- Características do pensamento analítico
- 1- Analítico
- 2- Sequencial
- 3- Resolutivo
- Estrutura e funções do pensamento analítico
- Colocando o pensamento analítico em prática
- Referências
O pensamento analítico é um pensamento razoável e reflexivo sobre um problema, que se concentra em decidir o que fazer ou em que acreditar e a relação existente entre esse problema e o mundo em geral.
A característica distintiva desse tipo de pensamento é que ele divide o objeto de estudo ou problema em partes menores que são identificadas, categorizadas e analisadas separadamente para obter uma resposta ou solução, transferindo-a ou aplicando-a ao todo.
Mas antes de mergulhar no pensamento analítico, é necessário definir o conceito de pensamento como tal. O pensamento é toda atividade da mente humana produzida graças ao seu intelecto. É usado genericamente para nomear todos os produtos gerados pela mente, sejam eles atividades racionais ou abstrações da imaginação.
De acordo com a teoria cognitiva, existem vários tipos de pensamento (como pensamento crítico, pensamento criativo, dedutivo, indutivo, etc.), e o pensamento analítico é um deles.
Embora haja uma tendência de se pensar em aplicar o pensamento analítico apenas a problemas matemáticos ou científicos, ele é amplamente utilizado em todas as áreas do conhecimento e até na vida cotidiana.
Características do pensamento analítico
O pensamento analítico é baseado em evidências e não em emoções. Por padrão, está questionando: a pergunta "O quê?" está sempre presente na análise.
Ele é detalhado e metódico. Desenvolve a capacidade de investigação e permite organizar o pensamento com precisão e clareza.
Além disso, o pensamento analítico implica ser capaz de decompor as partes de um problema para entender sua estrutura e como elas se inter-relacionam, sendo capaz de identificar o relevante e o irrelevante.
Na busca pela solução ou conclusão, várias instâncias são percorridas, como a formulação de hipóteses, a reformulação do problema, a reflexão e proposição de novas estratégias, para finalmente selecionar a mais adequada. Isso funciona para a tomada de decisões, resolução de problemas científicos, resolução de conflitos, etc.
1- Analítico
Como o próprio nome indica, é analítico, pois quebra as partes de um todo para analisar o significado de cada uma delas, interessando-se mais pelos elementos do que pelas relações.
2- Sequencial
É sequencial, pois segue passos em sequência para a análise, estudando linearmente, sem saltos ou alterações, cada uma das partes e as aumenta até chegar ou se aproximar da solução.
3- Resolutivo
É decisivo ou convergente, pois está sempre focado na busca de uma solução; o pensamento analítico é pouco dado a rodeios ou à investigação de cenários alternativos.
Estrutura e funções do pensamento analítico
Todo pensamento - e o pensamento analítico não é exceção - é composto de oito elementos básicos. No pensamento, perguntas são feitas e informações baseadas em dados, fatos, observações e experiências são usadas.
Você pensa em um propósito com um ponto de vista ou quadro de referência baseado em suposições, isto é, pressuposições que são dadas como certas. Essas suposições levam a implicações e consequências.
No processo de pensamento são utilizados conceitos, teorias e definições que permitem fazer interpretações e inferências, ou seja, conclusões ou soluções.
O pensamento analítico envolve a aplicação das regras da lógica e a busca da verdade por meio de processos inferenciais.
Além disso, desenvolve habilidades de pensamento lógico, reforçando as capacidades de raciocinar com ordem, analisar, comparar e sintetizar. Para realizar esse processo, ferramentas como o mapa mental, a mesa sinótica, as nuvens de palavras e a linha do tempo são úteis.
O pensamento analítico é funcional para a resolução de problemas, pois permite a visão de diferentes ângulos e perspectivas, a reflexão e o aprendizado de novas estratégias.
Na tomada de decisão, o pensador analítico coleta informações, analisa-as em busca de diferentes alternativas de solução e seleciona a mais adequada de acordo com seus critérios.
Colocando o pensamento analítico em prática
Com tudo isso, você pode construir um esquema de pensamento analítico prático aplicável a problemas em qualquer área de estudo, trabalho ou situação cotidiana. As etapas do processo analítico estão listadas a seguir, e o leitor é convidado a associar cada etapa a um tópico desejado.
A título de exemplo, são propostos dois casos práticos muito comuns no dia a dia: um veículo na garagem e um executivo de atendimento de uma empresa de telefonia celular.
1- Pense no propósito: consertar o veículo / resolver o problema do cliente cujo celular não liga
2- Exponha a pergunta: que ruído é esse que o veículo faz? / Qual é a falha do celular que não permite ligar?
3-Reúna informações: saiba desde quando a avaria ocorreu, como funcionou (veículo ou telemóvel) antes de apresentar a avaria, qual foi a última coisa que se fez com ela, se existem outros problemas em paralelo, quando foi a última vez manutenção / serviço foi feito, etc.
4-Elevar os pontos de vista: ruído do motor é típico de problemas de carburação; Também pode ser um problema elétrico / o celular é antigo; a bateria tem uma vida útil limitada; o botão liga / desliga pode ser danificado.
5-Verifique as premissas: o carburador está checado / a bateria do celular está trocada.
6-Pense nas implicações: se o carburador estiver consertado, as velas também deverão ser trocadas / se for instalada uma bateria nova e o problema persistir, será necessário trocar o botão de ignição.
7-Conceitos (conhecimento) são usados para fazer inferências.
8-Conclusões razoáveis devem ser precisas, com evidências suficientes, relevantes: o carburador estava em péssimo estado / a bateria e o botão liga / desliga do celular estavam bem, mas o cliente não sabia como ligá-lo.
Embora as conclusões sejam baseadas em evidências, isso não significa necessariamente que essas evidências sejam precisas, suficientes ou absolutas. O simples fato de refletir sobre isso leva ao aprofundamento do processo de pensamento analítico.
Referências
- Linda Elder e Richard Paul (2003). Os fundamentos do pensamento analítico. Recuperado de criticalthinking.org
- Gerlad M. Nosich (2003). Aprendendo a pensar: pensamento analítico para alunos. Pearson Educación, SA Madrid, Espanha.
- Exemplo de pensamento analítico. Recuperado de examplede.com
- Gerald M. Nosich (). Aprendendo a pensar: pensamento analítico para alunos. P. 61.
- Gerald M. Nosich (). Aprendendo a pensar: pensamento analítico para alunos. P. 117.