- Conceitos básicos
- Necessidades específicas de suporte educacional
- Modelos de intervenção
- Medidas ordinárias
- Começo
- Conheça os alunos
- Oferece várias maneiras de acessar o currículo
- Critérios e planejamento
- Exemplo de um projeto de intervenção educacional
- Referências
A intervenção educativa engloba as ações que buscam que o aluno alcance o desenvolvimento integral por meio da educação. As intervenções educativas não são uma ação educativa qualquer, mas referem-se a uma série de estratégias (que podem fazer parte de um programa) que vão depender da necessidade do aluno.
Se algo caracteriza as intervenções educativas, é que têm intenção; ou seja, se forem ministradas sem planejamento, não são intervenções educativas. Essas ações geralmente se referem à esfera formal, como em creches, faculdades e universidades, entre outras.
O uso de tecnologias assistivas em sala de aula pode fazer parte de uma intervenção educacional
Além disso, são considerados formais porque se enquadram em um planejamento e requerem uma avaliação inicial, o estabelecimento de objetivos, a programação e as revisões periódicas.
Conceitos básicos
Existem vários conceitos intimamente relacionados com as intervenções educacionais e que são necessários para compreender onde surgem e como são aplicados.
É importante lembrar que, dependendo da legislação de cada país, os prazos e campos de atuação podem variar.
Educação inclusiva
A educação inclusiva é um processo em que se busca que o sistema educacional tenha capacidade de atingir todos os alunos, determinando quais barreiras existem para acessar e participar da educação, e disponibilizando recursos para superá-las.
Isso é importante porque esse compromisso com a educação inclusiva é o que tornou possível ver as necessidades dos alunos como algo a que o sistema educacional de maneiras comuns é obrigado a responder.
Desta forma, a necessidade de educação especial mais segregada é minimizada ou eliminada. Nessa perspectiva, o aluno com necessidades deve estar sob a tutela do professor da sala de aula comum, embora sempre atento às necessidades do aluno.
Necessidades específicas de suporte educacional
Inclui necessidades educacionais especiais, que estão relacionadas a deficiência ou transtorno de conduta grave. Inclui também alunos com dificuldades de aprendizagem específicas (leitura, escrita, matemática) e altas habilidades.
Por fim, incluem-se alunos com outras situações, como a incorporação tardia ao sistema educacional e as condições pessoais ou complexas da história escolar.
Modelos de intervenção
Medidas ordinárias
Estas medidas têm como objetivo evitar, compensar e ajudar a superar pequenas dificuldades sem alterar elementos-chave do currículo comum.
Dessa forma, busca-se que os alunos como um todo atinjam os objetivos propostos para o curso.
Por exemplo, podem ser medidas curriculares como o planejamento de diferentes tipos de atividades (individuais, em grupo, exposições, etc.) ou de organização, como a busca de que o centro seja organizado de forma que haja fácil comunicação entre os professores de um mesmo grupo / disciplina.
Medidas específicas
Com essas medidas, são aplicados programas e ações personalizadas para o aluno com necessidades específicas de apoio educacional. O importante é que sejam medidas que ficam guardadas para quando as medidas gerais não obtiveram os resultados desejados.
Algumas delas são adaptações para acesso ao currículo, adaptações significativas, flexibilidade, apoio de professor especialista em Educação Especial, entre outros.
Começo
É necessário seguir uma série de princípios que se baseiam na ideia de educação inclusiva, seja como instituição ou como docente:
Conheça os alunos
O professor deve conhecer seus alunos para poder avaliar as necessidades que eles apresentam e assim planejar adequadamente. Além disso, isso permite que você tenha um ponto de partida para comparar no futuro.
Como o professor conhece seus alunos, ele pode planejar adequadamente o tipo de estratégia ou abordagem que será necessária.
Oferece várias maneiras de acessar o currículo
Com base no que o professor aprende após avaliação criteriosa do aluno, ele pode oferecer diferentes tipos de formas de acesso a informações, atividades e outros recursos.
Além disso, deve-se levar em consideração que os alunos podem variar em estilos de aprendizagem, autonomia, habilidades sociais e de comunicação, oportunidades educacionais anteriores, interesses e motivações, entre outros elementos.
Critérios e planejamento
O professor deve planejar as estratégias a serem aplicadas, para que possa ter critérios claros que demonstrem seu progresso e eficácia. Ou seja, o processo de planejamento não ocorre de forma aleatória, mas deve ser bem estruturado.
Exemplo de um projeto de intervenção educacional
Uma aluna do ensino médio apresenta dificuldades visuais que não lhe permitem acessar as informações da mesma forma que os demais alunos da aula de Literatura, além de outros fatores sociais e familiares que influenciam o seu caso.
A partir disso, os professores estabelecem medidas específicas, principalmente de acesso ao currículo, que envolvem uma série de modificações que devem ser levadas em consideração para que ela possa participar ativamente das aulas.
Por exemplo, na escola sugere-se que façam uso de um dispositivo eletrônico (tablet) com tecnologias assistivas, como o leitor de texto para fala, que lhes permite ouvir os documentos necessários para a participação na aula.
Decidiu-se também utilizar adaptações significativas com base no currículo, uma vez que foi planejado que a nota com maior peso incluísse uma exposição e um pôster relacionado ao tema escolhido.
No caso dele, esta estrutura foi modificada, para dar mais peso à apresentação e permitir-lhe uma forma alternativa de avaliação oral com o professor.
Foi agendado um acompanhamento periódico para verificar se as modificações estavam sendo suficientes para que o aluno atingisse os objetivos propostos.
Referências
- Gupta, RM e Coxhead, P. (2014). Aconselhamento e apoio psicopedagógico: estratégias práticas de intervenção educativa. Madrid: Narcea, SA de Ediciones
- Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (2009). Diretrizes da política de inclusão na educação.
- Torres, GJA, Peñafiel, MF e Fernández, BJM (2014). Avaliação e intervenção didática: atenção às necessidades específicas de apoio educacional. Edições Pyramid.
- Weber, C. (2016). Princípios Fundamentais de Sistemas de Instrução e Intervenção. Centro Internacional para Liderança em Educação.
- Wright, J. (2011). RTI: Academic & Behavioral Evidence-Based Interventions. Central de Intervenção.