- Como a glicogenólise é gerada?
- Hormônios reguladores da glicogenólise
- Importância da glicogenólise
- No fígado
- Nos músculos
- Referências
A glicogenólise, também chamada de glicogenólise, é o procedimento pelo qual degrada o glicogênio no organismo, de forma a produzir glicose rapidamente.
O glicogênio é caracterizado por ser um elemento localizado no citosol, que é o líquido que faz parte das células. Por meio do glicogênio, o corpo é capaz de reservar energia da glicose.
O glicogênio está localizado em quase todas as células animais e, dentro do corpo, está localizado no fígado e nos músculos esqueléticos (aqueles que estão ligados ao esqueleto). O glicogênio localizado nos músculos é mais abundante do que o localizado no fígado.
Quando há muito consumo de glicose, ela se acumula no corpo sob a forma de glicogênio.
Dessa forma, é gerada uma reserva de energia que pode ser mobilizada de acordo com as necessidades do corpo.
Assim, quando o corpo está realizando uma atividade fisicamente exigente, como uma rotina de exercícios intensos, ocorre o processo de glicogenólise, para transportar a glicose para os músculos o mais rápido possível.
O processo de glicogenólise também é ativado quando o corpo está em jejum, pois também precisará de energia enviada de forma rápida e direta aos músculos e à corrente sanguínea, por meio da função hepática.
Como mencionado acima, o glicogênio está presente em quase todo o mundo animal. No entanto, no mundo das plantas, também é gerado um processo de liberação de energia.
Esse processo típico das plantas não é gerado pelo glicogênio, mas pelo amido, que é responsável por reservar energia e liberá-la, quando necessário, na forma de glicose.
Como a glicogenólise é gerada?
Três enzimas (proteínas produzidas por células cujas funções têm a ver com a regulação de reações químicas no corpo) participam do processo de glicogenólise.
O processo de glicogenólise começa com o glicogênio, elemento que constitui a forma mais importante de armazenamento de carboidratos nos organismos animais.
A primeira enzima que intervém é chamada de glicogênio fosforilase, que gera glicose-1-fosfato por meio do glicogênio.
Por meio de uma ação de fosforilação, ou seja, a introdução de um grupo fosfato na molécula, a enzima glicogênio fosforilase é responsável por separar a glicose da estrutura linear, até atingir o ponto em que atinge quatro resíduos de glicose.
Nesse ponto do processo, a segunda enzima participa, que é a enzima de desramificação. Essa enzima quebra outras ligações que fazem parte do glicogênio e gera uma molécula de glicose livre.
Então, como conseqüência do processo de glicogenólise, duas moléculas são geradas: uma de glicose-1-fosfato e outra de glicose livre.
A glicose-1-fosfato sofre mutação para glicose-6-fosfato, pela ação de uma enzima chamada fosfoglucomutase.
Dependendo das necessidades do corpo, a glicose-6-fosfato pode ser convertida em duas moléculas de trifosfato de adenosina (ATP) por meio da glicólise.
Também pode ser convertido em glicose, por meio da ação da enzima glicose-6-fosfatase que pode ser encontrada no fígado; uma vez convertido em glicose, pode ser usado em processos de outras células.
As moléculas de glicose-6-fosfato encontradas no fígado podem realizar esse processo de conversão em glicose por meio da glicose-6-fosfatase.
No entanto, se essas moléculas forem encontradas nos músculos, essa conversão não será possível, pois a enzima glicose-6-fosfatase é encontrada apenas no fígado, não nos músculos.
Hormônios reguladores da glicogenólise
Quando há níveis baixos de glicose no sangue, há dois hormônios que atuam no corpo estimulando o aparecimento da enzima glicogênio fosforilase, que é a primeira a agir sobre o glicogênio.
Esses dois hormônios são chamados de glucagon e adrenalina. O hormônio glucagon atua no fígado e a adrenalina nos músculos esqueléticos.
Ambos realizam reações diferentes que, por fim, estimulam a quebra do glicogênio por meio da geração da enzima glicogênio fosforilase.
Importância da glicogenólise
Por meio do processo de glicogenólise, o corpo é capaz de obter glicose que é direcionada tanto para o fígado quanto para os músculos.
No fígado
Quando a glicogenólise ocorre no fígado, a glicose é liberada no sangue, um processo associado à manutenção de um valor aceito para glicemia (nível de açúcar no sangue).
Esse processo também é muito importante na transferência de glicose para o cérebro, já que a glicose só consegue chegar lá pela corrente sanguínea. A fonte de energia do cérebro é a glicose que ele recebe do sangue.
O fornecimento de energia ao cérebro na forma de glicose aumentará a capacidade de concentração e funcionará com mais eficiência, haverá menos fadiga e mais foco na atividade que está sendo realizada.
Nos músculos
No caso da glicogenólise que é gerada no campo muscular, isso é de vital importância, pois permite que os músculos recebam energia quando o corpo está realizando atividades intensas, por exemplo, uma rotina muito exigente de exercícios físicos.
Assim, a glicogenólise é o processo pelo qual é possível liberar energia rapidamente quando os músculos precisam. É a maneira de usar essa energia reservada no corpo na forma de glicogênio.
A possibilidade de ter um reservatório de energia é essencial para o corpo e só pode ser alcançada por meio do glicogênio, que armazena a glicose nas células e a mantém acessível para o momento em que o corpo a reivindicar.
Um baixo reservatório de energia se traduz diretamente em um baixo desempenho das funcionalidades do corpo.
Se um músculo não receber energia suficiente durante um período de exercício intenso, pode ficar cansado e sofrer lesões graves.
Por isso, uma dieta rica em carboidratos é recomendada para atletas, para que as reservas de glicose, sob a figura do glicogênio, sejam abundantes e possam atender às demandas de treinamentos constantes e de alta intensidade.
Referências
- "Glycogenolysis" em Enciclonet. Obtido em 11 de setembro de 2017 da Enciclonet: enciclonet.com.
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- Romano, J. "Glicogênio, o principal combustível do atleta" (8 de maio de 2014) no Clarín. Obtido em 11 de setembro de 2017 no Clarín: clarin.com.
- Herrerías, J., Díaz, A. e Jiménez, M. “Tratado de Hepatologia” (1996) no Google Books. Obtido em 11 de setembro de 2017 do Google Livros: books.google.co.ve.