- Biografia
- Infância
- Juventude
- Vida politica
- Últimos dias e morte
- Tocam
- Primeira etapa poética (1874 - 1892)
- Segunda etapa poética (1892 - 1928)
- Referências
Salvador Díaz Mirón foi um jornalista, educador e escritor mexicano, considerado uma figura muito importante dentro do movimento modernista de seu país. Ele também serviu como secretário da prefeitura de Veracruz e deputado ao Congresso da União em 1884. Suas divergências em questões políticas lhe renderam o exílio na Espanha e em Cuba.
Como jornalista, desde muito jovem Salvador Díaz Mirón teve a influência de seu pai, que também era jornalista e apaixonado por letras, e como seu pai, que era uma referência no mundo lírico, já era um poeta reconhecido desde jovem.. Aos 14 anos escreveu seus primeiros poemas.
Em relação ao seu trabalho como jornalista, ele sempre teve a marca registrada de artigos ardentes que refletiam suas ideias políticas. Ao longo de sua carreira, colaborou com diversos jornais de sua época, incluindo os jornais mexicanos El Orden e El imparcial. Devido ao conteúdo polêmico de seus textos, ele teve que sofrer constantes ataques.
Como professor, Salvador Díaz Mirón começou seu trabalho no México após se formar em literatura. Os exílios forçados que enfrentou o levaram a dar aulas nos países em que viveu. Fundamentalmente, lecionou literatura em Santander (Espanha) e em Havana (Cuba).
De sua personalidade, seus historiadores a avaliam como muito intensa. Com a mesma intensidade com que viveu sua paixão poética, viveu sua vida pessoal. Ele é lembrado por seu caráter violento e vingativo. Essa irascibilidade o levou, entre outras consequências, a ser preso por quatro anos por ter matado uma pessoa no decorrer de um duelo.
Biografia
Infância
Segundo seus historiadores, Salvador Díaz Mirón nasceu no porto de Veracruz, da nação asteca, em 14 de dezembro de 1853. Esta data foi tomada como referência por especialistas porque a certidão de batismo de Díaz Mirón nunca foi localizada.
Assim, este ilustre poeta veio a este mundo na casa número 17 da Rua Emparan, logo após a epidemia de cólera mórbida que assolou este porto em meados do século XIX.
Seus pais eram Eufemia Ibáñez de Díaz Mirón e Manuel Díaz Mirón, um militar liberal que veio ocupar o cargo de governador do estado e comandante militar da praça.
Em seus primeiros anos, Salvador Díaz Mirón estudou na escola do professor Manuel Díaz Costa. Como muitos outros jovens de seu tempo, ele mais tarde entrou no Seminário de Jalapa. No entanto, sua formação, como a de seu pai, sempre foi liberal.
Seu primo Domingo Díaz Tamariz, um homem de cultura curiosa e sólida, e seu próprio pai tiveram grande participação em sua formação literária. Diz-se que ele se sentou à sua frente em Salvador e por horas leu páginas selecionadas da literatura mundial.
Juventude
Desde muito jovem, o poeta Salvador Díaz Mirón se dedicou ao jornalismo. Acredita-se que suas primeiras composições em verso e prosa tenham sido publicadas em uma publicação conhecida como La sensitiva.
Mais tarde, ele passou a trabalhar na Opinião do Povo, de onde se opôs veementemente ao líder das revoluções mexicana e texana, Manuel de Mier y Terán.
Da mesma forma, ele trabalhou para outros jornais mexicanos. Fundou, dirigiu e, por algum tempo, escreveu quase que exclusivamente para o jornal El Veracruzano. Também foi editor e diretor do El Diario Comercial, também de Veracruz. Anos depois, ele escreveu no jornal jalapeño El Orden.
Presa de seu temperamento impulsivo, bravo e briguento, Salvador Díaz Mirón começou sua carreira de brigas e duelos desde muito jovem.
Em 7 de outubro de 1878, aos 25 anos, o poeta se envolveu em uma disputa verbal com um patrono. Exibindo seu verbo fino, Díaz Mirón o ofendeu e ele atirou nele com uma pistola.
Como resultado desse duelo, o poeta foi impedido de mover o braço esquerdo. Além disso, ele fez de seu revólver um companheiro perene e aprendeu a usá-lo com habilidade. Seus contemporâneos dizem que sua habilidade era tal que ele conseguia desenhar suas iniciais com balas.
Vida politica
A história do lado político de Díaz Mirón parece mais a de um personagem de romance de aventura do que a de um artista comprometido com causas sociais. Seu temperamento explosivo o levou a enfrentar tiros com seus oponentes políticos e à prisão em mais de uma ocasião.
Em 1878, como representante da Comarca de Jalacingo na Assembleia Legislativa de Veracruz, realizou o duelo que imobilizou seu braço esquerdo. Mais tarde, ele também desafiou seu oponente político Manuel de Mier y Terán, que na época era governador de Veracruz, para um duelo.
Em 1884, Díaz Mirón era deputado ao Congresso da União, sendo o General Manuel González presidente do México. Durante esta gestão, seu discurso no Congresso, em 12 de novembro daquele ano, ficou famoso para contestar o relatório do exercício fiscal por conta de suspeitas do governador por suspeita de corrupção.
