- Humanismo como origem do paradigma humanista
- Paradigma humanista aplicado à educação
- Métodos humanísticos de aprendizagem
- Aprendizagem por descoberta
- Método Ausubel
- Referências
O paradigma humanístico na educação é a implementação de qualidades humanísticas no ambiente educacional, dando grande importância aos valores pessoais e emocionais que constituem uma pessoa, e aplicando-os na sua própria formação.
O paradigma humanista surge historicamente de correntes como o Renascimento e o Iluminismo, que marcaram uma nova percepção do mundo.
O paradigma humanístico é caracterizado por reconhecer o indivíduo como uma entidade singular, capaz de pensar a partir de suas próprias experiências, ter diferentes percepções sobre o seu entorno e expressar suas próprias opiniões. Por nenhuma razão ele é considerado parte de uma massa uniforme e obstinada.
O humanismo surge na sociedade humana após a Idade Média, onde as análises religiosas e sobrenaturais começam a ser relegadas para dar lugar à capacidade de pensamento livre do homem.
Historicamente e ainda hoje, por trás da aplicação do paradigma humanista há um grande suporte referencial de autores e obras que o abordam do ponto de vista literário, educacional e psicológico.
Humanismo como origem do paradigma humanista
O humanismo é considerado uma imagem do mundo; uma forma de ver e perceber. Com o declínio da filosofia escolástica, das crenças religiosas e supersticiosas, os filósofos do final da Idade Média começaram a levar em conta a capacidade do homem como ser pensante, verdadeiro e singular.
A partir do Renascimento, o humanismo passaria a ser aplicado de forma pedagógica, por meio do ensino de ideias e doutrinas consideradas humanistas, que se alimentam de correntes de pensamento como o realismo, o liberalismo e a integridade.
Essas correntes filosóficas manifestarão as principais qualidades notáveis que devem ser consideradas com respeito ao homem em sua educação.
O liberalismo contribuiria para a noção de valor humano como principal fruto a ser obtido com a educação, sua parte mais significativa.
O realismo levaria em consideração a experiência pessoal do sujeito, bem como o ambiente cotidiano em que ele atua como influente em sua formação.
A integridade expandiria os limites de seu ser como recipiente de conhecimento, apelando para sua sensibilidade humana.
O humanismo continuaria a evoluir, e com ele a educação, até o século XX, onde uma grande influência psicológica revelaria novos métodos e modelos educacionais que levassem em conta as qualidades humanas, mas também sua capacidade de automação. (comportamento).
O paradigma humanista, então, aborda os aspectos físicos, psicológicos, emocionais, sociais e éticos do homem, dando a todos esses aspectos uma importância crucial no desenvolvimento educacional e integral do homem.
Paradigma humanista aplicado à educação
Por muito tempo, ainda hoje, o sistema educacional na prática da transmissão do conhecimento foi considerado direto e muito rígido em seu caráter, limitando sua capacidade de explorar o verdadeiro potencial de todos aqueles que recebem educação.
Uma de suas falhas é que se trata de uma prática centrada no professor, enquanto o paradigma humanista busca transferir a atenção prioritária para os alunos.
No paradigma humanista da educação, os alunos são entidades individuais, com iniciativas e ideias próprias, com potencialidade e necessidade de crescer, vinculadas às experiências pessoais, etc.
O professor que ministra uma educação sob o paradigma humanista deve adotar uma postura de certa flexibilidade humana e levar em consideração alguns critérios, como os seguintes:
- Interesse pelo aluno como um todo e pessoa completa;
- Seja receptivo a novas formas e modelos de ensino;
- Promover o espírito cooperativo;
- Esteja genuinamente interessado nas pessoas, não como autoritário e superior.
- Rejeitar posturas autoritárias aplicadas ao sistema educacional, bem como fomentar a empatia com seus alunos.
- Relacione-se com eles e compreenda suas habilidades individuais.
O paradigma humanista, então, busca que a aprendizagem se torne significativa para o próprio aluno, e que ele passe a considerá-la dessa forma, e não como uma obrigação.
Somente neste momento, segundo o humanista Carl Rogers, o próprio aluno promoverá seu próprio aprendizado com grande eficiência e interesse.
Métodos humanísticos de aprendizagem
Autores e pesquisadores humanistas ao longo do tempo desenvolveram vários métodos de aprendizagem que se enquadram no paradigma humanista educacional.
Aprendizagem por descoberta
Promovido por Jerome Bruner, o aprendizado por descoberta tem como objetivo incentivar a participação ativa do aluno no processo de obtenção de conhecimento.
A aprendizagem deve desafiar a inteligência do aluno para que ele possa investigar criativamente as formas de solucionar ou superar dúvidas, comprometendo-se assim com a busca por respostas.
Método Ausubel
Ausubel promoveu dentro do paradigma humanista a constante atualização e revisão dos conhecimentos prévios do indivíduo. São necessários e cruciais para realizar aprendizagens que podem ser consideradas verdadeiramente significativas.
A exploração de conhecimentos anteriores e sua comparação com os novos está intimamente ligada à experiência pessoal de cada indivíduo.
O educador deve, então, encontrar a técnica mais equilibrada para que, mesmo a ausência de conhecimento prévio, não represente um peso para o aprendizado atual do aluno.
Referências
- Cruces, MG (2008). A Pessoa como Eixo Fundamental do Paradigma Humanista. Lei da Universidade, 33-40.
- Fabela, JL (nd). Qual é o paradigma humanista na educação? Guanajuato: Universidade de Guanajuato.
- Hoyos-Vásquez, G. (2009). Educação para um novo humanismo. magis, International Journal of Research in Education, 425-433.
- Luzuriaga, L. (1997). História da educação e pedagogia. Buenos Aires: Losada.
- Vasquez, GH (2012). Filosofia da educação. Madrid: Trotta.