- O que são necessidades educacionais especiais?
- Coisas a considerar antes de trabalhar com crianças com necessidades educacionais
- Objetivo comum
- Clima
- Estágio infantil
- Lista de atividades para trabalhar com alunos com necessidades educacionais especiais
- 1-Identificação
- 2-Repetição
- 3-
- 4-
- 5-
- 6-Os rostos brincalhões
- 7-Era uma vez um menino
- 8-O guia
- 9-A mímica
- Referências
Os alunos com necessidades educacionais especiais requerem cuidados especiais, não precisam ser diferentes do resto de seus companheiros. A possibilidade de oferecer um atendimento mais especializado a esses alunos está dentro dos princípios da educação inclusiva.
Este estilo de educação indica o objetivo principal de promover uma educação igualitária, pois absolutamente todos nós temos defeitos e ao mesmo tempo entendemos a educação e o respeito como um direito fundamental do ser humano.
Para que estes alunos sejam incluídos na igualdade das salas de aula, é necessária a colaboração contínua dos professores, visto que desta forma os alunos estarão envolvidos e perfeitamente inseridos no contexto escolar.
Este artigo tem como objetivo apresentar o conceito de NEE e as atividades em que todos os alunos podem participar, independentemente de terem ou não NEE, propriamente ditas.
O que são necessidades educacionais especiais?
O conceito de necessidades educacionais especiais foi divulgado pela primeira vez no relatório Warnock (1978). É aqui que é preparada uma carta para avaliar as causas do fracasso escolar.
É neste momento que as mudanças começam a ocorrer e onde, segundo Sánchez (2001), o conceito de SEN passa a incidir, principalmente, na resposta que a escola deve dar a este aluno.
É um corpo discente específico ao qual devem ser oferecidas as maiores possibilidades de excelente desenvolvimento pessoal e social.
Desde então, e para dar essas respostas, as diferentes legislações dos últimos anos, como a LOGSE, LOE e LOMCE, abraçam o termo para apostar na formação adequada para alunos com SEN
Em última análise, o papel do professor é adaptar os conteúdos e as situações oriundas da prática diária às necessidades de cada aluno.
Não há demanda igual a outra, uma vez que podemos nos encontrar desde a deficiência auditiva até o próprio atraso maturacional.
Coisas a considerar antes de trabalhar com crianças com necessidades educacionais
Objetivo comum
Devemos enfatizar que todas as atividades compartilham um objetivo comum: integrar o aluno ao seu grupo, independente da necessidade que ele demonstre.
Clima
Devemos ter em mente que o tempo a dedicar a cada atividade está sujeito ao interesse do educador, pois dependendo do contexto em que são utilizadas, será necessário mais ou menos tempo.
Da mesma forma, este mesmo educador determinará se os objetivos foram alcançados por meio de uma avaliação contínua puramente observacional dos alunos, pois eles poderão verificar continuamente se os objetivos foram alcançados e, portanto, o aluno está em pleno bem-estar.
Estágio infantil
Devemos especificar que essas atividades são projetadas para serem usadas com crianças na fase infantil e primária, principalmente. Dependendo da fase em que os utilizamos, devem ser adaptados ao nível considerado adequado.
Lista de atividades para trabalhar com alunos com necessidades educacionais especiais
1-Identificação
Esta atividade propõe que o aluno, independentemente da situação em que se encontre, saiba distinguir os objetos que lhe são propostos.
Por exemplo, no caso de deficiência auditiva, o aluno é apresentado a uma série de objetos de diferentes formas e é solicitado a apontar para aqueles que têm formato circular.
No caso de deficiência visual, o aluno deverá dizer após cada som o meio de transporte que ouviu.
Para esta atividade, é necessário criar um cartão com objetos diferentes de maneiras diferentes (para deficientes auditivos) e ter um tocador de música para os sons de transporte, por exemplo.
Porém, se encontrarmos outros alunos com NEE, a tarefa pode ser desenvolvida em pares, onde os outros colegas podem apoiá-los.
Esta atividade pode ser modificada com desenhos e sons pertencentes a outros temas como, por exemplo: animais, esportes, instrumentos musicais, etc.
2-Repetição
Nesta atividade usaremos qualquer grupo de elementos, neste caso, por exemplo, usaremos frutas.
Será mostrado um conjunto de frutas onde várias delas serão repetidas e o aluno deverá identificar qual delas se repete. No caso de deficiência visual, o nome da fruta será repetido e o aluno deverá dizer quais são as frutas repetidas.
Para esta atividade é necessário fazer uma folha com diversos objetos onde alguns possam aparecer repetidos (para deficientes auditivos) e ter um reprodutor de música para os sons da mídia dos animais, por exemplo.
Se encontrarmos outros alunos com NEE, a tarefa pode ser desenvolvida em pares, onde os outros colegas podem ajudá-los.
