A língua dos olmecas, também conhecida como "protomayahuasteca", é um dialeto do protofamiliamixe-zoque. Esta civilização não deixou nenhum tipo de testemunho em que se possa deduzir como realmente falaram.
No entanto, historiadores e arqueólogos têm feito um importante trabalho de pesquisa e graças a isso temos mais informações sobre a língua desta antiga tribo.
Cabeça olmeca. Fonte: Museu Nacional de Antropologia, Mexiko-Stadt Fotografia: Luidger.
Para entender um pouco mais a história dessa língua, é necessário conhecer dois dos mais importantes ramos dialéticos dos quais ela surgiu, ambos conhecidos como “a família zoque-mixte”.
Cada um desses dialetos teve forte influência sobre os olmecas.
Raízes da linguagem olmeca
O dialeto olmeca está agrupado na família “mixe-zoque”, também conhecida como mije-soquenas. Ambas incluem ao mesmo tempo duas divisões de grande importância como a subfamília Mixe e a subfamília Zoque.
A língua da família "Mixe-Zoquena" teve um amplo espectro de difusão que alcançou toda a costa do Pacífico guatemalteco, o que influenciou fortemente as civilizações vizinhas, como os olmecas que aparentemente copiaram a língua e a adaptaram.
Alguns pesquisadores sugerem que a civilização olmeca passou a falar a língua Mixe-Zoque devido à sua forte influência. Apesar disso, existem posições de especialistas que refutam este estudo e sugerem algo diferente.
Exposição de objetos olmecas relacionados à construção do poder no Museu Mesoamericano de Jade. Fonte: AlejandroLinaresGarcia / domínio público
Historiadores contra a posição acima afirmam que é possível que a civilização olmeca tenha usado muitas palavras do zoque, mas nunca se misturou.
Uma das razões que eles dão é que durante o período 1500-100 AC, as línguas Mixe-Zoque formaram uma unidade.
Todas essas teorias são formuladas porque realmente não há nenhum registro dessa linguagem antiga que produza uma "verdade absoluta". O que se sabe é que chegaram a desenvolver alguns conceitos por meio do uso de símbolos.
Os elementos gráficos foram uma parte importante dentro desta civilização para facilitar e divulgar sua cultura a outras pessoas, tanto no aspecto político, religioso e até estético.
A estética como forma de comunicação
Sendo a primeira civilização conhecida na Mesoamérica, os olmecas, aparentemente, não possuíam um dialeto escrito, mas, em vez disso, faziam uso de signos (chamados de glifos) para representar aspectos da vida cotidiana e de sua cultura.
Graças a essas representações com signos, algumas de suas crenças foram conhecidas, muitas vezes por meio de metáforas sobre a origem da vida e a criação do mundo.
As referências metafóricas dos olmecas nos glifos encontrados durante as investigações podem ser uma das formas de comunicação mais comuns, muito semelhantes aos egípcios, que também adotaram uma linguagem escrita baseada na simbologia.
O que intrigou a todos em relação à linguagem dos olmecas foi um achado denominado "Bloco Cascajal", no qual são observados 28 símbolos diferentes com representações de peixes, abelhas, milho, besouros, etc.
Esta é provavelmente a amostra definitiva da escrita desta curiosa e enigmática civilização!
Referências
- Família Mixe-Zoque. Obtido em 12 de setembro de 2017, em mexico.sil.org
- Língua mixezoquiana. Recuperado em 17 de setembro de 2017, da Wikipedia.org
- Origens da civilização olmeca. Obtido em 12 de setembro de 2017, de raicesdemexico.wikispeaces.com
- Olmeca Recuperado em 12 de setembro de 2017, da Wikipedia.org
- Os olmecas. Recuperado em 12 de setembro de 2017, de laslenguasdeamerica.webnode.es.