- Origens e história
- Corporativismo moderno
- Caracteristicas
- Tipos
- Corporativismo Direcionista
- Corporativismo liberal
- Corporativismo social
- Corporativismo estatal
- Corporativismo de parentesco
- Corporativismo na religião e espiritualismo
- Status corporativo no México
- Status corporativo na Espanha
- Status corporativo em
- Referências
O corporativismo é um sistema político, social e econômico que estabelece que uma comunidade deve atuar como um corpo, que por sua vez é formado por uma série de instituições encarregadas de interagir umas com as outras para a tomada de decisões.
Em geral, o corporativismo se baseia no princípio da unificação, integrando a comunicação de três setores principais: associações empresariais, sindicatos e governo, que cumpririam o papel de entidade neutra e negociadora entre os outros dois.
Da mesma forma, para o sucesso de uma sociedade corporativista, deve haver uma divisão das classes sociais e a subordinação desses grupos ao poder e à intervenção estatal.
Origens e história
Os antecedentes desta doutrina foram manifestados nas civilizações grega, romana e até egípcia. Mas é na Idade Média que se estabelecem as formas mais explícitas dessa corrente.
Naquela época, a sociedade começava a se organizar através das guildas e uma das mais importantes era o agrupamento de comerciantes e artesãos de diferentes profissões, que procuravam defender os interesses e privilégios dos associados.
Diante disso, conseguiram fixar preços, estabelecer padrões de qualidade para produtos e serviços e suprimir quase que totalmente a concorrência.
Com o passar do tempo, a constituição de organizações sociais tornou-se cada vez mais comum, principalmente entre os séculos XVIII e XIX, época em que surgiram os sindicatos de trabalhadores e os partidos políticos.
Corporativismo moderno
O que hoje se conhece como corporativismo surgiu na Itália após a Primeira Guerra Mundial com Benito Mussolini, a fim de estabelecer o controle social por meio de políticas de Estado. Com isso buscou-se alcançar:
- A substituição dos partidos políticos por associações patronais e operárias, que seriam controladas, por sua vez, pelo partido fascista único e pelo governo.
- Determine os salários e a solução dos conflitos entre os grupos.
- Coordenação de produção.
- Elaboração de contratos coletivos.
- Previsão de greve.
Ressalte-se que, atualmente, falar de corporativismo é associado a um termo pejorativo, uma vez que atende apenas os interesses de um único setor - geralmente o governo ou as elites presentes na época.
Caracteristicas
Os elementos essenciais do corporativismo são:
-As regiões que mantêm este tipo de sistema têm forte intervenção do Estado.
-As decisões são feitas por empresas, não pessoas.
-Os representantes dos sindicatos são aqueles que participam da atividade política e da promulgação das leis e regulamentos de cada setor.
-As reclamações são feitas dentro de cada grupo no esquema de comunicação vertical. Porém, já foi demonstrado que se trata de um sistema pouco representativo e gerador de descontentamento entre os membros.
-O Estado aumenta a regulamentação do trabalho.
-Está associada ao absolutismo, neoliberalismo, nacionalismo, fascismo, social-democracia, socialismo e sindicalismo.
-Está presente também na interação e nos relacionamentos em algumas religiões importantes como o Cristianismo, Islã, Confucionismo, Hinduísmo e Budismo.
- Busca reivindicar valores e virtudes tradicionais.
-Você deseja garantir o bem comum e o interesse geral.
Tipos
Diferentes tipos de corporativismo podem ser encontrados:
Corporativismo Direcionista
O Estado é a entidade encarregada de estabelecer o controle social e dos grupos que fazem parte da sociedade. Possui um caráter predominantemente político, pois é o Estado que coordena todo o sistema.
Corporativismo liberal
Afirma que não há conflito de interesses entre os grupos porque predomina a interdependência.
Corporativismo social
Os grupos se caracterizam por terem autonomia em relação ao Estado. Eles também têm capacidade de participar da elaboração de políticas públicas.
Corporativismo estatal
Compartilha algumas características com o corporativismo dirigista, com a diferença de que estabelece processos burocráticos para controlar a implementação das políticas a serem implementadas.
Também é possível incluir dois tipos de natureza apolítica:
Corporativismo de parentesco
Baseia-se na identificação e agrupamento por etnias, clãs e famílias. Eles até estabelecem normas legais e relações familiares.
Corporativismo na religião e espiritualismo
Eles têm a ver com a organização que é estabelecida de acordo com a religião e a fé. Os principais valores que se manifestam neste tipo de grupo são: comunidade, família, solidariedade e harmonia.
Ressalte-se que entre as dinâmicas, o hinduísmo se destaca, principalmente porque a organização social, política e econômica se dá por meio das castas, que rejeitam, por sua vez, modelos que promovam o liberalismo individual.
Status corporativo no México
Estima-se que o início do corporativismo no México ocorreu a partir da fundação do Partido Revolucionário Nacional (PNR) em 1929 e que, posteriormente, passaria a se chamar Partido Revolucionário Institucional (PRI).
O PRI reuniu os interesses dos setores operário, camponês e popular. O controle gradual do partido desencadeou a limitação da participação dos associados nas atividades sociais e políticas do país.
No entanto, o surgimento do corporativismo no México deveu-se principalmente a dois fatores determinantes:
- A necessidade de governança.
- A necessidade de o Estado se tornar a peça principal para a ativação dos processos econômicos e mais ainda em um ambiente internacional competitivo.
Embora o modelo tenha funcionado durante vários anos, a evolução política e social do país exige autonomia e liberdade dos grupos para formarem um Estado onde são promovidas entidades que não dependem do governo.
Status corporativo na Espanha
No final do século XIX, surgiu a necessidade de restaurar a influência da Igreja Católica, especialmente no mundo operário e camponês, graças à presença do socialismo e da anarquia.
Com isso, formaram-se grupos mistos que combinavam ideologias católicas com interesses operários.
Por outro lado, o Estado também exerceu sua influência por meio de políticas e reformas que buscaram enfrentar essas correntes políticas, considerando-as uma ameaça. Portanto, se houvesse algum tipo de levante, a entidade poderia usar medidas repressivas se necessário.
Na época da ditadura de Primo de Rivera, instituições mais próximas ao modelo corporativo italiano foram formadas. Ou seja, suas principais características foram: a estruturação de um movimento político inclusivo, a implementação de um conceito de pátria-nação, a incorporação de modelos tradicionalistas apoiados pela Igreja Católica (como a defesa da família), o senso de disciplina e maior controle do Estado nas atividades sociais.
Essas características também se manifestariam durante a ditadura de Francisco Franco, uma vez que os partidos políticos são eliminados para a composição da falange espanhola, que ganhou presença graças ao domínio da Igreja para o controle da moral e do comportamento.
Status corporativo em
Na década de 1920, começou a manifestar-se uma série de reações que iam contra a intervenção do Estado nas associações patronais e de trabalhadores. Por outro lado, também surgiram sentimentos e movimentos pró-tradicionalistas ligados ao autoritarismo e ao militarismo.
Com a crise dos partidos na década de 1930, o Estado ganhou mais controle sobre os sindicatos até se estabelecer no peronismo. Na época, diferentes sindicatos se agrupavam sob a tutela do estado e do partido único.
Este modelo queria ser copiado durante os governos militares subsequentes, a fim de perpetuar o controle. Deve-se notar que, neste ponto, as Forças Armadas se tornaram o fator de peso no corporativismo argentino.
Referências
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