cada espécie se desenvolve em sua própria área. No caso da zebra comum, ela vive nas pastagens e florestas do sul e leste da África. A zebra de Grevy habita o norte do Quênia e as pastagens áridas da Etiópia. Já a zebra da montanha é encontrada na Namíbia, África do Sul e Angola.
Zebra de Grevy
Esta espécie africana é encontrada na Etiópia, no sul e no leste do país, na Depressão Danakil, no Vale de Awash e no Vale do Rift. Também habita algumas reservas no norte do Quênia. Populações desapareceram de Djibouti, Eritreia, Somália e Sudão.
O seu habitat natural é constituído por zonas semidesérticas, onde existem mosaicos de matos e pastagens. Também é encontrado em pastagens de várzea.
No México é considerada uma espécie exótica, encontrada no centro e norte do país, no Estado do México e em Tamaulipas. Lá, ele vive em florestas tropicais decíduas e matagais xerófilos.
Zebra comum
Equus quagga é distribuído na região central de Angola, Botswana, sul da Etiópia, Quênia, Malawi, leste da África do Sul, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.
A zebra comum habita savanas abertas, matagais, pastagens tropicais e florestas abertas. Ocasionalmente, pode ser encontrado em locais montanhosos e não muito íngremes, até 4.400 metros acima do nível do mar.
Esta espécie é freqüentemente encontrada em estepes, florestas e savanas com solo firme, mas onde existem corpos d'água. Além disso, prefere regiões com abundância de gramíneas curtas, embora possa se adaptar àquelas com gramíneas maiores.
Foi introduzido no norte do México e agora reside em Chihuahua, Coahuila, Durango, Nuevo León, Querétaro, Sonora, Tamaulipas e Veracruz. Nestes locais, vive em pastagens, arbustos xerófilos e em florestas tropicais perenes.
Zebra da montanha
Esta zebra está distribuída nas falésias perto do mar e nas áridas montanhas de Angola. Ele também mora na Namíbia, a oeste da África do Sul e ao sul da Província do Cabo.
Em termos de tipos de vegetação, a zebra Equus é encontrada em savanas tropicais, pastagens montanhosas temperadas, matagais tropicais e nas terras altas do Karoo. No México, faz parte do grupo das espécies exóticas. Atualmente ocupa várias áreas em Coahuila e Tamaulipas, onde habita arbustos xerófilos.
Estado de conservação
Em geral, as populações das três espécies diminuíram. Muitos são os fatores que influenciaram esta situação, mas principalmente a caça furtiva. Por isso, a IUCN incluiu a zebra na lista de animais ameaçados de extinção.
Cada espécie é categorizada em diferentes níveis. Assim, o Equus grevyi é considerado em perigo de extinção, enquanto no Equus quagga a população cresceu ligeiramente, por isso o risco de extinção é menor.
Quanto à zebra Equus, o número de zebras registradas em seu habitat natural é baixo e está exposta a várias ameaças que a tornam vulnerável a declínios futuros.
- Ameaças
Caçando
Ao longo da história, o homem caçou a zebra quase até a extinção, como aconteceu na década de 1930 na Cidade do Cabo, na África do Sul. O motivo de sua captura é a comercialização de sua carne e pele, além de alguns órgãos que são utilizados para fins medicinais.
Além disso, este ungulado compete com o gado por forragem, por isso às vezes é abatido pelo homem, para proteger seu rebanho.
Degradação de habitat
O homem cortou e fragmentou os diferentes ecossistemas onde vivem as zebras. As terras estão sendo utilizadas para fins agrícolas, pecuários, urbanos, recreativos e turísticos. Isso traz consequências terríveis, entre as quais se destaca a diminuição do fluxo das fontes naturais de água.
O acesso dos animais aos rios e riachos está diminuindo em várias regiões da África. Da mesma forma, os fluxos de alguns deles foram reduzidos.
Esse problema é crítico no rio Ewaso Ng'iro, no Quênia, onde a extração de água para irrigação das plantações reduziu seu fluxo em quase 90%, na estação seca. Por outro lado, áreas fechadas podem dificultar os corredores de migração, além de impedir que as zebras cheguem aos riachos para beber água.
A introdução de áreas de criação de gado cria competição para forrageamento, expondo ainda mais a zebra à propagação de doenças como babesiose e antraz.
