- Flora de Salta
- Urunday (
- Pelo Santo (
- Tipo vermelho (
- Fauna de Salta
- Lampalagua (
- Habitat e comida
- Suri (
- Martinet de crista (
- Referências
A flora e a fauna de Salta são representadas por espécies como o palo santo, o urunday, o lampalagua e o suri, entre outras. Salta é uma das 23 províncias que existem na Argentina. Está localizada no noroeste do país, fazendo fronteira ao norte com o Paraguai e a Bolívia e ao sul com o Chile.
O clima da região é ameno, pois se encontra em uma zona tropical. Porém, as diferentes altitudes do terreno causam variações em cada microclima.
Urunday. Fonte: Jorge Vallmitjana Lampalagua. Fonte: CHUCAO
Assim, a leste da província o clima é semi-árido, enquanto nos vales é temperado, permitindo várias atividades agrícolas. Nesse sentido, em Salta existem algumas das vinhas com melhor desempenho do mundo, que produzem vinhos com um sabor intenso.
Flora de Salta
Urunday (
Esta árvore madeireira, pertencente à família Anacardiaceae, está localizada nas regiões intertropicais americanas. É uma espécie dióica, de grande porte. Assim, pode atingir até 22 metros de altura, com tronco reto e grosso, com aproximadamente 80 centímetros de diâmetro.
A copa é alongada e pouco espalhada, formada por ramos delgados e tortuosos, frequentemente pendentes. Por outro lado, as folhas são ímpar-pinadas e compostas, com comprimento entre 12 e 18 centímetros.
A lâmina é formada por folíolos, dispostos em 5 a 8 pares. Da mesma forma, são opostas, lanceoladas e com bordas serrilhadas.
Em relação à inflorescência, esta ocorre na forma de panículas terminais, com aproximadamente 12 a 15 centímetros de comprimento. As flores são pequenas, 4 milímetros e de cor amarelada. As flores masculinas têm pétalas ovóides, enquanto as femininas têm pétalas mais curtas.
Por outro lado, a falência do pichai ou machado, como também é conhecida a Astronium balansae, apresenta uma drupa subglobosa, com diâmetro entre 3 e 4 milímetros.
Pelo Santo (
O palo santo é uma espécie que faz parte do Grande Chaco sul-americano, localizado entre Argentina, Brasil e Paraguai. Por outro lado, seu crescimento pode ser isolado ou em pequenos grupos.
É uma árvore com uma altura aproximada entre 6 e 20 metros. Em seus ramos, que são rígidos e cilíndricos, estão os nós. São opostas e espessas, onde se concentram as folhas.
Em relação às folhas, são bifoliadas, com pecíolos formados por dois folíolos. Possuem extremidade arredondada, medindo 1,5 a 4 centímetros de comprimento.
A inflorescência é composta por duas flores, embora possa haver uma flor axilar. A flor tem cinco pétalas branco-amareladas. Já a floração do palo santo ocorre de abril a maio e frutifica de junho a agosto.
A madeira desta árvore é utilizada na construção e na elaboração de diversos utensílios de madeira. Dali é extraído o óleo de guaiac ou guaiaco, muito utilizado na indústria de perfumes. Da resina são obtidos solventes orgânicos, usados em vernizes e tintas.
Da mesma forma, é usado no tratamento de dores musculares, feridas de pele e algumas doenças estomacais.
Tipo vermelho (
Esta árvore pertence à família Fabaceae. É amplamente distribuído na Bolívia, Argentina, Paraguai e Brasil.
É uma espécie que mede entre 6 e 20 metros de altura, sendo colonizadora de áreas abertas, como bordas de estradas. O tronco chega a atingir 80 centímetros de diâmetro. A madeira que se obtém do tipo tinto é avermelhada e de grande dureza. É utilizado na marcenaria, nas vigas e em vários elementos decorativos.
A casca é acastanhada-acinzentada, espessa e áspera. Em relação aos ramos principais, são tortuosos, ascendentes e grossos.
Possui folhas alternadas, compostas e ímpares-pinadas, com número de folíolos variando entre 8 e 20. São ovais ou elípticos, glabros e alternados. Além disso, as costelas são impressas no pacote.
As flores são hermafroditas, no entanto, pode haver alguns machos. São de tons amarelados, sustentando-se em pedicelos glabros. O cálice possui cinco pétalas livres, côncavas e obovadas. A inflorescência é pendular, em racemos axilares.
O período de floração do cocal o vai girar, como também é conhecida esta espécie, vai de janeiro a fevereiro, frutificando de março a maio. O fruto é comprimido, reticulado e de cor castanha.
