- O que exatamente é estimulação cognitiva?
- Quem pode se beneficiar com a estimulação cognitiva?
- Em que casos é mais aconselhável?
- Benefícios da estimulação cognitiva
- Referências
As atividades cognitivas podem ajudar a impulsionar habilidades cognitivas como atenção, memória, concentração, criatividade, orientação, cálculo, entre outras. Neste artigo, explicaremos 10 exercícios simples.
Você é menos ágil mentalmente, tem perda de memória ou dificuldade em manter a atenção por muito tempo? Você tem dificuldade para se concentrar em uma tarefa específica?
Podemos trabalhar diferentes músculos do nosso corpo através da atividade física, exercício físico ou esporte. Bem, o trabalho cerebral é feito por meio do que conhecemos hoje como estimulação cognitiva.
Os anos não passam em vão para o nosso cérebro, pois da mesma forma que o nosso corpo, está envelhecendo. Nossas estruturas cerebrais estão se deteriorando, a perda neuronal progride, a produção de neurotransmissores diminui…
Todas essas ações são variáveis importantes que, obviamente, revelam suas consequências no funcionamento geral de nossa mente.
No entanto, temos boas notícias. O cérebro humano, como qualquer outro músculo de nossa anatomia, pode ser trabalhado, com o objetivo de aprimorar suas habilidades cognitivas.
Se você ler este artigo com atenção, aprenderá o que é estimulação cognitiva, quais são seus benefícios e como pode funcionar. Você também pode se interessar por esses jogos para treinar a mente.
O que exatamente é estimulação cognitiva?
O termo “plasticidade do sistema nervoso” refere-se a esse potencial que nosso cérebro possui para modificar, adaptar e aprimorar suas estruturas e seu funcionamento.
Assim, estimulação cognitiva é o nome dado a técnicas e estratégias que buscam otimizar a eficácia do funcionamento do cérebro por meio das diferentes capacidades cognitivas que o ser humano possui:
- Percepção.
- Atenção.
- Raciocínio.
- Abstração.
- Memória.
- Língua.
- Processos de orientação.
- Praxais.
Todas essas funções cognitivas são realizadas e treinadas por humanos praticamente diariamente. Quando lemos um livro, trabalhamos nossa linguagem e memória, quando dirigimos por uma rua desconhecida, nossa orientação, quando prestamos atenção às instruções de trabalho de nosso chefe, etc.
Agora, fazemos trabalho cognitivo suficiente ao longo do dia? Provavelmente uma pessoa que está estudando, lê com frequência ou tem um trabalho que requer muita atividade cerebral o fará.
Porém, pode ser que trabalhemos muito em algumas funções cognitivas, mas ao mesmo tempo vamos negligenciando outras… Pois é, é exatamente isso que a estimulação cognitiva pretende: garantir um trabalho completo de todas as nossas funções cognitivas.
Quem pode se beneficiar com a estimulação cognitiva?
A resposta é simples. A estimulação cognitiva pode ser aplicada a qualquer pessoa, pois, como você certamente concordará comigo, qualquer um de nós pode melhorar nossas habilidades mentais.
A estimulação cognitiva tem dois objetivos principais:
- Aumente o desenvolvimento de habilidades mentais.
- Melhorar e otimizar o funcionamento dessas capacidades.
Este tipo de intervenção é geralmente testemunhado em programas de intervenção na primeira infância, treinamento de atenção ou concentração em atletas, o aprimoramento de habilidades profissionais em diferentes trabalhos, etc.
Porém, você não precisa estar em nenhuma dessas situações para trabalhar nisso, pois o desempenho que você consegue com a estimulação cognitiva não é específico de nenhuma área vital, pois quem vai se beneficiar serão suas funções cognitivas, será seu cérebro, será você!
Ou seja: quando você faz um trabalho cognitivo, você ativa, estimula e treina diferentes habilidades cognitivas e seus componentes de forma sistemática, com o objetivo de transformá-los em uma habilidade ou habilidade.
Agora, após constatar que a estimulação cognitiva é benéfica para qualquer ser humano do planeta, devemos rever seu papel terapêutico, que praticamente abrange a função desta técnica em sua totalidade.
E é que quando falamos sobre o papel terapêutico da estimulação cognitiva, estamos falando sobre deficiência cognitiva, déficit cognitivo ou demência.
Em que casos é mais aconselhável?
Se você não tem déficits cognitivos, pode se beneficiar das atividades de estimulação cognitiva para melhorar suas habilidades e prolongar o envelhecimento do cérebro.
Se, por outro lado, já apresenta algum sintoma de deterioração, a estimulação cognitiva deve fazer parte da sua vida sim ou sim! Hoje, a estimulação cognitiva é o tratamento de primeira escolha para o comprometimento cognitivo e os diferentes tipos de demência, sendo a mais comum a doença de Alzheimer.
Essas patologias são atualmente irreversíveis e incuráveis, mas isso não significa que a evolução da doença não possa ser retardada.
É aqui que entra a estimulação cognitiva, pois assim como é benéfico melhorar as habilidades quando não temos nenhuma patologia, também é muito benéfico preservar aquelas que ainda temos quando temos um déficit cognitivo.
Assim, embora existam atualmente algumas drogas destinadas ao aprimoramento cognitivo, como os inibidores da acetilcolinesterase (tacrina, donepezil, rivastigmina e galantamina), realizar a estimulação cognitiva é considerada essencial para o tratamento da demência e do comprometimento cognitivo.
Benefícios da estimulação cognitiva
Vamos ver quais são os benefícios da estimulação cognitiva.
Para fazer isso, vamos dividir as vantagens em dois grupos diferentes. De um lado, as vantagens da estimulação cognitiva para o indivíduo sem comprometimento cognitivo, seja criança, adolescente, adulto ou idoso, e de outro, os benefícios para o indivíduo que apresenta algum tipo de déficit cognitivo ou demência.
Referências
- Lopera F (2001). Anamnese no estudo do paciente com demência. Rev Neurol. 32 (12), 1187-1191.
- Orrell M. Eficácia de um programa de terapia de estimulação cognitiva baseado em evidências para pessoas com demência. BRITISH JOURNAL OF P SYCHIATRY (2 0 0 3), 1 8 3, 2 4 8 - 2 5 4.
- Resumo da pesquisa em terapia de estimulação cognitiva (CST).