- Teorias relacionadas à criminogênese e criminodinâmica
- Criminogênese: fatores que contribuem para as causas do crime
- Fatores Ambientais
- Fatores biológicos
- Criminodinâmica: desenvolvimento de comportamentos anti-sociais
- Postagens Relacionadas
- Referências
A criminogênese e criminodinámica são termos essenciais dentro do campo da criminologia. O primeiro refere-se ao estudo da origem e causas da conduta criminosa. Por sua vez, a criminodinâmica se encarrega de buscar a explicação para os comportamentos anti-sociais.
No entanto, no estudo do crime, há uma ampla gama de disciplinas e teorias envolvidas. Por si só, a criminologia estuda o direito penal, a extensão do crime, seus efeitos nas vítimas e na sociedade, métodos de prevenção ao crime, entre outros.
Anteriormente, acreditava-se nos efeitos de Deus no bom comportamento e do Diabo no comportamento desviante. Os métodos de resolução de disputas foram baseados nessas crenças. A premissa era que Deus zelaria pelos bons e protegeria os inocentes. Ele também garantiria que os culpados fossem punidos.
No entanto, os avanços na ciência e na pesquisa empírica aumentaram o ceticismo. As pessoas ficaram cada vez mais interessadas no porquê dos eventos.
Com a ascensão do racionalismo ao longo do século 18, a crença nas explicações celestiais ou etéreas minguou e a justiça criminal começou a estabelecer seus fundamentos de "fato". Nesse contexto, surgem os conceitos de criminogênese e criminodinâmica.
Teorias relacionadas à criminogênese e criminodinâmica
De modo geral, o crime é um fenômeno altamente complexo que muda entre as culturas e ao longo do tempo. Algumas atividades são legais em um país, mas ilegais em outros.
Um exemplo disso é o consumo de álcool ou a prática do aborto. Da mesma forma, como as culturas mudam com o tempo, comportamentos que não foram criminalizados podem ser criminalizados.
Portanto, definir o que é um crime, um conceito básico em criminogênese e criminodinâmica, pode ser uma tarefa complicada. Para simplificar, pode-se dizer que um crime ocorre quando alguém infringe a lei. Isso pode ocorrer devido a um ato evidente, omissão ou negligência que pode resultar em punição.
Da mesma forma, não há uma resposta única sobre as causas do crime. Cada tipo de crime geralmente tem suas próprias causas. Em criminologia, é importante conhecê-los, pois são indicativos de como o crime deve ser gerenciado e prevenido.
Com o passar dos anos, muitas teorias surgiram. Um deles argumenta que os crimes são o produto de escolhas racionais depois de pesar os riscos e recompensas potenciais. Outro considera que os ambientes físico e social são os principais responsáveis pelo comportamento criminoso.
A teoria da rotulagem estima que os fatores de poder decidem o que são atos criminosos e quem são criminosos. Uma vez marcada, perdendo todas as oportunidades, a pessoa se envolve em um comportamento ainda mais criminoso.
Além disso, as más companhias e a falta de controles sociais adequados são apontados como causas. A lista também inclui uma dieta pobre, doença mental, química cerebral deficiente e muito mais.
Criminogênese: fatores que contribuem para as causas do crime
Durante a Idade Média, os crimes contra as pessoas, a propriedade e o Estado eram considerados crimes contra Deus. Esses pecados eram punidos pelos monarcas, que atuavam como chefes de estado e chefes da igreja. A punição costumava ser rápida e cruel, com pouca consideração pelo criminoso.
Com o tempo, a separação entre igreja e estado começou. Com isso, as ideias sobre crime e punição assumiram uma forma mais secular e humanística. O estudo da sociologia dá lugar à criminologia moderna.
Esta ciência busca conhecer as causas fundamentais do crime. Suas disciplinas incluem criminogênese e criminodinâmica. Ambos, igualmente, estão interessados em conhecer os fatores que aumentam o crime.
Fatores Ambientais
No início do século 19, as taxas demográficas e de criminalidade foram comparadas. Constatou-se que os criminosos, em sua maioria, possuíam o mesmo perfil: homens sem escolaridade, pobres e jovens. Também se descobriu que mais crimes estavam sendo cometidos em áreas geográficas mais ricas e prósperas.
No entanto, as taxas de crime mais altas ocorreram nas áreas de maiores recursos econômicos que estavam fisicamente mais próximas das regiões mais pobres.
Isso mostrou que o crime foi cometido, em grande parte, por oportunidade. Também mostrou uma forte correlação entre status econômico, idade, educação e crime.
Fatores biológicos
No final do século XIX, a causa do crime era estudada com base nas características biológicas e psicológicas individuais. Certos atributos físicos compartilhados entre os criminosos levaram à crença de que havia um elemento biológico e hereditário que contribuía para o potencial de um indivíduo para cometer um crime.
Hoje, essas duas linhas de pensamento, biológica e ambiental, evoluíram para se complementar. Reconhece-se, então, que existem fatores internos e externos que contribuem para as causas do crime.
Hoje, os criminologistas estudam fatores sociais, psicológicos e biológicos. Com base em seus estudos, eles fazem recomendações de políticas a governos, tribunais e organizações policiais para ajudar a prevenir o crime.
Criminodinâmica: desenvolvimento de comportamentos anti-sociais
O desenvolvimento de comportamentos anti-sociais é de interesse especial para a criminogênese e a criminodinâmica. Estes são definidos como atos perturbadores caracterizados por hostilidade, encoberta ou aberta, e agressão intencional a outros.
A gravidade desses aumenta com o tempo. Alguns desses comportamentos incluem violações de regras sociais, desafio à autoridade, engano, roubo, entre outros.
Por outro lado, o comportamento anti-social pode ser identificado em crianças de até três ou quatro anos. Se não forem controlados, esses padrões de comportamento irão persistir e se intensificar, tornando-se um distúrbio crônico de comportamento.
Em geral, atos abertos envolvem ações agressivas contra crianças e adultos (abuso verbal, intimidação e espancamento). Já o disfarçado inclui ações agressivas contra a propriedade, como roubo, vandalismo e incêndio criminoso.
Durante a primeira infância, a violação secreta, mentira ou destruição da propriedade de outra pessoa são considerados atos secretos. Os comportamentos anti-sociais também incluem abuso de drogas e álcool e atividades de alto risco para o perpetrador e outros.
Assim, os comportamentos anti-sociais podem começar cedo. Mas eles também podem se manifestar no meio ou no final da adolescência. Algumas pesquisas indicam que as mulheres são mais propensas do que os homens a exibir comportamento anti-social de início tardio.
Postagens Relacionadas
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Comportamento antisocial.
Transtorno de personalidade antisocial.
Psicologia jurídica.
Referências
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