- Indicações
- ¿
- Preparação do paciente
- Diferenças entre panendoscopia, endoscopia e gastroscopia
- Gastroscopia
- Colonoscopia ou fibroscopia do cólon
- Broncoscopia ou fibroscopia brônquica ou pulmonar
- Cistoscopia urinária ou fibroscopia
- Artroscopia
- Complicações
- Referências
A panendoscopia, também conhecida como endoscopia alta (EDS), é uma técnica consagrada desde o final do século passado, feita para visualizar o esôfago, o estômago e a porção do intestino delgado, conhecida como duodeno.
Foi em 1868 quando Kussmaul introduziu pela primeira vez um tubo aberto dentro da faringe, usando como iluminação a luz refletida por uma lamparina a gasolina; Muita coisa mudou desde então. No início, essa técnica era apenas diagnóstica.
Ao longo dos anos, a ciência conseguiu implementar instrumentos que permitem tratar determinados procedimentos e obter tecidos para análise. Esse procedimento é realizado com o paciente sedado e um tubo flexível com luz e câmera, denominado endoscópio, é inserido pela boca sem interferir na respiração.
Este tubo passará pelos elementos da garganta (faringe e laringe), depois pelo esôfago até chegar ao estômago e duodeno. Emite imagens ao vivo através de uma tela, o que permite intervenções imediatas relevantes, como tratar uma pequena hemorragia ou colher uma amostra de tecido para análise (biópsia).
Para ver melhor as paredes do estômago, ar será introduzido para distendê-lo. O tempo aproximado é de 20 a 60 minutos. Um dos problemas com este teste é que o paciente, uma vez terminado, geralmente continua sob os efeitos turvadores dos sedativos por um período variável de horas.
Indicações
Este procedimento pode ser usado em pacientes que procuram o consultório médico apresentando sintomas como dor persistente na parte superior do abdômen, náuseas, vômitos, problemas para engolir ou queimação na boca do estômago.
Podem até ser sintomas que envolvem a voz e a garganta, como disfonia (rouquidão) ou dificuldade em engolir.
Também pode ser recomendado quando houver suspeita da presença de tumores, corpos estranhos, sangramento na parte superior do trato digestivo, inflamação ou úlceras no esôfago, estômago ou duodeno.
A suspeita de tumor no aparelho digestivo não se limita exclusivamente ao paciente que alega sintomas de desconforto, uma vez que, no momento em que surgem os sintomas, a doença pode já estar em estágio avançado de sua história natural.
É pertinente identificar a população com maior risco de apresentar ou desenvolver câncer em qualquer uma das estruturas avaliadas por esse procedimento, principalmente câncer de esôfago e estômago, uma vez que podem nem apresentar sintomas a qualquer momento.
Os fatores de risco que justificam a realização deste procedimento preventivo ou de triagem (ao detectar a doença em seus estágios iniciais) incluem idade, histórico familiar de câncer (especialmente estômago ou esôfago), raça (os asiáticos têm maior risco de desenvolver esses tumores) e grupo sanguíneo (grupo A), entre outros.
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A panendoscopia é freqüentemente usada para fazer um diagnóstico. Porém, acessórios podem ser fixados ao endoscópio para diversas finalidades, como remoção de corpos estranhos (pinças), controle de áreas de sangramento (álcool, êmbolos), remoção de pólipos ou outras lesões superficiais.
Também é possível tirar diferentes amostras de tecido para analisar e assim detectar tumores em estágios iniciais (biópsia), técnicas de ultrassom, e ainda pode ser usado para colocar cristais de material radioativo para tratamento de tumores; entretanto, o último não é um procedimento de rotina (radioterapia local).
Hoje os instrumentos usados para panendoscopia possuem equipamento de ultrassom embutido que tem usos específicos, como o diagnóstico de endocardite infecciosa (infecção das paredes internas do coração), pois logo na frente do esôfago está o átrio esquerdo do coração.
Outro uso muito importante dessa ferramenta é no câncer de esôfago, pois em seus estágios iniciais tende a invadir estruturas profundas do esôfago conhecidas como linfonodos, etapa crucial para a disseminação do tumor no corpo.
Preparação do paciente
Antes do teste, o estômago deve estar completamente vazio. Por esse motivo, o paciente não deve beber ou comer nada nas 8 horas anteriores ao teste.
Você deve informar se sofre de doenças cardíacas ou pulmonares, bem como dar detalhes sobre os medicamentos que toma e se tem algum tipo de alergia.
Isso é importante, pois os anestésicos usados para o procedimento podem causar reações desfavoráveis se o paciente tiver uma doença de base ou tomar medicamentos que interfiram na ação normal dos sedativos.
Diferenças entre panendoscopia, endoscopia e gastroscopia
Endoscopia é o termo utilizado para descrever a inspeção visual direta de qualquer parte do interior do corpo humano, por meio de um tubo flexível equipado com uma minicâmera e guiado por alavancas denominado endoscópio.
Este instrumento é introduzido através de orifícios naturais ou através de uma incisão cirúrgica mínima. Existem diferentes tipos de endoscopia dependendo do orifício de entrada e da parte do corpo a ser examinada, são eles:
Gastroscopia
A gastrocopia, conforme indica sua etimologia, refere-se exclusivamente à visualização do estômago, que pode ser por um orifício natural ou previamente feito (por exemplo, quando a superfície do estômago é abordada para alimentar pacientes com obstrução do esôfago ou garganta).
Colonoscopia ou fibroscopia do cólon
A colonoscopia permite que o cólon ou o intestino grosso sejam examinados do reto até a extremidade inferior do intestino delgado.
Broncoscopia ou fibroscopia brônquica ou pulmonar
A broncoscopia permite explorar a traqueia e os brônquios. Como a panendoscopia, a sonda é inserida pela boca.
Cistoscopia urinária ou fibroscopia
A cistoscopia permite que a uretra, a bexiga e a próstata sejam vistas nos homens. O endoscópio é inserido através do trato urinário e coberto com gel anestésico.
Artroscopia
É um procedimento que permite o acesso a grandes articulações (por exemplo, joelho). Representou um grande avanço na medicina esportiva desde seu início; Graças a isso, procedimentos cirúrgicos complexos podem ser realizados de forma rápida e minimamente invasiva.
Complicações
A panendoscopia é considerada um procedimento minimamente invasivo e as complicações podem incluir perfuração ou sangramento, reação ao medicamento usado para sedação e infecção de áreas cortadas ou cauterizadas.
Os médicos devem sempre discutir detalhadamente os riscos e complicações com o paciente antes de realizar o procedimento.
Referências
- Dr. Emilio León, Dra. Yolanda Quijano, sf, Panendoscopia Oral, Hospital Madrid: cirugiasanchinarro.com
- Drs. Tatiana Rudloff F, Manuel Cabrera R, Fructuoso Biel C, Guillermo Venegas V, sf; Panendoscopia gastrointestinal alta em crianças: scielo.conicyt.cl
- Panendoscopy, nd, Clínica las Condes: clinicascondes.cl
- Dr. Ernesto Torres Durazo, (2017), O que é Panendoscopia? Gastro Clinicas: gastroclinicas.com.mx
- DR TREVOR CURRER, sf, Panendoscopy: sydneygeneralsurgeon.com.au
- Panendoscopia, sf, Torbay e South Devon: torbayandsouthdevon.nhs.uk
- Endoscopia: Colonoscopia, Gastroscopia, Broncoscopia e Cistoscopia, (2016), GentSide: esgentside.com