- Caracteristicas
- Tamanho
- Corpo
- Coloração
- Cabeça
- Dentes
- Ecolocalização
- Características especiais
- Taxonomia e subespécies
- Habitat e distribuição
- - Distribuição
- Brasil
- Bolívia
- Colômbia
- Equador
- Peru
- Venezuela
- - Habitat
- Seleção de habitat
- Estado de conservação
- - Ameaças
- Mortalidade acidental
- Caçando
- Destruição de habitat
- Construção de barragem
- Contaminação química
- - Ações
- Reprodução
- Acasalamento
- Os bebês
- Alimentando
- Hábitos alimentícios
- Comportamento
- O nado
- Referências
O golfinho rosa (Inia geoffrensis) é um mamífero placentário que faz parte da família Iniidae. A principal característica desta espécie é a coloração rosada, que adquirem na fase adulta. Os machos tendem a ter um tônus mais forte do que as fêmeas, além de serem maiores e mais pesados que as fêmeas.
Esta espécie é o maior dos golfinhos ribeirinhos. Possui corpo aerodinâmico, que termina em barbatana caudal triangular. No dorso apresenta uma crista comprida e estreita, em forma de quilha. Em relação às barbatanas peitorais, são grandes.
Golfinho Rosado. Fonte: Chem7
O boto-boto, como também é conhecida essa espécie, não possui vértebras cervicais aderidas, como ocorre na maioria dos cetáceos. Conseqüentemente, esse animal pode virar a cabeça.
Essa particularidade em seu sistema esquelético, aliada ao tamanho de suas nadadeiras, permite ao Inia geoffrensis ter excelente manobrabilidade, ao navegar entre as plantas submersas da floresta alagada, em busca de sua presa.
Os dentes desse cetáceo são diferenciados anatomicamente. Assim, os dentes anteriores são pontiagudos e cônicos, enquanto os dentes posteriores são largos e planos.
Caracteristicas
Tamanho
O boto rosa tem um dimorfismo sexual muito acentuado, sendo o macho cerca de 16% mais comprido e 55% mais pesado que a fêmea. Esta característica é muito proeminente entre os cetáceos de rio, pois geralmente neste grupo a fêmea é maior que o macho.
Assim, o macho mede 255 centímetros e pesa 207 quilos. Já a fêmea tem 225 centímetros de comprimento e massa corporal de aproximadamente 153 quilos.
Corpo
Inia geoffrensis tem uma construção grande e pesada, mas embora possa parecer contraditório, tem um corpo muito flexível. Nesse sentido, as vértebras cervicais não se fundem, permitindo que a cabeça se mova em todas as direções.
O golfinho rosa carece de barbatana dorsal, mas tem uma espécie de quilha. Não é muito alto, mas é alongado, estendendo-se do meio do corpo até a região caudal. Em relação à barbatana caudal, é triangular e larga.
Quanto às barbatanas peitorais, são grandes e apresentam formato de remo. Assim, ele é capaz de fazer movimentos circulares, podendo manobrar o nado entre a vegetação da mata alagada. No entanto, esse recurso restringe sua velocidade durante o movimento.
Coloração
A cor do corpo varia de acordo com a idade. Assim, o recém-nascido e o juvenil são cinza escuro, enquanto no início da idade adulta, o tom do corpo torna-se cinza claro. Uma vez que o desenvolvimento do corpo esteja completo, o adulto apresenta uma cor rosa sólida ou com pequenas manchas.
Inia geoffrensis pode ser totalmente rosada ou ter a barriga branca. Na grande maioria das espécies, o macho é mais rosado do que a fêmea. Alguns adultos têm uma superfície dorsal mais escura, o que pode estar associado à temperatura, clareza da água e localização geográfica.
Cabeça
O crânio do golfinho rosa apresenta menos assimetria do que o resto dos odontocetos. Na testa possui um pequeno melão, que, através do controle muscular, o animal pode modificar sua forma. Isso é especialmente verdadeiro quando usado para ecolocalização.
