- Evolução
- Caracteristicas
- Tamanho
- Cabeça
- Pele
- Características especiais
- Extremidades
- Sentidos
- Taxonomia
- Estado de conservação
- Ações
- Habitat e distribuição
- Habitat
- Alcance territorial
- Alimentando
- A caça
- Métodos de alimentação
- Reprodução
- Acasalamento
- Jovem
- Comportamento
- Comportamentos sociais
- Comportamentos territoriais
- Vocalizações
- Referências
O coiote (Canis latrans) é um mamífero placentário que faz parte da família Canidae e está relacionado com o cão doméstico. Uma de suas principais características é o uivo solitário. Esta chamada de contato é usada para comunicar que um coiote está fora da matilha.
O tamanho e peso deste animal dependem do sexo e de sua localização geográfica. Assim, as mulheres são maiores do que os homens e aqueles que vivem no norte tendem a pesar mais do que aqueles que vivem no sul.
Coiote. Fonte: Alan Vernon
Sua distribuição cobre toda a América Central e América do Norte, excluindo as regiões polares. Este canídeo se adapta facilmente aos habitats, por isso pode viver em florestas, pântanos e desertos. Além disso, é encontrado em áreas suburbanas, agrícolas e urbanas, onde tende a atacar animais domésticos.
Canis latrans tem um comportamento muito particular: marca com urina o lugar onde guarda a comida que vai comer depois. A micção é comum nesta espécie, sendo usada como um sinal olfativo de dominância. Geralmente é feito durante a viagem, ao brincar ou cavar, e para mostrar agressão e territorialidade.
Evolução
O gênero Canis descende de Eucyon davisi, cujos vestígios datam do Mioceno e surgiram nos Estados Unidos e no México. Durante o Plioceno, Canis lepophagus apareceu na mesma região e no início do Pleistoceno, Canis latrans já existia.
Segundo a pesquisa, a transição de Eucyon davisi para C. lepophagus foi linear. Canis lepophagus existia antes de os clados do gênero Canis se dividirem. Era pequeno em tamanho, com um crânio estreito. Seu peso era semelhante ao dos coiotes modernos, mas seus membros eram mais curtos.
O coiote é um animal mais primitivo do que o lobo cinzento, o que é evidenciado por seu tamanho pequeno e mandíbulas e crânio estreitos. Isso o impede de ter o poder de agarrar presas grandes, assim como os lobos.
Além disso, a crista sagital do Canis latrans é achatada, indicando que sua mordida é fraca. Dessa forma, as evidências poderiam indicar que os ancestrais do coiote são mais semelhantes às raposas do que aos lobos.
Comparativamente, os coiotes do Pleistoceno (C. l. Orcutti) eram maiores e mais robustos do que as espécies atuais, provavelmente em resposta à existência de presas maiores. A redução no tamanho ocorreu durante o evento de extinção do Quaternário de 1000 anos, onde grandes barragens foram extintas.
Caracteristicas
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Tamanho
O tamanho varia de acordo com o sexo, já que o macho é maior e mais pesado que a fêmea. Assim, o macho pesa entre 8 e 29 kg, enquanto a fêmea pesa de 7 a 18 kg. O macho mede entre 1 e 1,35 metros de comprimento, com cauda de 40 cm.
Além disso, existem diferenças em relação à região geográfica onde vive. Nesse sentido, as subespécies que vivem no norte pesam cerca de 18 quilos, enquanto as do sul do México pesam em média 11,5 quilos.
Cabeça
O coiote tem o rosto fino, com orelhas grandes em relação ao tamanho da cabeça. Os olhos são redondos, com íris amarelas. Em relação ao nariz, é preto e mede menos de 25 milímetros.
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O focinho é fino e pontudo, com caninos proeminentes, finos e longos. Os molares são adaptados para moer carne e ossos. Já o crânio é alongado e a testa ligeiramente inclinada.
Pele
A coloração pode incluir tons de cinza ou avermelhados, com alguns pelos pretos e brancos intercalados.
No entanto, a cor pode variar de acordo com a localização geográfica. Aqueles que vivem em regiões altas tendem a ter colorações mais acinzentadas e pretas, enquanto aqueles em áreas desérticas são cinza esbranquiçados.
O coiote tem uma área branca que cobre a parte inferior do focinho e o ventre. Na linha dorsal apresenta cerdas pretas, que demarcam uma faixa com uma cruz escura na altura dos ombros. O albinismo ocorre muito raramente na população de coiote.
