- História
- Religião
- Arquitetura
- As 3 esculturas mais destacadas de Chavín
- 1- A galeota monolítica
- 2- A estela de Raimondi
- 3- Cabeças de prego
- Referências
A cultura Chavín vem dos Andes do norte do Peru e se desenvolveu entre 900 AC. C. e 200 a. C. Ocorreu na cidade de Chavín Huántar. O arqueólogo Julio Tell descobriu a cultura Chavín e a caracterizou como a cultura matriz das civilizações andinas do Peru.
No período Chavín, estabeleceu-se o desenvolvimento da cerâmica, dos têxteis, da agricultura, da domesticação de animais, do crescimento da indústria e da metalurgia, intensificando o processo econômico.
Além disso, permitiu formar as bases para o início das civilizações pré-colombianas maia, asteca e inca.
A arte Chavín é fundamentalmente naturalista. Ele se concentra em humanos e animais, como onças ou pumas, crocodilos, pássaros e cobras. Também se concentra em plantas e seres mitológicos.
Segundo teorias de alguns arqueólogos, a religião Chavín buscava a transformação das pessoas em outros seres de maior evolução espiritual por meio do uso de substâncias alucinógenas, que eram descobertas por meio de objetos encontrados e esculturas.
História
Aproximadamente entre o ano 1500 a. C. e 500 a. C. a cultura chamada chavín se desenvolveu.
Foi uma civilização pré-Inca que tinha domínio, poder e influência. Teve seu centro de progresso em Chavín de Huántar, localizado entre os rios Mosna e Huachecsa.
Os habitantes desta cultura se dedicaram à agricultura, pecuária, pesca e comércio.
Com base nas trocas entre os povos costeiros e montanhosos e talvez com as aldeias amazônicas, os produtores colheram vários produtos, como milho, batata, quinua, abóbora, feijão, algodão e amendoim.
Nesta cultura havia duas classes sociais. De um lado estavam os sacerdotes, também chamados de casta sacerdotal, que era a classe dominante e estava no comando do governo por meio da lei da divindade.
Eles possuíam conhecimentos astronômicos, meteorológicos e climáticos, exercendo grande influência e poder sobre as pessoas. Eles também eram grandes técnicos agrícolas, engenheiros hidráulicos e artistas.
A outra classe era a vila, formada pela massa popular de lavradores e pecuaristas a serviço da casta sacerdotal.
Alguns chavines trabalhavam em metais como ouro, prata e cobre, bem como pedra, madeira e osso.
Religião
Suas crenças eram politeístas, seus deuses instilaram medo e adotaram figuras de animais como o jacaré, o jaguar e as cobras.
A influência amazônica é detalhada nas esculturas de seres sobrenaturais. O padre era o mestre espiritual dos rituais e se distinguia por suas roupas. A música fazia parte da cerimônia.
Os rituais eram realizados principalmente no templo de Chavín de Huántar. Fogo foi feito, comida foi servida aos deuses na forma de uma oferenda e sacrifícios de animais foram feitos.
Os sacerdotes Chavín consumiam substâncias alucinógenas, usavam o cacto San Pedro Ayahuasca que deixaram em estado de transe para se relacionarem com os deuses.
Essa substância permitiu que eles tivessem uma visão melhor, pois as pupilas dilatadas ajudavam a enxergar na escuridão do templo.
Isso foi descoberto pelas imagens esculpidas que foram encontradas, mostrando um deus carregando um cacto na mão.
Outra escultura representa os rostos dos padres com muco no nariz; o último é um efeito colateral do consumo de alucinógenos.
O Obelisco de Tello foi um monumento da civilização Chavín, uma imensa escultura de granito entrelaçada como uma tapeçaria.
Esta escultura continha os principais elementos da ideologia do Chavín. O obelisco era considerado um deus, cuja imagem principal era um jacaré com muitas serpentes gravadas ao redor, além de uma onça, plantas e frutas.
Arquitetura
A civilização arquitetônica Chavín representa o principal estilo que se espalhou pelos Andes peruanos.
Esta arte divide-se em duas fases: a primeira fase corresponde à construção do "antigo" templo entre 900 AC. Até 200 a. C., e a segunda está relacionada com a construção do "novo" templo entre os anos 500 a. C. e 200 a. C.
Eles construíram grandes templos baseados em pedra, bem como edifícios em forma de semicírculo, pátios subterrâneos, decoração de frisos e murais.
O templo foi projetado com sistema de drenagem, pois não teria resistido ao clima das terras altas do Peru e poderia ter sido inundado ou destruído durante a estação das chuvas.
As construções foram feitas de calcário preto e branco, lama e adobe. Além disso, eles usaram vários níveis para a construção dos templos.
Também fizeram uma galeria subterrânea com sistema de ventilação em pedras entalhadas com cabeças de felinos.
Atualmente, esses sítios arquitetônicos de Chavín de Huántar fazem parte do Patrimônio Cultural da Humanidade declarado pela UNESCO em 1985.
As 3 esculturas mais destacadas de Chavín
1- A galeota monolítica
É uma escultura de 5 metros de altura que simboliza o deus sorridente ou feroz, que foi embutida no centro de uma pequena sala em um esconderijo subterrâneo em todo o centro do antigo Templo de Chavín de Huántar.
Foi denominada "galeota" devido ao seu formato de ponta de lança gigantesca, embora esta teoria não seja confirmada; acredita-se que seja uma pedra sagrada importante nos cultos religiosos.
Esta pedra é esculpida com a imagem de um deus com fisionomia antropomórfica, com sobrancelhas e pelos de cobra, com duas presas e grandes garras felinas apoiadas na perna e a garra direita levantada.
2- A estela de Raimondi
Ele personifica um deus com traços felinos de braços abertos, segurando um bastão em cada mão. É semelhante ao monolítico deus Lanzón, mas com a diferença que a imagem possui bastões.
Esta escultura mede 1,98 metros de comprimento por 0,74 metros de largura. É um bloco de granito polido gravado apenas numa das faces.
Este monólito foi batizado pelo naturalista de origem italiana Antonio Raimondi, que se encarregou de transferi-lo para Lima para sua avaliação e conservação.
3- Cabeças de prego
São peças de diferentes tamanhos que representam o deus Jaguar e outros seres místicos que estão embutidos nas paredes principais do templo Chavín.
Os pesquisadores afirmam que essas esculturas cumpriram o papel de afastar os espíritos malignos.
Outros estudos sugerem que são possivelmente retratos de sacerdotes sob a influência de substâncias alucinógenas.
Também se afirma que, em essência, é um híbrido entre o homem e o felino voador. Esta escultura está relacionada ao rito da água, usado pelos fazendeiros do antigo Peru.
Referências
- Mark Cartwright. Civilização Chavin. (2015). Fonte: Ancient.eu
- Cultura Chavín. (2000). Fonte: go2peru.com
- A cultura Chavín. (2014). Fonte: limaeasy.com
- K. Kris Hirst. Cultura Chavín - Tradição de culto difundida no horizonte inicial do Peru. (2016). Fonte: Thoughtco.com
- Cultura e Arte de Chavin. Fonte: about-peru-history.com
- Chavin. Fonte: britannica.com