- Relacionamento com o homem
- Características gerais
- Pele
- Coluna vertebral
- Extremidades
- Lábios
- Dentes
- Sistema digestivo
- Taxonomia
- Família Equidae
- Família Rhinocerotidae
- Família Tapiridae
- Alimentando
- Reprodução
- Namoro
- Habitat
- Sistema circulatório
- Comportamento
- Comunicação
- Organização social
- Luta
- Comportamento amigável
- Referências
Os perisodáctilos são caracterizados pelos mamíferos placentários, tendo seus membros um ou três dedos cobertos com queratina. O dedo médio é mais desenvolvido que os demais, servindo de apoio ao caminhar. Neste grupo estão cavalos, asnos, zebras, rinocerontes e antas.
No início do período eoceno, há cerca de 55 milhões de anos, esse grupo de animais já era diversificado, ocupando diferentes continentes. Os perissodáctilos eram o grupo de grandes mamíferos que dominou o Oligoceno.
Casco de cavalo. Fonte: pixabay.com
Eles são animais macromáticos, a acuidade do olfato prevalecendo sobre outro sentido. Isso permite que eles se comuniquem, como os rinocerontes brancos machos, defecando e urinando em suas terras em uma espécie de ritual, com a intenção de marcar seu território e afastar outros machos dominantes de sua espécie.
Caracterizam-se também por serem ungulados, o que implica que andem com o apoio principal na ponta dos dedos, geralmente recoberto pelo casco.
Relacionamento com o homem
O cavalo e o burro desempenharam um papel muito importante na história da humanidade. O homem os usou como meio de transporte, para trabalhar em tarefas e como animais de carga. Sua domesticação remonta a alguns milênios antes de Cristo.
Motivado pela modernização do trabalho agrícola e pelo surgimento de veículos de transporte individual e de cargas pesadas, o uso desses animais para essas tarefas tem diminuído consideravelmente, ficando restrito às regiões menos desenvolvidas.
Hoje, andar a cavalo pode ser considerado uma atividade recreativa ou parte de um esporte como o pólo.
O chifre de rinoceronte lhe dá a aparência de um animal perigoso. Apesar de alguns esforços para controlar a caça ilegal e implacável deste animal, algumas de suas espécies, como o rinoceronte de Javan e o rinoceronte branco, estão em perigo de extinção.
Características gerais
Pele
A família dos equídeos tem pelo coberto de pelos, enquanto os rinocerontes são escassos ou inexistentes. Nos rinocerontes, a pele é extremamente espessa, atingindo grandes placas semimóveis. Nas antas é espesso, com pelos curtos distribuídos em grupos.
O chifre do rinoceronte não é uma estrutura óssea, mas sim de origem epidérmica. A pele, que repousa sobre os ossos nasais que se fundiram, é coberta por queratina, o que a torna particularmente mais dura nessa parte do corpo.
Dependendo da espécie, os rinocerontes podem ter um ou dois chifres. Se forem quebrados durante uma luta ou cortados pelo homem, eles podem se regenerar.
Coluna vertebral
Este atua como um eixo central de suporte do corpo, cujas vértebras torácicas possuem espinhas altas. A coluna vertebral se equilibra nas patas dianteiras, sendo empurrada por trás pelas patas traseiras, que são os propulsores da locomoção do animal.
Em casos raros, a coluna vertebral terá menos de 22 vértebras. Essa estrutura esquelética permite que ele rode, bem como agüente pesos pesados, como no caso dos rinocerontes.
Extremidades
O úmero e o fêmur são curtos, em contraste com as partes distais do membro, que são mais longas e finas. A articulação nas pernas dianteiras só permite o movimento para frente e para trás.
A principal característica dessa ordem é que o eixo de simetria das extremidades passa pelo terceiro dedo. Este dedo médio, mais desenvolvido que os outros, é onde cai a maior parte do peso do animal.
O dedo central do pé é mais ereto e o casco que o envolve é grande e grosso. Suas pernas possuem almofadas formadas por tingimento elástico. Esses aspectos são importantes para os perissodáctilos, devido ao seu grande tamanho e peso.
Lábios
Na anta, o lábio superior se funde com a tromba. Os rinocerontes arrancam as folhas com os lábios, sendo o de cima pontudo, exceto o rinoceronte branco.
Dentes
A dieta do animal definirá o número e a forma dos dentes. Nesse sentido, nos perissodáctilos os incisivos e caninos podem ser pequenos ou totalmente ausentes, como é o caso dos rinocerontes. Em cavalos, geralmente apenas os machos têm caninos.
Sistema digestivo
Seu estômago não tem divisões. O intestino é longo, o ceco e o cólon são grandes e saculares, em cujos sacos o alimento é macerado e fermentado. O fígado não tem vesícula biliar.
