- Por que a educação emocional é importante na infância?
- Estratégias úteis para a prática da educação emocional
- 1. Educação Emocional em Alunos
- Interpretação de papéis
- Técnicas de relaxamento
- 2. Educação Emocional nas Famílias
- Referências
A educação emocional é um processo educativo, contínuo, que visa promover o desenvolvimento emocional como complemento essencial do desenvolvimento cognitivo, constituindo ambos os dois elementos essenciais do desenvolvimento da personalidade integrada.
Por outro lado, Fernández (2016) a caracteriza como “… a educação emocional é justamente nos conduzir ao bem-estar pessoal e social que buscamos”.
Ao longo da história, educar tem correspondido à família, como pilar fundamental. Enquanto a transferência de conhecimento recai principalmente sobre a escola como um meio substancial e uma fonte meramente formal de conhecimento.
No entanto, na atualidade, o ensino passou por uma mudança radical, tendendo-se principalmente a uma formação não só acadêmica, mas também social, uma vez que começa a ser considerada a importância das relações com o meio mais próximo dos alunos (inclusive família, amigos e colegas, entre outros).
Tudo isso implica desviar o olhar do excelente e impecável histórico escolar para colocar em evidência a eficácia das relações que a pessoa estabelece com o seu entorno.
Trata-se de observar o sentimento de felicidade do ser humano, aquele sentimento de felicidade considerado uma utopia de décadas anteriores.
Para responder e localizar o sentimento de felicidade, que indicamos acima, devemos indagar sobre o que precisamos para alcançá-lo.
Se olharmos para os elementos necessários que a receita da felicidade suscita, podemos chegar a encontrar alguns fatores que possuem alguma fraqueza e / ou vários pontos fortes desses elementos, que são considerados necessários para alcançá-la.
Esses elementos são compostos de autoconsciência emocional, regulação da emoção, autonomia emocional e habilidades sociais.
Com a aquisição destes podemos encontrar o resultado esperado, a felicidade (Fernández, 2016).
A felicidade não é um presente que repentinamente cai do céu. A felicidade é algo que se constrói, dia a dia, sendo esta construção da responsabilidade de cada um de nós. E entre as melhores ferramentas de que o ser humano se equipou está a comunicação (Muñiz, 2016).
Por que a educação emocional é importante na infância?
Garantir que a educação emocional seja uma aprendizagem duradoura ao longo do tempo e que essas habilidades sejam desenvolvidas nos alunos implica uma aprendizagem ao longo da vida.
Portanto, é imprescindível começar o mais cedo possível a promover a aprendizagem da educação emocional como conteúdo essencial do currículo escolar.
A rápida capacidade de aprendizagem observada na infância é um sinal de que é benéfico oferecer esse conteúdo aos alunos desde cedo.
Ou seja, quanto mais cedo começarmos, o aprendizado será mais rápido e excelentes resultados serão obtidos, os quais serão utilizados ao longo da trajetória de vida dos alunos.
Por tudo isto, não pode passar despercebida a ideia de que o ensino é, sem dúvida, para pais e professores, uma atividade comovente e profissional que exige muito esforço e dedicação para a resolver.
No entanto, a formação de professores ainda está em vigor nas mesmas diretrizes de muitas décadas, onde a inteligência meramente conceitual vigorava e tinha uma posição inatingível devido a outras conquistas.
Muitos pais e professores consideram-se despreparados e, por isso, não aceitam a possibilidade de efetuar uma mudança nos estilos de ensino do século XXI.
É por isso que Fernández (2016) opta por uma maior formação no que diz respeito às competências sociais e emocionais, uma vez que o professor deve ser o modelo a ser seguido por todos os seus alunos, desde as próprias relações inter e intrapessoais, até sendo assim capaz de estabelecer e gerenciar objetivos emocionais, sociais e acadêmicos
Estratégias úteis para a prática da educação emocional
Como mencionamos anteriormente, a Família e a Escola são dois pilares fundamentais que caminham juntos em qualquer execução educacional.
Por isso, devemos ter em mente os grandes meios de ensino que, hoje, a sociedade do conhecimento disponibiliza, por meio das Tecnologias da Informação e da Comunicação, os meios de comunicação, os grupos sociais, entre outros. que compõem a rede comunicativa à qual a sociedade está continuamente exposta (Gutiérrez, 2003 in Serrano, 2016).
