- O início de Seligman no campo da psicologia
- O pioneiro da psicologia positiva
- Teoria da verdadeira felicidade
- Teoria do bem-estar
- Os cinco elementos que explicam o bem-estar
- O que é felicidade de acordo com Martin Seligman?
- Os tipos de vida feliz
- Dicas de Selingman para ser feliz
Martin Seligman é um psicólogo, educador e escritor americano conhecido por sua teoria do desamparo aprendido, a teoria do otimismo aprendido e por ser um dos pioneiros da psicologia positiva.
Ele nasceu em 12 de agosto de 1942 em Albany, EUA. Seligman é atualmente Professor de Psicologia da Família Zellerbach na Universidade da Pensilvânia e também diretor do Centro de Psicologia Positiva da Universidade da Pensilvânia.
Em 1998, a psicóloga foi eleita presidente da American Psychological Association (APA). Ele também foi o primeiro editor-chefe de Prevenção e Tratamento, que é o boletim eletrônico da associação.
Hoje, aos 72, ele não é apenas um dos psicólogos mais influentes da história, mas também é um renomado escritor e autor de livros de sucesso como A criança otimista, Otimismo aprendido, Felicidade autêntica, O que você pode mudar e o que Você não pode e florescer.
O início de Seligman no campo da psicologia
Seligman começou sua carreira como psicólogo na Universidade de Princeton. Em 1964 graduou-se Summa Cum Laude e durante seu último ano recebeu várias ofertas para continuar seus estudos na área. Duas dessas opções eram estudar psicologia analítica na Universidade de Oxford ou psicologia animal experimental na Universidade da Pensilvânia. Seligman escolheu a última opção e, em 1967, obteve seu doutorado em psicologia.
Durante seus anos de estudo, Martin Seligman se inspirou no trabalho de um de seus professores, Aron T. Beck, que era uma eminência no campo da terapia cognitiva e um especialista em sua aplicação ao tratamento da depressão. O trabalho de Beck foi baseado na ideia de que os pensamentos negativos das pessoas eram a causa de seus estados depressivos.
Seligman decidiu trabalhar neste postulado também e foi por esta razão que ele desenvolveu sua famosa teoria "Desamparo Aprendido" (desamparo aprendido). Com ele, também criou um modelo experimental para o tratamento da depressão, que consistia em neutralizar pensamentos negativos por meio de habilidades de disputa.
A ideia de Seligman com este trabalho era fazer com que as pessoas aprendessem a explicar ou racionalizar o que aconteceu com elas de uma forma positiva e não negativa para superar a depressão.
Com essa teoria, Seligman também foi capaz de criar e testar novas técnicas e exercícios cognitivos que mostravam que, combatendo os pensamentos negativos, era possível melhorar e até prevenir estados depressivos.
Mas, embora seu modelo de intervenção tenha se tornado uma referência no campo da psicologia, em 1990 Seligman virou sua abordagem de trabalho de cabeça para baixo. O psicólogo deixou de ser um especialista em depressão para se tornar um especialista em otimismo e felicidade.
O pioneiro da psicologia positiva
Ao entrar no campo da psicologia positiva, Seligman trabalhou com o especialista em psicologia clínica Christopher Peterson para criar o Manual das Forças e Virtudes do Caráter, ou o que eles chamaram de contraparte do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).
O objetivo dos autores era criar um manual que, em vez de focar no que pode dar errado, enfoque no que pode dar certo. Em suas pesquisas sobre muitas, muitas culturas e suas diferentes filosofias e religiões, eles conseguiram fazer uma lista das virtudes mais valiosas desde os tempos da China e Índia antigas, Grécia e Roma até as culturas ocidentais mais contemporâneas.
Essa lista incluía seis elementos: sabedoria / conhecimento, coragem, humanidade, justiça, temperança e transcendência. Cada uma dessas categorias pode ser subdividida em mais três ou cinco elementos.
A humanidade, por exemplo, incluía amor, bondade e inteligência social, enquanto a coragem inclui bravura, persistência, integridade e vitalidade. Além disso, os autores não acreditavam que existisse qualquer tipo de hierarquia, pois nenhuma era mais importante que a outra.
Teoria da verdadeira felicidade
Em 2002, Martín Seligman desenvolveu a teoria da felicidade autêntica. Com a psicologia positiva, o autor já havia direcionado a atenção do campo para as forças humanas, para destacar tudo o que permite às pessoas aprender, desfrutar, ser felizes e otimistas.
Com base no seu trabalho, Seligman criou esta teoria da felicidade, onde afirmava que não só era possível alcançá-la, mas também podia ser cultivada, utilizando as características que possui. Na teoria da felicidade autêntica, o tema era felicidade e foi discutido como a felicidade era medida pela satisfação com a vida.
Seligman argumentou que a solução para as pessoas alcançarem a felicidade era aumentar sua satisfação com a vida. Naquela época Seligman estava de acordo com a teoria de Aristóteles, na qual se afirmava que tudo o que se faz é com o objetivo de buscar a felicidade.
Nessa teoria, Seligman acreditava que o termo poderia ser dividido em três elementos: Emoção positiva, que são as emoções positivas que contribuem para ter uma vida agradável; Engajamento, que é o comprometimento com alguma atividade prazerosa; e Significado, que é o significado ou propósito que damos ao que fazemos.
