- Caracteristicas
- São basicamente as línguas
- Defende a organização de línguas indígenas
- Na organização, os nomes são respeitados de acordo com o idioma
- Variantes linguísticas são tratadas como línguas
- A linguagem é vista como um elemento de identidade
- É legal
- Exemplos
- Referências
O agrupamento linguístico é um conjunto de variedades idiomáticas reunidas sob o nome que foi atribuído na evolução histórica a um determinado povo indígena. É de natureza puramente organizacional. Esses agrupamentos estão, por sua vez, subordinados a uma estrutura organizacional mais ampla, chamada de “família linguística”.
Atualmente, o México é um dos países com o maior número de famílias de línguas nativas, um total de 11. Destes, derivam 68 agrupamentos linguísticos e, por sua vez, 364 variantes linguísticas. Esses dados segundo o Inali (Instituto Nacional de Línguas Indígenas).
Fonte: pixabay.com
Esses agrupamentos linguísticos contêm, abaixo de si mesmos, como seus derivados, as chamadas “variantes linguísticas”. Estas nada mais são do que diferenças dialetais emanando do centro linguístico original, isto é, a família linguística.
A importância dessa ordem é tanta que a Unesco a considera um patrimônio imaterial da humanidade, e tem farto material para ser catalogado dessa forma, sendo a linguagem o meio que une os homens para a troca de conhecimentos.
Se for feita uma analogia, pode-se ver um terreno com várias parcelas, esse terreno é o campo linguístico. Cada parcela contém uma espécie diferente de árvore, cada espécie representa uma família linguística. Agora, cada árvore, por sua vez, é um agrupamento linguístico e seus ramos são as variantes.
Por simples associação pode-se deduzir, e assim é, que cada agrupamento está relacionado às outras congregações adjacentes abrigadas sob a mesma família linguística. Ao mesmo tempo, dentro de cada grupo, estão suas variantes, produto da docilidade da linguagem no que diz respeito à necessidade comunicativa do homem.
Caracteristicas
São basicamente as línguas
Se contextualizados no nível macro, os agrupamentos linguísticos são as próprias línguas.
Simplesmente, como um tratamento merecido e justo, o estudo e a categorização necessária foram aplicados a eles para o seu reconhecimento como compêndios idiomáticos completos e complexos que representam os meios comunicativos de um grupo de indivíduos.
Defende a organização de línguas indígenas
Seu objetivo foi aplicado em sua totalidade ao estudo e esquematização de línguas nativas nativas. Com isso, foi gerado um mapa lingüístico que tem facilitado a conexão e correlação entre as diferentes variantes, revelando os intrincados caminhos que estão envolvidos no desenvolvimento da comunicação humana.
Na organização, os nomes são respeitados de acordo com o idioma
Como parte dos objetivos dos agrupamentos linguísticos, é o reconhecimento de cada comunidade de falantes e as propriedades da língua que os unem e facilitam sua interação.
Os nomes de cada agrupamento preservam as características sonoras e gramaticais da língua a que estão sujeitos.
Variantes linguísticas são tratadas como línguas
Parte dos avanços e contribuições desta conceituação é o reconhecimento e aceitação de cada uma das variantes linguísticas dos grupos como línguas em sua totalidade.
Isso, por menor que pareça, dota os falantes dessa variante dialetal de inúmeros direitos, porque são reconhecidos em todos os sentidos e se busca a proteção de suas manifestações orais e escritas. Com isso, a notoriedade é alcançada na esfera social e histórica.
A linguagem é vista como um elemento de identidade
Este é talvez um dos recursos mais importantes. A categorização e o reconhecimento de grupos linguísticos nativos colocam ênfase especial na linguagem como um elemento de identidade, como um fator que define a identidade de um povo.
E na realidade é assim, a linguagem é o som e a impressão digital gráfica dos povos. É um reflexo das complexas inter-relações que ocorrem entre os sujeitos que compõem uma comunidade, bem como entre a própria comunidade e seu entorno geográfico.
O contexto territorial condiciona o fato comunicativo em vários aspectos, sendo os mais marcantes de natureza fonológica, associados ao ritmo e entonação da fala.
É legal
Além das características mencionadas, não só existe um reconhecimento identitário e presencial, mas também um reconhecimento jurídico que visa a proteção do patrimônio oral desses grupos.
Esta qualidade confere aos palestrantes a salvaguarda dos seus interesses perante as diferentes instâncias presentes na sociedade.
O que você quer dizer com isso? Pois bem, entre tantos benefícios, os falantes de um grupo linguístico têm garantida a presença de interlocutores que atuam como mediadores ou tradutores em entidades de assistência social para usufruir plenamente dos seus serviços.
Ao reconhecer e respeitar a língua, o apoio e o respeito que é dado ao seu falante, é possível tornar visíveis aqueles que geram o meio sonoro e escrito que faz com que o legado dos povos indígenas não pereça.
Está aí a verdadeira riqueza das diferentes culturas, tudo o que permaneceu e prevaleceu na tradição oral graças à linguagem. Se as línguas forem protegidas e reconhecidas, o tesouro que guardam e representam prevalece.
Exemplos
- O grupo linguístico "ku'ahl" deve o seu nome às pessoas que o utilizam e pertence à família linguística "Cochimí-yumana". Não tem dialeto ou variantes linguísticas e é chamado de ku'ahl.
- O “Chocholteco” é um grupo linguístico que leva o seu nome das pessoas que o utilizam e pertence à família linguística “Oto-mangue”. Possui três variantes de dialeto: West Chocholteco (autodenominado: ngiba), Eastern Chocholteco (autodenominado: ngiba) e Southern Chocholteco (autodenominado: ngigua).
- O grupo linguístico “Chontal de Oaxaca” tem o nome das pessoas que o utilizam e pertence à família linguística “Chontal de Oaxaca”. Tem três variantes de dialeto: Chontal de Oaxaca Alto (autodenominado: tsame), Chontal de Oaxaca Bajo (autodenominado: tsome) e Chontal de Oaxaca de la Costa (autodenominado: Lajltyaygi).
- O "paipai" é um grupo linguístico com o nome das pessoas que o utilizam e pertence à família linguística "Cochimí-yumana". Não tem variantes de dialeto e se autodenomina: pai jaspuy.
- O agrupamento linguístico “Seri” tem o nome das pessoas que o utilizam e pertence à família linguística “Seri”. Não tem variantes de dialeto e se autodenomina: comiique iitom.
É importante esclarecer que quando se diz "chama a si mesmo", se refere a como o grupo lingüístico denomina essa variante de dialeto em sua língua.
Referências
- Navarro, E. (2013). Agrupamentos linguísticos. México: WordPress. Recuperado de: unmexicomejor.wordpress.com
- Catálogo de línguas indígenas nacionais. (S. f.). México: Inali. Recuperado de: inali.gob.mx
- Briseño Chel, F. (S. f.). Diversidade linguística no catálogo das línguas nacionais. México: Yucatán, identidade e cultura maia. Recuperado de: mayas.uady.mx
- Martínez, R. (2012). Diretrizes para comunicação intercultural. México: tradição oral. Recuperado de: books.google.co.ve
- Castro, F. (S. f.). As línguas indígenas do México, segundo Inali. México: WordPress. Recuperado de: felipecastro.wordpress.com