- Três técnicas para criar mapas cognitivos
- 1- Mapeamento causal
- 2- Mapeamento conceitual
- 3- Mapeamento semântico
- Importância dos mapas cognitivos
- Exemplos
- Referências
Um mapa cognitivo é uma representação mental da organização de um ambiente. Muitos animais, não apenas humanos, são capazes de formar uma representação mental de um ambiente em que estão ou estiveram.
Os mapas cognitivos servem para a construção e acúmulo de conhecimento espacial, permitindo a visualização de imagens com o objetivo de reduzir a carga cognitiva, melhorar a memória e o aprendizado das informações.
Mapa cognitivo sobre drogas e polícia em inglês. Wikipedia.org
Esse termo foi definido pelo psicólogo Edward Tolman durante a década de 1940. Os mapas cognitivos podem ajudar a navegar por territórios desconhecidos, dar direções ou aprender ou lembrar informações.
Posteriormente, esse termo foi generalizado por outros pesquisadores, principalmente no campo da pesquisa operacional, para se referir a um tipo de canal semântico que representa o conhecimento pessoal de um indivíduo ou seus esquemas.
Quando um mapa cognitivo é criado, as informações irrelevantes para a tarefa em questão costumam ser omitidas. Isso significa que eles podem ser diferentes do ambiente real no qual o mapa está sendo criado.
Os mapas cognitivos podem compreender vários tipos: podem ser causais, semânticos e conceituais. Todos esses se referem a tipos de modelos ou esquemas mentais.
Três técnicas para criar mapas cognitivos
As técnicas de mapeamento cognitivo são usadas para identificar crenças subjetivas e para representar essas crenças externamente.
A abordagem geral é extrair declarações subjetivas de indivíduos sobre conceitos significativos e as relações entre esses conceitos. Esses conceitos e relacionamentos podem então ser descritos em algum arranjo gráfico.
As principais técnicas para a criação de mapas cognitivos são os mapeamentos causais, conceituais e semânticos. Suas principais características são detalhadas a seguir:
1- Mapeamento causal
É uma das técnicas de mapeamento cognitivo mais utilizadas para investigar a cognição da tomada de decisão nas organizações. Essa teoria posiciona um conjunto de perspectivas pessoais, que o indivíduo usa para tomar decisões.
Este tipo de mapa representa um conjunto de relações causais entre as construções de um sistema de crenças. Ao capturar as relações de causa e efeito, o raciocínio de uma determinada pessoa pode ser analisado.
2- Mapeamento conceitual
Outra técnica popular são os mapas conceituais. Um mapa conceitual é uma representação gráfica em que os nós representam conceitos e os links representam as relações entre essas noções. As estruturas cognitivas existentes são críticas para aprender novos conceitos.
Os links marcados, que representam o tipo de relacionamento entre os conceitos, podem ser unilaterais, bidirecionais ou não direcionais.
Os conceitos e relacionamentos podem ser categorizados e o mapa de conceitos pode mostrar relacionamentos causais ou temporais entre os conceitos.
Os mapas conceituais são úteis ao gerar ideias, projetar estruturas complexas, comunicar ideias e auxiliar no conhecimento integrando explicitamente o conhecimento novo e o antigo.
3- Mapeamento semântico
Deve ser apontado que as declarações causais são apenas parte do sistema total de crenças de um indivíduo. Existem técnicas de mapeamento cognitivo que podem ser usadas para identificar outras relações entre conceitos.
Os mapas semânticos, também conhecidos como mapas de ideias, são usados para explorar uma ideia sem as restrições de uma estrutura imposta.
Para fazer um mapa semântico, você deve começar no centro do papel com a ideia principal e trabalhar para fora em todas as direções; assim, é produzida uma estrutura crescente e organizada, composta por palavras-chave e imagens.
Em torno da ideia principal (uma ideia central) são traçadas de 5 a 10 ideias (ideias descendentes), que estão relacionadas com a palavra central.
Cada uma dessas idéias descendentes serve então como uma palavra secundária para o novo nível de desenho.
Em outras palavras, um mapa semântico possui um conceito central ou principal, com ramos que se parecem com árvores.
Importância dos mapas cognitivos
Os mapas cognitivos vêm sendo estudados e utilizados em diversos campos como: psicologia, educação, arqueologia, planejamento, geografia, cartografia, arquitetura, administração e história.
Como consequência, esses modelos mentais são freqüentemente chamados de mapas cognitivos, mapas mentais, esquemas e estruturas de referência.
Os mapas cognitivos servem na construção e acúmulo de conhecimento espacial, permitindo que a mente visualize imagens para reduzir a carga cognitiva e aumentar o reconhecimento e o conhecimento das informações.
Esse tipo de raciocínio espacial também pode ser usado como metáfora para tarefas não espaciais, nas quais a memória e a imaginação podem estar envolvidas por meio do uso do conhecimento espacial. Dessa forma, eles podem ajudar a processar a tarefa.
Exemplos
- À noite, quando está tudo escuro e as luzes apagadas, é possível encontrar o caminho até o banheiro e encontrar o isqueiro com facilidade. Isso ocorre porque o mapa cognitivo ajuda a lembrar a localização e distribuição desses elementos.
- Um diagrama causal pode ser feito relacionando a proximidade de estradas rurais com o aumento de infecções em uma população.
- As pessoas podem dar orientações em torno de seu bairro porque têm um mapa cognitivo de todas as ruas e edifícios da área.
- Quando um indivíduo pressiona as teclas de um computador sem olhar para o teclado, ele o faz porque possui um mapa cognitivo das teclas.
Referências
- Mapa cognitivo. Recuperado de wikipedia.org
- Mapeamento cognitivo. Recuperado de richarddaggan.com
- Mapa cognitivo: definição e exemplos. Recuperado de study.com
- Mapa cognitivo. Recuperado de alleydog.com
- Mapa cognitivo. Recuperado de psychlopedia.wikspaces.com