- Caracteristicas
- Relva
- Raiz
- Haste
- Folhas
- flores
- Fruta
- Taxonomia
- Habitat
- Importância ecológica
- Usos médicos
- Como usar ou preparar
- Espécies representativas
- Referências
Phytolacca é um gênero de plantas que atualmente compreende cerca de 22 espécies. É comumente conhecido como guaba, capim-alto-carmim, milho canino, mata-vieja, erva-de-cúpula, granilla, capim-cobra, uva americana, espinafre americano, capim wafer, toranja indiana e jaboncillo.
É uma planta pertencente à família Fitolacáceas. Quanto à etimologia, o nome do gênero significa "laca vegetal", devido ao corante carmim que é extraído de seus frutos.
Phytolacca sp. Fonte: pixabay.com
Phytolacca é um gênero de plantas de origem sul-americana, muito freqüentemente encontrado na região andina. Podem ser encontrados em piquetes abandonados, em calçadas, à beira de estradas ou em terrenos baldios.
Na época pré-colombiana, esta planta era usada pelos aborígenes como uma espécie de emético e os caules jovens eram comestíveis. Além disso, os frutos de certas espécies de Phytolacca são usados para tingir tecidos e lã.
No que se refere ao uso medicinal, todas as espécies desse gênero são utilizadas da mesma forma e são consideradas com as mesmas propriedades. É utilizado como antiinflamatório, desparasitante, desintoxicante e emético.
Caracteristicas
Relva
As plantas Phytolacca são ervas perenes em forma de arbusto. Podem medir até um metro e meio de altura e não apresentam pubescência.
Phytolacca sp. Fonte: pixabay.com
Raiz
Possuem uma raiz napiforme que pode atingir cerca de 1 m de comprimento, sendo espessa e carnuda.
Haste
O caule dessas plantas é roxo, oco, ereto, liso e ramificado na camada superior.
Caule violeta de grama carmim
Folhas
Possui folhas verde-escuras, alternadas, de borda inteira, de formato oval-lanceolado ou oblongo. O ápice é agudo e têm uma base estreita. As folhas podem ter cerca de 13 cm de comprimento por 7 cm de largura.
flores
As flores são de um branco rosado. Não tem pétalas, mas tem sépalas petalóides. Essas flores estão agrupadas em cachos nas axilas da planta, sendo curtas e grossas. Dessa forma, cada flor possui uma bratura.
Fruta
O fruto dessas plantas é uma baga. De forma globosa, tem cerca de 7 mm de diâmetro e algumas nervuras finas. Sua aparência é achatada e se assemelha a amoras. Sua cor é roxa e quase preta quando madura.
Frutos de Phytolacca sp. Fonte: pixabay.com
Taxonomia
Sua classificação taxonômica é a seguinte:
-Kingdom: Plantae
-Filo: Tracheophyta
-Classe: Magnoliopsida
-Ordem: Caryophyllales
-Família: Phytolaccaceae
-Gênero: Phytolacca L. (1753).
Habitat
As plantas pertencentes a este gênero se desenvolvem em locais com grande quantidade de matéria orgânica, em climas temperados e médios, mesmo acima de 2.000 metros acima do nível do mar.
Eles estão distribuídos em toda a região andina da América, em climas tropicais e subtropicais. No entanto, eles também estão localizados em outros países do mundo. É fácil encontrá-los em estradas, piquetes, currais ou nas margens dos caminhos.
Importância ecológica
A importância das plantas desse gênero foi recentemente reconhecida por sua ação bioacumulativa de metais pesados como o cádmio, que tende a se acumular em maior quantidade nas raízes do que em outras partes da planta.
Da mesma forma, a fitoacumulação de manganês foi determinada em solos que contêm grandes quantidades deste elemento, ou onde é acumulado por experimentos em estufas. Nesse caso, são as folhas e o caule que mais bioacumulam esse elemento.
Esse efeito ambiental benéfico permite levar em consideração as plantas do gênero Phytolacca, visto que são espécies promissoras na desintoxicação de ambientes contaminados com esses metais.
