- Tipos de motivação
- Motivação intrínseca
- Motivação extrínseca
- Motivação positiva
- Motivação negativa
- Amotivação ou desmotivação
- Motivação primária
- Motivação social
- Tipos de motivação no esporte
- Motivação básica
- Motivação do dia a dia
- Referências
Os tipos de motivação são: intrínseca, extrínseca, amotivação, motivação positiva, negativa, primária, social, básica e cotidiana. Para atingir uma meta, os indivíduos devem ter essa meta bem definida e possuir as habilidades, ativação e energia necessárias.
Além disso, você deve estar atento para manter essa energia na atividade por longos períodos de tempo (que podem ser muito longos) até atingir a meta estabelecida.
Motivação significa a energia ou impulso que uma pessoa sente para fazer algo. Estar motivado, então, carrega um ímpeto ou inspiração para agir até que o objetivo desejado seja alcançado.
Geralmente é considerado um fenômeno unitário, mas que pode ser variável para cada tarefa que realizamos, desde uma pequena motivação para atingir o objetivo até uma grande quantidade dela.
Mas a motivação não varia apenas no nível em que é apresentada, mas também na orientação, existem diferentes tipos. O conceito de orientação inclui as atitudes e objetivos subjacentes que produzem a motivação, ou seja, seriam os diferentes fenômenos que a causam e a mantêm Deci e Ryan (2000).
Por exemplo, uma pessoa pode estar muito envolvida em uma determinada tarefa, como pesquisar um tópico específico, porque está interessada em saber mais ou porque precisa fazer um trabalho para obter uma boa nota na aula.
Essas pequenas variações associadas à motivação constituiriam os diferentes tipos que os autores tentaram definir ao longo do tempo.
Esse fenômeno envolve um conjunto de percepções, valores, crenças, interesses e ações inter-relacionados. A motivação muda e aumenta com a idade, além disso, sua forma de aparecimento nas crianças, prediz suas características mais tarde na vida (Lai, 2011).
Tipos de motivação
Motivação intrínseca
A distinção mais frequente consiste em motivação intrínseca e motivação extrínseca (Deci e Ryan, 1985).
A motivação intrínseca centra-se no próprio indivíduo e refere-se à realização de um comportamento porque é interessante, agradável ou agradável para a pessoa. Dessa forma, a atividade é realizada para satisfação inerente ao invés de pressões externas ou recompensas.
As forças que costumam mover as pessoas neste tipo de motivação são a novidade, o sentimento de desafio ou desafio, ou o valor estético para aquela pessoa.
Esse fenômeno começou a ser observado em animais, quando os pesquisadores contemplaram seu comportamento, perceberam que muitos seres apresentam comportamentos naturais que são lúdicos, exploratórios ou simplesmente vêm da curiosidade; mesmo que não recebessem nenhum reforço ou recompensa externa ou instrumental (White, 1959). Em vez disso, o que os move a agir são as experiências positivas associadas ao desenvolvimento das capacidades de cada um.
O ser humano saudável é, desde o nascimento e por natureza, explorador, curioso e ativo. Por isso, têm uma predisposição inata para conhecer o mundo, descobri-lo e aprender com ele; sem precisar de nenhum incentivo extra para empurrá-los.
Graças a essas habilidades de exploração e curiosidade, o crescimento físico, cognitivo e social será facilitado.
De acordo com pesquisas, a motivação intrínseca dura mais e envolve um melhor aprendizado e um aumento significativo na criatividade. Tradicionalmente, os educadores consideram esse tipo de motivação mais desejável e levam a melhores resultados de aprendizagem do que a motivação extrínseca.
No entanto, a pesquisa sugere que a motivação pode ser moldada por meio de certas práticas de ensino, embora os estudos apresentem efeitos positivos e negativos (Lai, 2011).
Motivação extrínseca
É um tipo de motivação transitória que se refere à energia que parece realizar um determinado comportamento com o objetivo de obter algum benefício externo, embora essa atividade não seja intrinsecamente interessante.
Muitas vezes fazemos coisas que não são do nosso agrado, mas se as fizermos sabemos que uma recompensa importante virá para nós. Isso seria basicamente uma motivação extrínseca.