Possui focinho longo, estreito e proeminente, onde existem pêlos sensoriais especializados, conhecidos como vibrissas. Estes funcionam como órgãos de detecção das barragens, quando estão no fundo lamacento dos rios.
Dentes
A dentição dessa espécie é incomum entre os cetáceos, pois os dentes são claramente diferenciados. Os dentes da frente são cônicos e afiados, enquanto os dentes de trás são planos e largos. Além disso, os últimos apresentam cristas na parte interna da coroa.
Em cada mandíbula existem entre 23 e 35 dentes. Estes têm uma superfície rugosa, porque a camada de esmalte tem pequenas dobras. Os dentes da frente são usados para segurar a presa, e os molares, localizados na parte de trás, são responsáveis por triturar o alimento antes de ser digerido.
Esse tipo de dentadura permite que o boto rosa coma peixes, como caracóis e piranhas, mas também pode se alimentar de presas com pele mais dura, como bagres, ou com concha, como caranguejos ou tartarugas.
Ecolocalização
O golfinho rosa vive principalmente nos canais dos rios Amazonas e Orinoco na Venezuela, Brasil, Equador, Colômbia, Peru e Bolívia. As águas desses rios amazônicos geralmente não são cristalinas.
Por isso, não usa exclusivamente a visão para localizar sua presa. Ele também usa ecolocalização. Para isso, o animal emite uma série de sons, conhecidos como cliques, que ao atingir um objeto, as ondas sonoras são retornadas.
São capturados por um órgão denominado melão, que se encontra na testa do cetáceo. Assim, quando o cérebro interpreta esses sinais, o golfinho rosa pode saber a distância a que o objeto está e até mesmo algumas de suas características.
No entanto, a ecolocalização em águas rasas e florestas inundadas, onde vive o golfinho rosa, pode causar muitos ecos. Assim, a cada clique emitido, provavelmente retornarão vários ecos, dificultando o processo de obtenção da informação.
Assim, essa espécie amazônica vocaliza cliques de menor força do que as de outras baleias dentadas, de tamanho semelhante. Desta forma, apenas os objetos próximos emitem ondas detectáveis, então o alcance do biosonar é reduzido.
Características especiais
O golfinho rosa não produz um novo clique até que tenha recebido todos aqueles relacionados ao previamente emitido. Dessa forma, possuem um alto grau de atualização acústica, o que contribui para o rastreamento de presas em rios rasos, onde podem se esconder facilmente.
Além disso, Inia geoffrensis diminui gradualmente os intervalos entre cada clique e os níveis de saída. Da mesma forma, quando o animal se aproxima de sua presa, ele amplia a largura do feixe biosonar. Desta forma, ele cobre um alcance maior e pode detectar se o peixe está tentando escapar.
Taxonomia e subespécies
-Reino animal.
-Subreino: Bilateria.
-Filum: Cordate.
-Subfilo: Vertebrado.
-Infrafilum: Gnathostomata.
-Superclasse: Tetrapoda.
-Classe: Mamífero.
-Subclasse: Theria.
-Infraclass: Eutheria.
-Order: Cetacea.
-Suborder: Odontoceti.
-Família: Iniidae.
-Gênero: Inia.
Espécie: Inia geoffrensis.
Subespécies:
Habitat e distribuição
- Distribuição
Inia geoffrensis está distribuída nas bacias dos rios Orinoco e Amazonas no Brasil, Colômbia, Bolívia, Peru, Equador e Venezuela.
Brasil
Nesse país vive na região central, nos afluentes dos rios das Mortes e Verde, Vermelho, Paranã, Peixe, Água Limpa e Crixás-Açú, entre outros. Também é encontrada na bacia do rio Araguaia-Tocantins, na lagoa da Montaria e na bacia do rio Araguaia-Tocantins.
Além disso, são encontrados em afluentes e rios da bacia amazônica no Brasil, em habitats de manguezais da Baía de Marajó e nas corredeiras do Teotônio.
Bolívia
O Inia geoffrensis está localizado nas bacias do Beni, Guaporé e Iténez. Além disso, vive na bacia do Mamoré e seus afluentes: Piraí, Ichilo, Grande, Chapare, Ibaré, Tijamuchi, Matucaré, Yacuma, Apere e Yata.