Recentemente, no Quênia, houve um surto de antraz, no qual morreram mais de 50 zebras. Esta condição é uma ameaça potencial, especialmente para aquelas pequenas populações que estão em risco de extinção.
Mudança climática
As comunidades de zebras são gravemente afetadas pelos efeitos do clima extremo e da seca que afligem as regiões onde vivem.
Consanguinidade e hibridização
Atualmente, a maior ameaça para a zebra da montanha (Equus zebra) é a perda de sua diversidade genética, produzida por endogamia. Em particular, esta espécie habita pequenas populações, o que impede a troca genética, tornando-a mais vulnerável a certas doenças.
O principal problema para as espécies que vivem na Cidade do Cabo é o risco de hibridização com a zebra das planícies e a zebra da montanha de Hartmann. Os pesquisadores atribuem esse cruzamento de espécies à sobreposição de território.
No entanto, ressaltam que também pode ser causado pela cerca que divide as áreas onde vivem, o que os mantém em contato próximo durante todo o ano.
- Ações
Este ungulado africano é encontrado em numerosas áreas sob a proteção de organizações nacionais e internacionais.
Alguns desses refúgios são o Parque Nacional Serengeti (Tanzânia), o Parque Nacional Hwange (Zimbábue), o Tsavo e Maasai Mara (Quênia), o Parque Nacional Kruger (África do Sul) e o Parque Nacional Etosha (Namíbia).
Reprodução
As zebras têm dois tipos diferentes de sociedades. Em um, típico da zebra comum e da montanha, os machos e as fêmeas formam grupos familiares em que os jovens e os jovens também têm até dois anos. Nesse harém, o casal vive junto há anos, e a fêmea se junta a um determinado macho.
Quanto ao outro tipo de sociedade, típico das zebras de Grevy, os agrupamentos femininos têm vida curta e as mulheres frequentemente vagam entre os grupos sem os homens. Assim, a fêmea pode acasalar com vários machos.
Para o macho, ambos os sistemas são polígamos, visto que são reprodutivamente ativos e o dominante pode se reproduzir com mais de uma fêmea.
Na zebra comum, a poliginia implica a defesa do harém, devido à forte associação que existe entre os membros do grupo. Ao contrário, nas zebras de Grevy implica a proteção dos recursos, já que o macho defende as pastagens onde as fêmeas se encontram.
Órgãos reprodutores
A fêmea possui dois ovários, com cerca de 5 cm de comprimento. Os ovos produzidos chegam ao útero graças aos ovidutos, que se conectam a um dos dois cornos uterinos. A extremidade caudal do útero, conhecida como colo do útero, entra na vagina. Este órgão é elástico e mede entre 15 e 20 cm de comprimento.
A abertura externa da vagina está localizada ventralmente ao reto. Quanto às glândulas mamárias, a zebra possui duas, cada uma com dois dutos que têm saída para o exterior.
No homem, os testículos estão no escroto, localizado entre a parte posterior do pênis e as coxas. De cada testículo sai um canal deferente, que aumenta à medida que passa pela bexiga, formando bolhas. Eles se abrem no início da uretra. Esse órgão circula pela sífilis púbica em direção ao pênis, onde é protegido pelo prepúcio.
Processo reprodutivo
As fêmeas amadurecem sexualmente mais cedo do que os machos, de modo que podem ter seu primeiro filho aos três anos, enquanto os machos se reproduzem entre cinco ou seis anos.
A zebra entra em cio na estação das chuvas, onde abundam as fontes de alimento. O estro pode durar pouco mais de uma semana. Quanto à gestação, costuma durar entre 361 e 390 dias.
Na hora do parto, a fêmea deita-se de lado, logo em seguida a cabeça e as patas dianteiras dos filhotes são expulsas. Em seguida, o resto do corpo sai. Nesse momento, o recém-nascido tenta se levantar, rompendo assim o saco amniótico e o cordão umbilical.
Durante esse processo, o macho permanece próximo à fêmea, entre 10 e 50 metros dela. Ao nascer, o bezerro pesa de 25 a 40 quilos e se junta ao grupo junto com sua mãe.
Alimentando
As zebras são animais herbívoros estritos, alimentando-se principalmente de gramíneas resistentes e fibrosas. Às vezes, eles podem procurar e comer ervas. Entre as favoritas está o Pennisetum schimperi, espécie herbácea pouco utilizada pelo gado e outros ungulados.
