- Atividades para melhorar a atenção
- 1. Conte-me uma história
- 2. Somos músicos!
- Atividades para melhorar as habilidades motoras grossas e finas
- 3. Qual é a sua forma?
- 4. Cortamos linhas para fazer bolas
- 5. Quantos objetos há na bolsa?
- 6. Passe a bola pelo aro
- Atividades para reforçar a linguagem
- 7. Somos atores!
- 8. O que fizemos ontem?
- Atividades para desenvolver autonomia
- 9. Vamos ao mercado
- 10. Quanto vale?
Aqui está uma lista de atividades para crianças com síndrome de Down que podem ajudá-lo a melhorar as habilidades dessas crianças. Você tem um aluno ou filho com síndrome de Down e deseja desenvolver suas habilidades? Existem muitos exercícios dos quais você pode se beneficiar e que o ajudarão a desenvolver as habilidades necessárias para o seu dia a dia.
Recomenda-se não só que realizem atividades daquelas competências que adquiriram plenamente, mas também de outras em que apresentem problemas, de forma a melhorá-las para atingir o seu potencial individual.
Atividades para melhorar a atenção
Ter um bom atendimento é essencial para alcançar uma autonomia total no futuro e poder realizar as atividades que deseja sem a ajuda de outra pessoa. Isso pode ser muito importante para qualquer pessoa, mas é decisivo para quem tem deficiência.
Aqui estão dois exercícios que podem ajudá-lo a promover a atenção em crianças com síndrome de Down:
1. Conte-me uma história
Procedimento: Uma das atividades que você pode realizar se quiser melhorar a atenção das crianças é contar-lhes uma história e depois fazer perguntas sobre seus protagonistas e o que aconteceu.
Para fazer isso, você deve escolher uma história que eles gostem e que os deixem curiosos. Normalmente, as fábulas tendem a ser mais divertidas e também podem aprender com sua moral.
Assim que o professor terminar de contar a história ou fábula. Você tem que fazer perguntas às crianças para confirmar que ouviram e compreenderam a história. Por isso, questionamentos como: Quem é o protagonista? Qual é o seu nome? O que aconteceu com ele? eles nos ajudarão a saber o grau de compreensão.
Material: Contos e fábulas. Aqui você pode encontrar uma lista de fábulas.
Dicas: O professor, ao contar a história, deve assumir os papéis dos personagens e mudar a voz, a fim de tornar a atividade mais divertida e despertar a curiosidade das crianças. Dependendo do nível de escolaridade e compreensão que as crianças possuem, também serão inseridas questões relevantes.
2. Somos músicos!
Procedimento: a música pode ajudar crianças com síndrome de Down a desenvolver e melhorar sua atenção. Uma das maneiras mais divertidas de trabalhar é ouvindo músicas. As crianças, ao ouvi-lo, têm que fazer exercícios diversos, como: bater palmas no ritmo, pular, mover as mãos para cima, etc.
O ideal é colocar diferentes estilos de música onde os ritmos sejam diferentes para serem intercalados. Este tipo de exercício também pode ser realizado com instrumentos de percussão como o triângulo ou a bateria. A ideia seria a mesma, que tocassem ao ritmo da música.
A distribuição que sempre utilizo para realizar esta atividade é que as crianças são colocadas em círculo, pois desta forma podem mover-se e seguir o ritmo da música de forma mais confortável. Se algum deles falhar, será eliminado e ajudará os colegas na realização da atividade.
Material: Instrumentos musicais, caso prefira realizar a atividade desta forma.
Dicas: Para tornar a atividade mais dinâmica, é aconselhável intercalar os diferentes tipos de músicas, começando pelas que têm ritmo lento e terminando pelas mais comovidas. Desta forma, o nível de dificuldade aumentará.
Atividades para melhorar as habilidades motoras grossas e finas
Crianças com síndrome de Down precisam realizar habilidades motoras finas e grossas para fortalecer os músculos dos dedos e das mãos e, assim, ser capazes de realizar todos os tipos de movimentos com eles para aumentar sua autonomia. Aqui estão vários exercícios que você pode usar:
3. Qual é a sua forma?
Procedimento: esta atividade costuma ser muito simples e ajuda as crianças a pegar os materiais de maneira adequada e ter que se forçar com eles, exatamente o que estamos procurando. Com um furador, eles têm que pontuar o contorno das diferentes cartas de desenho que preparamos previamente, não importa o tipo de desenho que sejam. Eu costumo usar os típicos que vêm nos livros de colorir.