Esse tipo de motivação é mais frequente após a primeira infância, quando a liberdade proporcionada pela motivação intrínseca tem que ser modulada para começar a se adaptar às demandas do ambiente.
Existem muitas tarefas que não são intrinsecamente interessantes para a pessoa, mas ela precisa começar a realizá-las. Quando crianças, temos que aprender que temos que arrumar a cama ou guardar nossas roupas e provavelmente não é uma tarefa que implique motivação interna ou intrínseca.
Em vez disso, geralmente são nossos pais que nos dão pequenas recompensas como "se você arruma a cama, pode brincar", motivando-nos de forma extrínseca.
Na verdade, parece que, à medida que se avança na escola, a motivação intrínseca se torna mais fraca e dá lugar à motivação extrínseca. Isso acontece porque na escola temos que aprender todos os tipos de assuntos e tópicos, e muitos deles podem não ser interessantes ou divertidos para as crianças.
Dentro deste tipo, Deci e Ryan (1985) identificam vários subtipos dependendo de quão focado está no indivíduo ou no exterior:
- Regulação externa: é a forma menos autônoma de motivação extrínseca e refere-se aos comportamentos que são realizados para atender a uma demanda externa ou obter uma recompensa.
Esse subtipo é o único reconhecido pelos defensores do condicionamento operante (como FB Skinner), uma vez que essas teorias enfocam o comportamento do indivíduo e não seu "mundo interno".
- Regulação introjetada: refere-se a uma motivação que surge quando as pessoas realizam uma atividade a fim de evitar ansiedade ou culpa, ou para aumentar o orgulho ou aumentar seu valor. Como podemos ver, está intimamente associado à autoestima, especificamente em mantê-la ou aumentá-la.
Não é considerada intrínseca, natural ou divertida para a pessoa porque é vista como o desempenho de tarefas para atingir um fim.
- Regulação identificada: esta forma é um pouco mais autônoma, e significa que o indivíduo passa a dar importância pessoal a um comportamento, buscando seu valor.
Por exemplo, uma criança que memoriza tabuada porque é relevante para ela poder fazer cálculos mais complexos teria uma motivação desse tipo porque se identificou com o valor desse aprendizado.
- Regulação integrada: é a forma mais autônoma de motivação extrínseca, e ocorre quando a identificação (fase anterior) já foi totalmente assimilada pela pessoa. É vista como uma regulação que a pessoa faz de si mesma, observando-se e integrando-se aos seus valores e necessidades. Os motivos pelos quais uma tarefa é realizada são internalizados, assimilados e aceitos.
É um tipo de motivação muito semelhante em algumas coisas à intrínseca, mas se diferenciam no sentido de que a motivação de integração tem um objetivo instrumental apesar de ser volitiva e valorizada pela pessoa.
Esses subtipos podem constituir um processo que avança ao longo da vida, de modo que os indivíduos internalizam os valores das tarefas que desempenham e cada vez mais se aproximam da integração.
Embora deva ser mencionado que cada atividade não deve passar por todas as fases, mas sim novas tarefas que envolvam algum grau de motivação extrínseca. Isso vai depender de experiências anteriores ou do ambiente em que você se encontra naquele momento.
Motivação positiva
Trata-se de iniciar uma série de atividades com o objetivo de alcançar algo que seja desejável e agradável, tendo uma conotação positiva. É acompanhado por uma conquista ou bem-estar ao fazer a tarefa que reforça a repetição dessa tarefa.
Ou seja, se uma criança recitar o alfabeto na frente dos pais e eles a parabenizarem, ela terá maior probabilidade de repetir esse comportamento. Acima de tudo, se recitar o alfabeto é divertido para a criança (e se for neutro, graças ao reforço dos pais, pode se tornar uma tarefa agradável).
Motivação negativa
Por outro lado, a motivação negativa envolve o desempenho de comportamentos para evitar resultados desagradáveis. Por exemplo, lavar pratos para evitar uma discussão ou estudar para evitar o fracasso em um assunto.
Este tipo de motivação não é altamente recomendado porque a longo prazo não é tão eficaz e causa desconforto, ansiedade. Faz com que as pessoas não se concentrem na tarefa e queiram realizá-la bem, mas evitem as consequências negativas que podem surgir se não o fizerem.