A seguir vamos expor uma série de aspectos com os quais o professor pode trabalhar tanto com os alunos quanto com a família, utilizando todos os meios que assim o exigir (Fernández, 2016).
Assim, é necessário alcançar um equilíbrio na aprendizagem, para que os alunos alcancem o estado de bem-estar que indicamos no início, que deve ser contribuído tanto pela escola como pela família a partir da prática e da formação desta, a partir desta. da comunicação verbal, não verbal e paraverbal (Fernández, 2016).
1. Educação Emocional em Alunos
Em primeiro lugar, é preciso destacar que o professor precisa dominar as habilidades sociais e emocionais que deve transmitir aos alunos, sem dar lugar à improvisação. O professor deve ser um modelo socioemocional e um impulsionador da aprendizagem.
Como Modelo Socioemocional devemos destacar que é o espelho onde o aluno se observa, de onde obtém os exemplos emocionais mais próximos que mais tarde deixarão uma marca em seu desenvolvimento.
E como propulsor da aprendizagem, é aquele que percebe as necessidades expressas, as motivações individuais, os interesses próprios / grupais e os objetivos de cada um dos seus alunos.
Além disso, ajuda a estabelecer as metas que cada criança deve se estabelecer; É a figura ideal para acelerar a escolha oportuna no processo de tomada de decisão, tem impacto na orientação pessoal (Fernández, 2016).
Portanto, estabelece um clima emocional positivo dando suporte para aumentar a autoestima e a autoconfiança dos alunos (Fernández, 2016).
Portanto, de acordo com Albendea, Bermúdez e Pérez (2016), deve-se destacar que uma excelente educação emocional proporciona à criança inúmeros benefícios em seu próprio desenvolvimento socioemocional, tais como:
- Altos níveis de autoestima.
- Capacidade de detectar suas próprias emoções.
- Identifique ideias e expresse sentimentos.
- Competência para defender seus direitos e suas relações sociais.
- Capacidade de assimilar situações negativas como aprendizagem.
- Estratégias de autorregulação emocional
Da mesma forma, a prevenção é obtida no consumo de substâncias como as drogas, facilita um bom clima de convivência, tem uma relação ideal entre seus pares e seus professores, além de ter um percentual mínimo de violência e depressão.
Levando em consideração a literatura exposta, devemos apontar várias estratégias para trabalhar a autorregulação emocional dos alunos (Fernández, 2016):
Interpretação de papéis
- Assumir as emoções negativas como naturais e por sua vez favorecer mensagens internas positivas, como: "Vou ter que trabalhar muito, mas vou conseguir", "Não vou levantar a voz", "Vou relaxar antes de falar." etc.
- Adote uma visão positiva das situações, identificando os fatores negativos e procurando uma forma de torná-los positivos e frutíferos.
- Elimine todas as respostas emocionais negativas, como reações a problemas, a princípio. É procurar o lado positivo e esperar até gerar uma resposta oportuna, sem dar respostas emocionalmente negativas e alteradas.
- Normalizar respostas assertivas no dia a dia, utilizando o uso correto da comunicação verbal e não verbal.
- Além de saber que emoções negativas não são ruins e é necessário tê-las. Eles devem aceitar que é benéfico externá-los. Para isso, o ideal é recomendar a prática de exercícios físicos como forma de liberação das tensões acumuladas.
- Tenha o apoio de colegas para expressar essas emoções. O suporte é necessário em certas situações para externalizar os problemas de forma que eles sejam extraídos e não deixados para dentro.
Técnicas de relaxamento
Dessa forma, a educação emocional também pode ser promovida. Para realizá-lo, é conveniente que haja repouso ao nível muscular e sensorial.
Usar música relaxante, como o uso das ondas do mar, e fazer o relaxamento em uma ordem lógica do corpo.
2. Educação Emocional nas Famílias
Em todas as relações afetivas deve haver equilíbrio emocional, seja na escola ou na família, e na maioria das vezes não há consciência disso.
Manifestações verbais de alta conotação emocional são feitas constantemente, transmitindo uma mensagem afetiva de que a criança percebe, interpreta e vivencia um determinado estado de espírito.