3-
O grupo formará um círculo e soltará as mãos. Em seguida, os ingredientes (reais ou de brinquedo) serão distribuídos.
Cada ingrediente será repetido, combinando três alunos com o mesmo tipo. Formarão assim um grupo que andará de mãos dadas e se moverá ao mesmo tempo.Todos os alunos com NEE poderão contar com a ajuda do grupo a que pertencem para se deslocarem pela sala de aula.
A atividade acontecerá da seguinte forma:
- O professor se posicionará dentro do círculo e mencionará um ingrediente.
- O grupo que o possui deve estar no centro do círculo
- O grupo que estava naquele local terá que ir para o mesmo local onde os outros estavam. Quando o do centro menciona a palavra "paella", todos os componentes devem trocar de lugar.
4-
O grupo é dividido em pares e um balão é dado a cada par. Um dos componentes o amarra com um fio ao pé e eles começam a andar.
A atividade consiste em explodir os balões dos companheiros e à medida que vão sendo explorados vão sendo eliminados, ficando apenas um casal como vencedor.
A possibilidade de realizar a atividade em pares permite a participação de todos os alunos e a coesão do grupo pode ser realizada .
5-
Um aluno do grupo é chamado de "água-viva" e precisa morder as outras crianças, "os peixes", para que fiquem quietas.
Os outros irão aos pares e se forem tocados terão que se imobilizar, poderão também imobilizar outras crianças que também são “peixes”. O último par restante em movimento é o vencedor.
6-Os rostos brincalhões
O grupo sentará em roda e o tocador de música será utilizado para tocar a música de Liuba Maria Hevia, intitulada “Estela, granito de canela” .
Quando a música termina, eles devem ser repetidos:
Como podemos ver, a letra da música refere-se a todas as partes do rosto e desta forma os alunos têm que desempenhar a parte que a música indica.
No início a música irá parar para que todos possam selecionar a parte indicada, porém, à medida que a dinâmica avança, um aluno pode ser solicitado a tocar o rosto individualmente, ajudando quem não consegue fazer sozinho.
7-Era uma vez um menino
Para esta atividade será necessário ter caixas de papelão fechadas. Estas são preparadas em círculo, ao redor de um espelho, e este será inserido no círculo como se fosse uma porta.
Assim que tivermos tudo preparado, os alunos serão convidados a entrar na sala de aula e daremos tempo para que expressem a sua preocupação que esta situação lhes causa.
A seguir, será solicitado que se deitem de costas, neste mesmo círculo, para ouvir a história que lhes vamos contar.
Ao mesmo tempo que lhes é explicado, o professor adota a posição fetal (para que os alunos também a tenham). Além disso, é citado o nome de cada aluno e perguntado a eles, como você acha que o bebê estava dentro da mãe?
Além disso, os alunos são incentivados a participar da história e da música com gestos e sons.
Os alunos com deficiência auditiva ou semelhante que os impeça de participar plenamente da atividade terão fotos da história que facilitarão a compreensão da atividade. Além disso, devemos ressaltar que, no que se refere ao sabor, serão dados alimentos como bananas, biscoitos, pão, etc., E, para cheirar, limão, perfume, etc.
8-O guia
Os pares são estabelecidos no grupo e uma bandagem é distribuída para cada par. As instruções são as seguintes: um componente aplica o curativo e o outro deve orientá-lo apenas com a palavra até que alcance um objetivo combinado.
Enquanto isso, o professor vai colocar algumas barreiras que dificultam a passagem dos alunos para dificultar a atividade.
Esta atividade, para além da coesão do grupo, mostra aos alunos a importância do contacto com quem nos fala e a necessidade de confiar em quem nos guia. Além de trabalhar a empatia com pessoas com dificuldades visuais.
9-A mímica
Os alunos ficarão em grupos de três e receberão alguns cartões com o nome de um filme.
A partir daqui, em turnos, cada grupo terá que expor seu filme por meio de mímicas. Terão para cada apresentação o tempo que o professor considerar adequado e ninguém saberá pronunciar palavra alguma. Cada aluno deve escrever em seu caderno o nome do filme que eles acham que seus colegas representaram.
Esta atividade é oportuna para praticar a empatia com colegas que têm dificuldades auditivas, pois ninguém fala. E, como todas as outras, é também uma possibilidade lúdica de trabalhar a inclusão dos alunos e a coesão do grupo.
Referências
- CALERO DE LA FUENTE, MT (2008). Jogos para crianças com necessidades educacionais especiais.
- MARTÍNEZ CAMACHO, M. (sd). Programa de atividades para educação especial.
- ORTIZ GONZÁLEZ, MC (1994). O livro adaptado para necessidades educacionais especiais. Teaching, Vol. 12, 261-274.
- SÁNCHEZ PALOMINO, A. (2001). Avaliação das necessidades educacionais especiais. Atenção educativa à diversidade no novo milênio. 557-566.