- Estrutura: partes principais de um poema
- 1 - Verso
- 2 - Verso
- 3 - Ritmo
- 4 - Métrico
- 5 - Rima
- 6 -
- Características de um poema
- 1 - Não apresentam narrativa direta
- 2 - O poema evoca emoções do autor
- 3 - Use figuras literárias
- Referências
As partes principais de um poema são o título, verso, estrofe, ritmo, métrica e autor. A poesia é um gênero literário que utiliza as qualidades estéticas e rítmicas da linguagem, como eufonia (som de palavras consideradas agradáveis) e métrica (conjunto de regularidades em versos), para evocar significados ou sentimentos, muitas vezes ocultos ou simbólico.
O poema é o produto literário da poesia, ou seja, um texto literário que reúne as características para ser considerado parte do gênero da poesia. A principal característica para classificar uma obra literária como poema é a presença do verso, que é a unidade em que um poema se divide.
No entanto, a prosa (uma forma de escrita semelhante à linguagem natural) também é usada na escrita de um poema, que pode ser da mesma forma diferenciada de uma história ou romance pela presença de ritmo ou pela ausência de um narrativa formal ou direta.
Na poesia, várias formas literárias e convenções são usadas que podem ser usadas para evocar diferentes respostas emocionais, dar sentido a palavras ou "efeitos", como o uso de ritmo em versos para conseguir um efeito de musicalidade.
Além disso, as características podem variar de acordo com seu contexto histórico ou as tradições literárias de onde vem ou o idioma em que foi escrito.
Estrutura: partes principais de um poema
Devido ao desengajamento de restrições e convenções para escrever poesia entre autores contemporâneos, é difícil identificar certos elementos em exemplos de poesia contemporânea.
No entanto, a maioria dos elementos de um poema ainda podem ser encontrados na maioria dos poemas atuais, embora possam ser diluídos ou menos convencionais.
1 - Verso
O verso refere-se à unidade mínima em que um poema pode ser dividido, é representado por uma única linha métrica.
Ao contrário da prosa, que se divide por signos gramaticais e é composta por frases ou parágrafos, o verso depende da métrica, do ritmo, da rima ou mesmo da finalidade do autor.
Assim, o verso pode ser classificado de acordo com a estrutura do poema. Com a presença de rima, vêm o verso rimado, o verso solto e o verso branco.
Além disso, existem versos de acordo com o número de sílabas destes (arte menor e arte maior). Bem como de acordo com a sua disposição acentuada, ou seja, o ritmo que apresentam.
A seguir, um trecho do poema La Bailarina de los Pies Desnudos, do poeta nicaraguense Rubén Darío:
Neste fragmento os versos podem ser diferenciados de forma simples, cada um sendo uma linha de texto, seguido de outra linha de texto, sem uma linha em branco que os separa. Nesse caso, o autor separa os versos de acordo com o número de sílabas.
2 - Verso
Exemplo de uma estrofe de Miguel Hernández
A estrofe é outra unidade usada para dividir um poema, que é composto por um certo número de versos.
A estrofe depende da estrutura do poema, ou da intenção do autor, e geralmente é separada por um ponto final e um espaço em branco. Pode ser comparável a um parágrafo em prosa.
Dependendo do número de versos de que uma estrofe é composta, ela recebe nomes diferentes. Por exemplo, a alegria de duas linhas ou o limerick de cinco linhas.
Além disso, as estrofes que contêm um poema e os versos que por sua vez os contêm podem definir a sua estrutura, como é o caso dos sonetos, compostos por quatro estrofes, dois de 4 versos e dois de 3.
A seguir está o poema Los Amigos, do escritor argentino Julio Cortázar:
A primeira coisa que podemos determinar ao identificar as estrofes de um poema são os espaços em branco.
Esses espaços marcam a divisão entre estrofes e, por sua vez, esses espaços são precedidos por um ponto final.
Este poema apresenta uma estrutura de soneto, que possui quatro estrofes, das quais as duas primeiras têm quatro versos e os dois últimos três versos.
