A autoecologia ou ecologia das espécies é um ramo da ecologia responsável por estudar a inter-relação de uma espécie viva com seu ambiente.
Trata-se de estudar a maneira como a espécie se adapta a fatores específicos em seu ambiente circundante.
Esses fatores incluem: umidade, temperatura, luz, salinidade, nível de nutrientes e outros fatores abióticos.
Em si, essa adaptação consiste no desenvolvimento de características morfológicas e fisiológicas adequadas à sobrevivência da espécie.
Os mecanismos de adaptação garantem a obtenção de nutrientes, espaços de desenvolvimento, condições físicas adequadas, proteção e possibilidade de reprodução.
A Autoecologia estuda a maneira como as adaptações dos organismos individuais influenciam sua probabilidade de sobrevivência em um ambiente espacial e temporalmente variável.
Tenta saber como as propriedades e requisitos dos indivíduos coincidem com as condições ambientais flutuantes às quais estão expostos ao longo de suas vidas. Quantificar a precisão dessa combinação é crucial para o entendimento autoecológico.
Assim, a autoecologia levanta questões sobre a relação entre, por exemplo, as propriedades dos organismos, a duração das estações e a latitude.
Também examina como os organismos lidam com a seca do verão ou o frio extremo do inverno, ou sua capacidade de se adaptar quando as condições espaciais mudam.
Nesse sentido, as premissas da autoecologia são:
1-O ambiente está estruturado (geralmente pelas diferentes estações) e pode variar acidentalmente.
2-Cada variável ambiental pode afetar os organismos de maneiras diferentes, e cada uma dessas bases de interação representa um eixo específico de diferenciação ambiental
3-O ciclo de vida e o ciclo sazonal das espécies devem coincidir com a estrutura sazonal do ambiente e sua variabilidade para que a espécie persista em uma localidade
4-As adaptações dos organismos são mecanismos complexos que medeiam a interação organismo-ambiente.
5-Cada espécie se adapta a um subconjunto de tais influências ambientais em qualquer local específico.
6-Organismos movem-se espacialmente em resposta às mudanças nas condições ambientais, a fim de alcançar o pareamento ambiental.
Exemplos
As mudanças comportamentais são um bom exemplo de como os organismos se adaptam ao meio ambiente.
Normalmente, essas ações respondem a um estímulo externo. Essas mudanças podem incluir o que um animal é capaz de comer, como se move ou como se protege.
Por exemplo, esquilos e marmotas podem hibernar por até 12 meses. Freqüentemente, comem muito na preparação para o inverno.
Esses pequenos animais encontraram uma maneira de sobreviver e se proteger das condições climáticas adversas, preservando os alimentos e seu meio ambiente.
Por outro lado, o caso da mariposa-pintada inglesa pode ilustrar a relação dos organismos com as mudanças no habitat.
Antes do século 19, o tipo mais comum dessa mariposa era de cor creme com manchas escuras. Devido à poluição ambiental, as mariposas de cor mais escura começaram a prosperar.
Os pássaros não podiam ver as mariposas escuras, então comeram as mariposas de cor creme.
Referências
- Anaya Lang, AL (2003). Ecologia química. Cidade do México: Plaza e Valdés.
- Walter, GH (2017, 06 de junho). Autecologia. Obtido em 08 de dezembro de 2017, em oxfordbibliographies.com
- Walter, GH e Hengeveld R. (2014). Autecologia: Organismos, Interações e Dinâmicas Ambientais. Boca Raton: CRC Press.
- Kennedy, J. (2017, 23 de outubro). Descubra animais que têm adaptações e mutações para a sobrevivência. Obtido em 8 de dezembro de 2017, em Thoughtco.com
- National Geographic Society. (2011, 21 de janeiro). Adaptação. Obtido em 8 de dezembro de 2017, em nationalgeographic.org