Algumas das obras literárias equatorianas mais destacadas são Huasipungo de Jorge Icaza, Polvo y ceniza de Eliécer Cárdenas, María Jesús de Medardo Ángel Silva, Siete lunas, sete cobras de Demetrio Aguilera Malta, entre outros.
O Equador, país vizinho da Argentina e do Chile, berço de poetas e escritores como Benedetti ou Cortázar, também é referência literária no continente sul-americano. Escritores como Jorge Enrique Adoum ou José Queirolo, nasceram no Equador.
Alguns deles cruzaram fronteiras com obras literárias como Requiem for the Rain ou The Tree of Good and Evil, uma poesia escrita por Medardo Ángel Silva em 1918.
A literatura equatoriana vem se expandindo nos últimos anos, tendo como referência as obras contemporâneas mais destacadas dos países de língua espanhola.
Obras inéditas, como as obras literárias de Pablo Palacio, mostram o grande enriquecimento literário e cultural que o Equador transmite ao mundo por meio de sua prosa. Débora ou Vida do Enforcado são obras deste escritor que em sua época não alcançaram a atenção suficiente ou a difusão necessária.
Poetas clássicos da época da Guerra da Independência, como Julio Zaldumbide, são uma referência para outros escritores.
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10 obras importantes da literatura equatoriana
1-
Jorge Icaza é um escritor popular que narrou a cultura indígena andina do Equador em suas obras. Sua obra Huasipungo, publicada originalmente em 1960, narra a luta de classes que estava ocorrendo na época.
Desenvolve a arbitrariedade e a escravidão moderna por parte da classe proprietária de terras equatoriana. Jorge Icaza nos fala sobre a divisão de classes em que os setores populares foram esmagados pela classe dominante e a introdução do liberalismo no Equador.
dois-
José de la Cuadra nasceu em Guayaquil em 3 de setembro de 1903. Versátil em direito, jornalismo e literatura, ele nos oferece uma obra literária no estilo dos Cem Anos de Solidão.
Originalmente escrito e publicado em 1939, Los Sangurimas é a história de uma poderosa família equatoriana cheia de mitos e lendas típicas da época.
Cheio de misticismo, esoterismo e histórias interligadas que revelam até como Nicasio Sangurima havia feito pactos com o demônio.
3-
Este jovem escritor, sobre o qual se tece um mistério sobre sua morte aos 21 anos, nasceu em 1919. No estilo de María de Jorge Isaacs, Silva entrega seu pequeno romance de dez capítulos em que conta a história melancólica de um homem feridos voltando ao campo.
Lá ele encontra a alegria tão desejada que sentia falta na cidade, que ele descreveu como um lugar de homens maus.
Uma poética história em que se desenrola uma pequena história de amor entre o narrador e María, uma simpática filha de quinze anos de um revolucionário.
4-
Luis Alfredo Martinez foi um escritor político de carreira marcada e ideias liberais. Em 1904 lança o livro A la costa, obra literária que contrasta com os costumes conservadores da época, mostrando um rosto romântico rebelde entre Luciano e Mariana.
É uma narrativa crítica com a religião e os costumes da época. A história de cada um dos personagens deste romance se confunde com a narrativa, tomando uma variação imprevista.
Salvador, o protagonista principal, consegue se casar com Consuelo, e depois de vários anos de amor e felicidade a história toma um rumo inesperado.
5-
Obra literária lapidada por Juan Montalvo, nascido em 13 de abril de 1832. É considerado por grande parte dos intelectuais equatorianos um dos maiores ilustradores do país e referência da literatura crítica e política do país.
Em sua obra Las Catalinarias, Juan Montalvo luta sem escrúpulos contra a ditadura de Ignacio de Veintemilla, que classifica de tirano e corrupto.
6-
Romance escrito por Eliécer Cárdenas, nascido em 1950 em Cañar, Equador.
P olvo y Ceniza é um romance popular na cultura equatoriana, em que se revela o sentimento majoritário da população da época.
Naún Briones é um camponês guerreiro que enfrenta a exploração do feudo contra o camponês. Cárdenas envolve o personagem principal em uma semântica de romantismo, realismo e misticismo, que reflete o que seria o verdadeiro sentimento para a época. É uma obra contemporânea.
7-
Jorge Carrera Andrade é um escritor e poeta equatoriano nascido em Quito em 1903. Sua obra mais importante é El camino del sol.
O poeta conta-nos a história do Equador através da poesia, em que cada capítulo se torna um conto popular que entrelaça lutas, histórias e personagens indígenas da República do Equador.
8-
Demetrio Aguilera Malta foi um renomado escritor e cineasta equatoriano, nascido em 1909.
No mesmo gênero de Cem anos de solidão, este romance conta a história de uma criança chamada Candelario Mariscal.
A crônica se passa na cidade de Santorontón, um lugar cheio de misticismo e que se consegue conciliar com a realidade dando trechos de fantasia literária. É uma obra de reconhecido valor cultural no Equador.
9-
Luis Alberto Costales foi um notável escritor e filósofo equatoriano, além de poeta.
Exilado no verso é uma obra em que o autor transmite seus pensamentos mais fantasiosos, revelando a cultura equatoriana por meio da poesia.
Luis Alberto Costales reflete suas histórias de vida nesta poesia, transformando-a, segundo o mesmo autor, em uma extensão de sua linhagem mental.
10-
Do escritor Juan León Mera, Cumandá é um romance romântico que conta a história de Carlos e o protagonista.
Por meio dessa obra literária, Juan León Mera combina o romantismo com os problemas culturais e indígenas vividos na época, contando também a exploração dos indígenas pelo próprio indígena.
Referências
- Medardo Ángel Silva (1918). Maria Jesus. Quito. The Total Book Foundation.
- Mera, Juan León (1983). Cumandá ou um drama entre selvagens. Quito: Promotor Cultural Popular.
- Biblioteca Virtual Universal. Editorial del Cardo. library.org.ar.
- Montalvo, Juan (1966) Las Catalinaires. Latacunga: Editorial Cotopaxi.
- Ribadeneira, Edmundo (1968). O romance equatoriano moderno. Quito: Casa da Cultura Equatoriana.