Amotivação ou desmotivação
Deci e Ryan adicionaram o conceito de amotivação em 2000.
O indivíduo não tem intenção de agir. Isso ocorre porque uma determinada atividade não é importante para ele, não se sente competente para realizá-la ou acredita que não obterá o resultado que deseja.
Motivação primária
Refere-se à atuação do indivíduo para manter seu estado de homeostase ou equilíbrio no corpo. São inatos, auxiliam na sobrevivência, baseiam-se na cobertura das necessidades biológicas e estão presentes em todos os seres vivos.
Os motivos desencadeadores do comportamento incluem fome, sede, sexo e fuga da dor (Hull, 1943). Outros até introduziram a necessidade de oxigênio, para regular a temperatura corporal, repouso ou sono, eliminação de resíduos, etc.
Em todo caso, no ser humano é mais complexo, aliás, eles criticaram a teoria que sustenta esse tipo de motivação, já que às vezes as pessoas gostam da exposição ao risco ou causam um desequilíbrio em seu estado interno (como assistir a filmes de ação ou medo ou ir a parques de diversões).
Motivação social
É o que está relacionado com a interação entre os indivíduos, e inclui a violência ou agressão, que ocorre se houver certas chaves externas que a acionam ou advêm de frustrações.
A motivação para a violência pode surgir pelo aprendizado, isto é; como esses comportamentos foram recompensados no passado, eles evitaram experiências negativas ou foram observados em outras pessoas que são um modelo para nós.
Dentro desse tipo de motivação também está a afiliação ou gregarismo, que envolve aqueles comportamentos que são realizados para chegar a pertencer a um grupo ou manter contato social por ser adaptativo e altamente valorizado pelo vivente.
Por outro lado, também se realiza certas tarefas para conseguir o reconhecimento e aceitação de outras pessoas ou obter poder sobre elas, obter segurança, adquirir bens que o colocam em uma posição privilegiada em relação aos outros, ou simplesmente satisfazer a necessidade de estabelecer gravatas sociais.
Tipos de motivação no esporte
Segundo Lozano Casero (2005), psicólogo do esporte, existem outros dois tipos de motivação mais voltados para o esporte. Estes são:
Motivação básica
Este termo é usado para refletir o compromisso que um atleta tem com sua tarefa e implica um interesse especial e desejo de melhorar seu próprio desempenho.
O objetivo é manter ou melhorar esses comportamentos e obter reconhecimento pessoal e social para eles (como prêmios).
Motivação do dia a dia
Isso, por outro lado, implica no sentimento de satisfação do atleta por treinar sozinho. Ou seja, você se sente bem e recompensado por sua própria atividade física de rotina, independentemente de outras conquistas importantes.
Está mais associado ao seu desempenho no dia-a-dia, à diversão que a atividade produz e ao ambiente em que ocorre (colegas, horário do dia, etc.)
Obviamente, esses dois tipos de motivação tendem a ocorrer juntos e estão ligados entre si, sendo essencial ser persistente no treinamento esportivo.
Referências
- Deci, EL e Ryan, RM (1985). Motivação intrínseca e autodeterminação no comportamento humano. Nova York: Plenum.
- Fuentes Melero, J. (nd). Motivação. Retirado em 25 de julho de 2016, da Universidade de Murcia.
- Hull, CL (1943). Princípios de comportamento. Nova York: Appleton Century.
- Lai, ER (2011). Motivação: Uma Revisão da Literatura. Retirado em 25 de julho de 2016 de Pearson's Research Reports.
- Lozano Casero, E. (1 de abril de 2005). Psicologia: O que é motivação? Obtido da Real Federação Espanhola de Golfe.
- Motivação: positiva e negativa. (sf). Retirado em 25 de julho de 2016, em Como a psicologia pode afetar o desempenho?
- Ryan, RM e Deci, EL (2000). Motivações intrínsecas e extrínsecas: definições clássicas e novos rumos. Contemporary Educational Psychology, 25 (1), 54-67.
- Sharma, A. (nd). Tipos de motivos: motivos biológicos, sociais e pessoais - psicologia. Retirado em 25 de julho de 2016, em Psychology Discussion.
- White, RW (1959). Motivação reconsiderada. Psychological Review, 66, 297-333.