A verdadeira teoria da felicidade tenta explicar a felicidade como resultado da satisfação na vida. Isso significa que quem tem as emoções mais positivas e significado em sua vida será o mais feliz. Por isso, propõe-se que o objetivo máximo do ser humano seja aumentar sua satisfação na vida para ser feliz.
Teoria do bem-estar
Hoje Seligman transformou sua própria teoria. Em seu livro Flourish, publicado em 2011, o autor afirma que odeia a palavra felicidade, pois seu uso excessivo no mundo moderno a tornou sem sentido em sua opinião. O autor afirma que felicidade não pode ser definida pela satisfação com a vida. Por esse motivo, ele reformulou sua abordagem criando a Teoria do Bem-estar.
Segundo Seligman, o bem-estar é uma construção mais completa que pode definir muito melhor o objetivo do ser humano. Nessa teoria, sendo o bem-estar o problema e não a felicidade, a forma de medi-lo é por meio de emoções positivas, comprometimento, relacionamentos positivos, significado ou propósito e realizações.
Os cinco elementos que explicam o bem-estar
Essa classificação é conhecida como PERMA, de acordo com a sigla em inglês:
- Emoções positivas: as emoções positivas continuam sendo fundamentais para o objetivo de ser humano. Mas, neste caso, a satisfação com a vida e a felicidade não são mais o ponto focal da psicologia positiva, mas se tornam elementos de bem-estar, uma nova abordagem da psicologia positiva.
- Engajamento: estando totalmente comprometido com uma situação, tarefa ou projeto em qualquer área da vida, você tem mais probabilidade de experimentar uma sensação de bem-estar.
- Relacionamentos (relacionamentos positivos): cultive relacionamentos positivos com outras pessoas. Poder compartilhar experiências com outras pessoas nutre a vida social e interior, o que favorece o bem-estar.
- Significado (significado, propósito): ser capaz de dar significado a eventos ou situações permite que você alcance um conhecimento pessoal.
- Realização: são os objetivos que motivam as pessoas a seguir. É cumprir objetivos e sentir que tem um caminho traçado.
De acordo com o que Martin Seligman propôs em sua teoria do bem-estar, nenhum desses elementos pode, por si só, definir o conceito de bem-estar. No entanto, cada um fornece características importantes que contribuem para alcançá-lo.
O que é felicidade de acordo com Martin Seligman?
Para ser feliz você precisa de muito mais do que satisfação com a vida. Com a teoria do bem-estar, Martin Seligman repensou seu próprio postulado, demonstrando como a felicidade é mais uma questão de bem-estar. Mas o autor também afirma que o bem-estar vai além de sorrir e se sentir bem.
Seligman explicou que é preciso mudar a ideia de que felicidade é sorrir muito e ser sempre feliz. O autor garante que as pessoas almejam ter muito mais do que isso e que felicidade não significa sentir-se bem o tempo todo.
Saber o que faz a diferença entre uma pessoa feliz e outra que não é tem sido uma questão para a qual a psicologia, e especialmente Martin Seligman, tem tentado encontrar uma resposta.
Depois de muitos anos de pesquisa e experimentação, o famoso psicólogo e autor tem isso claro. A felicidade não tem nada a ver com relacionamentos, dinheiro ou luxos, muito menos ter uma imagem corporal 'perfeita'. Felicidade é ter bem-estar e o bem-estar é dado pelos cinco pilares que compõem a PERMA.
Os tipos de vida feliz
Além de suas publicações, Martin Seligman se dedicou nos últimos anos a dar palestras sobre a nova era da psicologia positiva. A psicóloga diferenciou três tipos de vida feliz, o que significa que não existe um modelo único para alcançar a felicidade desejada.
O primeiro é a vida agradável. É uma vida onde a pessoa tem todas as emoções positivas que pode ter, mas além disso, também tem as habilidades para amplificá-las.
A segunda é a vida de compromisso. Esta é uma vida em que amor, paternidade, trabalho, tempo livre, entre outras coisas, são os mais importantes.
E, finalmente, a terceira, a vida significativa, que é uma vida em que cada pessoa conhece suas próprias forças e também as usa para o bem.
Dicas de Selingman para ser feliz
Ao descrever esses três tipos de vida, Seligman garante que um não é melhor do que o outro e que se trata apenas de três diferentes "vidas felizes". Todos podem ser felizes alcançando suas próprias prioridades. No entanto, ao longo de seu tempo como palestrante, o autor também compartilhou algumas idéias de como é possível alcançar uma vida muito mais positiva.
Martin Seligman recomenda projetar um belo dia e aproveitá-lo. Também destaca a importância de agradecer a quem deu lições de vida e a quem colaborou na construção de uma vida plena.
Além disso, o autor reafirma que a chave para o bem-estar é usufruir das próprias forças e isso se consegue realizando atividades onde as aptidões inatas de cada pessoa sejam postas em prática.
Graças às muitas descobertas da psicologia positiva e ao trabalho incansável de Martin Seligman no campo, este campo ganhou cada vez mais seguidores.
Apesar de a depressão, um dos problemas que a psicologia positiva busca atacar, afetar cerca de 350 milhões de pessoas no mundo hoje, a vantagem é que existem ferramentas e metodologias psicológicas para ajudar nessa batalha.