O traje típico de Aguascalientes foi desenhado por Jorge Campos Espino. O guarda-roupa feminino é composto por uma blusa e uma saia larga. No caso dos homens, é um macacão com chapéu de palha.
Para o seu desenho, Campos inspirou-se nas formas tradicionais de vestir que os pobres e ricos habitantes de Aguascalientes possuíam no início do século XX. No caso do terno masculino, a alusão aos ferroviários é direta.
A decoração do fato de senhora é produto de um trabalho manual elaborado. Mostra uma briga de galos, algumas uvas (alusivas à produção da região) e o jardim de São Marcos.
Embora muitas versões de trajes típicos sejam exibidos no Festival de São Marcos, apenas o desenhado por Campos é considerado oficial.
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Características principais
Terno feminino
A blusa é branca com mangas largas na parte superior e ajustada na altura do antebraço. Esta blusa tem um ajuste justo na cintura. A influência vitoriana é notável em seu design.
A saia é branca, larga e longa. É sustentado por uma fita verde ou vermelha. A saia mostra uma técnica nativa de Aguascalientes chamada de desfiar.
Na sua elaboração são aplicados alguns cortes denominados "lâminas". Dobras ou bainhas também são colocadas nele.
No avental da saia pode-se ver a figura bordada da balaustrada do jardim de São Marcos. No seu arco central encontram-se galos em atitude de luta, em alusão ao hino estadual.
No folho da saia há decoração com a figura das arcadas do Palácio do Governo, entre as quais se destacam cachos de uvas.
O traje é complementado com um xale ou manto branco, ao qual também se aplica a técnica de desfiar.
Quando uma mulher usa este terno, ela geralmente usa longas tranças com fitas laranja e amarelas, amarradas com grandes laços.
Terno masculino
Este terno é uma homenagem ao trabalho, especificamente ao trabalho ferroviário.
É composto por um macacão jeans com uma camisa xadrez. É completada por uma bandana com chapéu de palha.
Técnica de revelação
Desfiar é uma técnica têxtil muito antiga. Consiste em levantar e puxar os fios de um tecido com a ponta de uma agulha, de modo a formar uma grade na qual é feito o bordado.
Acredita-se que ele veio para a América pelas mãos dos conquistadores europeus. Desvendar era um hobby, mas com a chegada das ferrovias a Aguascalientes também chegaram clientes para as preciosas obras de arte.
A fama do tecido cresceu até o surgimento de oficinas de preparo e se tornou uma atividade econômica que marcou a história de Aguascalientes durante o século XX.
De fato, a certa altura a comercialização de confecções com esse tipo de tecido passou a representar 20% do Produto Interno Bruto do estado.
Com o passar do tempo e a modernização da indústria têxtil, a mecanização de muitos processos foi gerada para baratear custos, o que fez com que os desvios estivessem desaparecendo.
Para evitar que desapareça totalmente, esforços estão sendo feitos por diferentes entidades da sociedade civil e do governo local, como o Instituto Cultural de Aguascalientes (ICA).
Referências
- Aguascalientes (s / f). Tradições de Aguascalientes. Recuperado de: aguascalientes.gob.mx
- Enciclopédia (s / f). Traje do Jardim de São Marcos. Recuperado de: encyclopedia.us.es
- González, María Luis (2017). Deshilado de Aguascalientes se recusa a morrer. Recuperado de: elfnanciero.com.mx
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- Professor Online (s / f). Traje típico de Aguascalientes. Recuperado de: profesorenlinea.cl
- Rodríguez, Mario (2017). Traje típico de Aguascalientes. Recuperado de: mexicolindoyquerido.com.mx
- Turimexico (s / f). Traje típico de Aguascalientes. Recuperado de: turimexico.com