- Quando é usada a comunicação não verbal?
- 5 coisas que você deve saber sobre a comunicação não verbal
- As 10 maneiras de melhorar sua comunicação não verbal
- 1. O visual
- 2. O sorriso
- 3. Os braços
- 4. As mãos
- 5. As pernas
- 6. Os pés
- 7. A saudação
- 8. Espaço pessoal
- 9. Postura corporal
- 10. A imagem
- A comunicação
- Referências
A comunicação não verbal ou linguagem corporal é a comunicação por meio do envio e recebimento de sinais não verbais sem palavras. Inclui o uso de dicas visuais, como linguagem corporal, distância, voz, toque e aparência. Também pode incluir o uso de tempo e contato visual.
Ao longo deste artigo, vou mostrar 10 maneiras de melhorar sua comunicação não verbal, tornando-o mais consciente e participativo dela.
Você já parou para pensar em tudo o que comunica não verbalmente? Você tem consciência da quantidade de informações que transmite por meio de gestos, expressões ou olhar? Você saberia como melhorar esta comunicação?
Para se comunicar, não basta duas pessoas conversarem, mas há outros fatores a serem levados em consideração que influenciam essa comunicação mais do que você imagina, como suas atitudes ou posturas corporais.
Quando é usada a comunicação não verbal?
A comunicação não verbal é usada em conjunto com a comunicação verbal e, embora a princípio você possa considerar que os gestos complementam as palavras, a verdade é que as palavras são um suporte para os gestos.
Isso ocorre porque a comunicação não verbal é muito mais sincera e espontânea do que a comunicação verbal. Por esse motivo, você pode detectar que uma pessoa está triste ou preocupada, mesmo que ela diga o contrário verbalmente.
Seus gestos estão diretamente conectados às suas emoções. Dessa forma, você pode usar a linguagem corporal para mostrar seus sentimentos e camuflá-los.
Tamanha é a importância da comunicação não verbal, que aproximadamente 55% da mensagem que você comunica é realizada por meio dessa comunicação, ou seja, mais da metade da mensagem que você transmite é feita sem verbalizar uma única palavra.
Você comunica o resto da mensagem por meio de palavras (7%) e aspectos paraverbais (38%). Esses percentuais foram extraídos dos estudos do psicólogo alemão Albert Mehrabian.
A comunicação não verbal é necessária em toda comunicação; na verdade, é inevitável se comunicar dessa forma.
Para verificar isso, proponho um exercício: tente passar uma mensagem para alguém próximo a você sem usar a comunicação não verbal, ou seja, sem gesticular, sem transmitir com os olhos, sem mostrar sua atitude em relação ao assunto… é difícil, certo?
A comunicação não verbal é uma parte inerente da sua comunicação. Na verdade, as roupas que você está vestindo e até mesmo o odor do seu corpo fazem parte da sua comunicação não-verbal.
Alguns exemplos são: a posição de seus braços, seus pés, como você sorri, a dilatação de suas pupilas, a distância que você está da outra pessoa…
A comunicação não verbal também é usada na sociedade para comunicar leis ou regulamentos, como sinais de trânsito ou alarmes de incêndio.
Muitas das novas tecnologias limitam a comunicação à escrita, impedindo você de se comunicar por meio do paraverbal e do não verbal.
Essa limitação é causa de mal-entendidos, discussões e até pausas ao falar nas redes sociais ou pelo telefone.
O problema é que o que o remetente deseja transmitir não é captado de forma adequada, então o destinatário tem que interpretar a mensagem livremente, com a confusão que isso acarreta.
5 coisas que você deve saber sobre a comunicação não verbal
- Os únicos comportamentos não verbais que são universais em todo o mundo são expressões faciais de ódio, felicidade, tristeza, nojo, surpresa e medo. Os demais são específicos para cada cultura. Por exemplo, no Ocidente, o contato visual significa respeito e é bem visto. Porém, no Oriente pode significar interesse romântico e tende a ser evitado.
- A capacidade de ler linguagem não verbal está relacionada à inteligência emocional. Muitas pessoas com autismo não conseguem ler pistas não-verbais.
- A linguagem corporal pode ser ambígua e os especialistas nem sempre estão certos. Mesmo que você tenha visto séries e documentários nos quais os comportamentos não-verbais de outras pessoas são interpretados, você nem sempre pode estar certo. Por exemplo, você pode tocar o nariz porque está doendo, você levou uma pancada ou está resfriado. Não significa que se você tocar o nariz ou tapar a boca com a mão enquanto fala, você está mentindo.
- A maior parte da linguagem não verbal é inconsciente. Se você se sentir desconfortável em ouvir alguém, mostrará pistas não-verbais das quais não está ciente (a menos que esteja intencionalmente tentando controlá-los).
- As microexpressões são as melhores para prever emoções e sentimentos. Essas são expressões faciais que duram apenas uma fração de segundo e são sinais de sentir uma emoção ou de tentar suprimi-la.
