- Significado
- Principais teóricos
- Principais valores da convivência democrática
- Tolerância
- Diálogo
- Educação
- Capital próprio
- Solidariedade
- Legalidade
- Problemas de coexistência democrática
- Discriminação étnica e racismo
- Discriminação de gênero
- Regras de convivência democrática
- Por que a coexistência democrática é importante?
- Referências
A coexistência democrática é uma escola de pensamento que tem como princípio respeitar os indivíduos independentemente de raça, credo, língua, posição social, educação, cultura ou ideologia. Portanto, a tolerância e a consideração da igualdade devem prevalecer na coexistência democrática.
Outro ponto que leva em consideração é que os direitos devem ser respeitados, pois pretende buscar um ambiente onde as pessoas possam se expressar livremente e participar da democracia do país onde se encontram. Ele também enfatiza o respeito pelos deveres e obrigações.
A coexistência democrática busca uma vida tolerante em um sistema político democrático. Essa visão não é incorporar os pontos de vista de outra pessoa como seus, mas entender que você tem o direito de pensar como pensa, mesmo que essa forma de pensar seja diferente da sua.
A educação cívica é a plataforma através da qual a convivência democrática pode ser estudada e promovida, especialmente na infância. A intenção é que esse tipo de convivência se transforme em um elemento familiar, para que possa ser aplicado em diferentes contextos por todos os cidadãos.
Significado
Em termos gerais, coexistência é um termo que foi utilizado pela primeira vez (na história espanhola) no início do século XX. Era usado para descrever as relações pacíficas e harmoniosas entre cristãos, muçulmanos e judeus, apesar das divergências ao longo dos séculos em que viveram juntos no país.
Na grafia inglesa, a palavra "coexistence" não tem tradução, então a palavra coexistence é frequentemente usada.
No entanto, ambos os termos não significam a mesma coisa. A coexistência se refere ao conjunto de pessoas que estão em um espaço, mas entre as quais não há interação.
É por isso que a convivência resgata o estabelecimento de relações interpessoais nas quais persiste o compartilhamento das dimensões culturais, sociais, econômicas e políticas.
Na década de 1990, a convivência democrática surgiu como um ramo da educação que busca estimular, desde a sala de aula, a tolerância e o respeito às diferenças em um sistema democrático.
A convivência democrática busca entender as diferenças, valorizar a pluralidade, promover o entendimento mútuo, resolver problemas de forma pacífica e a participação política.
Principais teóricos
Ao explorar sobre a coexistência democrática, é possível encontrar as abordagens de dois teóricos: John Dewey e Paulo Freire.
No caso de Dewey, sua abordagem se baseia na ideia de construir escolas onde a convivência democrática seja um pilar fundamental, a fim de promover o crescimento das competências de cidadania. O objetivo final seria a formação de cidadãos críticos.
Outro ponto que se destaca na abordagem de Dewey é que a necessidade de gerar essas escolas é melhorar uma sociedade que já possuía características democráticas e liberais, tendo os Estados Unidos como principal exemplo.
Paulo Freire consegue coincidir em alguns aspectos com o referido autor, pois postula que a convivência democrática permitirá a erradicação da opressão, ao mesmo tempo que permite o estabelecimento de relações eqüitativas; daí a importância de transmitir este princípio às escolas.
No entanto, Freire indica que o objetivo a ser perseguido por esse conceito está ligado ao fato de que a convivência democrática deve servir para fazer frente às desiguais relações de poder que comumente ocorrem na América Latina. Em outras palavras, existe uma democracia, mas ela precisa ser transformada desde a raiz, e essa raiz são as escolas.
Graças às teorias de Dewey e Freire, os conceitos e objetivos perseguidos pela convivência democrática, que consiste em acomodar a diversidade, consolidaram-se um pouco mais.
Principais valores da convivência democrática
Tolerância
Considerado como pilar fundamental da convivência democrática, refere-se a uma atitude positiva perante as diferenças. Consiste em respeitar e valorizar as diferenças que você tem com os outros.