Em 31 de agosto de 1886, Salvador Díaz Mirón deixou a Câmara dos Deputados. Veio então um período turbulento com episódios de violência que o levaram até a prisão pela morte de uma pessoa enquanto se defendia de seu ataque. Em 1900, retorna à política, mas com uma participação mais discreta até sua aposentadoria em 1910.
Últimos dias e morte
Em 1º de agosto de 1910, aos 57 anos e já cansado de sua atividade política, retirou-se para Tlacotalpan para cuidar de sua saúde.
Segundo os cronistas da época, essa etapa correspondeu a um declínio geral até mesmo em sua produção poética. No entanto, em 1912 ele retornou a Jalapa, onde foi nomeado diretor do Colégio Preparatório até 1913.
Em 1927, foi nomeado diretor do Colégio Preparatório de Veracruz, ao mesmo tempo em que atuava como catedrático de história do mesmo instituto.
Ele ficou lá até que um incidente doloroso o forçou a renunciar. Um ato de indisciplina de um estudante culminou em um golpe na cabeça do poeta pelo poeta com o cabo de sua pistola.
Após este incidente, ele se retirou para casa e adoeceu. A partir de fevereiro de 1928, ele se recusou a deixar sua cama. Vários médicos o revisaram sem encontrar a causa da doença que o afligia.
A família ficava ao lado dele o tempo todo. Na noite de 11 de junho de 1928, ele entrou em agonia e morreu ao meio-dia do dia seguinte.
Tocam
A obra Mystic (1867) foi o primeiro poema conhecido de Salvador Díaz Mirón. Ele o escreveu quando tinha apenas 14 anos, quando morava com seu pai em Nova York.
Segundo alguns estudiosos, esse exílio foi consequência das ideias políticas do pai. Então, duas etapas poéticas são reconhecidas.
Primeira etapa poética (1874 - 1892)
Esta primeira etapa de Salvador Díaz Mirón faz parte da corrente do Romantismo. Este período foi marcado pela dupla influência do poeta espanhol Gaspar Núñez de Arce e do poeta francês Víctor Hugo.
Entre outras, obras como Ode a Víctor Hugo (1882), considerada uma das obras-primas de sua juventude, pertencem a essa fase. Foi imediatamente traduzido para o francês e lido nos círculos literários de Paris.
Os historiadores dizem que o próprio Victor Hugo exclamou ao ouvi-la: "O cantor viveu para o canto."
Além disso, desse período podemos citar Vozes do Interior (1882), que corresponde aos dias brilhantes de ação no congresso do deputado Salvador Díaz Miron.
Ele o dedicou, segundo especialistas, ao amigo e colega deputado Fernando Duret. Nele, o poeta reflete o espírito que o animou em suas apresentações públicas no Congresso.
Segunda etapa poética (1892 - 1928)
Nesta fase de sua vida poética, Salvador Diaz Miron evoluiu para imagens menos românticas do que em obras anteriores. Embora sejam mais sutis e concisos, eles descrevem de forma realista as coisas ruins que acontecem em sua vida.
Desse período, destaca-se Lascas (1901), obra publicada em Jalapas após sua libertação da prisão onde estava por matar uma pessoa em legítima defesa.
É considerada sua obra-prima e é composta por 40 poemas inéditos. Em muitas delas, ele baixou todo o seu ressentimento social e seu desprezo por alguns grupos sociais de seu país.
Entre outras obras que podem ser mencionadas neste período estão El fantasma, Paquito e Nox. Bem como A Tirsa, A una araucaria, Claudia e Idilio. Da mesma forma, seus trabalhos foram publicados em diferentes edições, incluindo El Parnaso Mexicano (1886), Copos (1901) e Poemas (1918).
Em relação a esta segunda etapa, há uma discrepância entre os estudiosos da obra de Díaz Mirón. Alguns subdividem esse segundo período acrescentando um terceiro que vai de 1902 a 1928. Na opinião dos defensores dessa versão, essa seria a etapa mais apurada da obra do poeta.
Deste suposto terceiro estágio correspondem os títulos Os peregrinos, Ao bom sacerdote e A um profeta. Além disso, nesse período estão A Mulher da Neve, A um Pescador e O Hidalgo Ingenioso.
Referências
- Escrito. (s / f). Salvador Díaz Mirón. Retirado de Escritas.org.
- Debicki, AP (1976). Antologia da poesia mexicana moderna. Londres: Tamesis Book Limited.
- Franco Bagnouls, M. (1989). Literatura hispano-americana. México DF: Editorial Limusa.
- Díaz Mirón, S. (2018). A giganta e outras senhoras. México DF: Fundo de Cultura Econômica.
- Villadelángel Viñas, G. (2015). México no Sul, 1931-1951. México DF: Fundo de Cultura Econômica.
- Valdés, H. (2009) Salvador Díaz Mirón. Universidade Nacional Autônoma do México.
Coordenação de Difusão Cultural. Diretoria de Literatura Retirado de materialdelectura.unam.mx.
- Vértiz de la Fuente, C. (2014, 13 de dezembro). Salvador Díaz Mirón, o poeta precursor do modernismo. Retirado de proces.com.mx.