A ideia é que eles tenham que seguir a linha de contorno do desenho sem sair e apontá-la como você fala (deixando mais ou menos distância entre ponto e ponto). Uma vez que todos tenham pontuado o contorno, eles têm que nos dizer a forma dos objetos que aparecem ou mesmo se são animais ou pessoas vestindo roupas.
Materiais: Para a realização desta atividade, será necessário o uso de punções, cortiça e os desenhos que têm a pontilhar.
Distribuição: Recomenda-se que para que a turma seja controlada nesta atividade, coloque as crianças sobre uma grande mesa para que possa supervisionar os seus movimentos.
Dicas: Se é a primeira vez que pegam um furador, teremos que explicar como deve ser agarrado e usado para que não se machuquem com a ponta. Por outro lado, também teremos que mostrá-lo a você, pois na maioria dos casos, explicar como funciona não é suficiente.
No início da atividade, eles vão rodar muito tapping sem ter uma ordem de serviço, por isso é fundamental que mostremos que eles têm que ir aos poucos e começar em algum lugar do desenho.
4. Cortamos linhas para fazer bolas
Procedimento: Outra das atividades que podemos realizar para melhorar as habilidades psicomotoras de nossos alunos é cortar papel de jornal horizontalmente seguindo algumas linhas que previamente pintamos sobre eles.
Isso permitirá que aprendam como a tesoura é segurada e para que é usada. Além disso, eles também podem seguir as linhas que previamente marcamos com um marcador, melhorando sua atenção e coordenação.
Depois de cortar todo o jornal, eles têm que ir tira por tira fazendo bolas de tamanhos diferentes. Isso permitirá que eles incorporem novos movimentos aos dedos e pulsos, bem como desenvolvam suas habilidades motoras finas corretamente.
Mais tarde, essas bolas de papel podem ser usadas para decorar desenhos e, assim, realizar outra atividade para trabalhar a motricidade fina.
Materiais: jornal, tesoura, hidrocor e cola.
Dicas: Assim como no manuseio do furador, temos que explicar o uso correto da tesoura para que não se machuquem. A boa distribuição do espaço nos permitirá controlar os movimentos em todos os momentos.
5. Quantos objetos há na bolsa?
Procedimento: As crianças serão divididas em vários grupos. Em seguida, serão distribuídas sacolas com objetos de diversos tamanhos, que devem ser retiradas e colocadas sobre a mesa durante a contagem.
O grupo que terminar antes de contar e retirar os objetos será o vencedor, portanto seus integrantes poderão escolher um desses brinquedos ou objetos para brincar no recreio.
Materiais: Os materiais necessários para esta atividade podem ser objetos de aula ou brinquedos. O importante é que sejam de tamanhos diferentes para trabalhar as habilidades motoras.
Dicas: Para ficar de olho no clima e para que haja igualdade de condições, os professores devem acompanhar esta atividade com músicas. Por outro lado, também seria aconselhável dividir as crianças em grupos mistos e com diferentes níveis cognitivos para que se ajudassem durante a atividade.
6. Passe a bola pelo aro
Procedimento: Outra das atividades que geralmente faço para trabalhar a coordenação motora grossa é "passar a bola pelo aro". As crianças devem ser colocadas em duas filas e uma a uma devem apanhar uma das bolas que a priori foram colocadas na parede e atingi-las através do seu anel correspondente (as bolas terão a mesma cor do anel durante aquele que deve passá-los).
Desta forma, também trabalhamos as cores de forma transversal e a atividade torna-se mais divertida.
Materiais: anéis e bolas de diferentes tamanhos e cores.
Dicas: O professor deve movimentar as bolas e aros, certificando-se de que a posição que eles possam ter não dê pistas de qual bola é o par de cada aro. A única coisa pela qual você pode dizer é pela cor.
Atividades para reforçar a linguagem
A linguagem é uma habilidade importante que as pessoas com síndrome de Down devem desenvolver adequadamente, se desejam desenvolver sua autonomia de maneira adequada. Portanto, a realização de atividades que envolvam o uso da linguagem é fundamental. A seguir, mostramos duas atividades:
7. Somos atores!
Procedimento: Para trabalhar o idioma, uma das atividades que podem ser realizadas são pequenos teatros em que cada aluno tem um papel e profere pequenas frases. Essas pequenas histórias têm que ser da vida cotidiana, para que sejam mais fáceis de serem interpretadas.
Alguns exemplos podem ser: Uma pequena conversa com sua amiga sobre o namorado dela, as roupas que compraram, etc. Recomenda-se que você faça essa atividade em pares, pois custa menos fazer dessa forma. No entanto, se seus alunos são capazes de fazer intervenções em grupos, você também pode fazê-lo.
