- Biografia
- Infância e família
- Primeiras tarefas
- Carreira diplomática
- Últimos anos e morte
- Reconhecimentos e prêmios
- Estilo
- Tocam
- História
- Noite de Bukhara
- Trecho de "The Venetian tale of Billie Upward"
- Doma a garça divina
- Fragmento
- Frases
- Referências
Sergio Pitol Deméneghi (1933-2018) foi um escritor, ensaísta, romancista e contista mexicano. Sua obra literária foi prolífica e publicou mais de quarenta livros, além de várias edições que fez como tradutor. Seu trabalho na área de letras durou até o fim de sua vida.
Um dos elementos mais marcantes da obra de Pitol foi a expressividade emocional, a ponto de transmitir grande nostalgia ao leitor. O desenvolvimento de seus contos e romances passou por duas etapas: a primeira foi marcada pelo pessimismo, enquanto a segunda foi mais reflexiva e voltada para o psicológico e moral.
Sergio Pitol. Imagem retirada de: zendalibros.com
Os títulos mais conhecidos desse intelectual foram: Inferno de todos, Noturno de Bukhara, A casa da tribo, O desfile do amor e Doma a divina garça. Pitol recebeu vários prêmios e reconhecimentos ao longo de sua carreira, entre eles a Literatura Nacional e a de Miguel de Cervantes.
Biografia
Infância e família
Sergio nasceu em 18 de março de 1933 em Puebla. O escritor ficou órfão muito jovem. Ele perdeu o pai pela primeira vez quando tinha apenas quatro anos. Depois dessa tragédia, a família mudou-se para El Potrero, Veracruz, e a desgraça voltou à vida de Pitol quando sua mãe se afogou em um rio.
Isso sem dúvida marcou a infância de Pitol, que desde os cinco anos estava sob os cuidados de parentes. Lá ele completou seus estudos primários e secundários, que foram interrompidos muitas vezes pela malária que sofreu até os doze anos.
O tempo que passou confinado em casa devido à doença foi gasto lendo autores como Charles Dickens, Leon Tolstoi, William Faulkner, Franz Kafka e Pablo Neruda. Ao terminar o ensino médio, foi para a Cidade do México estudar Direito na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM).
Primeiras tarefas
Após completar os estudos universitários, passou a lecionar na UNAM e na Universidade Veracruzana. Em 1959, o gosto que sentiu pela literatura desde criança o levou a publicar seu primeiro livro de contos, Tiempo Cercado. Na época, ele era professor da Universidade de Bristol, no Reino Unido.
Brasão da UNAM, local de estudo e trabalho de Pitol. Fonte: Ambos, o escudo e o lema, José Vasconcelos Calderón, via Wikimedia Commons
Carreira diplomática
Sergio Pitol iniciou sua carreira diplomática na década de 1960, quando tinha apenas 27 anos. Atuou como representante cultural do México em várias cidades europeias: Budapeste, Moscou, Praga, Paris e Varsóvia.
Durante sua estada no Velho Mundo, aprendeu outras línguas, relacionadas aos avanços da literatura, e continuou escrevendo. Em 1967 concebeu No such place, a sua segunda obra de contos. Mais tarde, ele estudou e trabalhou como tradutor em Barcelona de 1969 a 1972.
Últimos anos e morte
O escritor passou os últimos anos de sua vida se dedicando à sua produção literária e viajando por diversos países trabalhando como tradutor. Algumas de suas publicações mais recentes foram: Trilogia da memória, Ícaro, Uma autobiografia underground e O terceiro personagem.
Por mais de duas décadas viveu em Xalapa, Veracruz. Com o passar do tempo, sua saúde começou a enfraquecer e ele sofreu um derrame que causou várias complicações. Ele faleceu em 12 de abril de 2018 no México aos 85 anos.
Reconhecimentos e prêmios
- Prêmio da revista Aventura y Misterio de 1957, pelo conto Amelia Otero.
- Prêmio Rodolo Goes, do Instituto Nacional de Belas Artes, em 1973, pelo som de uma flauta.
- Prêmio The Word and Man em 1980, por Assimetria.
- Prêmio Xavier Villaurrutia em 1981, pelo conto Nocturno de Bujara.
- Prêmio Colima Narrativa de Belas Artes por Trabalho Publicado em 1982.
- Prêmio Nacional de Literatura em 1983.
- Prêmio Herralde Novel em 1984, por The Love Parade.
