O tubarão subaquático é um dos nomes dados ao megalodon, que foi estudado no documentário Megalodon: o tubarão monstro vive, veiculado no Discovery Channel em 2014. A produção foca na possível existência de um tubarão pré-histórico entre 10 e 20 metros de comprimento.
Este tubarão também é conhecido como megalodon e foi considerado extinto na época. Durante o documentário, é acompanhada uma série de profissionais do assunto, que fazem pesquisas sobre o animal a partir de uma série de supostos ataques ocorridos na costa sul-africana.
Este especial estreou na Semana do Tubarão no Discovery Channel. É considerado um dos programas mais assistidos do canal até hoje.
No entanto, o documentário também foi alvo de duras críticas porque, segundo especialistas e telespectadores, nenhuma evidência científica séria foi apresentada sobre a veracidade dos fatos.
História
O início do estudo é liderado por um biólogo marinho que começa a pesquisar o assunto junto com uma equipe de especialistas. A investigação começou como resultado de um ataque deste animal contra um barco pesqueiro na costa sul-africana.
Depois de analisar as supostas evidências que comprovavam a existência desse animal, a equipe mudou-se para a área para organizar uma expedição que lhes permitisse obter o material necessário que os ajudasse a demonstrar à comunidade científica que o tubarão sobreviveu à era pré-histórica.
No decorrer do documentário, é enfatizado que o megalodon ou Charcharocles megalodon (segundo seu nome científico) também parece se alimentar de grandes seres marinhos, como as baleias.
No entanto, o fim do programa não produziu uma conclusão conclusiva, de modo que telespectadores e especialistas no assunto não demoraram a se manifestar contra o documentário.
Outros fatos associados
De referir que o boato sobre a existência do megalodonte foi também reforçado por outro acontecimento mais ou menos semelhante, ocorrido em 2014.
Bem na costa da África do Sul, o capitão de um navio de cruzeiro fez uma parada para os turistas apreciarem a vista marinha, a atração especial era um grupo de focas que se alimentavam nas proximidades. Pouco depois, o navio recebeu uma série de ataques de origem desconhecida.
As estocadas eram cada vez mais fortes, causando a fratura de parte da estrutura da nave. Pouco depois soube-se que se tratava de um grupo de tubarões brancos.
No entanto, esses animais interromperam o ataque quando um animal muito maior apareceu, presumivelmente um tubarão subaquático ou megalodon. Um dos supostos sobreviventes chegou a afirmar que levou uma das vítimas para arrastá-la para o fundo do mar.
Evidências claras sobre esse fato ainda não foram encontradas, mas podem ter influenciado a produção do documentário.
Realidade ou ficção?
Megalodon: a vida do tubarão monstro foi um dos programas mais esperados do ciclo, a Semana do Tubarão, transmitido no Discovery Channel. De fato, após sua transmissão, estima-se que quase cinco milhões de telespectadores assistiram ao especial.
Porém, ao final disso, surgiu uma série de questionamentos e questionamentos que se tornaram mais fortes com o passar do tempo. Aqui estão alguns fatos relevantes que permitiram demonstrar a falsidade documental:
-Ambos telespectadores e especialistas foram rápidos em expressar críticas e desconforto após a transmissão, pois o programa não contava com material verdadeiro. Na verdade, foi enfatizado que os especialistas eram mais como atores contratados para fazer um filme.
-Ao longo do tempo, membros da comunidade científica também fizeram uma série de declarações lamentando o fato, até porque o canal foi reconhecido como uma plataforma de exploração e divulgação da ciência.
-O formato do programa foi comparado ao das Sereias especiais: o corpo encontrado, que também foi criticado pela introdução de elementos ficcionais no material apresentado como verdadeiro.
-Pelo exposto, a rede Discovery admitiu que se tratava certamente de um mockumentário, cujo principal objetivo era divulgar outros tipos de materiais audiovisuais para agradar aos diversos grupos da audiência.
Graças ao acima exposto, alguns especialistas indicam que o formato "mockumentary" se tornou popular em várias redes importantes, como o History Channel (por exemplo, MonsterQuest).
Nesse tipo de produção se valem do falso documentário ou da introdução da ficção em histórias verdadeiras, o que, ao longo do tempo, poderia comprometer a seriedade de outros conteúdos veiculados.
Outros dados importantes
-O mockumentary alude ao megalodon ou Charcharocles megalodon, o maior tubarão que se conhece até agora, cujo comprimento é estimado em 10 a 21 metros. Alguns entusiastas chegam a indicar que o animal pode ter chegado a 25 metros.
-Acredita-se que o megalodonte viveu no Mioceno por quase 16 milhões de anos e que foi extinto há 2,5 milhões de anos.
-Era predador de baleias, focas e tartarugas gigantes, com preferência por águas quentes e com aparente sentido de comunidade.
-Acredita-se que era um animal com incrível poder de ataque, o que tem ajudado o surgimento de boatos que indicam que ainda prevalece hoje. No entanto, sua existência foi descartada graças a um estudo da Universidade da Flórida.
-Graças aos fósseis encontrados, foram feitas estimativas que permitiram comparar esta espécie com o grande tubarão branco, considerado o maior e mais perigoso tubarão até hoje.
-Não há clareza quanto às causas da extinção do tubarão subaquático, embora se diga que isso influenciou a evolução das baleias, quando se tornaram grandes e se alimentaram por filtros.
-Alguns especialistas não rejeitaram totalmente a emissão do documentário subaquático do tubarão, pois afirmam que graças a ele será possível promover mais estudos e pesquisas relacionadas à biodiversidade marinha.
Referências
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