- Lista de escritores latino-americanos que fizeram história
- Gabriel García Márquez (1927-2014)
- Leopoldo Marechal (1900-1970)
- Mario Vargas Llosa (1936-presente)
- Jorge luis borges
- Isabel Allende
- Pablo Neruda (1904-1973)
- José Lezama (1910-1976)
- Octavio Paz (1914-1998)
- José Donoso (19241-1996)
- Alejo Carpentier (19042 -1980)
- Elena Poniatowska (1932 até o presente)
- Ernesto Sábato (1911-2011)
- Fernando del Paso (1935-2018)
- Miguel Ángel Asturias (1899-1974)
- Carlos Fuentes (1928-2012)
- Jorge Isaacs (1837-1895)
- Miguel Otero Silva (1908-1985)
- Jorge Enrique Adoum
- Jorge Icaza
- Gabriela Mistral
- Juan Rulfo
- Augusto Roa Bastos
- Juan Carlos Onetti
- Julio Cortazar
- José Eugenio Díaz Castro (1803-1865)
- Luis Rafael Sánchez (1936 até o presente)
Os escritores latino-americanos foram desconhecidos até o início do século XX, onde sua obra era totalmente estranha e pouco conhecida do grande público. Porém, existem autores da literatura latino-americana - poetas, romancistas, ensaístas - que influenciaram o mundo por sua beleza e originalidade.
O boom latino-americano e o romance pós-macondiano ganharam um lugar no mundo literário e criaram expectativas graças às suas várias correntes, como o realismo renovador, o anti-romance e o realismo mágico, cujo romance principal foi publicado em 1967 por Gabriel García Márquez. Cem anos de Soledad do brilhante 'Gabo' marcou um marco na literatura latino-americana e significou o Prêmio Nobel de Literatura para seu autor.
Lista de escritores latino-americanos que fizeram história
Gabriel García Márquez (1927-2014)
Gabriel Garcúa Márquez, um dos escritores mais conhecidos da história
Jornalista e escritor colombiano, talvez seja o autor mais reconhecido por sua magnífica obra Cem Anos de Solidão. Seus romances também incluíam O Coronel não tem ninguém para escrever, Crônica de uma morte anunciada, O amor em tempos de cólera, entre outros.
Leopoldo Marechal (1900-1970)
Leopoldo Marechal foi o autor de Adán Buenosayres, uma obra moderna e clássica sobre os sofrimentos metafísicos de um escritor de vanguarda. É uma antinovela ou contranovela, pois pode ser lida e interpretada sob dois pontos de vista.
Marechal também foi dramaturgo e ensaísta. Após a queda do peronismo em 1955, as obras de Marechal foram proibidas devido ao seu apoio ao regime e tornaram-se populares apenas nas últimas décadas do século XX.
Mario Vargas Llosa (1936-presente)
eixo de potência
O romancista e ensaísta Mario Vargas Llosa, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura 2010, é também um dos mais importantes representantes do boom latino-americano.
Seus romances, como The City and the Dogs e The Goat Party, foram aclamados pela crítica e este último foi levado ao cinema. Conta a história do ditador dominicano Rafael Leónidas Trujillo e das borboletas, três irmãs que se opuseram ao seu regime e foram cruelmente assassinadas.
Vargas Llosa é uma figura pública muito controversa devido à sua atividade política e à sua vida privada. Em 1990, ele tentou, sem sucesso, se tornar presidente do Peru, seu país de origem.
Jorge luis borges
O argentino Jorge Luis Borges foi ensaísta, contista e poeta. Considera-se que suas posições pouco ortodoxas não lhe permitiram ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, ao qual foi indicado por mais de 30 anos.
Ele é considerado um estudioso pela variedade de suas obras, desde contos e romances a estudos e ensaios sobre história, literatura e política. Seu livro mais conhecido é Ficciones, considerado um dos 100 melhores do século XX.
Isabel Allende
Outro escritor chileno de destaque é Isabel Allende. Seu best-seller House of Spirits vendeu mais de 56 milhões de cópias. Esta escritora, atualmente radicada na Califórnia, viveu na Venezuela depois que sua família foi para o exílio, quando Salvador Allende faleceu.
A obra Paula é a história da família Allende, que Isabel escreveu à filha quando ela adoeceu e depois morreu na Espanha. Duas de suas obras, La casa de los espíritus e De amor y de sombra, foram levadas para o cinema.
Pablo Neruda (1904-1973)
Pablo Neruda é um dos poetas mais influentes do século 20, e também ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1971. Sua obra Vinte poemas de amor e uma canção desesperada é um dos livros mais vendidos escritos em espanhol.
