Os recursos naturais da Colômbia determinam a sede populacional de um país localizado ao norte da América do Sul, fazendo fronteira com o Mar do Caribe, Panamá, Venezuela, Equador e Oceano Pacífico.
Suas coordenadas geográficas são 400º N, 7200º W; com uma elevação de 593 msnm, sendo o Pico de Cristóbal Colón o mais alto com 5.775 msnm e o Oceano Pacífico o mais baixo com 0 msnm (CIA, 2015).
É um país com uma população de 47.220.856 habitantes, onde 60% da população vive nas regiões norte e oeste do país, áreas onde predominam as oportunidades devido aos vastos recursos naturais existentes nestas áreas.
Sua área total é de 1.138.910 km2, sendo 1.038.910 km2 terrestres e 100.210 km2 aquáticos.
A sua extensão territorial inclui a Ilha de Malpelo, a pequena Ilha do Roncador e a Margem Serrana. Por sua vez, o território marítimo abrange 12 milhas e possui uma zona econômica exclusiva de 200 milhas.
Seu clima é tropical ao longo da costa e nas planícies do leste e congelado nas terras altas; seu território consiste em planícies costeiras, montanhas centrais e planícies orientais.
Além disso, é o único país sul-americano com duas costas, no Oceano Pacífico e no Mar do Caribe.
Em 2011, 37,5% de suas terras eram usadas para agricultura, enquanto 54,4% eram florestais e os 8,1% restantes eram usados para outros usos (CIA, 2015).
Atualmente, a Colômbia possui diversos acordos internacionais para preservar seus recursos naturais, com ênfase na desertificação, Espécies ameaçadas, Resíduos perigosos, conservação da vida marinha, proteção da camada de ozônio, poluição de navios, madeira tropical 83, madeira tropical 94, zonas húmidas e Les de los mares.
Os principais recursos naturais que a Colômbia possui são: petróleo, gás natural, carvão, minério de ferro, níquel, ouro, cobre, esmeraldas, safras e energia hidráulica.
Cultivo
As principais safras da Colômbia são café, cacau e banana. Em 2014, a área colhida de cacau foi de 160.276 hectares e a produção foi de 47.732 toneladas.
No café, a área colhida foi de 795.563 hectares e a produção obtida foi de 728.400 toneladas
Da banana, a área colhida foi de 399.653 hectares, com uma produção de 3.467.232 toneladas. (FAOStat, 2014).
O café foi introduzido em 1787 e começou a ser exportado a partir de 1835 (Chalarca, 1987 citado em Bentley & Baker 2000). Desde o século passado representou uma importante atividade produtiva para o país e em 2006 foi a segunda fonte de divisas líquidas (Bustillo e Enrique, 2006).
Atualmente, muitas das lavouras de café usam sistemas agroflorestais. Esta técnica consiste em combinar a produção de café, com a presença de outras árvores ou outras culturas como a banana ou o cacau, garantindo a melhoria do solo e a diversificação da produção (Arcila et al. 2007, Beer et. Al, 1998).
Drogas
A maconha C. sativa L., que teve seu pico na década de 70, é cultivada nas regiões da Serra Nevada de Santa Marta, La Guajira e Llanos Orientales. Atualmente 95% de sua produção é destinada ao consumo interno e o restante é exportado principalmente para países da América Central (Florian et. Al., 2009).
No entanto, desde o início dos anos 1980, o cultivo da folha do coco substituiu o cultivo da maconha no comércio ilegal de drogas.
Atualmente, o cultivo da coca contribui com 3% do PIB do setor agrícola. Além disso, a Colômbia é considerada o principal produtor de cocaína do mundo, sendo os Estados Unidos e a Europa os principais consumidores (UNODC, 2016).
Hidrocarbonetos
A Colômbia está em 34º lugar no total de petróleo bruto testado mundialmente, com 2.445 milhões de barris. As regiões de Llanos, Valle de Magdalena e Cordillera Oriental da Colômbia estão entre as maiores bacias sedimentares produtoras de petróleo do mundo (US Geological Survey World Energy Assessment Team, 2000; Mann et al., 2006; citado em Mora et. Al., 2010).
As reservas comprovadas de gás natural na Colômbia em 2014 atingiram um total de 4.758,51 gpc, sendo o departamento com maior aproveitamento La Guajira com uma produção total de 1.000,9 mcfd (UPME, 2016).