Por esse motivo, devemos ter em mente que, no âmbito familiar, os laços afetivos assumem especial relevância no exercício das habilidades comunicativas.
Comunicar-se efetivamente em família aumenta favoravelmente a inteligência emocional, sem chegar a grandes extremos, uma vez que um amplo envolvimento acarretaria grande desgaste emocional e uma minimização implicaria na despersonalização do indivíduo, perdendo muito do valor e da qualidade humana do pessoa (Fernández, 2016).
Levando em consideração tudo o que foi argumentado, devemos ressaltar que as relações professor-família são mais escassas do que as que o aluno mantém com seus colegas e com a própria escola, é importante que haja participação da família e, portanto, não para O tratamento que o centro tem com este contexto tão próximo dos alunos é relevante.
Essas relações podem gerar situações problemáticas, em alguns momentos, quando não há reciprocidade entre o trabalho do professor e o da família, sem mostrar colaboração para a tarefa que está sendo desempenhada pelo profissional.
Sem um relacionamento e entendimento entre ambas as partes, grandes resultados não podem ser esperados.
Portanto, devemos ter em mente alguns indícios que os professores devem utilizar para aproximar seu trabalho das famílias e, dessa forma, agilizar o processo ensino-aprendizagem da inteligência emocional. (Fernández, 2016):
- Analisar o contexto familiar que envolve / onde o aluno se desenvolve. Onde vive? Qual é a sua condição socioeconômica?
- Saiba qual é o vínculo de apego do aluno com a família. Você está envolvido com sua família? Você passa o dia sem compartilhar os momentos em família? Você tem o mesmo tratamento com todos os membros da família?
- Estabelecer um objetivo comum e prioritário entre o professor e os pais do aluno. Os pais consideram a educação emocional necessária? Existe um interesse comum entre a família e eu como professor?
- Incentivar a colaboração entre a família e a escola, com base no objetivo definido por ambas as partes. Eles poderiam participar de atividades onde a presença da família seja necessária? Você pode propor ideias para realizar a colaboração entre os dois?
- Reciprocidade de informações. Manter uma troca constante de informações entre ambas as partes, onde o professor deve fazer relatórios onde a reciprocidade de informações é percebida, a aprendizagem do aluno e os objetivos alcançados pela criança são analisados.
- Mostre serenidade diante dos problemas e situações que possam surgir. A possibilidade de estabelecer um clima de confiança conduzirá a uma maior harmonia e clima de trabalho e colaboração entre ambas as partes. Trata-se de ensinar inteligência emocional, portanto, leve a situação com calma e serenidade para transferir a calma e criar laços de confiança.
- Dê respostas assertivas às questões levantadas.
- Agradecer o trabalho realizado e agradecer a colaboração prestada.
Referências
- BISQUERRA ALZINA, R. (ET AL.). (2009). Atividades para o desenvolvimento da inteligência emocional em crianças. Barcelona: Parramón Paidotribo, SL
- BISQUERRA ALZINA, R. (ET AL.). (2011). Educação emocional. Proposta para educadores e famílias. Bilbao: Desclée De Brouwer.
- FERNÁNDEZ CACHO, Y. (2016). Inteligência Emocional: A prática de habilidades emocionais na educação. Curso de extensão universitária, 2 (1), 1 - 42.
- SOLER, J., APARICIO, L., DÍAZ, O., ESCOLANO, E., AND RODRÍGUEZ, A. (CORDS.). Comunicação positiva: comunique-se para ser e nos fazer felizes. Inteligência emocional e bem-estar II, 1, 95 - 111.
- SOLER, J., APARICIO, L., DÍAZ, O., ESCOLANO, E., AND RODRÍGUEZ, A. (CORDS.). Eduque positivamente. Inteligência emocional e bem-estar II, 1, 173 - 185.
- SOLER, J., APARICIO, L., DÍAZ, O., ESCOLANO, E., AND RODRÍGUEZ, A. (CORDS.). TIC e criatividade linguístico-musical. Inteligência emocional e bem-estar II, 1, 337 - 348.
- SOLER, J., APARICIO, L., DÍAZ, O., ESCOLANO, E., AND RODRÍGUEZ, A. (CORDS.). Universo de emoções: a elaboração de um material didático. Inteligência emocional e bem-estar II, 1, 20 - 31.