As 10 maneiras de melhorar sua comunicação não verbal
A seguir irei analisar 10 formas de comunicação não verbal, através das quais você terá mais consciência da importância de seus gestos e atitudes, melhorando assim sua comunicação não verbal.
1. O visual
O olhar é um elemento muito importante na comunicação não verbal, visto que os olhos são a parte mais expressiva do rosto devido à sua ligação íntima com as emoções. Seu papel na comunicação é essencial.
Quando você presta atenção em algo ou alguém, suas pupilas dilatam e quando você não gosta de algo, elas se contraem.
O tempo durante o qual o olhar é mantido nos fornece muitas informações sobre a outra pessoa.
Pessoas tímidas não conseguem sustentar o olhar por muito tempo, pessoas que olham expressam uma atitude desafiadora ou agressiva e aquelas que olham diretamente nos olhos transmitem sentimentos mais positivos.
Em relação ao gênero, as mulheres parecem mais do que os homens quando se comunicam porque sentem menos álibi para expressar suas emoções e são mais receptivas a ouvir e compreender as emoções dos outros.
As diferenças entre homens e mulheres se devem ao fato de que desde cedo as crianças foram ensinadas a controlar e camuflar seus sentimentos.
Dica: Ao falar e ouvir os outros, procure olhar diretamente para causar uma melhor impressão, evitando que esse olhar se torne desafiador.
2. O sorriso
O sorriso ajuda você a ter empatia, a mostrar seus sentimentos e emoções e a detectar os dos outros, mas como saber se alguém está sorrindo para você com sinceridade ou está fingindo?
Muito simples, as pessoas que sorriem sincera e espontaneamente movem os músculos da boca, aqueles que circundam os olhos e levantam as bochechas, enquanto as pessoas que os fingem mexem apenas os músculos da boca.
Ou seja, as pessoas que sorriem sinceramente têm pés de galinha marcados enquanto suas maçãs do rosto sobem, enquanto as pessoas que os fingem não.
Dica: fingir um sorriso é difícil, mas nem tanto detectá-lo. Olhe para as pessoas ao seu redor, como elas sorriem e aprenda a detectar entre aqueles que mostram sinceramente seus sentimentos e aqueles que não o fazem.
3. Os braços
O gesto mais comum que você faz com os braços é cruzá-los. Com este gesto, o que você cria é uma barreira com a qual tenta remover de si aquelas circunstâncias indesejáveis de que não gosta ou que lhe incomodam.
Quando você cruza os braços, transmite uma atitude defensiva e negativa, e se você ainda tiver os punhos cerrados, essa atitude se transforma em uma atitude hostil.
A barreira defensiva que você cria com seus braços também pode ser criada com objetos do cotidiano como um livro, uma jaqueta, uma bolsa…
Dica: se você quiser detectar se uma pessoa está na defensiva com você, olhe para os braços dela, assim como se você quiser esconder sua raiva ou rejeição em relação a alguém, não os cruze.
4. As mãos
Na comunicação não verbal, as mãos são muito importantes, embora muitas vezes você não tenha consciência disso.
Mostrar a palma das mãos significa verdade, honestidade, que você não está escondendo nada. Ao contrário, se você mantém as mãos no bolso, ou seja, não mostra, é porque está escondendo alguma coisa.
No entanto, se suas mãos estão dentro dos bolsos, mas o polegar está para fora ou no bolso e o resto dos dedos está para fora, isso significa que você tem tudo sob controle.
Dica: se você quiser causar uma boa impressão, mostre as mãos, você não precisa fazer nada específico com elas, apenas não as esconda para dar uma imagem melhor de si mesmo.
5. As pernas
Quando você está sentado e cruza as pernas, isso simboliza a mesma coisa que quando você cruza os braços: uma atitude negativa em relação a algo ou alguém.
O cruzar dos braços é mais negativo do que o cruzar das pernas e se ambos ocorrerem ao mesmo tempo, a atitude defensiva e negativa é mais do que evidente.
É preciso ter cuidado ao interpretar esse gesto nas mulheres, pois algumas delas cruzam as pernas ao sentar-se por acreditar que essa posição é mais elegante e feminina.
Dica: Assim como acontece com os braços, saber o que significa cruzar as pernas ajuda a detectar atitudes defensivas e ocultá-las.
6. Os pés
Os pés são uma parte do corpo que não costumamos fixar, damos mais atenção aos gestos do rosto ou das mãos antes dos
pés.
Isso é um erro, pois os pés não mentem; na verdade, eles revelam mais informações do que você pode imaginar à primeira vista.
Por exemplo, se você está de pé e cruzando um pé sobre o outro, você transmite uma sensação de fechamento para os outros, e se você torce o pé do lado do tornozelo para fora, significa que você se sente desconfortável na situação em que se encontra.
