- Alguns exemplos de aliteração em poemas de autores conhecidos
- 1- Para uma cabeça
- 2- Tocha no mar
- 3- Canções de Vida e Esperança
- 4- Cântico
- 5- A Tempestade
Segue uma lista de poemas com aliteração, destacando em negrito as sílabas, palavras ou sons que evidenciam esse recurso literário. A aliteração é um artifício literário que consiste em repetir ou reiterar palavras, sílabas, letras ou sons, que na poesia é usado como uma figura retórica para embelezar poemas.
Essas repetições devem ser feitas em palavras consecutivas ou próximas para cumprir sua função e efeito. A aliteração pode ocorrer em todo o poema ou em alguns versos ou linhas dele.
Na poesia, é mais comum encontrar repetições de uma letra ou som do que repetição de palavras completas, embora também existam deste tipo.
Alguns exemplos de aliteração em poemas de autores conhecidos
1- Para uma cabeça
A cabeça
de um nobre Potri mento
esse direito sobre o ra e
solta a lle gar
e que o retorno
parece a dizer
não se esqueça irmão
você sabe, não tem que jogar
por uma cabeça
dia Metejon
desse flerte
mulher e alegre
que o sorrindo jura que o
amor está mentindo
queima em chamas
todo meu amor
Por una cabeza
toda a loucura
Seu bo AC beijos
bo RRA tris teza
calma amargura
por uma cabeça
se ela me esquecer
importa para perder um
mil vê ces da serra dá
o que viver
muitas decepções
por uma cabeça
jurei um mil vezes
não insistir novamente , mas se um olhar
balanços me em passar
o focinho
quer novamente para beijo.
(…)
Autor: Alfredo Le Pera
2- Tocha no mar
Uma tocha é o mar e, derramada
de sua boca, uma voz de substantivos,
de terminações,
fogos fugazes, fugitivos, derretidos em sua pele fundada.
Um navega neve deslizou
em re splandor olho re inflexões,
de silêncios som sucessivas
e sol no sal para você molhar.
O turbilhão de cores tenta
deixar a
totalidade tatuada da espuma em sua tez.
Seu corpo soa como o mar. E sua figura,
na areia do ar refletido,
ao sol, ao sal, ao ser, ao filho, ao somar.
Autor: Marina de Jaime Siles
3- Canções de Vida e Esperança
Eu sou aquele que disse ontem
o verso azul e a canção profana, em cuja noite um rouxinol teve
que foi uma cotovia de luz da manhã.
Eu era o dono do meu jardim dos sonhos, cheio de rosas e cisnes preguiçosos;
o dono das rolas, o dono
de gôndolas e liras nos lagos;
e muito século dezoito e muito antigo
e muito moderno; ousado, cosmopolita;
Com Hugo forte e Verlaine ambíguo, e uma sede infinita de ilusões.
Eu conhecia a dor desde a minha infância,
minha juventude …. Foi minha juventude ?
Suas rosas ainda me deixam sua fragrância…
uma fragrância de melancolia…
Potro desenfreado, meu instinto lançou, minha juventude montava um cavalo sem freio;
Ela estava bêbada e com uma adaga no cinto;
se não caiu, foi porque Deus é bom.
No meu ja rdín havia uma bela estátua;
é mármore ju zgo e era carne viva;
uma jovem alma habitava nela,
sentimental, sensível, sensível.
E tímido diante do mundo, então
in ce sulated in if lencio no sa bundle, se não quando o dul ce primavera
era hora da melodia…
Hora do pôr do sol e beijo discreto;
crepúsculo e hora do retiro;
hora de madrigal e arrebatamento,
de "Eu te adoro" e de "oh!" e suspiro.
E então o doce foi um jogo
de misteriosas faixas cristalinas, uma renovação de gotas de pão grego
e um rolo de música latina.
Com ar tal e com ardor tão vivo,
que é a tatuagem nascida de te reencontrar
na viril coxa pernas de cabra
e dois chifres sá você ro em você.
