- Cinco processos reprodutivos de insetos
- 1- Viviparidade
- 2- Partenogênese
- 3- Pedogênese
- 4- Polembrionia
- 5- Hermafroditismo
- As quatro etapas do processo reprodutivo
- 1- Cópula ou cópula
- 2- Fertilização
- 3- Desenvolvimento dos ovos
- 4- Colocando os ovos
- Referências
Os insetos se reproduzem por processos fisiológicos, incluindo o envolvimento de um espécime masculino e feminino, com algumas exceções presentes em certas espécies. A fecundação por um homem é um dos processos mais comuns.
Grande parte dos insetos são considerados ovíparos, sendo os ovos a principal forma de geração de descendentes que permitem a multiplicação e sobrevivência da espécie.
A reprodução entre os insetos é precedida de processos de cópula, união e fusão celular que levarão à formação da prole, em condições específicas dependendo da espécie.
Fisicamente, o sistema reprodutor dos insetos está ao nível do abdômen, com qualidades diferentes entre os espécimes masculinos e femininos.
Os insetos têm suas próprias glândulas e dutos, bem como ovários ou testículos, internos ou externos. Os insetos machos têm seus próprios espermatozoides, com os quais fertilizam a genitália feminina.
O grande número de espécies de insetos ao redor do mundo gerou todo um campo de estudo em termos dos processos reprodutivos que existem entre eles.
Esses processos reprodutivos sofreram evolução e mudanças, dependendo das condições do ambiente em que os insetos viveram.
Cinco processos reprodutivos de insetos
1- Viviparidade
O processo mais comum, realizado por um grande número de espécies. Consiste na fertilização e desenvolvimento embrionário em ovos dentro do corpo feminino, que eclodem internamente uma vez desenvolvidos, resultando em uma pequena larva que é expelida para o exterior viva.
O desenvolvimento embrionário dos insetos, principalmente de seus ovos, tem a característica de apresentar membranas resistentes a condições como a seca, o que permite o desenvolvimento interno da larva ou ninfa independentemente das condições externas.
Uma variante da viviparidade é a ovoviviparidade, na qual os ovos são formados dentro do inseto e só eclodem logo após serem expulsos do organismo hospedeiro. Esta variante pode ser observada em espécies de baratas, como Blaptica dubia; outras espécies de baratas se reproduzem por viviparismo regular.
Coleoptera em fase coital.
2- Partenogênese
É outro processo presente em um bom número de espécies de insetos. Consiste no desenvolvimento ovular dentro da mulher sem a necessidade de o óvulo ter sido fecundado por um homem.
Algumas espécies recorrem a esse processo como único modo de reprodução, enquanto outras o alternam com outros processos, como os vivíparos, dependendo das condições.
Este método de reprodução assexuado, também conhecido como reprodução virginal, pode estar presente em espécies de insetos como besouros e pulgões.
A partenogênese não é um processo reprodutivo exclusivo de insetos; répteis e plantas também podem realizar esses tipos de mecanismos.
Existem três formas de partenogênese. A primeira é a arenotose, produzida quando a prole consiste apenas em exemplares machos. A segunda é a telotose, quando a prole consiste apenas em espécimes femininos.
E a terceira é a anfitose, na qual ovos não fertilizados podem dar origem a espécimes masculinos e femininos.
Larvas de formigas, um dos insetos que se reproduzem por partenogênese.
3- Pedogênese
Considerado um processo raro, ocorre quando a reprodução ocorre sem que o hospedeiro tenha atingido a maturidade total.
Consiste na multiplicação de larvas, sem que a principal tenha atingido a maturidade, o que resulta em um novo conjunto de larvas devorando a mãe em seu próprio desenvolvimento.
Em suma, as larvas podem nascer grávidas dentro de uma fêmea de inseto, de modo que o número de larvas ou pupas resultante de todo esse processo pode ser muito maior do que o resultante de um processo reprodutivo normal.
Pode ocorrer em besouros, vermes e mosquitos.
As larvas da espécie Micromalthus debilis podem eclodir de ovos ou nascer vivas em larvas fêmeas pedogênicas. David R. Maddison / CC BY-SA (https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0)
4- Polembrionia
A poliembrionia é um caso muito particular na reprodução de insetos. Consiste na multiplicação embrionária de um único ovo; a partir disso, de dois a um grande número de embriões podem ser produzidos ao mesmo tempo.
Geralmente é realizada em espécies como as vespas, que requerem um grande número de indivíduos para o desempenho de suas funções naturais, entre as quais se destacam o consumo e o controle de outras pragas.
Ninho de vespas parasitas com larvas. Imagem: pxfuel.com
5- Hermafroditismo
Considerado o mais raro de todos os processos reprodutivos, consiste no desenvolvimento e na presença de duas células sexuais (masculina e feminina) no mesmo inseto. Essa condição pode ser observada em espécies como minhocas.
O processo de reprodução entre indivíduos hermafroditas possui peculiaridades que variam de acordo com a espécie de inseto. Essas particularidades, ainda hoje, continuam a ser investigadas.
Copulando caracóis. Embora sejam hermafroditas, eles não podem se autofecundar, então eles se voltam para outro ser de sua espécie para reprodução. Image Wikimedia Commons
As quatro etapas do processo reprodutivo
1- Cópula ou cópula
Considerada a primeira etapa para garantir a perpetuação da espécie, ocorre quando um espécime macho está prestes a fertilizar o óvulo de uma fêmea por meio de um processo sexual.
A duração desta fase varia entre as espécies e pode durar de alguns minutos a horas.
Nessa fase, variáveis como poligamia - quando um macho copula com várias fêmeas - e poliandria - quando uma fêmea faz o mesmo com vários machos podem ser observadas.
2- Fertilização
Como em outros seres vivos, consiste simplesmente na união do óvulo e do esperma.
A fecundação é sempre realizada no corpo da mulher, exceto nos casos em que se manifesta um processo de partenogênese ou hermafroditismo.
3- Desenvolvimento dos ovos
Ovos de insetos não costumam ter as mesmas características dos ovos de outros animais, nem mesmo entre as mesmas espécies ou famílias de insetos.
O ovo geralmente se desenvolve coberto por um sistema de membranas que garantem a nutrição e proteção da larva.
O processo de desenvolvimento de um ovo de inseto é geralmente muito mais rápido do que qualquer outro ser vivo.
“Corião” é o nome dado à camada protetora do ovo, sob a qual estão as membranas conhecidas como serosa e âmnio, responsáveis pela transmissão dos nutrientes.
4- Colocando os ovos
Esta é a fase final, que pode ocorrer rapidamente, após o processo de cópula ou muito mais tarde.
Dependendo das características reprodutivas do inseto, as larvas são expelidas já vivas de dentro de seu corpo, ou os ovos são deixados para eclodir posteriormente, não muito longe.
Referências
- Autores, C. d. (1994). Fitossanidade. Cidade de Havana: Editorial Pueblo y Educación.
- Engelmann, F. (1970). The Physiology of Insect Reproduction: International Series of Monographs in Pure and Applied Biology: Zoology. Pergamon Press.
- Gullan, P., & Cranston, P. (2005). Os insetos: um esboço de entomologia. Oxford: Blackwell Publishing.
- Leopold, RA (1976). O papel das glândulas acessórias masculinas na reprodução de insetos. Annual Review of Entomology, 199-221.
- Raabe, M. (1987). Reprodução de Insetos: Regulamentação de Etapas Sucessivas. Advances in Insect Physiology, 29-154.