Colômbia
Esta espécie ocorre nos sistemas Amazônia e Orinoco. Na Amazônia é encontrada nos rios Caquetá-Japurá, Putumayo-Içá.
Em relação ao Orinoco, está nos rios Arauca, Meta, Casanare, Vichada, Bita, Tomo, Orinoco, Tuparro, Guaviare. Atabapo e Inírida. Da mesma forma, foi avistado nas corredeiras de Puerto Ayacucho e Córdoba, no rio Caquetá.
Equador
O boto-rosa é amplamente distribuído nos principais rios, como o Payamino, Napo, Tigre, Pastaza, Tigre e Santiago. Na Amazônia equatoriana, habita todos os sistemas fluviais relevantes, exceto o rio Morona.
Peru
Este cetáceo vive nos afluentes de Marañón e Ucayali e nos afluentes de Napo, Pastaza e Tigre e Pastaza, que geralmente fluem para o sul.
Venezuela
O Inia geoffrensis é encontrado no sistema Orinoco, na área do delta em Ciudad Bolívar, em Puerto Ayacucho e em Caicara del Orinoco e perto de Puerto Ayacucho. Vive também no canal Casiquiare e nos rios Apure, Guanare, Portuguesa, Guaritico, Capanaparo, Caura e Cinaruco.
- Habitat
A distribuição do boto-rosa nos rios e arredores depende da estação do ano. Assim, no verão, esta espécie é encontrada nos leitos dos rios. Esse comportamento está associado ao fato de os canais de água menores serem rasos, de modo que as barragens se concentram nas margens dos rios.
Durante o inverno, quando os rios transbordam, eles se dispersam em afluentes menores e áreas inundadas, tanto nas planícies quanto nas florestas.
Esta espécie é encontrada na grande maioria dos habitats aquáticos, como bacias hidrográficas, principais cursos e afluentes de rios, canais, lagos e em corredeiras e cachoeiras.
A ecologia e a biologia estão relacionadas às variações sazonais do nível da água. As adaptações físicas de Inia geoffrensis permitem-lhe nadar, durante as épocas de cheia, em florestas inundadas. Isso com o intuito de procurar suas presas entre os troncos e raízes de árvores parcialmente submersas.
Seleção de habitat
Em relação às preferências de habitat, difere em termos de sexo e idade. Nesse sentido, os machos retornam aos canais principais do rio, caso o nível da água seja elevado.
Já as fêmeas e seus filhotes preferem ficar o máximo possível em áreas alagadas, em pequenos afluentes e em lagos. Isso pode estar associado ao fato de que nessas áreas os jovens são protegidos contra predadores e contra possível infanticídio por machos.
Além disso, em águas mais calmas, os jovens podem se alimentar, descansar e caçar sem correr o risco de serem arrastados pela correnteza dos rios.
Mulheres em lactação tendem a sistemas de lagos. Isso possivelmente se deve a alguns fatores favoráveis aos filhotes, incluindo baixa corrente, defesa contra predadores e abundância de peixes pequenos.
Já os jovens tendem a viver nas baías, por se tratarem de áreas de baixa corrente, alta produtividade e abundância de água, durante a época de vazante.
Estado de conservação
As populações do boto-rosa diminuíram notavelmente, devido à caça indiscriminada e à poluição das águas pelo uso de substâncias químicas, entre outros fatores. Isso levou a IUCN a categorizar Inia geoffrensis como uma espécie em extinção.
- Ameaças
Mortalidade acidental
No processo de captura dos peixes comercializados, os pescadores utilizam redes de pesca, onde os botos-rosa ficam presos. Eles podem morrer por afogamento, porque não conseguem sair para respirar. Além disso, eles geralmente os matam deliberadamente, para obter sua carne.
Além disso, nas florestas alagadas do Peru, foram registradas mortes desses pequenos cetáceos devido a armadilhas destinadas à captura de peixes grandes ou peixes-boi amazônicos (Trichechus inunguis).