Mineração
De acordo com o relatório estatístico anual sobre estatísticas de mineração e produção mineral, em 2012 a produção de 85,8 milhões de toneladas métricas de minerais foi reportada para a Colômbia, ocupando o 11º lugar na produção mundial.
Já para o ouro, foram utilizadas 55,9 toneladas. A produção de níquel foi de 37,8 mil toneladas e a de prata de 24 toneladas (Krentz, 2013).
A indústria de mineração na Colômbia tende a crescer devido ao investimento estrangeiro direto. Em 2012, na classificação dos países ideais para investimentos em mineração feita pelo Grupo Behre Dolbear, a Colômbia obteve a 7ª colocação entre os países mais atrativos do mundo para investimentos em mineração.
Energia hidroelétrica
O rio Nare, o mais longo do país, é responsável por 14% da produção nacional de energia hidrelétrica (Poveda, et. Al., 2013). No total, são cinco hidrelétricas instaladas no país: Chivor, Jaguas, Playas, San Carlos e Río Grande.
Apesar de serem centrais formalmente estabelecidas, existe uma disputa constante entre os habitantes das áreas rurais, que são afetados pelo desvio de canais e pelas cheias devido a infraestruturas mal planeadas (Duarte, et. Al., 2015).
Apesar de a história da Colômbia ter sido muito difícil, cheia de narcotráfico e terrorismo, aos poucos foi conseguindo superar seu passado.
Hoje, o país é a terceira economia emergente da América Latina, sendo um exemplo do esforço dos colombianos para se superarem e como estão dando frutos para que seus padrões de vida continuem aumentando.
A Colômbia, por seu povo e seus recursos naturais, é uma das promessas da América.
Referências
- Arcila P., J.; Farfán V., F.; Moreno B., AM; Salazar G., LF; Hincapié G., E. (2007). Sistemas de produção de café na Colômbia. Chinchiná, Cenicafé, 309 p.
- Beer J., R. Muschler, D. Kass e E. Somarriba. (1998) Gerenciamento de sombras em plantações de café e cacau. Agroforestry Systems 38: 139-164,
- Bentley JW e Peter S. Baker (2000). Federação Colombiana de Cafeicultores: Pequenos cafeicultores organizados e bem-sucedidos há 70 anos. Rede de Pesquisa e Extensão Agrícola. Documento de rede nº 100.
- Duarte BA, R. Boelens e TR Avendaño (2015) Hidreletricidade, invasão e repadronização do território hidrossocial: o caso de Hidrosogamoso na Colômbia. Organização Humana: Outono de 2015, Vol. 74, No. 3, pp. 243-254.
- Bustillo Pardey, Alex Enrique. (2006). Uma revisão sobre a broca do café, Hypothenemus hampei (Coleoptera: Curculionidae: Scolytinae), na Colômbia. Colombian Journal of Entomology, 32 (2), 101-116. Recuperado em 20 de dezembro de 2016.
- CIA (2015). O livro de fatos do mundo. Obtido em 19 de dezembro de 2016 no site da CIA: cia.gov.
- FAOStat (2014). Cultivo. Obtido em 20 de dezembro do site FAOStat: fao.org.
- Florian R, Néstor M, Parada A, Fabián e Garzón M, William F. (2009). Estudo do conteúdo de canabinoides em amostras de maconha (Cannabis sativa L.) cultivadas em várias regiões da Colômbia. Vitae, 16 (2), 237-244.
- Mora, A; Horton, B; Tabela, A; Rubiano, J; Ketcham, R; Parra, M; Branco, V; García, D & Stockli, D. (2010). Migração de deformação cenozóica na Cordilheira Oriental da Colômbia interpretada a partir de resultados de trajetória de fissão e relações estruturais: Implicações para sistemas de petróleo. The American Association of Petroleum Geologists, vol. 94, pp 1543-1580.
- UPME (2016). Balanço de gás natural na Colômbia 2016 - 2025. Obtido em 20 de dezembro do site da UPME: upme.org.
- Poveda, G., Mesa, O & Waylen, P. (2013). Previsão não linear de vazões de rios na Colômbia com base no ENSO e seu valor econômico associado para geração de energia hidrelétrica. Clima e água, vol. 16, pp 351-371.