A função de um relatório é informar sobre um evento que seja relevante para o público. Mas não só informa, mas também analisa em profundidade a situação descrita. Um bom relatório deve ajudar o público a criar sua própria opinião.
Dessa forma, a reportagem requer um processo de elaboração muito mais longo do que a simples notícia, ocupando também um espaço maior no meio que a publica.
Este gênero jornalístico não se limita apenas à imprensa escrita, mas também prevalece na televisão e no rádio.
As cinco funções principais de um relatório
O relato como gênero informativo deve cumprir várias funções diferentes, mas todas estão interligadas e nenhuma deve jamais ofuscar a principal, que é informar o destinatário.
1-
É a principal função do relatório, embora para cumpri-la haja características diferentes do outro gênero informativo por excelência, a notícia.
Assim, enquanto este último apenas relata os fatos da forma mais objetiva possível, no relato uma certa carga de subjetividade é permitida.
De qualquer forma, quem lê ou assiste a uma reportagem deve conhecer todos os detalhes do acontecimento noticiado, seguindo as perguntas típicas do jornalismo: o quê? Quem? Quando? Onde? Como? e, muito importante nesse gênero, por quê?
dois-
O autor de um relatório não deve apenas descrever a realidade, contando o que aconteceu e suas causas. Você também deve fazer uma interpretação sobre isso.
É por isso que se diz que uma certa subjetividade é permitida neste tipo de trabalho.
Por exemplo, no caso do jornalismo de guerra, não apenas os fatos brutos são expostos, mas também será dada uma interpretação sobre eles.
Isso não significa que seja um artigo de opinião. Segundo os teóricos do jornalismo, há uma diferença sutil entre a interpretação baseada em fatos, permitida no relatório, e a opinião pura.
3-
Educar o público também é outra das funções do gênero. Por um lado, ao falar de reportagens jornalísticas, o autor deve criar um texto que ajude o receptor a compreender todo o fato relatado. Deve expor os antecedentes e contextualizar todo o conjunto.
Existem outros tipos de relatórios que se adaptam mais facilmente a esta função, como o científico ou o biográfico.
4-
Esta é uma função que se vincula diretamente à anterior. No momento em que o leitor ou espectador entende e conhece todos os fatos, seus antecedentes e suas causas, é quase inevitável que se forme uma opinião sobre o que aconteceu.
No entanto, em muitos casos, essa função de criar opinião pode ser perigosa se o autor a fizer conscientemente.
A linha é muito tênue entre o relatório que ajuda a saber e se posicionar e a pura propaganda.
Pode-se dizer que o que faz a diferença é a honestidade e o profissionalismo do repórter.
5-
Divertir o público é outra das funções do relatório. O público deve achar interessante o que está sendo informado e até mesmo se divertir recebendo as informações.
Em qualquer caso, esta função não deve ofuscar as anteriores, pois corre-se o risco de a reportagem se tornar um puro espetáculo e perder o seu sentido primário.
Referências
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- Patterson, Carlos. O bom relatório, sua estrutura e características. (2003) Recuperado de ull.es