Em relação à cauda, é densa e larga, com a ponta preta. Isso tem cerca de metade do comprimento do corpo. Na base dorsal possui uma glândula supracaudal, de cor preto-azulada. Além disso, possui uma juba, composta por pêlos que têm entre 80 e 110 milímetros de comprimento.
Características especiais
A pelagem do Canis latrans é composta por dois tipos de pêlos: alguns são macios e curtos e outros são grossos e longos. Além disso, apresenta variações marcantes, relacionadas com o ambiente onde se desenvolve.
As subespécies do norte o têm mais denso e mais longo do que as espécies do sul, que o têm curto e fino. Alguns coiotes da América Central e do México têm cabelos eriçados, caracterizados por serem ásperos, rígidos e duros.
A muda ocorre anualmente, do verão ao outono. Antes disso, o casaco está descolorido e gasto. Assim, no verão tem cabelos mais curtos e finos do que no inverno. A espessa camada da estação fria é altamente isolante, aumentando a conservação do calor corporal.
Extremidades
As pernas são pequenas, comparadas ao tamanho do corpo. Os frontais têm quatro dedos e os traseiros cinco, cada um com uma garra forte e não retrátil.
A passada do Canis latrans mede entre 15 e 20 centímetros e ao caminhar é de 33 centímetros. No entanto, ao correr, a pegada pode atingir um comprimento de dois a três pés. Ao correr, fá-lo a uma velocidade de 50 km / h.
Sentidos
O coiote pode ter uma alta sensibilidade auditiva, variando de 100 Hz a 30 kHz. O olfato é altamente desenvolvido e permite-lhe identificar, entre outras coisas, o seu território e o estado reprodutivo da fêmea.
No que diz respeito à estrutura do globo ocular, esta espécie apresenta um duplex retina, com preponderância dos brotos. Além disso, antes das variações na intensidade da luz, os cones e os bastonetes são ativados. Por isso, sua visibilidade à noite é boa, aspecto muito favorável em seus hábitos noturnos e crepusculares.
Taxonomia
- Reino animal.
- Sub-reino Bilateria.
- Filo de cordados.
- Subfilo de vertebrados.
- Aula de mamíferos.
- Encomende Carnivora.
- Família Canidae.
- Genus Canis.
- Espécies de Canis latrans.
Estado de conservação
As populações de Canis latrans diminuíram, o que alertou as organizações dedicadas à proteção da espécie. É por isso que a IUCN classificou o coiote dentro do grupo de animais que, se as ações apropriadas não forem tomadas, podem ser vulneráveis à extinção.
A grande ameaça desse canídeo é o homem, que degrada o meio ambiente e o caça ilegalmente. O habitat natural do coiote foi modificado, em decorrência do desmatamento do ecossistema, para o estabelecimento de assentamentos urbanos, agrícolas e pecuários.
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Por isso, o animal freqüentemente invade áreas urbanas próximas de onde vive, atacando e predando ovelhas, vacas, touros e outros animais. Para proteger o gado, o homem caça o coiote, o que vem diminuindo sua população.
Além disso, os caçadores capturam esse mamífero para sua pele, que é vendida a preços elevados tanto regional quanto internacionalmente. Embora Canis latrans tenha sofrido várias ameaças por muitos anos, atualmente o declínio da população é local e temporário.
Ações
Nos Estados Unidos, o coiote é protegido em 12 estados. Além disso, no México é uma espécie regulamentada pela Lei Geral de Vida Selvagem e seus Regulamentos.
Habitat e distribuição
Canis latrans habitava originalmente os Estados Unidos, México e Canadá. No entanto, durante o século 19, essa espécie se espalhou por vários biomas florestais onde nunca havia vivido. Assim, localizou-se em florestas caducifólias, taiga e florestas tropicais.
Especialistas afirmam que a fragmentação do meio ambiente e a extinção de alguns de seus predadores, como o lobo cinzento (Canis lupus) e a onça pintada (Panthera onca), influenciaram a expansão de sua área de distribuição.
Atualmente, o coiote é encontrado na América Central e colonizou toda a América do Norte, com exceção das áreas polares. Assim, é distribuído da Costa Rica à região norte do Alasca. As maiores densidades ocorrem nos Estados Unidos, na região centro-sul e nas Grandes Planícies.
Este canídeo está ausente das ilhas árticas ao norte do Canadá, incluindo uma grande área ao norte de Quebec, Labrador e Terra Nova. Da mesma forma, é raro em áreas onde os lobos cinzentos são abundantes, como o norte do Alasca, o nordeste de Minnesota, Ontário e Manitoba.
