- Química e o ser humano pré-histórico
- Química nos tempos antigos
- Química na Babilônia
- Química e os Gregos
- Teoria dos Átomos
- Aristóteles e a composição da matéria
- Fim da magia negra
- Referências
A história da química começa na pré-história, quando os humanos primeiro manipularam os elementos para seu benefício. A primeira reação química usada de forma consciente e controlada é considerada fogo.
A Química é a ciência dos elementos, ou seja, ela se encarrega de estudar as propriedades e reações químicas de tudo o que nos rodeia, assim como sua composição. A Química é considerada uma ciência estável baseada na lei da conservação da massa, proposta por Antoine Lavoisier.
A história da química costuma ser dividida em quatro etapas: magia negra, que vai da pré-história ao início da era cristã; alquimia, que vai do início da era cristã ao século XVII; a química tradicional, que vai do século XVII ao século XIX; e a química moderna, que começou em meados do século 19 e continua até hoje.
Química e o ser humano pré-histórico
A descoberta do fogo permitiu realizar outras reações químicas que ajudaram a melhorar o modo de vida do ser pré-histórico. Nesse sentido, o fogo era usado para cozinhar, para criar panelas de barro mais resistentes e para transformar metais.
Nesse período, foram dados os primeiros passos rumo à metalurgia, pois foram criados fornos de fundição rudimentares para moldar metais para a produção de armas.
Segundo estudos referentes à pré-história, o primeiro metal utilizado foi o ouro. Isso foi seguido por prata, cobre e estanho.
No início, eram usados metais puros; no entanto, entre 3500 a. C. e 2500 a. C, civilizações pré-históricas descobriram que a união do cobre e do estanho deu origem a um novo metal: o bronze. Isso significa que as primeiras ligas foram feitas. Também usava ferro, extraído de meteoritos.
No entanto, durante esse período, a metalurgia não era considerada um processo químico. Ao contrário, o próprio fogo era considerado uma força mística capaz de transformar elementos e, em muitas civilizações, os metais eram relacionados aos deuses; por exemplo, na Babilônia, o ouro era associado ao deus Marduk.
Química nos tempos antigos
Durante os tempos antigos, as culturas da Babilônia, Egito e Grécia floresceram. Nesse período, muito pouco se sabia sobre os elementos que influenciavam os processos naturais.
Os “espíritos” foram considerados os responsáveis por essas mudanças e, para controlar esses processos, foram utilizadas algumas práticas que teriam permitido persuadir esses espíritos: a magia negra.
No entanto, alguns estudiosos antigos deram certas contribuições que estabeleceram as bases para o desenvolvimento da química como a ciência que conhecemos hoje.
Química na Babilônia
Em Babilônia, aproximadamente no ano 1700 a. C., o rei Hammurabi começou a classificar metais, como ouro, ferro e cobre. Da mesma forma, deu um valor econômico a cada um, levando em consideração as propriedades e o potencial do material.
Da mesma forma, é possível que lápis-lazúli, uma gema cúbica azul-clara, tenha sido desenvolvido na Babilônia.
Química e os Gregos
Teoria dos Átomos
Cerca de 2500 anos atrás, os gregos consideravam que "tudo era um", isso significava que o universo e todos os elementos que o compunham eram uma única entidade enorme.
Porém, por volta do ano 430 AC. C., Demócrito, filósofo grego pré-socrático, afirmou que toda matéria era composta de objetos sólidos, pequenos e indivisíveis que ele chamou de "átomos".
Esse filósofo também afirmou que mudanças na matéria ocorreram quando os átomos foram reorganizados e reconectados; Ele também sugeriu que havia uma grande variedade de átomos, com diferentes formas, tamanhos e massas.
Deve-se notar que Demócrito considerava forma, tamanho e massa as únicas propriedades que diferenciavam os átomos; para ele, características como sabor e cor eram o resultado da combinação dessas partículas indivisíveis.
Um experimento simples teria provado que a teoria de Demócrito estava amplamente correta; No entanto, os gregos não acreditavam na experimentação, pois acreditavam que não podiam confiar nos seus sentidos, mas sim na lógica e na razão, para compreender o mundo. É por essa razão que a teoria dos átomos de Demócrito, semelhante em muitos aspectos à teoria dos átomos de hoje, foi rejeitada.
Demócrito, filósofo grego (470 aC - 380 aC)
Aristóteles e a composição da matéria
Outras contribuições dos gregos vieram de Aristóteles (384 aC-322 aC), o filósofo de Estagira, e de Tales de Mileto. Como Demócrito, esses dois filósofos especularam sobre a composição da matéria, apontando que o ar, a água, a terra e o fogo eram os elementos básicos que constituíam a matéria. Outros estudiosos gregos falaram de um quinto elemento, que chamaram de "quintessência".
Além disso, Aristóteles indicou que esses elementos básicos foram misturados em diferentes proporções para dar origem a diferentes materiais: frio, quente, seco e úmido.
Aristóteles (384 aC - 322 aC)
Fim da magia negra
No final da Antiguidade, o estudo das propriedades do bronze, uma liga entre o estanho e o cobre, levou muitos a pensar que o ouro poderia ser obtido através da combinação de um elemento amarelo e outro elemento forte.
Essa crença de que o ouro poderia ser formado por meio da transmutação da matéria marcou o fim da química como magia negra e deu origem à alquimia e seus famosos alquimistas.
Referências
- Uma Breve História da Química - Magia Negra. Obtido em 6 de abril de 2017, em 3rd1000.com.
- O início da história da química. Obtido em 6 de abril de 2017, em angelfire.com.
- História da Química. Retirado em 6 de abril de 2017, em columbia.edu.
- The History of Chemestry. Retirado em 6 de abril de 2017, em albalagh.net.
- Arizipe, Alan (2010). A History of Chemestry. Obtido em 6 de abril de 2017, em prezi.com.
- Poulsen, Tracy. Introdução à Química. Obtido em 6 de abril de 2017, em ck12.org.
- Vision Learning: From Democritus to Dalton. Obtido em 6 de abril de 2017, em visionlearning.com.