Fauna de Salta
Lampalagua (
Esta grande cobra vive nas áreas florestais semi-áridas da região centro-sul do continente sul-americano.
As fêmeas são maiores que os machos. Podem medir mais de 4 metros e pesar 18 quilos. Em contraste, os machos raramente excedem 2,40 metros e 8 quilogramas.
É uma jibóia que se caracteriza por ter um corpo pesado e sólido, conferindo-lhe assim um aspecto robusto. Sua cauda, um tanto preênsil, é curta. Em ambos os lados da cloaca eles têm esporas pélvicas, que são usadas pelo homem no namoro.
A cabeça da jibóia argentina, como também é chamada, tem formato triangular. Nele está uma mandíbula muito poderosa. Os olhos têm a pupila posicionada verticalmente, em decorrência de seus hábitos noturnos.
Seu corpo é coberto por escamas. A coloração pode variar de tons castanho-acinzentados escuros a castanho-acinzentados. Na área dorsal apresentam padrões ocelares brancos, amarelados ou rosados. Eles são circundados por anéis de cor preta, que estão conectados uns aos outros.
Esta espécie de cone sul-americano tem 24 a 29 manchas dorsais marrom-escuras ou pretas. O ventre é claro, onde se destacam manchas marrom-escuras.
Habitat e comida
O lampalagua é um animal que geralmente vive em terra, ao contrário das outras jibóias sul-americanas que costumam viver na água ou em áreas próximas a elas. Sua dieta geralmente inclui lagartos vermelhos, pequenos mamíferos e pássaros.
Suri (
Esta ave vive em áreas semi-áridas ou áridas do centro-oeste da América do Sul. Pode medir entre 90 e 100 centímetros de comprimento, com um peso que pode ter entre 15 e 29 quilos.
A cabeça, em relação ao tamanho do corpo, é pequena. O bico é curto e de cor marrom, medindo aproximadamente 6 a 9 centímetros. Em contraste, as pernas e o pescoço são longos.
A ema cordilheira, como também é conhecida a Rhea pennata garleppi, apresenta uma coloração acinzentada na parte superior, sendo ocre no pescoço e na cabeça. As penas escapulares e pelagens de espécies adultas são escuras, com pontas brancas.
Em relação às pernas, o tarso apresenta, na região frontal, entre 8 e 10 placas dispostas horizontalmente, chamadas de escutelações.
Sua dieta é baseada em folhas de ervas e arbustos, como junças e junças. Essa dieta é complementada com a ingestão de insetos, pequenos vertebrados e aracnídeos, entre outros.
Embora suas asas sejam mais desenvolvidas do que as do resto de sua espécie, o suri não pode voar. Porém, é um grande corredor, podendo assim escapar de seus predadores.
Martinet de crista (
A martineta de crista é uma ave tinamiforme que mede aproximadamente 41 centímetros de comprimento. É distribuído na América do Sul, principalmente no Chile e na Argentina.
Seu corpo é coberto por plumagem marrom escura, com tons amarelados. Essas cores favorecem a defesa contra predadores, pois podem se misturar ao meio ambiente.
A cabeça da perdiz tufada, como também é conhecida esta espécie, é pontilhada de castanho amarelado e preto. Na parte superior apresenta topete fino e comprido, curvo e orientado para a frente. Outra característica relevante é a linha branca com centro preto, que começa no olho e termina no pescoço.
O bico é curvo e robusto, facilitando assim a captura e ingestão de seus alimentos. Um exemplo de sua dieta são as sementes, frutas e insetos.
Em relação às pernas, possuem três dedos, permitindo-lhe caminhar entre as estepes e os campos onde vive. A martineta com crista pode voar distâncias curtas, mas só o faz quando precisa fugir rapidamente de uma situação perigosa.
Referências
- Portal de informações de Salta (2019). Solo: Flora e Fauna de Salta. Recuperado de portaldesalta.gov.ar.
- Laspiur, Alejandro, Acosta, Juan. (2010). Dieta da Boa constrictor occidentalis (Boa Argentina). Notas de história natural. Recuperado de researchgate.net.
- Encyclopedia britannica (2019). Salta, província da Argentina. Recuperado do britannica.com.
- Wikipedia (2019). Província de Salta. Recuperado de en.wikipedia.org.
- Pesquisador de vinhos (2019). Pule o vinho. Recuperado de wine-searcher.com.
- Cholewiak, D. 2003. Rheidae. Animal Diversity Web. Recuperado de animaldiversity.org.
- Laspiur, Alejandro & Acosta, Juan. (2010). Dieta da Boa constrictor occidentalis (Boa Argentina). Notas de história natural. Recuperado de researchgate.net.