Os chefes maias eram divisões geográficas que faziam parte das mansões ou províncias maias na península de Yucatán.
A sua existência remonta ao início do século XVI devido à ocupação espanhola que, por sua vez, conduziu ao desmantelamento das chefias.
Os historiadores acreditam que essa fragmentação do território teve origem cerca de cento e sessenta ou duzentos anos antes da chegada dos espanhóis, com a destruição de Mayapán.
Como resultado, vários povos se desintegraram em todo o território da península, criando chefias independentes, mas sem deixar de lado as constantes guerras que surgiram entre si.
A desunião e inimizade indígenas continuaram por vários anos, fomentando guerras desastrosas entre vários lados que só terminaram em perdas humanas.
Infelizmente com a interferência espanhola se viu uma brecha livre para a invasão, aproveitando esta oportunidade enquanto as chefias se dividiam, para preparar a ocupação que mais tarde os levaria ao fim.
Nomes de chefias
Havia dezenove chefes ou, como os espanhóis os chamavam de "províncias": Ekab, Chauac-ha ou Chikinchel, Tazes, Cuzmil, Cupul, Zotuta, Hocabahumún, Cochuah ou Kokolá, Maní, Alcalán, Tixchel, Ceh Pech, Chakán, Chacanulkan, Kinpech, Uaymil, Akinchel e Zipatán.
Estrutura e hierarquia entre chefes
Cacicazgo se refere ao "senhor responsável ou autoridade dos homens". Os caciques ou batabil uinic, eram chefes que governavam uma determinada chefia e eram membros das famílias mais elitistas da região.
Os caciques governaram por muitos anos e até séculos sob os valores da justiça e retidão.
Cada cacicazgo foi dividido em distritos ou cacabil na língua maia, que por sua vez foram subdivididos em aldeias e cidades.
Todos os distritos tinham um chefe subordinado chamado halach uinic, título conferido apenas aos parentes do chefe governante na capital da chefia.
Vida na chefia
Em todas as cidades ou regiões das chefias, o pagamento de tributos era considerado uma obrigação, que os Batabil geralmente exigiam.
Além disso, havia uma taxa de trabalho que deveria ser cumprida em várias profissões, como artesãos, pescadores ou agricultores.
Mesmo assim, algo de bom produziu o deslocamento da população para outras províncias da região. Há evidências de que a migração e fixação de povos originou um sistema de mercado baseado na troca de mercadorias entre as diferentes regiões.
Devido à pouca informação confiável que foi encontrada sobre as chefias maias durante os últimos séculos, não é possível especificar com certeza absoluta a divisão jurisdicional dos maias na época da chegada dos conquistadores espanhóis.
Isso se deve à falta de documentação escrita da época em relação a este assunto. Em alguns lugares do Mar do Caribe e ao sudeste da península de Yucatán existe uma região que se estende pelo território de Belize.
Nele ainda existem vários vestígios da presença maia na época da ocupação espanhola. Há alguns que datam especialmente do mesmo período histórico das chefias.
Referências
- Garcia, Rubén. (2011). As culturas pré-hispânicas do México: os maias. (sf). Retirado em 23 de janeiro de 2011, Biblioteca Universia.
- Helms, MW (1975). Middle America: A Culture History of Heartlands and Frontiers. Englewood Cliffs: Prentice-Hall.
- Mann, Charles C. (2006). 1491: Uma nova história das Américas antes de Colombo. Touro.
- Newson, Linda. (2007). O custo da conquista. Tegucigalpa: Editorial Guaymuras.
- Okoshi, Tsubasa. (novecentos e noventa e cinco). Governo e povo entre os pós-clássicos Yucatecan Maya. Jornal da Universidade Nacional Autônoma do México, Vol. 50, núm. 534535.