Diálogo
A interação entre diferentes indivíduos e / ou grupos contribui para a formação de um cidadão integral que valoriza os direitos dos outros.
Educação
Para a generalização do conceito de convivência democrática, é necessário levá-lo às salas de aula dos diferentes níveis de ensino, para reforçar os valores da paz e da harmonia.
Capital próprio
Todos os cidadãos têm direito às mesmas oportunidades de desenvolvimento.
Solidariedade
É uma conduta ética que serve para apoiar as pessoas mais desprotegidas, a fim de alcançar maior independência e liberdade.
Legalidade
Todas as pessoas são iguais perante a lei.
Problemas de coexistência democrática
O conceito de coexistência democrática busca que todos os indivíduos vivam e interajam apesar das diferenças que possam apresentar entre si. No entanto, existem alguns obstáculos que impedem a concretização deste objetivo geral.
Discriminação étnica e racismo
A diversidade racial e étnica também tem levado ao aparecimento de diferenças entre estratos socioeconômicos, sem nomear os conflitos gerados pela miscigenação.
Da mesma forma, é apresentada a desvalorização das heranças culturais, línguas, manifestações religiosas e costumes.
Discriminação de gênero
Além do cenário anterior, existe a discriminação de gênero, que também se manifesta na forma de uma percepção da supremacia de um sobre o outro.
Regras de convivência democrática
As normas em uma convivência democrática buscam preservar os princípios de tolerância e respeito por meio de uma série de preceitos que, por sua vez, garantem as diretrizes mínimas de conduta civilizada.
Existem vários tipos de regras de convivência democrática: morais, jurídicas, religiosas, sociais e jurídicas. Todos buscam a promoção dos valores humanos, refletem o comportamento ideal e indicam as penalidades que devem ser executadas quando violados.
As normas mais importantes de coexistência democrática serão detalhadas a seguir:
- O respeito pelos direitos individuais deve ser promovido.
- Como todos os seres humanos são iguais entre si, deve haver igualdade de tratamento independentemente das diferenças de origem.
- Ninguém pode ser incomodado por causa de sua raça, religião, idioma, ideologia, cultura, gênero, nível de escolaridade ou posição social.
- É preciso cuidar da sua saúde e dos outros.
- Quem violar a lei deve aceitar e enfrentar as consequências de suas ações.
Por que a coexistência democrática é importante?
A coexistência democrática é uma abordagem que trabalha de acordo com a civilidade para alcançar sociedades justas e livres.
A consciência em relação à diversidade cultural, às flutuações sociais e ao caldeirão de identidades será o principal componente que servirá para avançar em direção a nações tolerantes e povos com estruturas sustentáveis.
Através da promoção de relações afetuosas, solidárias, seguras e tolerantes entre os membros e grupos das comunidades, será possível implementar a justiça social, bem como práticas equitativas para finalmente gerar uma cultura de paz.
Referências
- Arroyo González, Jorge Rafael. Coexistência democrática. (2012). Na discussão do cidadão. Recuperado: 16 de fevereiro de 2018. In Citizen Discussion of blog.pucp.edu.pe.
- Carbajal Padilla, Patricia. Coexistência democrática nas escolas. Notas para uma reconceitualização. (2013). Na Revista Ibero-americana de Avaliação Educacional. Página visitada em 16 de fevereiro de 2018. In the Ibero-American Journal of Educational Evaluation.
- Coexistência democrática. (sf). No Scribd. Recuperado: 16 de fevereiro de 2018. Em Scribd em es.scribd.com.
- Convivência democrática, inclusão e cultura de paz: lições de práticas educacionais inovadoras na América Latina. (2008). Na UNESCO. Recuperado: 16 de fevereiro de 2018. In UNESCO from unesdoc.unesco.org.
- Normas de convivência. (sf). Em EcuRed. Recuperado: 16 de fevereiro de 2018. In EcuRed of ecured.cu.