- Qual é a bolsa de gambá? Características físicas
- A função da bolsa: desenvolvimento e proteção
- Referências
O gambá marsupium é uma bolsa especializada das fêmeas desses marsupiais que tem a função de carregar, proteger e alimentar os filhotes dessa espécie. Ao nascer, os filhotes vão para a bolsa, onde se alimentam dos mamilos da mãe. Até 13-14 jovens podem segurar as tetas, deixando a bolsa entre 70-125 dias após o nascimento.
Gambás, bem conhecidos no México e na América Central e chamados de gambás no resto dos países de língua espanhola, são mamíferos onívoros que geralmente habitam árvores e tocas.
Marsupio aberto, espécie Didelphis Virginiana. Imagem via Konrad Wothel / Minden Pictures
Eles são caracterizados pelo marsúpio, uma espécie de bolsa ou dobra da pele, dentro da qual termina o período de desenvolvimento dos jovens. Estes nascem antes de terem completado todas as suas fases.
Essa característica está presente em outros animais da mesma subclasse, como cangurus, coalas, etc., embora existam gêneros menores, como o gambá-rato ou a marmosa mexicana, que não possuem bolsa de marsupial.
O desenvolvimento e a definição da bolsa também é uma característica variável entre os diferentes gêneros, pois pode variar desde uma bolsa muito rudimentar até uma totalmente formada e observável a olho nu.
A forma de gestação do gambá ou gambá não inclui placenta e dura apenas 12 dias e meio dentro do útero, enquanto o resto do processo de desenvolvimento ocorre na bolsa. É o período mais curto de formação de bezerros entre todos os mamíferos.
Esse fato é uma vantagem para o estudo da espécie e para o avanço da biologia como ciência, pois permite observar diretamente o crescimento dos recém-nascidos e seu comportamento dentro da bolsa. Na verdade, grande parte das informações existentes sobre o gambá se deve a esse tipo de desenvolvimento e estudos morfológicos.
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Qual é a bolsa de gambá? Características físicas
Esta dobra da pele da fêmea do gambá localiza-se nas glândulas mamárias, embora no caso da categoria dos Didelphidae não as cubra em sua totalidade, de onde os filhotes se alimentarão.
Geralmente é melhor desenvolvido em espécies que vivem em árvores do que terrestres e pode ter a abertura na frente ou atrás.
Na foto abaixo você pode ver uma bolsa aberta, que embora pertença à espécie Didelphis Virginiana (também conhecida como gambá-americana) é muito semelhante à bolsa de gambá.
O cabelo que é observado ao redor do marsúpio da fêmea que está alimentando seus filhotes, geralmente fica com a cor âmbar, produto das secreções das glândulas sudoríparas localizadas dentro do marsúpio.
Existem três regiões diferenciáveis no marsúpio gambá, uma dorsal, outra localizada entre o tórax e o abdômen e a mais próxima ao trato genital, chamada de pars pudenda.
A mulher pode abrir ou fechar a bolsa voluntariamente, pois é dotada de um esfíncter ou conjunto de fibras músculo-esqueléticas que, ao serem contraídas, possibilitam essa função, necessária antes do parto.
É uma forma de regular a temperatura e preparar o ambiente interno da bolsa. Também é útil no momento do parto, pois permite que a bolsa relaxe para que os embriões possam alcançá-la mais facilmente.
A função da bolsa: desenvolvimento e proteção
A bolsa funciona basicamente como uma incubadora, já que os marsupiais recém-nascidos são tão pequenos que seu peso nunca passa de 1 grama, mesmo uma ninhada completa não ultrapassa 1% do peso corporal da mãe.
Apesar de ser uma espécie que nasce praticamente em estado embrionário devido à imaturidade do corpo, os membros anteriores e os músculos estão suficientemente desenvolvidos e já possuem pequenas garras nas patas dianteiras.
Desta forma, conseguem rastejar da vagina (ao nascerem) utilizando o pelo da mãe, até à bolsa, para iniciar o período de lactação, aderindo aos seios da mãe.
Quanto tempo os filhotes vão durar dentro da bolsa é variável. Dependerá de fatores como a massa corporal da mãe, o tamanho da ninhada e o número de ninhadas por ano, mas sabe-se que o período de lactação dura aproximadamente dois meses.
Aos poucos, após esse tempo, os filhotes vão se alimentar menos do leite materno até saírem da bolsa. No entanto, eles retornarão para abrigar e sugar o leite de forma intermitente, embora em alguns casos, filhotes tenham sido observados mamando fora da bolsa.
Uma vez que a ninhada vai passar um tempo considerável dentro da bolsa, a bolsa é expansível o suficiente para que todos os filhotes se acomodem nela.
Eles podem até se mover conforme crescem, já que o mamilo da mãe gradualmente se alonga para compensar o crescimento dos filhotes. Essa expansão da pele é apenas temporária.
Após o desmame dos filhotes, a bolsa é reduzida em tamanho, embora nunca volte às mesmas dimensões de antes da gravidez.
Além de proporcionar o ambiente adequado para completar a última fase de desenvolvimento do recém-nascido, a bolsa cumpre a função de proteção contra possíveis ameaças do mundo exterior.
Além disso, permite que os jovens mantenham uma temperatura adequada, uma vez que ainda não conseguem controlar a própria temperatura corporal.
Claro, a ausência ou presença da bolsa indica se é um espécime de gambá macho ou fêmea.
Como informação interessante, observou-se em experimentos conduzidos por biólogos que gambás fêmeas e, em geral, as pertencentes à categoria Didelphia aceitam filhotes de outras ninhadas que são colocadas em sua bolsa.
Em suma, este tipo de gestação não placentária sempre foi objeto de estudo de pesquisadores e biólogos, sendo a bolsa o ponto de interesse pelo que se passa em seu interior, suas funções e a acessibilidade que oferece para realizar. observações de espécimes.
Referências
- Feldhammer et al. (2015). Mammalogia: Adaptação, Diversidade, Ecologia. Baltimore, Johns Hopkins University Press.
- Feldhammer et al (2003). Mamíferos selvagens da América do Norte: Biologia, Gestão e Conservação. Baltimore, Johns Hopkins University Press.
- Hunsaker, D. (1977). The Biology of Marsupials. Londres, Academic Press Inc.
- Jones et al. (2003). Predadores com bolsas: a biologia dos carnívoros marsupiais. Austrália, Csiro Publishing.
- Krause, W e Krause W. (2006). O gambá: sua história incrível. Columbia, Departamento de Patologia e Ciências Anatômicas.