- Prêmio Nacional de Ciências e Artes em Linguística e Literatura em 1993.
- Prêmio Mazatlán de Literatura em 1997, pela memória El arte de la fuga.
- Membro da Academia Mexicana de Línguas desde 23 de janeiro de 1997.
- Doutor Honoris Causa pela Universidad Autónoma Metropolitana em 1998.
- Prêmio Juan Rulfo em 1999.
- Prêmio Juan Rulfo de Literatura da América Latina e do Caribe em 1999.
- Prêmio Internazionale Bellunesi che Hanno Onorato da Província de Itália e nel Mondo em 2000, Veneza.
- Prêmio Nacional Francisco Xavier Clavijero em 2002.
- Prêmio Miguel de Cervantes em 2005.
Medalha do Prémio Miguel de Cervantes, atribuída a Pistola. Fonte: Heralder, via Wikimedia Commons - Prêmio Roger Caillois em 2006.
- Prêmio Internacional Alfonso Reyes em 2015.
Estilo
O estilo literário de Pitol era caracterizado pelo uso de uma linguagem limpa, bem trabalhada e, acima de tudo, expressiva. Seu trabalho foi influenciado por suas vivências pessoais, daí os traços de nostalgia. Foram duas etapas que marcaram seu trabalho.
Os primeiros escritos do autor centram-se nas memórias, nas histórias que ouviu de uma criança sobre o seu país e nas diferentes lutas armadas que marcaram a sua história. Já a segunda etapa de sua carreira literária foi de maturidade, crescimento e reflexão sobre a evolução do ser humano.
Tocam
História
Noite de Bukhara
Foi um dos livros de histórias mais conhecidos de Sergio Pinol. Também é conhecida como Valsa de Mefisto, pela edição que saiu em 1984. A obra foi concebida durante os anos em que ele morou fora do México, e com ela ganhou o Prêmio Xavier Villaurrutia em 1981.
As narrativas dos títulos que compõem este trabalho estão relacionadas à viagem e, em um sentido mais profundo, estão ligadas ao destino, o que é e o que é desejado. A solidão e a saudade também se destacaram nas histórias. O livro era composto por quatro histórias:
- "O conto veneziano de Billie Upward".
- "Noite de Bukhara".
- "Assimetria".
- "Mephisto-Waltzer".
Trecho de "The Venetian tale of Billie Upward"
Doma a garça divina
Era um romance de Pitol no qual ele combinava várias narrativas para contar a história. Há um narrador que deu a conhecer as experiências de um escritor, enquanto este expôs as de Dante C. de la Estrella. Este último se tornou o protagonista de suas próprias experiências em Roma e Istambul.
Fragmento
Frases
- “Um são os livros que leu, o quadro que viu, a música ouvida e esquecida, as ruas percorridas. Um é sua infância, sua família, alguns amigos, alguns amores, muitos aborrecimentos. Um é uma soma diminuída por infinitas subtrações ”.
- “A inspiração é o fruto mais delicado da memória”.
- "Um livro lido em momentos diferentes se transforma em vários livros."
- «Não escrevo para ninguém, mas pelo que escrevo, corra a aventura e descubra, se os encontrar, os seus leitores”.
- "A única influência da qual se deve defender é a de si mesmo."
- "Estou convencido de que nem mesmo a inexistência de leitores poderá banir a poesia."
- "Todos, tanto os castos como os lascivos, aprenderam que o sofrimento é a sombra de todo amor, que o amor se desdobra em amor e sofrimento."
- "Um romancista é alguém que ouve vozes através de vozes."
- “Desde o início, minha escrita foi cercada por limites estreitos: alguns temas e personagens, um tempo limitado. Não saltei para o presente ”.
- “Um atributo da memória é a sua capacidade inesgotável de trazer surpresas. Outro, sua imprevisibilidade ”.
Referências
- Díaz, M. (2006). Doma a divina garça: Sergio Pitol. (N / a): Apostilhas Literárias. Recuperado de: apostillasnotas.blogspot.com.
- Sergio Pitol. (2019). Espanha: Wikipedia. Recuperado de: es.wikipedia.org.
- 20 frases imortais de Sergio Pitol. (2018). México: MX City. Recuperado de: mxcity.mx.
- Sergio Pitol. Biografia. (2019). Espanha: Instituto Cervantes. Recuperado de: cervantes.es.
- Sergio Pitol. (2018). (N / a): Writers Org. Recuperado de: Writeers.org.