Habitat
O coiote ocupa uma grande variedade de habitats. Ele pode viver em quase qualquer ecossistema onde se encontram as populações de animais que compõem sua dieta. Assim, pode estar localizado em prados, florestas, montanhas e desertos, onde a disponibilidade de água pode limitar sua distribuição.
A expansão desta espécie para a parte oriental do Panamá pode estar relacionada ao uso de gado e áreas urbanas, evidenciando a grande adaptabilidade de Canis latrans a diferentes ambientes. Da mesma forma, pode viver em áreas com gramíneas baixas, em áreas semi-áridas onde existe artemísia ou em regiões áridas.
Em busca de alimento, esse animal podia caminhar entre 5 e 16 quilômetros por dia, além de usar rios congelados como vias de acesso durante o inverno. Como outros canídeos, é um excelente nadador, podendo nadar até 0,8 km em riachos.
Para construir sua toca, o coiote usa áreas íngremes, arbustos, saliências rochosas e troncos ocos. Você também pode usar aqueles deixados por outros animais, como o texugo americano (Taxidea taxus).
O local de descanso tem geralmente entre 1,5 e 7,5 metros de comprimento e 3 metros de diâmetro. Além disso, possui várias entradas e muitos túneis interligados.
Alcance territorial
Em uma família, uma família de duas ou mais gerações, um adulto solteiro ou um casal podem viver juntos. A extensão desta área varia em cada região. Por exemplo, no Texas é de 5 quilômetros quadrados, enquanto em Washington pode abranger de 54 a 142 quilômetros quadrados.
Os machos tendem a ter intervalos maiores do que as fêmeas. Assim, enquanto a média para os homens é de 42 quilômetros quadrados, as mulheres ocupam 10 quilômetros quadrados.
O comportamento social e o tamanho do grupo influenciam o tamanho do território onde o coiote vive. Aqueles que vivem em rebanhos durante o inverno têm famílias menores do que aqueles que estão sozinhos ou em pares.
Alimentando
O coiote é um predador oportunista, comendo uma grande variedade de alimentos, incluindo tudo, desde insetos e frutas a grandes ungulados e carniça. No entanto, parece ser seletivo com algumas espécies, preferindo não comer musaranhos e ratos marrons.
Em sua dieta estão bisões, alces, crustáceos, veados, ovelhas, roedores, cobras, insetos, coelhos e pássaros. No grupo de pássaros estão as cotovias, perus selvagens, pardais, cisnes e pelicanos.
Ele também come amoras, pêssegos, mirtilos, peras e maçãs. Nas áreas urbanas, costumam atacar animais domésticos ou de fazenda, além de poderem comer alimentos que estão no lixo.
A disponibilidade de alimentos influencia sua dieta. No inverno, consome 1% de matéria vegetal, 3% de pássaros, 3% de veados, 8% de cabras e ovelhas, 15% de roedores, 34% de coelhos e 35% de carniça. Além disso, ele passa a maior parte do tempo descansando.
No verão, aumenta a quantidade de presas disponíveis, o que diminui o tamanho das presas que ataca.
A caça
O sucesso na caça pode depender das características ambientais, da idade do coiote e do tamanho da presa.
Quando o Canis latrans caça em grupo ou em pares, pode ter acesso a animais de grande porte, como alces, antílopes, ovelhas selvagens e veados. No entanto, se o coiote se depara com ovelhas ou bezerros, ele os prefere a presas maiores.
Para caçar, ele usa sua visão e estímulos olfativos e auditivos. Além disso, geralmente captura os animais que oferecem pouca resistência, como os jovens, os doentes, os velhos, os que ficam presos na neve ou as fêmeas grávidas.
Essa espécie armazena o alimento excedente, marcando com sua urina o local onde é armazenado, expressando assim sua dominância.
Existe uma aliança incomum entre o coiote e o texugo. Os dois trabalham juntos para capturar cães da pradaria, que geralmente são encontrados em cavernas subterrâneas. O texugo os escava usando suas garras, enquanto quando eles emergem do buraco, o coiote os pega e mata. Depois de comer, o canídeo deixa alguns restos para o texugo.
Métodos de alimentação
Quando o coiote caça pequenas presas, como ratos, ele enrijece as pernas, para e depois se lança sobre o animal. No caso de perseguir um animal maior, como um cervo, geralmente é feito em um rebanho.
Assim, um ou mais coiotes perseguem o animal, enquanto o resto dos canídeos esperam. Então, o grupo de socorro continuará com a caça. Trabalhando em equipe, economizam energia e garantem o sucesso da tarefa.
