A depressão do Lago Maracaibo é caracterizada como um vale-fenda estrutural. Esta depressão desce gradualmente à medida que a Sierra de Perijá e a cordilheira dos Andes na Venezuela aumentam.
O Lago Maracaibo está localizado no oeste da Venezuela, especificamente no estado de Zulia. Os cronistas do lago o definem como a grande baía semifechada da Venezuela. Possui uma área de cerca de 13.500 km² e é o maior lago da região sul-americana.
A bacia do Lago Maracaibo foi coberta por águas rasas por milhões de anos. Ao longo desses anos foram depositados sedimentos e restos orgânicos que são os responsáveis diretos por o lago ser a fonte, hoje, de um dos mais importantes depósitos de óleo e gás do país.
O subsolo da depressão tem sido objeto de múltiplas investigações para geólogos e geógrafos, já que a excentricidade dessa depressão é um fenômeno registrado em poucas partes do mundo, que, ao afundar, possui uma das maiores fontes de riqueza do mundo. Venezuela e se conecta com o Mar do Caribe.
O Lago Maracaibo faz de Maracaibo a cidade mais importante do ponto de vista demográfico depois da capital, Caracas.
O potencial da área é imenso, tendo em conta a importância do lago e dos terrenos da costa oriental que são propícios à actividade agrícola e pecuária.
Constituição da depressão do Lago Maracaibo
A depressão do lago é objeto de várias interpretações sobre o que pode acontecer com ele. Não se sabe ao certo se a riqueza que está localizada em seu subsolo irá parar mais baixo ou permanecerá no ponto de continuar a extraí-la.
Os estratos do subsolo da depressão são compostos por arenitos, folhelhos e grupos de rochas de diferentes idades geológicas. A perfuração é o que permite a extração de gás e óleo.
Alguns ambientalistas argumentam que os danos causados ao lago pela sede de petróleo são incalculáveis. A sua extração destruiu a fauna e a flora marinhas, dando origem a um lago poluído que serve apenas para navegação marítima e atividade petrolífera.
No início do Oligoceno, a cordilheira dos Andes e a cordilheira do Perijá aumentavam constantemente enquanto o peso dos sedimentos do lago o fazia afundar cada vez mais. Esse processo deu origem à atual fisionomia da região noroeste do país.
Uma das características mais importantes do lago é que ele está diretamente conectado ao mar, isso só acontece com este lago em todo o mundo. No entanto, nem sempre foi assim, durante o período Mioceno as águas do mar penetraram no lago, o que levou a um aumento significativo da sedimentação.
A sedimentação dos rios erodiu as montanhas da região, quando o mar recua gradativamente e as montanhas continuam subindo e a sedimentação aumenta ainda mais.
Essas camadas sedimentares são conhecidas pelo nome de formações La Rosa e é o que tem possibilitado uma das mais importantes fontes de riqueza energética do país.
Alívio da depressão
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