- Lista de mitos e lendas do estado de Veracruz no México
- 1- Lenda do mulato de Córdoba
- 2- A sereia de Tamiahua
- 3- O menino chorando
- 4- A mulher chorando
- 5- A joia das moedas de ouro e a sereia
- 6- O Sambomono
- 7- Nahuani e Ahuilizapan
- 8- Lenda La Niña del Ángel
- 9- O cachorro preto
- 10- Dança dos negritos
- Referências
As lendas e mitos do estado de Veracruz, no México, geralmente estão relacionados a eventos históricos mexicanos. Graças à sua topografia, foi possível criar um grande número de histórias que enriquecem suas tradições culturais.
Os mitos e lendas desse estado são geralmente uma combinação de tradições orais indígenas mescladas com a grande influência que a conquista espanhola teve na região.
Veracruz é considerada o ponto central da história do México; o nascimento da nação mestiça mexicana. Esta região possui um grande litoral onde se encontram praias, lagoas e rios. Em Veracruz também se encontram florestas, planícies e montanhas que inspiraram um grande número de lendas.
Veracruz testemunhou o nascimento e o crescimento da mãe de todas as culturas mesoamericanas: os olmecas, cujas raízes podem ser rastreadas centenas de anos antes de Cristo.
Os traços dessa cultura, junto com os huastecos e totonacas, e a influência nahuatl podem ser observados em sua grande bagagem cultural.
Lista de mitos e lendas do estado de Veracruz no México
1- Lenda do mulato de Córdoba
É baseado em um evento ocorrido no século 16 quando a Santa Inquisição acusou uma mulata de bruxaria. O arquivo deste caso pode ser encontrado no Arquivo Geral da nação.
Conta a história que em Córdoba vivia uma bela mulher, chamada La Mulata, que nunca envelheceu. Pensou-se que esta mulher tinha um pacto com o diabo ou que ela era uma bruxa, por isso foi acusada de bruxaria.
No dia de sua execução, o carcereiro entrou em sua cela para procurá-la. Mas a mulher havia desenhado um navio na parede da cela.
Para surpresa do carcereiro, a mulher saltou para o barco e ele desapareceu nos cantos da cela. A mulher nunca foi vista.
2- A sereia de Tamiahua
A história conta que uma mulher chamada Irene saiu em busca de lenha durante a Semana Santa. Então ele foi lavar o rosto em um rio. Ambos os atos foram proibidos, então a menina pediu perdão aos deuses.
Diz-se que a mulher tinha cauda de sereia, sua pele ficou vermelha e seu cabelo foi tingido de vermelho. As testemunhas saíram para persegui-la com barcos, mas não conseguiram alcançá-la.
A menina cantava para um barco que apareceu no mar e nunca mais se ouviu falar dele. Diz a lenda que, se uma pessoa ouvir essa sirene, sofrerá um acidente.
3- O menino chorando
Esta história se passa na lagoa Ojo de Agua, em Orizaba. Conta-se que um trabalhador que passou e ouviu o choro de uma criança, ao procurá-la o encontrou sentado ao pé da lagoa.
O menino disse a ele que estava perdido e pediu o favor de levá-lo à igreja em Potrerillo. O homem aceitou e o menino disse-lhe para não olhar para ele até que passasse pela primeira igreja que encontrassem.
Ao se aproximarem da igreja, o homem começou a ouvir ruídos estranhos e olhou para o menino; em vez da criança, havia um monstro que ria horrivelmente. O homem soltou o menino e entrou assustado na igreja.
Diz-se que quando aquele monstro conseguisse entrar em uma igreja, a lagoa Ojo de Agua transbordaria e inundaria Orizaba, causando morte e destruição.
4- A mulher chorando
Essa é a versão do Xico. Supostamente a mulher chorando sai das 12h00 à 1h00 da manhã nos rios. La llorona era uma mulher que ouvia chorar porque se acreditava que ela havia perdido seus filhos.
5- A joia das moedas de ouro e a sereia
Em Orizaba vivia um homem muito rico com uma casa grande. Por ter tanto dinheiro, decidiu enterrar um pote cheio de moedas em um poço de água.