Caçando
Um dos principais fatores que afligem Inia geoffrensis é a caça ilegal. A carne dessa espécie é usada como isca para caçar um bagre necrófago que é abundante na região, o Piracatinga.
Essa prática possivelmente teve sua origem no Brasil, por volta do ano 2000, embora atualmente o uso desse mamífero aquático como isca se estenda a outras regiões.
As estimativas do número de botos cor-de-rosa mortos são difíceis de obter, porém a comercialização anual de Piracatinga na Colômbia é de 1.200 toneladas por ano. Com base nisso, a morte do golfinho rosa pode ser em uma proporção alta.
O uso da carne deste cetáceo como isca foi confirmado na Venezuela, Peru e Bolívia. Além disso, os pescadores muitas vezes os matam porque danificam as redes de pesca e porque são considerados uma competição pelos recursos pesqueiros.
Destruição de habitat
O aumento dos níveis de poluição e a destruição progressiva da floresta amazônica aumentam a vulnerabilidade desta espécie.
Assim, o desmatamento das planícies aluviais diminui a abundância de sementes e frutos que fazem parte da dieta alimentar dos peixes da região. Isso afeta a alimentação do golfinho, uma vez que esses animais constituem uma parte importante da dieta dos cetáceos.
Construção de barragem
Populações de Inia geoffrensis vivem acima e abaixo das corredeiras de alguns rios da bacia amazônica. A construção de hidrelétricas tem um impacto negativo no desenvolvimento do boto rosa, pois modifica o meio ambiente e sua alimentação.
Nesse sentido, essas estruturas impedem a migração de peixes, reduzindo assim a oferta de alimentos. Além disso, as presas dividem as comunidades desse cetáceo sul-americano, o que pode causar isolamento genético.
Além disso, as barragens restringem os movimentos dos golfinhos e abrem novas redes de comercialização, pois melhoram a navegabilidade dos rios.
Contaminação química
A contaminação química das águas é outra ameaça potencial para esta espécie. O mercúrio, usado na mineração para separar o ouro da rocha, se acumula nos leitos dos rios.
Da mesma forma, especialistas identificaram altas concentrações de agrotóxicos, como o DDT, que resultam na exposição do animal a esse composto químico altamente tóxico.
- Ações
O golfinho rosa está listado no Apêndice II da CITES. Além disso, o governo brasileiro está envidando esforços para controlar a pesca e a comercialização da Piracatinga, com o intuito de reduzir a pressão sobre esse cetáceo, usado como isca na referida pescaria.
Além disso, na Bolívia, Equador, Colômbia, Peru e Venezuela existem planos de ação para proteger as bacias hidrográficas. No Brasil, as organizações conservacionistas estão encarregadas de executar o “Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Mamíferos Aquáticos: Pequenos Cetáceos”.
Reprodução
Os machos desta espécie atingem a maturidade sexual quando seu corpo mede entre 180 e 200 centímetros, enquanto as fêmeas tendem a acasalar quando têm um comprimento corporal aproximado de 160 a 175 centímetros.
O namoro do golfinho rosa inclui uma grande diversidade de comportamentos. Como parte das exibições, o macho, com a boca, pega galhos ou bolas de barro e os traz para a fêmea. Além disso, ele pode morder suas nadadeiras, mas se a fêmea não for receptiva, pode responder agressivamente.
Os pesquisadores afirmam que o comportamento reprodutivo desta espécie é polígamo. Para isso, contam com os numerosos ferimentos que os machos adultos têm em suas nadadeiras. Isso sugere uma competição feroz entre os homens pelo acesso às mulheres.
Acasalamento
Em relação ao ato de cópula, é realizado com alta frequência, no mesmo período reprodutivo. Os especialistas avaliam um casal cativo que copulou um total de 47 vezes, em menos de 4 horas.
Quanto às posições utilizadas, são três: em uma, o macho forma um ângulo reto com o corpo da fêmea, para poder inserir seu pênis. Além disso, o casal pode colocar seus corpos juntos, cabeça com cauda ou cabeça com cabeça.