Taxonomia
Animalia Kingdom. Edge: Chordata. Classe: Mammalia. Infraclass: Eutheria. Superorder: Laurasiatheria. Ordem: Perissodactyla. Subordens: Hippomorpha (Equidae), Ceratomorpha (rinocerontes e antas).
Família Equidae
Esta família é caracterizada por possuir dentes coronários altos, adaptados para comer gramíneas em pradarias e desertos. Seu corpo é robusto, com uma juba de pelos no pescoço e uma mecha na frente da cabeça.
Seus membros são longos e finos, as pernas possuem apenas um dedo funcional, que é revestido por queratina, formando um casco duro. Exemplos: cavalos, burros e zebras.
Família Rhinocerotidae
Os membros desta família são todos herbívoros, seu corpo é grande, com pernas curtas e grossas. Na cabeça, considerada pequena em relação ao tamanho do resto do corpo, pode ter um ou dois chifres de origem dérmica.
Sua pele é espessa e resistente, podendo atingir entre 1,5 e 4,5 centímetros de espessura. É composto por camadas de colágeno. Exemplo: o rinoceronte.
Família Tapiridae
A anta tem um focinho alongado, que usa para arrancar as folhas e raízes que compõem sua dieta. Esse tipo de tronco também é útil para a coleta de plantas do brejo, onde costuma passar a maior parte do dia. Com ele bebem água e, no caso dos machos, é usada contra os rivais durante o acasalamento.
Seu corpo é compacto com uma pelagem curta e escura. Eles geralmente são animais selvagens e solitários.
Alimentando
Os membros desta ordem são herbívoros, alimentando-se de grama, folhas e caules. Freqüentemente, com base na dieta, costumam ser classificados entre os que comem basicamente grama (rinoceronte branco e equinos) e os que comem folhas (antas e algumas outras espécies de rinoceronte).
Algumas plantas, como as eufórbias, adquirem grande valor para esses animais, pois em habitats desérticos não só oferecem nutrientes, mas também se tornam uma importante fonte de água. Embora nessas áreas os animais possam cavar em busca de água, essas plantas são uma boa opção para obtê-la.
Os perissodáctilos, para encontrar seu alimento, praticam o pastoreio. Isso porque a qualidade e a disponibilidade dos alimentos podem variar de acordo com a estação do ano. Como consequência disso, os animais percorrem grandes distâncias para chegar a uma fonte abundante de alimento.
Os rinocerontes comedores de folhas são fortes o suficiente para derrubar árvores e arbustos, usando seus lábios para arrancá-los.
Nas zebras, a grama desempenha uma parte importante de sua dieta, preferindo gramas altas e grossas. Outras espécies desta família são atraídas por arbustos e bulbos.
Reprodução
Os ungulados com dedos ímpares são caracterizados por longos períodos de gestação e apenas um filhote por ninhada. Eles podem se levantar e seguir a mãe logo após o nascimento. Elas são amamentadas por muito tempo, que pode chegar até dois anos.
Em equídeos fêmeas, a puberdade chega a aproximadamente um ano, porém, só atingem a gestação entre 2 ou 3 anos, podendo se reproduzir até os 20 anos. O acasalamento costuma estar associado às estações, a anta brasileira o faz mais cedo. deixe a estação das chuvas começar.
O período de gestação é de 11 a 12 meses, em alguns casos ocorre um estro pós-parto, cerca de duas semanas após o nascimento do filhote. Desta forma, as espécies deste grupo podem ter apenas uma prole por ano.
A maturidade sexual em rinocerontes varia de acordo com a espécie, em rinocerontes pretos e brancos atinge cerca de 4 ou 5 anos de idade, podendo se reproduzir até 30 anos.
A duração da gestação nesta espécie também é variável. Em alguns, dura entre 15 e 17 meses, como é o caso do rinoceronte de Sumatra.
Namoro
Em algumas espécies de perissodáctilos, os comportamentos de corte ocorrem antes de ocorrer o acasalamento.
As éguas atraem o cavalo através do feromônio que é secretado em sua urina. O homem a corteja olhando para ela com insistência, relinchando e assumindo uma atitude enérgica. Então ele levanta as orelhas e vai se aproximando aos poucos até que a monta e ocorre a cópula.
A anta amazônica tem um namoro muito particular. O macho fica ao lado da fêmea, para que cada um possa cheirar os órgãos genitais do outro e depois se vira, tentando morder as patas traseiras.
Habitat
Os perissodáctilos podem se desenvolver em diferentes habitats, desde desertos a florestas tropicais. Existem outros fatores, além do clima, que influenciam isso. Alguns deles são a disponibilidade de alimentos e a existência de fontes naturais de água.
As antas vivem perto de locais onde há água permanente, associando sua localização a florestas tropicais e pastagens pantanosas, embora também possam ser encontradas em partes secas do Paraguai ou da Argentina.
