- Tipos de vícios
- Barbárie
- Neologismos
- Arcaísmo
- Estrangeirice
- Pleonasmo
- Solecismo
- Vulgarismo
- Decheism
- Filetes
- Cacofonia
- Exemplos de vícios de linguagem
- Barbárie
- Neologismos
- Arcaísmos
- Estrangeiros
- Pleonasmos
- Solecismos
- Vulgarismos
- Decheism
- Filetes
- Cacofonias
- Exercícios de vícios de linguagem
- Resposta
- Resposta
- Resposta
- Resposta
- Resposta
- Resposta
- Resposta
- Resposta
- Resposta
- Conclusões e recomendações finais
- Referências
Os vícios da língua são os erros que certas pessoas cometem nos códigos linguísticos, orais ou escritos, estabelecidos pela comunidade de falantes de qualquer língua. Essas falhas dificultam a transmissão de ideias e, portanto, não permitem que o ato comunicativo ocorra. Um exemplo de defeito de linguagem é "Eu sabia que algo assim iria acontecer".
Os vícios de linguagem não são novidade, sempre estiveram presentes. No mundo antigo, com as contínuas invasões que iam surgindo, era comum que aumentassem quando apareciam palavras estrangeiras introduzidas por estrangeiros em sua passagem. Hoje vemos sua ascensão novamente devido à influência das redes sociais.
Desde o início da concepção das línguas humanas, em suas diferentes variantes, há quem se desvie das normas e não se conforma com o uso adequado da linguagem. As falhas podem ser cometidas ao falar ou escrever. Esses erros no uso correto da fala são conhecidos como vícios de linguagem.
Todas as línguas humanas foram produto do acordo das massas que compõem as diferentes populações. Estas germinaram pela necessidade prevalecente dos indivíduos de transmitir as ideias que tinham. Os vícios da linguagem pareciam quebrar os esquemas e trazer confusão comunicativa.
Tipos de vícios
Entre os vícios que encontramos no dia a dia, os 10 mais comuns serão mostrados abaixo:
Barbárie
As barbáries passam a ser o mau uso na escrita ou na pronúncia das palavras que constituem uma língua.
A origem deste vício linguístico é interessante, já que o termo “bárbaro”, do qual deriva o conceito principal, vem do latim bar-bar, que significa: “aquele que balbucia”.
A palavra bar-bar foi usada durante as invasões visigodos para designar os inimigos, que foram rapidamente identificados por não falarem bem o latim. Com a castilianização da voz bar-bar, tornou-se "bárbara".
Neologismos
São palavras utilizadas por um grande número de falantes de uma língua, mas não são registradas formalmente nos dicionários.
É comum que essas palavras apareçam em subgrupos (pequenas comunidades ou "subculturas"), sendo inventadas pelas pessoas que as compõem.
O surgimento de neologismos responde à necessidade de os indivíduos designarem um nome a um comportamento ou objeto, o que não se encontra de forma convencional na língua nativa. Também aparecem como paralelos, ou seja, são palavras que passam a cumprir o mesmo papel linguístico de outra já existente.
Muitos dos neologismos permanecem nas subculturas que os engendram, mas outros transcendem a comunidade geral, chegando a se infiltrar na linguagem tradicional de tal forma que são posteriormente aceitos pela RAE.
Arcaísmo
Isso ocorre quando as palavras são usadas à sua maneira antiga para completar frases, sendo palavras úteis mais adequadas para se expressarem no momento.
Um caso muito comum nas línguas românicas (aquelas derivadas do latim) é a inclusão de latinismos na hora de se expressar, tendo palavras perfeitas em espanhol que podem ser utilizadas.
Outro caso típico é o uso de formas linguísticas que, embora válidas, já caíram em desuso.
Estrangeirice
É o caso típico em que o falante de uma língua se refere a termos pertencentes a outras línguas para se comunicar.
Normalmente, isso acontece quando uma pessoa, um falante nativo de um idioma, deseja soar "interessante" para um grupo ao se expressar.
Geralmente ocorre nesses casos que o que começa como uma estratégia "intelectual", acaba sendo um obstáculo linguístico por dificultar a compreensão na comunicação.
Pleonasmo
Pleonasmo se refere ao uso desnecessário de palavras em uma frase, palavras que se presumem existir no texto por mera lógica de que são, causando redundância.
Solecismo
Esse vício da linguagem se manifesta na imprecisão na hora de se expressar. Quem sofre de solecismo não tem sintaxe e lógica ao falar ou escrever.
É comum vê-lo presente nas camadas sociais mais baixas, onde não há igualdade de acesso à educação. O solecismo é um dos vícios que mais tropeça no ato da comunicação.
Vulgarismo
É considerado o uso incorreto de frases ou palavras por pessoas sem cultura. Geralmente ocorre na deformação dos termos usados, ao subtrair ou adicionar letras a eles.
Decheism
É considerado o uso inapropriado da preposição "de" antes da conjunção "aquilo". É uma das falhas mais difundidas da língua na América Latina.
Filetes
Este vício em particular se refere às palavras que certas pessoas usam repetidamente ao tentar se comunicar. Geralmente se manifestam quando você não tem domínio da fala ou em momentos de nervosismo.