Como a Galatea gongorina
Adorei a marquesa Verleniana, e assim se juntou à paixão divina
uma hiperestesia humana sensual;
todo desejo, todo ardor , sensação pura
e vigor natural; e sem falsidade,
e sem comédia e sem literatura…:
Se há uma alma sem cera, essa é minha.
A torre de marfim tentou meu desejo;
Eu queria me trancar dentro de mim, e eu estava com fome de espaço e com sede de céu
Das sombras do meu próprio abismo
(…)
Oh, a floresta sagrada! Oh profundo
emanação do coração divino
da selva sagrada! Oh o fértil
fonte cuja virtude conquista o destino!
(…)
Vida, luz e verdade, uma chama tripla
produz a chama infinita interna.
Arte Pura como Cristo exclama:
Ego sum lux et veritas et vita!
E a vida é mistério, luz cega
e a verdade inacessível surpreende;
a perfeição sombria nunca se rende,
e o segredo ideal dorme na sombra.
Ser sincero é ser poderoso;
da snuda, isto é, a estrela brilha;
a água diz a alma da fonte
na voz cristalina que flui dela.
(…)
Uma pedra passou, atirada por uma funda;
passou uma flecha que apontou para um homem violento.
A pedra da funda foi para a onda,
e a flecha do ódio foi ao vento.
(…)
Autor: Rubén Darío
4- Cântico
Onde você se escondeu,
amada, e me deixou gemendo ?
Como o cervo que você fugiu
depois de me ferir;
Eu saí depois que você chorou e você se foi.
Pastores, vocês que passam
pelos currais das ovelhas até o outeiro,
se por acaso virem
aquele que mais amo,
digam-lhe que eu sofro, sofro e morro.
Procurando por meus amores , irei por aquelas montanhas e margens;
Não vou colher as flores,
nem temerei os animais,
e vou passar pelos fortes e fronteiras.
Ó bosques e matagais
plantados pela mão do Bem-amado,
ó pradaria vegetal de
flor esmaltada,
diga se já passou por você.
Mil graças derramando
através desses bosques com pressa;
e, olhando para eles,
apenas com sua figura
vestida, ele os deixou de sua beleza.
Ai, quem pode me curar?
Ele realmente entregou você;
não quero me mandar
hoje mais mensageiro
que não saiba me dizer o que eu quero.
E todos aqueles que vagam
por você agradecem mil vezes a mim,
e todos os outros me
machucam, e me deixam morrendo
um não sei o que eles estão balbuciando.
Mas, como você persevera,
ó vida, não vendo onde você mora,
e fazendo você morrer
as flechas que você recebe
do que você concebe do Amado?
Por que, então, você feriu
este coração, não o curou?
E, bem, você o roubou de mim,
por que você o deixou assim,
e não aceita o roubo que você roubou ?
(…)
Fora deles, amado,
estou voando !
Volte, pomba,
que o cervo machucado
pelo outeiro apareça no
ar de seu vôo, e leve de novo.
Meu amado as montanhas,
os vales nórdicos solitários,
as ilhas estranhas,
os rios sonoros,
o assobio de ares amorosos,
a noite tranquila
até ao nascer do sol,
a música calma,
a solidão sonora,
o jantar que se recria e se apaixona.
(…)
Autor: São João da Cruz
5- A Tempestade
- Aliteração. Recuperado de wikilengua.org
- Definição de aliteração. Recuperado de rhetoricas.com
- Exemplos de aliteração. Recuperado de example.co
- Poema de Alfredo Le Pera. Recuperado de queletras.com
- Poema de Marina de Jaimes Silles. Recuperado de poemasde.net
- Poema de Rubén Darío. Recuperado de poesi.as
- Poema de San Juan de la Cruz. Recuperado de los-poetas.com
- Poema de José Zorrilla. Recuperado de comayala.es