Outra obra importante é Canto General, em que Neruda reflete a cosmogonia dos povos americanos. É considerado um dos poetas mais versáteis, pois suas obras vão do amor ao humor, como, por exemplo, suas Odes Elementais.
José Lezama (1910-1976)
É considerado o principal representante do neobarroco americano. Suas obras incluem Paradiso, The American Expression e Death of Narcissus.
Octavio Paz (1914-1998)
"Muita luz é como muita sombra: não deixa ver" Octavio Paz, escritor mexicano, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1990, disse uma vez. Massacre de Tlatelolco em 1968.
Paz era um poeta ousado, que gostava de experimentar. Isso o levou a estudar e escrever seguindo os cânones dos gêneros poéticos de diferentes países, como o haicai japonês. Muitos consideram que compreender a poesia de Octavio Paz é compreender a idiossincrasia mexicana.
José Donoso (19241-1996)
Elisa cabot
Abordando problemas sociais como a prostituição, as obras de José Donoso, El lugar sin Límites e El obsceno Bird of the Night, mostram as complexas interações entre ricos e pobres, norte e sul, país e cidade, advogados e comunidades. cultura rural e popular.
A obra Correr el dense veil, escrita por sua filha adotiva Pilar Donoso, conta-nos como este formidável autor chileno escreveu suas obras.
Alejo Carpentier (19042 -1980)
Firebird Magazine, 18 de agosto de 1979
Embora Alejo Carpentier tenha nascido em Lausanne (Suíça), passou parte de sua vida em Cuba e teve notável influência na literatura latino-americana.
Uma de suas obras mais conhecidas é O Reino deste Mundo, uma radiografia da cultura latino-americana. Este romance, que trata de temas históricos como a Revolução Haitiana, é repleto de magia e romantismo.
Carpentier reflete com maestria em sua obra a herança africana dos povos caribenhos. Por outro lado, em sua obra El Siglo de las Luces, Carpentier fala da influência da Revolução Francesa na região do Caribe. Suas obras não são apenas ficção, mas importantes fontes históricas.
Elena Poniatowska (1932 até o presente)
Rodrigo Fernandez
Embora Elena tenha nascido na França, ela veio para o México quando tinha 10 anos e tem dupla nacionalidade: francesa e mexicana.
Elena Poniatowska Amor destacou-se por seus romances históricos como La noche de Tlatelolco: Testemunho de História Oral, dedicado ao massacre dos estudantes que protestaram na Plaza de las Tres Cultures em 2 de outubro de 1968.
Ernesto Sábato (1911-2011)
Escritor, físico e pintor argentino. A obra Sobre heróis e tumbas de Ernesto Sábato, que foi parcialmente transformada em cinema por seu filho Mario Sabato no filme O poder das trevas, é considerada uma das melhores novelas argentinas do século XX.
Fernando del Paso (1935-2018)
Outro autor interessante é Fernando del Paso, com suas obras Palínuro de México, José Trigo e Noticias del Imperio. Del Paso dedica especial atenção em suas obras à história do México.
Em 2015 recebeu o Prêmio Cervantes. É considerado um dos mais importantes representantes do novo romance histórico latino-americano pelo detalhamento de suas obras.
Miguel Ángel Asturias (1899-1974)
O Prêmio Nobel de Literatura de 1967, Miguel Ángel Asturias, em sua obra Señor Presidente denuncia as crueldades, corrupção e injustiça da ditadura de Manuel Estrada Cabrera, que governou o país de 1898 a 1920.
Este romance surreal e mágico captura em suas páginas a relativa passagem do tempo durante a ditadura, em que “nada mudou realmente”.
A história mostra como apenas o presidente poderia decidir o que era verdadeiro e o que não era, e como outros personagens assumiram essa verdade, mesmo que contradisse o que seus olhos viam.
Carlos Fuentes (1928-2012)
Abderrahman Bouirabdane
A região mais transparente, A morte de Artemio Cruz e outros romances do escritor mexicano Carlos Fuentes são leituras obrigatórias. Este romancista, roteirista e político foi um dos autores mais prolíficos do século 20 na América Latina.
Seus romances são repletos de referências culturais que permitem ao leitor mergulhar na cultura mexicana e latino-americana. Seus romances são avant-garde e complexos.
Jorge Isaacs (1837-1895)
Banco da Cultura da República
O romance romântico e tradicional María, do escritor colombiano Jorge Issacs, conta a história de dois adolescentes apaixonados e suas aventuras, ambientados em uma região que poderia ser qualquer lugar da Colômbia, ou mesmo da América Latina.