Materiais: Para a realização desta atividade não serão necessários materiais, apenas o roteiro de interpretação de cada criança.
Dicas: O professor deve estar atento e tirar todas as dúvidas que possam surgir. No início, podem não conseguir respeitar a ordem do plantão e podem até pisar na intervenção do parceiro, pois em algumas ocasiões podem ser muito impulsivos. Portanto, com esta atividade eles serão capazes de aprender a se comunicar adequadamente.
8. O que fizemos ontem?
Procedimento: Outra das atividades que costumo utilizar quando pretendo trabalhar na área de idiomas é a que explicaremos a seguir. Do meu ponto de vista, é uma atividade da qual tendem a gostar muito e que também incentiva o companheirismo dentro da classe.
Os alunos, um a um, têm que contar detalhadamente o que fizeram depois da aula no dia anterior. Dessa forma, eles têm que pensar sobre o que têm a dizer e estruturá-lo de maneira ordenada.
Material: Para realizar esta atividade não necessitará de nenhum material.
Dicas: O professor deve ouvir atentamente o que seus alunos contam, caso em algum momento eles não saibam como continuar ou como expressar uma atividade.
Às vezes, é recomendado que orientações simples sejam fornecidas sobre como contar aos colegas as atividades que eles fizeram no dia anterior. Isso lhes dará uma ideia de como devem fazer isso.
Atividades para desenvolver autonomia
Para desenvolver a autonomia das pessoas com síndrome de Down, podemos fazer diversos jogos com os quais elas podem praticar a moeda entre si. Por outro lado, também seria conveniente se lhes demos a oportunidade de serem responsáveis por algumas atividades que normalmente fazemos tanto em casa como na escola.
Aqui estão algumas atividades que podem ajudá-los a desenvolver sua autonomia:
9. Vamos ao mercado
Procedimento: Em sala de aula podemos simular diversas situações do cotidiano que permitirão à criança melhorar sua autonomia e saber agir em todos os momentos. Um dos exercícios que podemos fazer para isso é fingir que vão comprar comida no mercado.
Para fazer isso, temos que dividir as crianças em pares, onde um atuará como vendedor e o outro como comprador. Em seguida, eles têm que agir com base no que fariam desde o momento em que entram pela porta do supermercado ou da loja até irem às compras.
Dessa forma, podemos ver exatamente como fariam isso e como se dirigiriam ao vendedor e vice-versa.
Materiais: Para realizar esta atividade necessitará de alguns brinquedos, estes serão o que os nossos alunos irão realmente comprar. No caso de simularmos a compra em uma mercearia, seria recomendável que os brinquedos fossem frutas.
Dicas: O professor deve mediar a atividade em todos os momentos, pois no início ele irá para a fruteira de qualquer forma e não respeitará as orientações de comunicação de forma real.
Portanto, previamente eles terão que explicar como devem se comunicar de forma educada, bem como as possíveis frases que devem dizer em todos os momentos. Por exemplo: quando você chega a um lugar diz bom dia, se quiser comprar alguma coisa antes de pedir, pode me dar um quilo de banana? Etc.
10. Quanto vale?
O manejo do euro também é muito importante para desenvolver a autonomia das pessoas com síndrome de Down, portanto, também temos que realizar exercícios desse tipo.
Procedimento: Uma boa forma de aprenderem a utilizar as moedas e notas de euro é apresentar-lhes problemas reais da vida quotidiana, quanto mais quotidianos, mais fácil será para eles internalizar o tratamento. Um exemplo claro poderia ser escrever no quadro um problema matemático como o seguinte:
Luisa quer comprar calça e camisa. A calça custa 10 euros e a camisa 6. Se você tem 20 euros, pode comprá-la? Quanto sobra? Quanto custam as duas coisas no total?
Para tornar esta atividade mais fácil para eles, dinheiro de aparência real será fornecido na forma de notas e moedas. Muitas vezes isso é muito útil, pois é difícil para eles imaginar o valor das moedas.
Materiais: moedas e notas de euro que simulam a verdadeira, papel, lápis e borracha.
Dicas: Para fazer este exercício, você precisa ter um conhecimento básico do valor de cada moeda. Por este motivo, pode intercalar este exercício com explicações curtas e fáceis, começando pelas moedas de menor valor e terminando pelas de maior valor, como acontece com as notas.
Depois de explicar os valores, você pode ajudá-los a integrar esse novo conhecimento resolvendo problemas como esses e adaptando suas quantidades.