A anta da montanha é encontrada nas pastagens da área de fronteira entre Colômbia, Equador e Peru. O desenvolvimento da agricultura tem resultado em um certo declínio dessa espécie naquela área, porém ainda é bastante comum vê-la ali.
Levando em consideração as características de cada espécie, os rinocerontes poderiam ocupar florestas tropicais, planícies aluviais e matagais. Eles precisam ter fontes de água para beber e absorver, resfriando a pele. O rinoceronte negro pode habitar florestas montanhosas e pântanos de grande altitude.
Os equinos vivem em ambientes áridos, em pastagens ou em arbustos. A zebra da montanha e o burro ocupam regiões rochosas do Norte e do Sul da África.
Sistema circulatório
O coração perissodáctilo é um músculo estriado extremamente forte, pois precisa bombear o sangue por todo o corpo. Este órgão pesa cerca de 5 quilos, estando localizado no peito, entre as duas patas dianteiras.
O sangue rico em oxigênio sai do coração por uma artéria chamada aorta. Em cavalos grandes, a aorta tem aproximadamente a espessura de uma mangueira de jardim, com um diâmetro interno maior que 1 centímetro.
As paredes são finas, com duas camadas de músculos e uma de tecido conjuntivo protetor, o que as torna capazes de suportar o alto volume de sangue e a força com que o sangue circula pelo sistema. As artérias cardíacas, que fornecem sangue oxigenado ao músculo cardíaco, saem diretamente da aorta.
A artéria carótida, que leva sangue ao cérebro, e a artéria celíaca, que se divide para alimentar o fígado, o estômago e o baço, também são ignoradas. Outro desvio da aorta é a artéria femoral, que transporta sangue para os poderosos músculos dos membros posteriores.
Junto com a maioria das artérias principais estão as veias, que retiram o sangue dos tecidos e o levam de volta ao coração, onde é bombeado de volta aos pulmões para que ocorra a troca gasosa.
Comportamento
Comunicação
Os equídeos comunicam-se por meio de sons e expressões faciais. A zebra pode emitir 6 tipos de sons diferentes, o que lhe permitirá comunicar indicando ao grupo sinais de alarme, dor ou medo.
Pesquisadores descreveram expressões associadas à saudação, como boca aberta e orelhas levantadas, e submissão, com boca aberta, movimentos de mordida e orelhas para baixo.
As antas e os rinocerontes se comunicam principalmente por meio da audição, sendo mais usados o assobio e o urro.
Organização social
Nas zebras de montanha e planícies, a família é a unidade social. A família é composta por um homem adulto e no máximo três mulheres adultas com seus filhotes. O macho exerce domínio absoluto e há hierarquia entre as éguas. Quando os jovens atingem a maturidade sexual, eles deixam o grupo familiar.
Dentro de sua área, o rinoceronte macho pode permitir a presença de machos mais velhos, que possuem status de subordinado. As fêmeas adultas, junto com seus filhotes, são em número de 6 ou 7 por macho dominante. Os jovens estão reunidos uns com os outros ou com as fêmeas que não têm filhos.
Porém, existem rinocerontes como o negro e o asiático que não são muito sociáveis, geralmente tendo uma vida solitária.
Luta
A luta entre membros da mesma espécie é atribuída quase exclusivamente à competição entre machos por uma fêmea.
As zebras lutam sem um padrão definido, combinando morder e chutar. Os rinocerontes usam a trompa em suas lutas, acertando o oponente com eles. Geralmente são acompanhados por sons ameaçadores.
Comportamento amigável
Cuidar dos cavalos é um comportamento conhecido, os animais se encaram, mordiscando o pescoço para se limpar. As zebras se cumprimentam, como antas e rinocerontes, pelo contato entre os narizes dos dois animais.
Referências
- C. Bigalke (2018). Perissodáctilo. Recuperado do britannica.com.
- Wikipedia (2018). Ungulado com dedos ímpares. Recuperado de en.wikipedia.org.
- Christopher A. Norris, Dr. Matt Mihlbachler, Dr. Luke Holbrook, Mick Ellison, Benjamin Caraballo, Joseph Andrews (2018). Perissodáctilo. Museu Americano de História Natural, recuperado de research.amnh.org.
- Relatório ITIS (2018). Perissodactyla. Recuperado de itis.gov
- Liz Ballenger, Phil Myers (2011). Equidae. Rede de diversidade animal. Recuperado de animaldiversity.org.
- Ballenger, L., P. Myers (2001). Rhinocerotidae. Rede de diversidade animal. Recuperado de animaldiversity.org.
- Marshall Caverdish Corporation (2010). Guia de anatomia de mamíferos. Recuperado de books.google.co.ve.