- - Ciências Fatuais
- - Ciências Sociais
- - Ciências Naturais
- - Ciências Formais
- Classificação de Comte
- Referências
Os tipos de ciência que se distinguem hoje são quatro: ciências factuais, ciências sociais, ciências naturais e ciências formais. A palavra ciência (do latim «scientia», que significa conhecimento) refere-se ao sistema de conhecimento racional que o homem obteve por meio da razão e da experiência de forma sistemática, metódica e verificável.
A ciência substituiu o mito como forma de buscar a explicação dos fenômenos naturais e dos fenômenos sociais. Graças a ela, as leis e princípios dedutivos que derivam do raciocínio e da observação são conhecidos como atividades humanas que sempre estiveram presentes, mas sem uma forma sistemática e verificável.
É o resultado de uma atividade baseada na aplicação do método científico a um objeto ou situação. Para isso, siga as etapas de formulação, hipótese, teste e retorno à teoria.
Desse modo, a ciência é entendida como um conhecimento racional, sistemático, verificável e confiável que deu um giro na história e no pensamento humano.
A aplicação do conhecimento racional e do método científico conduziu à aquisição de novos paradigmas que previam de forma concreta e quantitativa as ações presentes e futuras.
Elas podem ser formuladas por meio do raciocínio e estruturadas por meio de regras ou leis gerais que explicam o comportamento dos fenômenos.
Ao longo da história, diferentes maneiras de tipificar e classificar a ciência foram propostas. Uma das primeiras tentativas foi feita por Auguste Comte. No entanto, hoje eles são classificados em uma escala mais ampla e geral.
- Ciências Fatuais
Também conhecidas como ciências empíricas, são aquelas que visam compreender um fato ou fenômeno. Essas ciências criam representações mentais ou artificiais dos fatos da realidade. Dessa forma, ele faz uso da lógica.
Estudantes de ciência e método científico baseiam-se em fatos naturais observáveis e, a partir daí, desenvolvem conhecimento.
Alguns autores sugerem que as ciências factuais se enquadram em dois grupos. O primeiro é a ciência social; sociologia, economia e ciência política. A segunda são as ciências naturais: biologia, física, química…
No entanto, esses campos geralmente são separados das ciências factuais, pois são considerados tipos autônomos.
- Ciências Sociais
As ciências sociais afirmam que o comportamento humano não se ajusta às leis científicas, como se ocorresse com os fenômenos naturais.
As ciências sociais muitas vezes se limitam a deduzir probabilidades derivadas de pesquisas e análises quantitativas da frequência com que os eventos sociais ocorrem.
Os cientistas sociais argumentam que os fenômenos naturais têm pouca influência no comportamento humano. Por excelência, os campos de estudo das ciências sociais são normalmente: sociologia, psicologia, ciência política e história, entre outros.
As ciências sociais investigam variáveis sociais como liberdade, opressão, regras, sistema político e crenças. Dessa forma, eles analisam os tipos de organização e as probabilidades de eventos futuros.
Uma das tarefas mais significativas das ciências sociais consiste na autorreflexão e na crítica da atividade científica. O que contribui para o seu desenvolvimento, pois o questiona e impõe limites éticos que podem comprometer a integridade humana.
- Ciências Naturais
Eles usam o método dedutivo hipotético. As ciências naturais são nutridas pela reflexão racional e observação da realidade. Ao contrário das ciências sociais, nessas ciências os eventos são determinados por leis.
As regras ou leis aplicáveis das ciências naturais obedecem ao princípio de causa e efeito. O que eles permitem que sejam totalmente previsíveis.
A aplicação do método hipotético-dedutivo é elementar, pois parte da observação para formular uma hipótese, depois deduz suas consequências e, por fim, testa com a experiência.
Dentro das ciências naturais, enquadram-se a química, a medicina veterinária e a física, entre outras. As ciências naturais têm validade universal, portanto, muitas vezes são utilizadas para prever e antecipar os fenômenos que ocorrem na natureza.
- Ciências Formais
São as ciências que partem das idéias formuladas pela mente humana. Eles empregam o método axiomático-indutivo por excelência, que se refere ao fato de seus axiomas ou enunciados não demonstrarem ou poderem contrastar a realidade.
Sua validade se localiza no campo do abstrato, ao contrário das ciências naturais que se situam no campo do concreto. Essas ciências apelam para sua validação à análise racional do conhecimento.
Elas também são chamadas de ciências autossuficientes, em virtude das quais podem alcançar a verdade a partir de seu próprio conteúdo e métodos de teste. Dentro das ciências formais, existem matemática e lógica.
As ciências formais baseiam-se no estudo de ideias e fórmulas analíticas que são validadas pela análise racional.
Classificação de Comte
Auguste Comte é considerado um dos pais do positivismo e da sociologia, que na verdade chamou de "física social". Comte fez uma classificação que foi posteriormente aprimorada por Antoine Augustin em 1852 e por Pierre Naville em 1920.
Para Comte, as ciências haviam entrado em um estado “positivo” e isso exigia uma classificação hierárquica e generalizada. Desta forma, ele ordenou as ciências em:
- Matemáticas
- Astronomia
- Fisica
- Química
- biologia
- Sociologia
Na época da classificação, a sociologia não era vista como uma disciplina científica, entretanto, Comte a justifica afirmando o seguinte:
Embora o modelo de classificação de Comte tenha sido válido por muito tempo, hoje o modelo utilizado é o descrito acima.
Referências
- Bunge, M. (2007) Pesquisa científica: sua estratégia e filosofia. Ariel Editorial. México.
- Ernest, N. (2006) The structure of science. Editora: Paidos Ibérica. Espanha.
- Enciclopédia de classificações. (2016) Tipos de ciência. Recuperado de: typesde.org.
- Montaño, A. (2011) Science. Recuperado de: monografias.com.
- LosTipos.com, equipe de redação. (2016) Tipos de ciência. Gazeta Educacional. Recuperado de: lostipos.com.
- Sánchez, J. (2012) Science. Editora: Díaz de Santos. México.