Este romance fala sobre um amor idílico e inatingível, e está cheio de pequenas histórias sobre outros casais, caça e outras atividades econômicas.
Em geral, o romance é uma canção de amor e falta de amor, mas mostra o modo de vida de uma hacienda do Novo Mundo e aspectos importantes que a qualificam como modos.
Miguel Otero Silva (1908-1985)
Uma das novelas sociais de maior destaque é Quando quero chorar não choro, do escritor venezuelano Miguel Otero Silva. Silva conta a história de três jovens com o mesmo nome, data de nascimento e dia da morte, mas com histórias de vida muito diferentes.
Um é criminoso comum, outro é guerrilheiro e o último é integrante de uma gangue de "riquitos". Essa história não está desatualizada e reflete a desigualdade que ainda prevalece na região.
Outra novela de Silva é Casas Muertas, que reflete a transformação dos povos latino-americanos devido aos interesses dos estrangeiros.
Jorge Enrique Adoum
O escritor equatoriano Jorge Enrique Adoum se destacou por sua obra Entre Marx e uma Mulher Nua, que trata de diferentes questões sociais. A obra de Adoum, também político e diplomata, foi levada ao grande ecrã pelo realizador equatoriano Camilo Luzuriaga.
Jorge Icaza
O romance do escritor equatoriano Jorge Icaza Coronel intitulado Huasipungo é um dos principais do movimento indígena, que antecede o realismo mágico. A história reflete a vida dos índios Huasipungos na primeira metade do século XX.
Os huasipungos eram os índios confiados a um território e seu dono. Este romance mostra a crueldade da colonização e cristianização na América Latina.
Gabriela Mistral
A chilena Gabriela Mistral é a única mulher de um país de língua espanhola a receber o Prêmio Nobel de Literatura (1945). Em suas obras aborda temas como amor, morte e maternidade. Ele se destacou pelo uso da linguagem coloquial em suas obras, que ele preferiu ao uso formal da linguagem.
Juan Rulfo
O romance Pedro Páramo de Juan Rulfo foi um dos mais influentes da literatura latino-americana. Apesar de o mexicano Juan Rulfo não ter escrito muitos romances e se destacar principalmente pelos citados Pedro Páramo e El llano en llamas, considera-se que sua obra pôs fim ao romance revolucionário latino-americano.
Rulfo também foi roteirista e fotógrafo. Os estudiosos consideram que a razão pela qual ele parou de escrever romances foi para evitar o sofrimento de evocar a realidade.
Augusto Roa Bastos
Autor da “Trilogia Paraguaia”, Augusto Roa Bastos foi um dos escritores mais destacados do século XX na América Latina. Em seu romance Yo el Supremo, Roa conta a vida do ditador paraguaio José Gaspar Rodríguez de Francia, que governou o país por 26 anos. As obras de Roa reivindicam o Paraguai como um país bilíngue, cuja segunda língua é o guarani.
Juan Carlos Onetti
Nos romances El Pozo e La vida breve, o uruguaio Juan Carlos Onetti mostra como as pessoas fogem da realidade. Em seus romances, os heróis e seu nêmesis representam os lados claros e escuros do ser humano.
Julio Cortazar
La Hopscotch, obra-prima do gênero antinovela, brinca com o leitor. Conta a história da relação de Horácio Oliveira com La Maga. O autor argentino, emblemático onde existem, fez de suas obras surrealistas um convite à escolha de um estilo de leitura e de um final.
José Eugenio Díaz Castro (1803-1865)
Outro romance romântico é Manuela, do autor colombiano José Eugenio Díaz Castro. O romance conta a história de uma camponesa que foi trabalhar em uma fábrica de fumo. O romance foi levado para a telinha e seu diretor se empenhou em recriar com rigor os costumes descritos no livro.
Esta história é considerada uma fonte histórica por sua rica e detalhada descrição da época. O romance foi um dos mais aclamados de sua época e foi bem recebido internacionalmente.
Luis Rafael Sánchez (1936 até o presente)
O porto-riquenho Luis Rafael Sánchez é o autor de La guaracha del Macho Camach o, romance que conta a história de pessoas que representam diferentes classes sociais e suas interações, enquanto aguardam um engarrafamento nas ruas de uma cidade de Porto Rico.
Sánchez é contista, dramaturgo e ensaísta. Um dos temas centrais de suas obras é a americanização de Porto Rico. Esse lutador em defesa das raízes de seu povo conseguiu que a RAE acrescentasse o termo "porto-riquenho" ao dicionário em 2016.