Além disso, eles geralmente consomem gramíneas dos gêneros Chrysopogon, Enteropogon e Cenchrus. Destes, eles podem comer suas folhas, caules e brotos tenros.
Esses mamíferos pastam por várias horas por dia e usam seus dentes incisivos fortes para cortar grama. O alimento então passa para os dentes posteriores, que o trituram e trituram. O fato de mastigarem alimentos por muito tempo provoca o desgaste dos dentes, por isso o crescimento destes é constante.
À medida que a estação seca se aproxima, a vegetação seca, então os rebanhos se mudam para outras regiões em busca de grama fresca e água.
A disponibilidade de corpos d'água é uma necessidade premente para as zebras, especialmente na estação seca. Esta espécie normalmente cava poços em leitos de rios secos, a fim de obter água subterrânea. Assim que encontram a fonte de água, eles a defendem de outros animais que tentam acessá-la.
Digestão
A digestão dos alimentos ocorre no ceco, onde as bactérias atuam para quebrar a celulose. A digestão cecal de zebra é menos eficiente no processamento de pastagens do que a digestão de ruminantes. Para compensar isso, a zebra come mais comida.
Comportamento
As zebras se comunicam por meio de sons e expressões faciais. Entre as vocalizações estão o bufar, latir e zurrar. Por exemplo, quando detectam a presença de um predador, eles erguem as orelhas, a cabeça erguida e urram alto.
Já os gestos podem abrir bem os olhos ou mexer os lábios, deixando os dentes à mostra. As orelhas geralmente representam seu estado de espírito. Quando estão com medo, isso os empurra para a frente e, se estão com raiva, os puxa de volta.
Outro hábito muito comum nesses mamíferos africanos é o cuidado mútuo, que eles realizam para fortalecer os laços entre os membros do grupo.
Em relação aos machos, eles são muito territoriais. Eles marcam os limites de sua área, para a qual geralmente usam suas fezes. Se eles detectarem a aproximação de um predador, o líder alerta o grupo, vocalizando um bufo alto e alto.
O líder do grupo ficará em posição firme enquanto o rebanho foge, movendo-se em zigue-zague. Se a situação ficar agressiva, você pode lutar contra o agressor. Para isso, ele abaixa a cabeça, esticando o pescoço e expondo os dentes. Se necessário, ele pode chutar o outro, com tanta força que costuma causar ferimentos graves.
Vantagens das listras
Durante décadas, os pesquisadores tentaram explicar o propósito do desenho das listras pretas e brancas no corpo das zebras. Isso deu origem a várias teorias, cada uma com seu próprio raciocínio.
Uma delas refere-se ao fato de que o objetivo do padrão de banda é evitar que o animal seja infectado pela mosca equina. Esse inseto pode transmitir vários patógenos para a zebra, causando algumas doenças como anaplasmose e anemia infecciosa equina.
De acordo com essa abordagem, essas listras criam uma espécie de ilusão de ótica. Isso interrompe o padrão de luz polarizada que é refletida de superfícies escuras, para a qual as moscas são atraídas. Assim, por exemplo, a pelagem da zebra é menos atraente do que o tom suave do cavalo.
Em 2019, foi realizado um estudo na Grã-Bretanha, onde foi demonstrado que as moscas dos cavalos atacavam os cavalos com mais frequência do que as zebras, provavelmente devido à confusão criada pelo desenho listrado destas.
Outros especialistas sugeriram que a vantagem das bandas é que ajudam a camuflar a zebra com seu ambiente ou a confundir seus predadores.
Estudos recentes
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, conduziram um estudo sobre a influência de variáveis ambientais nos padrões de listras em zebras comuns que habitam o centro ao sul da África.
Este grupo sugere que esses ungulados precisam de um mecanismo de resfriamento adicional, já que seu hábito alimentar de comer por longas horas os mantém sob as altas temperaturas do clima africano.
Como resultado da pesquisa, eles identificaram que as zebras comuns que tinham as listras dorsais mais definidas viviam no norte de sua área de distribuição, onde as temperaturas são mais altas. Em contrapartida, aqueles com as bandas menos definidas ficavam ao sul, onde a temperatura ambiente é mais baixa.
Eles sugeriram que esse projeto específico provavelmente serve a vários propósitos. Por exemplo, as linhas nas costas podem contribuir para a termorregulação, enquanto as listras nas pernas podem ajudar a evitar que as moscas dos cavalos pousem no animal.
Referências
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