O homem colocou a estátua de bronze de uma sereia ao lado do vaso para vigiá-la. Porém, os anos se passaram e o homem morreu sem ter contado a ninguém sobre o tesouro.
Por isso, todo dia 24 de junho às 12h00 a sereia se transforma em carne e sangue e nada pelo poço. Ao amanhecer, ele se torna uma estátua novamente para cuidar do pote de moedas que não foi descoberto.
6- O Sambomono
Juanito, um menino solitário, morava em Tres Zapotes com seu pai. Um dia, outras crianças descobriram que Juanito tinha cabelos crescidos em todo o corpo e uma cauda; começaram a zombar dele e a chamá-lo de "Juanito el urso".
Juanito, zangado, disse ao pai que queria ir embora para que ninguém o incomodasse mais.
Portanto, Juanito decidiu ir morar nas montanhas, declarando que mataria qualquer um que se aproximasse. Ele deu a seu pai um caracol marinho e disse-lhe para tocá-lo quando fosse visitá-lo, para que Juanito soubesse que era ele.
Gritos logo começaram a ser ouvidos nas montanhas; as pessoas começaram a desaparecer. As pessoas acreditaram que era um animal e o chamaram de Sambomono.
O pai, envergonhado, nunca disse que era seu filho, mas avisou as pessoas que se tivessem que passar pelo mato, deveriam tocar em um caracol.
7- Nahuani e Ahuilizapan
No morro de San Andrés vivia uma guerreira chamada Nahuani, acompanhada por sua melhor amiga: uma águia chamada Ahuilizapan.
Quando Nahuani morreu, Ahuilizapan voou para o céu para despencar. Onde seu corpo caiu, formou-se um vulcão: o pico de Orizaba.
8- Lenda La Niña del Ángel
Em 1908, uma menina de dois anos morreu. Seus pais pediram que um monumento de mármore fosse feito em uma imitação de sua filha. O escultor fez a estrutura junto com um anjo da guarda.
Diz a lenda que o anjo se move para proteger a garota; mais de 100 anos se passaram e o monumento ainda está em perfeitas condições.
Diz-se que às vezes o anjo do panteão 'Juan de la Luz Enríquez' pode ser visto roubando flores de outros túmulos para colocar na menina.
9- O cachorro preto
Em Alvarado havia um homem que molestava mulheres, roubava e destruía a cidade. Os habitantes da cidade tentaram linchá-lo, mas nunca o encontraram.
Na época, apareceu um cachorro preto e no mercado mordeu a mão de uma senhora. Então o cachorro preto começou a causar estragos por toda a cidade e todos o odiaram.
Um dia, um homem começou a bater no cachorro até que ele não conseguia se mexer. Quando o cachorro estava deitado, ele se erguia sobre duas pernas e tirava o pelo.
Sob aquela pele estava o homem que causou todos os problemas. O homem fugiu e nunca mais foi visto na cidade.
10- Dança dos negritos
Uma escrava africana morava em Papantla com seu filho. Um dia, seu filho foi picado por uma cobra e para salvá-lo, ela fez uma cerimônia africana aplicada nesses casos; ele cantou, dançou e gritou em torno do jovem.
Alguns índios Totonacas observaram a performance e como gostaram dos movimentos, resolveram imitá-la e adaptá-la à sua cultura. Assim nasceu a dança dos negritos.
Referências
- Lenda da mulher que chora, Veracruz (2010). Recuperado de mitosyleyendasmexico.blogspot.com.
- A joia das moedas de ouro e da sereia. Recuperado de mitos-mexicanos.com.
- O mulato de Córdoba. Recuperado de paratodomexico.com.
- O cachorro preto. Recuperado de mitos-mexicanos.com.
- Mitos e lendas mexicanas - Veracruz. Recuperado de mitos-mexicanos.com.
- Lenda da menina anjo. Recuperado de paratodomexico.com.
- Mitos de Veracruz. Recuperado de mitoscortos.com.mx.
- A lenda da dança dos negritos. Recuperado de mitos-mexicanos.com.
- Veracruz (2007). Recuperado de holayadios.wordpress.com.
Nahuani e Ahuilizapan. Recuperado de mitos-mexicanos.com.