Fruto em formação de capim carmim. Fonte: pixabay.com
Usos médicos
As ervas de Phytolacca têm uma importante utilização na medicina tradicional, pois contêm algumas substâncias químicas como saponinas, fitolaquina, resina, taninos e glicosídeos.
Essa planta, em geral, é utilizada como medicamento na medicina tradicional. Para isso, são utilizadas suas raízes, frutos ou toda a sua estrutura aérea.
Enquanto, pela Comissão de Revisão de Produtos Farmacêuticos da Colômbia, é considerado um medicamento, para o qual sua raiz é usada.
No que se refere à forma popular de preparo para o consumo, destacam-se os cataplasmas, infusões, decocções, pós e compressas que podem ser aplicados diretamente nas condições da pele.
Em geral, seu uso é recomendado como anti-séptico, cicatrizante e antiinflamatório. A raiz pode ser usada como vermífugo e é recomendada contra a sarna. Por sua vez, o pó da raiz é usado para curar feridas na pele.
Phytolacca na apresentação medicinal. Fonte: pixabay.com
Como usar ou preparar
Seu uso como infusão é recomendado para purificar o estômago e como vermífugo; na verdade, é recomendado no tratamento contra as tênias, e para isso a infusão de partes como o caule e as folhas, além da raiz, é útil. Além disso, o uso de seus frutos é recomendado como catártico e emético.
A decocção das folhas é usada para fazer banhos durante a cura de doenças de pele causadas por parasitas, bem como para úlceras diabéticas, para aliviar as varizes das pernas, reduzir a inflamação ou tratar amigdalites, hemorróidas, caxumba, mastites e para reduzir o tamanho ou perder peso.
Já o macerado das folhas é preparado em álcool e é usado no tratamento do reumatismo. O suco de seus frutos é considerado um laxante.
Recomenda-se, para uso externo, 50 g de raiz para cada litro de água. Sabe-se que devido ao seu teor de saponinas, seu uso em excesso pode tornar-se tóxico, causar diarreia severa com expulsão de sangue e irritar as mucosas, portanto, apesar dos benefícios, seu uso por via oral é contra-indicado.
Espécies representativas
Algumas das espécies representativas deste gênero são as seguintes: P. bogotensis (amplamente utilizado na Colômbia e outros países como planta medicinal), P. icosandra, P. rugosa, P. sanguinea, P. rivinioides.
Dentre a maioria das espécies herbáceas desse gênero, uma se destaca por ter hábito arbóreo e ser de beleza singular: a Phytolacca dioica.
É uma árvore que mede até 30 m, de tronco liso e esbranquiçado, com ramos suculentos e folhas alternadas de verde escuro e pecíolos avermelhados. Esta espécie cresce entre 1.700 e 2.400 metros acima do nível do mar e se distribui desde os Andes colombianos até a Argentina.
Referências
- Catálogo da Vida: Lista de Verificação Anual 2019. Gênero Phytolacca. Retirado de: catalogueoflife.org
- Fonnegra Gómez, R. Jiménez, SL 2007. Plantas medicinais aprovadas na Colômbia. 2ª ed. Universidade Editorial de Antioquia. 353 p. Retirado de books.google.co.ve
- Vargas, WG 2002. Guia ilustrado das plantas da Serra do Quindío e dos Andes Centrais. Universidade Editorial de Caldas. 805 p. Retirado de: books.google.co.ve
- Fu, X., Dou Ch., Chen, Y., Chen X., Shi, J., Yu, M., Xu, J. 2011. Distribuição subcelular e formas químicas de cádmio em Phytolacca americana L. Journal of Hazardous Materials. 186 (1): 103-107.
- Xue, SG, Chen, YX, Reeves, RD, Baker, A., Lin, Q., Fernando, D. 2004. Captação e acumulação de manganês pela planta hiperacumuladora Phytolacca acinosa Roxb. (Phytolaccaceae). Poluição Ambiental 131 (3): 393-399.