3 - Ritmo
O ritmo é uma característica e um elemento presente na maioria das artes, podendo ser visual ou auditivo.
Em geral, o ritmo pode ser definido como um fluxo de movimento, controlado ou medido, sonoro ou visual, produzido pela ordenação de diferentes elementos do meio em questão. Em outras palavras, é a sensação de continuidade ou fluxo em uma obra.
Na poesia, o ritmo representa uma característica básica para determinar a estrutura de um poema, e é uma das características mais importantes da poesia atual.
Isso pode ser dado por vários fatores, com a distribuição de acentos em cada verso sendo sua forma mais comum.
A seguir está o poema Godzilla no México, do poema chileno Roberto Bolaño:
A primeira coisa que podemos ver neste poema é que o comprimento de cada verso é consideravelmente desigual.
Este é precisamente um exemplo de poesia em verso livre. Aqui, podemos notar que o autor, no entanto, divide o poema em versos, portanto, não é escrito em prosa.
O principal critério para escolher onde separar uma linha de texto na poesia em verso livre é o ritmo.
Em Godzilla, no México, Roberto Bolaño dá o ritmo do poema com a ajuda de sinais de pontuação, usando vírgula, ponto final e perguntas para marcar uma breve pausa.
Aqui podemos notar que, no entanto, produzir um efeito de musicalidade é difícil, mesmo que não falte ritmo, devido à diferença na duração de cada verso e à ausência de rima.
4 - Métrico
O metro representa a principal estrutura rítmica de um verso na poesia. Assim, muitas formas de poesia em verso, especialmente algumas tradicionais, têm uma estrutura métrica pré-estabelecida.
A métrica refere-se ao número de sílabas de um verso e, nas formas mais livres de poesia, pode haver ainda uma espécie de métrica, que pode ser determinada pelo ritmo.
A seguir está o poema A un gato, do escritor argentino Jorge Luis Borges:
Neste poema, fazendo uma análise de cada verso, podemos ver que cada um dos versos é composto por 11 sílabas.
No entanto, deve-se levar em conta que algumas sílabas, que na verdade representam duas sílabas diferentes, são unidas, contando como uma.
No quinto verso "Por obra indecifrável de um decreto", há 13 sílabas, das quais as sílabas sutiã e em "obra indecifrável" são tidas como uma só porque uma obra termina em vogal e indecifrável começa em vogal, ou seja,, há a presença de um ditongo.
No mesmo verso, as sílabas "de" e "un" são tidas como uma única sílaba usando o mesmo critério, devido à presença do ditongo.
Da mesma forma, no versículo “acaricie minha mão. Você admitiu ”, as sílabas“ não ”e“ Tem ”na“… mão. Você admitiu… ”apesar do ponto, eles são tomados como uma única sílaba pela presença do H, que não representa nenhum som.
5 - Rima
Rima é a repetição de sons iguais ou semelhantes em duas ou mais palavras. Na poesia, e também nas canções, a rima é levada em consideração na sílaba final, ou nas últimas sílabas, de dois versos, que podem ser seguidos ou separados.
A seguir está o poema De uma reflexão de corda, da poetisa mexicana Sor Juana Inés de la Cruz:
A primeira coisa que se pode identificar neste poema é que sua estrutura é a de um soneto, devido ao número de versos e estrofes, no caso, duas estrofes de quatro versos, e duas estrofes de três versos. A rima é uma característica presente nos sonetos.
Desse modo, podemos determinar que as rimas da primeira estrofe são: ferido e crescido, as duas representam as últimas palavras do primeiro e último verso da quarta estrofe.
Da mesma forma, na mesma estrofe, as palavras "adicionado" e "ponderaba" formam a outra rima da estrofe.
Nas duas últimas estrofes eles formam rimas: "tiro" e "suspiro" da primeira e terceira linhas da terceira estrofe, "doloroso" e prodigioso "do segundo verso da terceira estrofe e o primeiro da última," suspiro "e" Eu admiro "no último verso da terceira estrofe e o segundo da última, e" prodigioso "e" feliz "no primeiro e terceiro versos da última estrofe.
