A cosmologia filosófica é um ramo da filosofia que estuda o universo teórico considerando que é formado por um conjunto de seres finitos, sua essência, inteligência, origem, leis que regem seus elementos, atributos mais importantes e destino. Os filósofos estudaram este ramo para estabelecer a origem do universo.
Esta disciplina está em constante expansão. Baseia-se nos conceitos fundamentais da cosmologia e na perspectiva filosófica do universo.
Ele emprega teorias fundamentais da física, como termodinâmica, mecânica estatística, mecânica quântica, teoria quântica de campos e relatividade geral e especial.
Além disso, é baseado em alguns ramos da filosofia, como a filosofia da física, ciências, matemática, metafísica e epistemologia.
A cosmologia filosófica surge da divisão da filosofia em diferentes disciplinas. Assim, da filosofia da natureza, que consiste no estudo filosófico dos seres que constituem o mundo físico, surge a psicologia, que estuda os seres vivos, seus processos mentais e comportamentos; e a cosmologia filosófica, que estuda os seres físicos sem distinção: todos eles têm movimento, espaço e tempo em comum.
É também conhecida como filosofia da cosmologia ou filosofia do cosmos. Suas principais questões são direcionadas aos limites da explicação, ao infinito físico, às leis, especialmente aquelas das condições iniciais do universo, seus efeitos de seleção e o princípio antrópico, probabilidade objetiva, a natureza do espaço, ao tempo e ao espaço.
O conceito de cosmologia filosófica tende a se restringir, compreendendo-o ao estudo de entidades móveis inertes.
Aristóteles foi um dos primeiros filósofos a fazer perguntas sobre o universo, incluindo sua forma. Por isso, suas contribuições vão desde a filosofia da natureza até a cosmologia filosófica.
Origem do termo cosmologia filosófica
A filosofia é uma atividade do ser humano que cria inúmeros conceitos e reflexões sobre a vida.
Por englobar tantas reflexões, com o passar do tempo foi se dividindo em dois ramos principais: a filosofia teórica e a filosofia prática, ambas fora da lógica.
A filosofia teórica estuda as realidades que só podem ser contempladas. Disto surge a filosofia da natureza que consiste no estudo filosófico dos seres que constituem o mundo físico.
Este, por sua vez, é dividido em: psicologia, que estuda os seres vivos, seus processos mentais e comportamento; e na cosmologia filosófica, que estuda os seres físicos sem distinção: todos eles têm movimento, espaço e tempo em comum.
Vários filósofos se dedicaram a pensar e deduzir a origem do Universo. Entre eles, Aristóteles, expoente da filosofia da natureza, contribuiu com seus estudos sobre a forma arredondada da Terra e o sistema geocêntrico.
Assim também Tales de Mileto afirmou que a origem de tudo pode ser a água. Assim, outros filósofos tentaram elevar a origem das coisas além de uma explicação mítica ou mágica.
Só em 1730 o termo cosmologia, usado pelo filósofo alemão Christian Wolff, aparece na Comologia Generalis.
Graças à atividade filosófica, o homem aprendeu a pensar de forma coerente, por isso, tornou-se inevitável aplicar em questões sobre o universo, tanto questões puramente físicas como filosóficas. Dessa forma, surgiria a cosmologia filosófica.
Objetivos da cosmologia filosófica
Entre as questões que se tentam responder com os estudos da cosmologia filosófica estão:
- Qual é a origem do cosmos?
- Quais são os componentes essenciais do cosmos?
- Como o cosmos se comporta?
- Em que sentido, se houver, o universo é perfeito?
- Qual é o estado quântico do universo e como ele evolui?
- Qual é o papel do infinito na cosmologia?
- O universo pode ter um começo ou pode ser eterno?
- Como as leis físicas e a causalidade se aplicam ao universo como um todo?
- Como estruturas complexas e ordem vêm à existência e evoluem?
Para explicar a união da cosmologia e da filosofia, é necessário fazer esta pergunta: o início do Universo tornou-se uma questão rigorosamente científica, a ponto de a ciência ser capaz de resolvê-la por si mesma?
A ciência propõe que o Universo foi criado do "nada". O conceito de nada e o pressuposto de que é possível, é um conceito filosófico que vai além do que pode ser estabelecido por uma pesquisa científica.
O conceito de vazio se aproxima do de nada, mas eles são diferentes no sentido filosófico. O que é entendido como um vazio na física e na cosmologia é compartilhado com propriedades físicas essenciais e merece o nome de espaço ou espaço-tempo ao invés de nada.
Isso mostra que as teses da criação do Universo a partir do nada, como "o túnel do nada", "flutuação do nada", entre outras, não são teses puramente científicas.
Se omitirmos energia, massa e mesmo geometria como características não de nada, mas de espaço-tempo ativo (dinâmico), deve-se reconhecer que "no início" deve haver leis da natureza, segundo as quais "Nada cria o mundo ', que também pressupõe a existência de algo que pode ser chamado de mundo da lógica e da matemática. Nesse sentido, na explicação da origem do Universo é necessária alguma estrutura de racionalidade.
Essa concepção conduz inevitavelmente à filosofia. A física pode explicar a origem, ordem e conteúdo do Universo físico, mas não as leis da própria física.
Do ponto de vista filosófico, a concepção da inexistência de fronteiras de tempo e espaço desloca o problema da origem das condições iniciais para a questão da origem das leis físicas, segundo as quais o Universo não tem fronteiras.
As limitações de nosso conhecimento científico sobre o Universo à sua parte observável (denominada Universo horizontal) significam que não somos capazes de verificar cientificamente a exatidão de uma regra para as condições iniciais (ou sua falta) para todo o Universo.
Afinal, observamos os resultados da evolução de apenas parte do estado inicial.
Referências
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