- Biografia
- Família e estudos
- Casamento obrigado
- Obras deles
- Mateo e prisão
- Sua morte
- Tocam
- Guzman de Alfarache
- Frases
- Referências
Mateo Alemán (1547-1614) foi um renomado escritor da Idade de Ouro espanhola, a quem se atribui a consolidação do subgênero literário denominado "romance picaresco".
Sua obra em prosa, caracterizada por uma série de narrativas completas, muito contribuiu para o crescimento da literatura hispânica, tanto na forma de contar as histórias como na forma de estruturá-las.
Mateo Alemán. Fonte: Por Escarlati. (Adobe Photoshop), baseado em impressão, gravura em entalhe de 1599 de Perret, Pedro (1555-ca. 1625). (Assinatura do autor, na parte reduzida da tabela onde apóia o livro) Iconografia Hispânica 213-1 - Barcia. Retratos 40-1. Fracasso. Ele apóia a mão esquerda sobre um livro fechado, em cujo corte diz: «Cor. Ta. » (Cornelius Tácitus). Com a mão direita, aponta para a bonita placa num dos cantos superiores do quadro com o emblema da aranha na áspide e a letra: "Ab insidiis non est prudentia". Combinando com este cartucho, o brasão está no outro ângulo. Ele apóia a mão esquerda sobre um livro fechado, em cujo corte diz: «Cor. Ta. » (Cornelius Tacitus). Com a direita, ele aponta para a placa fofa em um dos cantos superiores da imagem com o emblema da aranha.,via Wikimedia Commons
Também é necessário notar que graças ao entusiasmo deste escritor, a língua espanhola obteve um enriquecimento considerável. Isso se deveu ao fato de Alemán insistir em resgatar as palavras em que estavam em desuso e incluir palavras de outras línguas no vocabulário espanhol.
Apesar de suas contribuições significativas, existem poucos dados biográficos sobre Mateo Alemán. No entanto, são conhecidos alguns fatos importantes de sua vida que ajudam a compreender seu trabalho.
Biografia
Família e estudos
Mateo Alemán y de Enero nasceu em Sevilha em setembro de 1547. Foi batizado na colegiada do Divino San Salvador em 28 de setembro do mesmo ano. Seus pais eram Hernando Alemán - um judeu convertido e cirurgião da Real Prisão de Sevilha - e Juana de Enero, sua segunda esposa, filha de um comerciante florentino.
Graduou-se em artes e teologia em 1564, na Universidade Maese Rodrigo. Continuou os estudos na Universidade de Salamanca e na Universidade de Alcalá de Henares, na Faculdade de Medicina, carreira que os historiadores dizem que abandonou, pois não foi encontrado nenhum registo da sua licenciatura.
Casamento obrigado
Casou-se com Catalina de Espinosa, a título de indenização pelo não pagamento de um empréstimo contraído em decorrência da morte de seu pai em 1568.
O referido padre, capitão Alonso Hernández de Ayala, emprestou-lhes o dinheiro com a única condição de que, caso não o devolvesse na data combinada, Mateo Alemán se casasse com a renomada jovem. Este casamento durou alguns anos.
Obras deles
Em Sevilha, trabalhou como coletor do subsídio e seu arcebispado. Em Madrid foi contabilista de resultados no Gabinete de Contabilidade do Tesouro. De acordo com os poucos manuscritos encontrados sobre sua vida, constatou-se que ele também se dedicava à compra e venda de mercadorias.
Desta atividade comercial os negócios de maior destaque foram: a venda de um escravo mouro e a compra de uma capela para a irmandade nazarena.
Naquela época, ele redigiu estatutos a serem solicitados pelos membros da irmandade do Nazareno e atuou como juiz visitante da Espanha.
Mateo e prisão
Este ilustre escritor foi preso em duas ocasiões em Sevilha, tanto por dívidas adquiridas como por dívidas não pagas. Na primeira vez, ele ficou preso por dois anos e meio, de 1580 a 1582; e a segunda vez em 1602, até que seu parente Juan Bautista del Rosso conseguiu libertá-lo.