No caso dos sonetos, isso não é por acaso, fazendo parte de sua estrutura. Podemos ver que nas duas primeiras estrofes, as rimas se encontram entre a primeira e a última estrofe, e a segunda e a terceira.
E nas duas últimas estrofes, as rimas estão entre a primeira e a terceira estrofe de cada uma, a segunda da terceira e a primeira da última, e a última da terceira e a segunda da última.
6 -
Como na maioria das formas de arte. Os poemas geralmente têm um título, ou seja, um nome distinto, embora também possam faltar.
O poema, nesse sentido, pode ser comparado à pintura, em que seu caráter subjetivo e íntimo o torna difícil de entender, e o título (se houver) ajuda a entendê-lo.
O seguinte é um poema do autor peruano César Vallejo:
A primeira coisa que podemos notar é a presença contínua da palavra “ausente!”, Que dita o caráter e o propósito da obra.
O título deste poema está com efeito Ausente, então o título pode ser uma consequência do texto, como poderia acontecer o contrário, de primeiro escolher um título e depois desenvolver o texto.
O seguinte é um poema do escritor espanhol Federico García Lorca:
Sem saber o título da obra, o leque de possibilidades de interpretá-la é extremamente amplo, mas sabendo que seu título é Desejo, podemos nos limitar a pensar que todas as coisas aparentemente belas que Lorca nomeia, são anseios do seu ser..
Características de um poema
1 - Não apresentam narrativa direta
A poesia é separada da narrativa (romances, contos), entre outros motivos, porque o propósito desta não é narrar acontecimentos ou contar uma história, pelo menos não em forma de narrativa. Ou seja, o poema pode contar uma história, mas valendo-se de seus próprios elementos.
Assim, o autor pode decidir contar uma história por meio de um poema, mas este não será transmitido ao leitor diretamente, contando os acontecimentos, linearmente ou não, como fariam nos gêneros da narrativa.
A mensagem é transmitida por meio dos versos, usando elementos da história, como o local, a hora ou os personagens.
2 - O poema evoca emoções do autor
Embora não haja um tema único imposto à poesia, e o poeta seja livre para escrever sobre qualquer tema, a poesia é uma arte altamente ligada às emoções, sentimentos e intelecto de quem a escreve.
Ou seja, independentemente do assunto a que se refere (patriotismo, amor, política, natureza, ciência), é difícil separar as próprias emoções do autor do texto, são vários os motivos pessoais (conscientes ou inconscientes) que o levaram a escrever Deste.
3 - Use figuras literárias
Sendo a poesia um gênero literário distinto do narrativo, ela requer (como outros gêneros) o uso de figuras literárias, que ajudem a expressar as ideias, emoções ou a história que o autor pretende contar.
Por não ser escrito com a linguagem usual com que as pessoas se expressam, mesmo em prosa poética, a verdadeira mensagem de um poema pode ser escondida, e geralmente é de interpretação livre ou aberta.
Para tanto, são utilizadas figuras literárias, ou seja, formas não convencionais de usar as palavras.
O caso mais notório é o uso de metáfora, que significa o deslocamento de sentido entre dois termos com finalidade estética.
Isso resulta em uma descrição, muitas vezes quase visual, que permite ao leitor compreender mais facilmente o significado do texto.
Um exemplo de metáfora pode ser encontrado em Dom Quixote: "Que seu cabelo é feito de ouro, sua testa de campos elíseos…"
Referências
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- Métricas. (2017, 19 de junho). Wikipédia, a enciclopédia livre. Data de consulta: 04:18, 27 de junho de 2017 de es.wikipedia.org
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- Versículo. (2017, 19 de junho). Wikipédia, a enciclopédia livre. Data de consulta: 04:18, 27 de junho de 2017 de es.wikipedia.org
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