Cacofonia
Este vício ocorre quando uma pessoa ao se expressar repete uma sílaba ou vogal continuamente, tornando desconfortável para quem a ouve.
Além do incômodo causado pela repetição contínua de sons, esse vício tende a dificultar a compreensão do que se quer dizer.
Exemplos de vícios de linguagem
Barbárie
- "Você não ouviu o que eu te disse?" para “Você não ouviu o que eu te disse?
(A segunda pessoa do passado do singular não tem "s" no final, nunca)
- "O que qui?" para “o que foi?
- "Tudo excelente" para "tudo excelente".
Neologismos
- Chanfles (o que causa espanto).
- Bitcoin (moeda virtual).
- Bloguer (sujeito que tem blog).
Arcaísmos
- Você (ao invés de você) sabia que tudo ficaria bem.
- O currículo (em vez do currículo) vitae é perfeito.
- Iluminei (por iluminado) muito bem.
Estrangeiros
- "E aí?" Por "o que aconteceu?"
- "Tudo bem", para "está tudo bem".
- "Pegue aquilo" por "pegue aquilo".
Pleonasmos
- “O vento invisível” para “o vento”.
- "Saia" para "saia daí."
- “Sobe aqui para cima” para “sobe aqui”.
Solecismos
- "Que horas são amanhã?" para "que horas são?"
- "Isso não deveria ser assim, ele disse a si mesmo" por "isso não deveria ser assim, ele disse a si mesmo."
- "Ele disse saber sobre seus filhos" por "ele disse saber sobre seus filhos."
Vulgarismos
- "Que gonito" para "que lindo".
- "Insteresante" para "interessante".
- "Claro" por "claro".
Decheism
- "Ele disse que iria" para "ele disse que iria."
- “Especulou-se que seria assim” porque “especulou-se que seria assim”.
Filetes
- "A casa era linda, que eu tinha" porque "a casa era linda, eu tinha."
- "Seu nome era Juan, cujo significado" por "seu nome era Juan, significava".
- "E ele andava e corria e saltava" para "Andava, corria e saltava".
Cacofonias
- Essa lente é verde.
- Amanhã ele vai amar Ana até se fartar.
- Ele ouviu outro urso sozinho.
Exercícios de vícios de linguagem
A seguir vamos expor uma série de vícios de linguagem. Você pode responder a que tipo ele pertence?
- Como está meu vocabulário? Louvável.
Resposta
Esta pergunta tem uma resposta usada com um arcaísmo, já que palavras mais apropriadas para a época atual como 'extenso' ou 'meritório' poderiam ter sido usadas.
- Acho que não tem ninguém no cabeleireiro nessa época.
Resposta
Isso é bárbaro, já que ele usou 'haiga' em vez de 'haya' (do verbo encontrar).
Resposta
É um uso excessivo de palavras estrangeiras.
- Ela não quer amor, ela é amorfa.
Resposta
É um neologismo. O cantor Bad Bunny intitulou uma de suas canções como 'amorfa', o que, nas palavras do compositor porto-riquenho, passa a significar 'amor fodido'.
- Já fritei o peixe esta manhã.
Resposta
É uma barbárie, pois realmente está escrito 'Eu fritei o peixe'.
- Eu acho que você está errado
Resposta
É um dequeísmo.
- Myarma, dê um abraço na sua mãe por mim.
Resposta
Na Andaluzia, Espanha, é comum usar 'myarma' como um reflexo gráfico da pronúncia 'minha alma'. Portanto, é um neologismo.
- Grupo de rock precisa de cantor para cantar
Resposta
Anúncios classificados como este são redundantes, portanto, é um pleonasmo.
- Normalmente pergunto ao Juan quando tenho dúvidas sobre o seguro, já que ele me aconselha de graça.
Resposta
O uso incorreto de preposições é um exemplo claro de solecismo. Não é correto dizer 'normal' ou 'grátis', quando deveria ser usado 'normalmente' ou simplesmente 'grátis'.
Conclusões e recomendações finais
É preciso entender que os vícios da linguagem representam uma pobreza no conhecimento das línguas. Está provado que a inteligência está associada ao número de palavras que são manuseadas na língua falada. Quanto mais palavras você tiver em seu léxico, mais inteligente você será.
Por isso, é importante investir tempo diariamente no aprendizado de novos termos, enriquecendo nosso banco de sinônimos e antônimos.
Habituando-nos a estes comportamentos poderemos diminuir o aparecimento de vícios e aumentaremos muito a nossa inteligência e a importante capacidade de comunicação.
Referências
- Os vícios da linguagem. (13/10/2006). (n / a): Abc.color. Recuperado de www.abc.com.py
- Vícios de linguagem. (S. f.). (n / a): Carvalho. Recuperado de oak.pntic.mec.es
- Vícios da linguagem. (2018). (n / a): Retoricas.com. Recuperado de
rhetoricas.com
- Vícios de linguagem. (S. f.). (n / a): portal acadêmico CCH. Recuperado de: portalacademico.cch.unam.mx