Reprodução
Mulheres e homens podem se reproduzir no primeiro ano. No entanto, alguns coiotes não se reproduzem até os dois anos de idade. As fêmeas são monoestricas, pois têm estro uma vez por ano. Já o ciclo da espermatogênese nos machos é anual.
A duração do estro é de 2 a 5 dias e a ovulação ocorre 2 ou 3 dias antes do final da receptividade da fêmea.
Acasalamento
Os comportamentos de namoro acontecem 2 a 3 meses antes do casal acasalar. Uma das maneiras pelas quais a fêmea atrai o macho é pelas marcas de cheiro que ele deixa, usando para isso sua urina e fezes. Por meio deles, o macho obtém informações sobre se a fêmea está no cio.
Após a cópula, um forte vínculo se estabelece entre o casal: eles estabelecem a área onde será a toca, caçam e ambos cuidam dos filhotes. Da mesma forma, eles podem continuar a acasalar por vários anos, mas geralmente não para o resto da vida.
A gestação dura de 60 a 63 dias, após os quais nascem entre 2 e 12 filhotes, com uma média de 6 filhotes. Existem alguns fatores que podem influenciar o tamanho da ninhada.
Jovem
Província de Gyeonggi
A mãe cuida da educação, podendo ser auxiliada por um filhote da ninhada anterior. O macho contribui com alimento e proteção. No entanto, pode abandoná-los se a fêmea deixar a toca antes do desmame.
Ao nascer, os filhotes pesam entre 240 e 275 gramas, com comprimento de 16 centímetros. Eles estão com os olhos fechados, mas irão abri-los após 14 dias. Durante os primeiros 10 dias, dependem exclusivamente do leite materno.
Os incisivos aparecem em torno de 12 dias, os caninos em 16 dias e os pré-molares em 21 dias. Os pais complementam a dieta dos jovens, oferecendo-lhes alimentos sólidos que já tenham regurgitado.
Então, por volta da sexta semana, a lactação diminui e passam a receber ratos e pedaços de carne. Aos 4 meses já podem caçar pequenos mamíferos.
Os filhotes começam a andar às 3 semanas de idade e na sexta semana já estão correndo. Da mesma forma, as lutas entre eles começam e, quando completam 5 semanas, eles estabelecem hierarquias de domínio.
Comportamento
Comportamentos sociais
A unidade social é formada pela família, onde existe uma fêmea reprodutiva. O coiote é um animal gregário, embora geralmente não dependa de seus companheiros. No entanto, ele pode unir forças com outros membros da espécie para atacar um grande ungulado, que não pode derrubar individualmente.
Esses agrupamentos são temporários e podem ser compostos por fêmeas não reprodutoras, machos solteiros e descendentes adultos.
Comportamentos territoriais
Canis latrans é um animal pouco territorial, geralmente defende seu espaço quase exclusivamente durante a fase de acasalamento. No entanto, ele pode caçar e lutar contra um intruso, embora raramente o mate. Uma das razões mais comuns de conflito dentro do grupo é a escassez de alimentos.
Vocalizações
O coiote é reconhecido como o mamífero selvagem mais vocal de toda a América do Norte. O alcance de suas vocalizações pode chegar a 11 tipos, que são divididos em três grupos: alarme, contato e saudação.
As vocalizações de alarme incluem bufos, grunhidos, gritos, latidos. Os rosnados são emitidos pelos filhotes enquanto brincam, mas também são usados pelos machos durante a cópula. Já os uivos, bufos e latidos são gritos de alarme que, devido à sua intensidade, podem ser ouvidos a longas distâncias.
Para cumprimentar, o coiote assobia e uiva em baixa frequência. Eles podem usar esses sons quando estão reunidos e também podem ser a parte final da cerimônia de saudação, que termina com o abanar do rabo.
Em chamadas de contato, o uivo solitário constitui o som icônico desta espécie. Essa vocalização está associada ao anúncio da existência de um coiote, que está sozinho e separado do rebanho.
Referências
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- Sistema de informação sobre os efeitos do fogo (FEIS) (2019). Canis latrans. Recuperado de fs.fed.us.
- Kays, R. (2018). Canis latrans. A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN 2018. Recuperado de iucnredlist.org.
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- Horn SW, Lehner PN. (1975). Sensibilidade escotópica em coiotes (Canis latrans). Recuperado de ncbi.nlm.nih.gov
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- Posadas-Leal, César, Elena Santos Díaz, Rosa, Vega-Manriquez, Xochitl. (2017). Coyote Canis latrans, seu habitat e comportamento. Recuperado de researchgate.net.