Quanto à direção dos seus pés, se você está falando com alguém e ao invés de ter os dois pés voltados para essa pessoa você tem um voltado para o lado, significa que você quer sair, fugir daquela situação ou parar de falar com aquela pessoa.
Dica: se você aprender a interpretar o que os pés falam sobre uma pessoa, será mais fácil interagir com eles: você saberá quando eles querem ir embora, se estão incomodados ou fechados para os outros.
7. A saudação
Podemos nos cumprimentar de duas maneiras diferentes: com dois beijos ou com um aperto de mão. A primeira saudação é usada com as pessoas mais próximas de você e a segunda com estranhos.
A maneira como você aperta as mãos diz muito sobre uma pessoa. Se a pegada for fraca, o que você demonstra é passividade e falta de autoconfiança, da mesma forma que se a pegada for muito forte, você se mostra dominante e agressivo.
Dica: o ideal é dar um aperto que fica entre os dois que acabamos de descrever, de forma que você pareça confiante e seguro de si.
8. Espaço pessoal
O espaço que você estabelece ao se comunicar com outra pessoa é muito importante.
Edward Hall, um antropólogo americano, descreve quatro tipos diferentes de distâncias:
- Distância íntima: entre 15 e 45 cm. Essa distância é estabelecida apenas com pessoas em quem você confia e a quem você está emocionalmente ligado.
- Distância pessoal: entre 46 e 120 cm. É a distância que você mantém na festa, no trabalho, nas conversas amigáveis …
- Distância social: entre 120 e 360 cm. É a distância que você estabelece com estranhos com quem não tem relacionamento, como o encanador.
- Distância pública: mais de 360 cm. É a distância a que você se coloca quando vai falar em público para um grupo de pessoas.
Dica: o ideal é respeitar o espaço pessoal do outro com base no tipo de relacionamento que você tem para que o outro não se sinta invadido ou intimidado.
9. Postura corporal
A postura corporal que você adota influencia muito as primeiras impressões que você causa.
Por exemplo, se você entrar em uma sala com a cabeça erguida e o peito ereto, mostrará uma personalidade confiante e confiante e, inversamente, se entrar com a cabeça e os ombros caídos, o que você transmite é insegurança.
Dica: reflita sobre o tipo de postura que você costuma adotar e aprenda a ter confiança diante dos outros por meio de seu corpo.
10. A imagem
A imagem, assim como a postura corporal, influencia muito as primeiras impressões.
É muito importante ter uma imagem cuidadosa e adequada às situações que você enfrenta no dia a dia, ou seja, você não vai vestido igual para uma entrevista de emprego como quando sai para uma festa com os amigos.
Conselho: ter uma imagem adequada e correta à situação abre muitas portas. Cuide de sua aparência física e lembre-se de que "não há segunda chance de causar uma boa primeira impressão".
“Pelas impressões digitais de um homem, pelas mangas de seu casaco, por suas botas, pelos joelhos de suas calças, pelos calos de seus dedos, por sua expressão, pelos punhos de sua camisa, por seus movimentos… cada uma dessas coisas revela facilmente as intenções de um homem. Que tudo isso junto não ilumine o interrogador competente é praticamente inconcebível ”. Sherlock Holmes.
A comunicação
A comunicação é o processo pelo qual as informações são transmitidas e trocadas entre um remetente e um destinatário.
Hoje vivemos em uma sociedade em que nos comunicamos constantemente, seja falando cara a cara, por telefone, por e-mail, por mensagens instantâneas… e isso é normal, já que o ser humano é sociável por natureza.
Dentro da comunicação, podemos diferenciar entre:
- Comunicação verbal.
- Comunicação paraverbal.
- Comunicação não verbal.
A comunicação verbal é o que você faz oralmente e por escrito.
A comunicação paraverbal se refere a como você diz as coisas, ou seja, que tipo de entonação você usa, que velocidade, que volume, que ritmo, que ênfase… Este tipo de comunicação permite, por exemplo, perguntar, exclamar ou ser irônico.
A comunicação não verbal ocorre por meio de pistas e sinais que carecem de uma estrutura sintática verbal e é o tipo de comunicação que irei enfocar ao longo deste artigo.
Quando falamos em comunicação não verbal nos referimos aos olhares, gestos, posturas, atitudes, estados, movimentos corporais… que você mostra quando se comunica.
Resumindo: comunicação verbal é o que você diz, para-verbal é como você diz e não verbal é o que você transmite. O conjunto desses três tipos de comunicação permite que você envie sua mensagem ao destinatário corretamente.
Quando algum tipo de comunicação falha, o mais provável é que a pessoa a quem você deseja transmitir a mensagem a receba incorretamente, levando a mal-entendidos e confusão.
Referências
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- Ekman, P. (2009). As contribuições de Darwin para a nossa compreensão das expressões emocionais. Philosophical Transactions of the Royal Society,
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