A reprodução do boto rosa é sazonal, mas o pico máximo de nascimento é entre os meses de maio a julho, quando as águas atingem seu nível máximo.
Isso oferece uma grande vantagem para a mãe e seu filhote, pois quando o nível da água diminui, na área alagada onde moram, a densidade da presa aumenta. Assim, ambos podem atender às altas demandas nutricionais, típicas do parto e da amamentação.
Os bebês
Após 11 a 13 meses de gestação, o filhote nasce. Assim que o cordão umbilical se rompe, a mãe o ajuda a subir à superfície para respirar. Ao nascer, o jovem tem cerca de 80 centímetros de comprimento.
Quanto ao período de lactação, dura mais de um ano. Durante esse longo tempo, um forte vínculo se estabelece entre a mãe e o filho. Alguns especialistas afirmam que nessa fase ocorre um processo de aprendizagem sobre defesa e caça, que permite ao jovem se desenvolver e posteriormente se tornar independente.
Alimentando
A dieta de Inia geoffrensis é uma das mais diversas dentro do grupo das baleias dentadas. Isso se deve, entre outros fatores, ao fato de que as características de seus dentes permitem ao animal consumir espécies com concha, como as tartarugas de rio (Podocnemis sextuberculata).
Além disso, capturam espécies com exoesqueletos, como os caranguejos de água doce (Poppiana argentiniana). Quanto aos peixes, o boto rosa se alimenta de mais de 43 espécies diferentes, com tamanhos médios de 20 centímetros. Entre as famílias de peixes mais consumidas estão Sciaenidae, Characidae e Cichlidae.
O tipo de alimentação varia de acordo com as estações do ano. Assim, durante o inverno, a alimentação é muito diversificada, pois os peixes se espalham para áreas alagadas, distantes do leito do rio. Isso os torna muito mais difíceis de serem capturados. Pelo contrário, no verão a densidade das presas é muito maior, por isso a dieta se torna mais seletiva.
Hábitos alimentícios
Em geral, o boto rosa é ativo e se alimenta durante o dia e à noite. No entanto, seus hábitos são predominantemente crepusculares, consumindo o equivalente a 5,5% do peso corporal diariamente.
Às vezes, pode estar associada à ariranha (Pteronura brasiliensis) e ao tucuxi (Sotalia fluviatilis). Dessa forma, eles caçam de forma coordenada, reunindo e atacando grupos de peixes. Uma vez obtida a presa, não há competição por ela, pois cada uma tem suas preferências.
Também podem caçar sozinhos, localizando-se próximo a cachoeiras e na foz de rios. Nestes locais, aproveite o momento em que os cardumes se dispersam, facilitando a sua captura.
Além disso, tende a capturar presas que ficam desorientadas devido a perturbações dos barcos.
Comportamento
Inia geoffrensis é tipicamente um animal solitário, raramente formando grupos, exceto os da mãe e de seus filhotes. No entanto, pode formar agregações de alimentos, onde incluem espécies de outros gêneros.
Na natureza, é mostrado como um animal curioso e brincalhão. Freqüentemente, esfregam o corpo nos barcos dos pescadores e jogam ervas e gravetos.
O nado
Esta espécie nada mais devagar do que a grande maioria dos golfinhos, atingindo velocidades entre 1,5 e 3,2 km / h. Porém, quando em corredeiras de rios, tem a capacidade de manter um forte ritmo de natação por muito tempo.
Enquanto se movem através dos rios, eles não mergulham em grandes profundidades e raramente levantam suas nadadeiras acima da água. Quando emergem à superfície, mostram simultaneamente a face e as quilhas dorsais. Quanto à cauda, ele só mostra ao mergulhar.
Além disso, pode bater as barbatanas e levantar a cabeça e a barbatana caudal acima da água, com o intuito de observar o ambiente. Eles podem ocasionalmente pular da água, atingindo uma altura de até um metro.
O Inia geoffrensis realiza migrações sazonais, associadas à abundância de peixes e ao nível da água. No entanto, não percorre longas distâncias, limita-se a pequenas excursões dentro da área que ocupa.
Referências
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