Os historiadores fazem uma comparação entre este acontecimento vivido por Mateo Alemán e o enredo de seu famoso romance Guzmán de Alfarache, e concluem que esses episódios de sua vida o ajudaram a entender tudo relacionado à atividade criminosa, material que mais tarde serviria de base para o desenvolvimento do referido manuscrito.
Sua morte
Assumiu-se que Mateo Alemán morreu depois de 1615. Mais tarde, em 1619, apareceu em Sevilha um documento da autoria de Jerónimo Alemán, primo do romancista, que revelou novas informações a esse respeito.
Nesse documento afirmava-se que o escritor morrera em 1614, em extrema pobreza e era necessário recorrer à compaixão de quem o conhecera em vida para o poder enterrar.
Tocam
- Em 1597, traduz as Odes de Horácio e faz o prólogo dos Provérbios Morais de Alonso de Barros.
- Em 1599 publicou a primeira parte do romance picaresco Guzmán de Alfarache, intitulado Primeira parte de Guzmán de Alfarache.
- Em 1602 publicou a Vida e Milagres de Santo Antônio de Pádua.
- Em 1604, publicou a segunda parte de Guzmán de Alfarache, intitulada Segunda parte da vida de Guzmán de Alfarache, torre de vigia da vida humana.
- Em 1608 ele publicou sua ortografia castelhana.
- Em 1613 continuou sua obra literária e escreveu o prólogo da vida do mestre padre Ignacio de Loyola de Luis Belmonte e os Acontecimentos de Frei García Guerra, arcebispo do México.
Guzman de Alfarache
Não há dúvida de que Mateo Alemán foi popularizado por seu romance Guzmán de Alfarache. Essa história poética na época de sua publicação atraiu a atenção de inúmeros leitores, alcançando uma difusão sem precedentes e em pouco tempo para os padrões da época.
Esta obra literária caracterizou-se por possuir uma linguagem coloquial folclórica, inédita para a época. Por esse motivo, foi chamado de "romance de entretenimento".
Este manuscrito atingiu mais de 20 edições realizadas, a ponto de ultrapassar o Dom Quixote de Miguel de Cervantes, que teve apenas oito. O romance foi traduzido para o francês, alemão, italiano e até latim.
Esta obra magistral, publicada em duas partes, contava as aventuras de um jovem malandro que, chegando à meia-idade, desaprovava sua vida passada.
No romance, as aventuras do personagem em sua juventude se confundem com a moral do adulto. Por esse motivo, o manuscrito foi considerado por muitos críticos da época como uma sátira moral.
Frases
Ao longo de sua carreira literária, Mateo Alemán pronunciou e escreveu muitas frases pelas quais é lembrado até hoje, por serem concisas e claras. Aqui estão algumas de suas frases que remetem aos diferentes sentimentos do ser humano:
- “Deve-se encontrar os amigos como os bons livros. Não há felicidade porque eles são muitos ou muito curiosos; mas poucos, bons e conhecidos ”.
- "O desejo vence o medo".
- "O sangue é herdado, o vício se apega."
- "Todo homem deve desejar viver para saber e saber para viver bem."
- "A ajuda que precisa, mesmo que seja pequena, ajuda muito."
- “Para quem não se beneficia das boas obras e das palavras ternas não se mexem, os maus serão espancados com punições severas e rigorosas”.
- “A juventude não é um momento da vida, é um estado de espírito”.
- "Não há palavra ou pincel que venha expressar o amor paternal."
Referências
- Mateo Alemán. (S. f.). Wikipedia. Recuperado de: es.wikipedia.org.
- Autobiografia em Mateo Alemán. (S. f.). (N / a): Revista Siglo de Oro de Literatura e Cultura. Recuperado de: revistahipogrifo.com.
- Mateo Alemán e Literatura. (S. f.). Espanha: Espanha é cultura. Recuperado de: españaescultura.es.
- Mateo Alemán. (S. f.). (N / a): Biografias e vidas. Recuperado de: biogramasyvidas.com.
- Michaud, M. (2014). Mateo Alemán, A Obra Completa. Espanha: Edição Aberta de Revistas. Recuperado de: journals.openedition.org.