- Para que serve?
- Quais são os benefícios da visualização?
- Por que a visualização é eficaz?
- Teoria psiconeuromuscular
- Teoria de regulação de atenção
- Teoria da Autoeficácia
- Etapas para visualizar
- Vá para um lugar tranquilo
- apenas relaxe
- Concentrado
- Assuma o controle de suas imagens
- Vista de uma perspectiva interna ou externa, dependendo do objetivo
- Modifique a velocidade das imagens de acordo com suas necessidades
- Envolva seus sentidos
- Use o ambiente
- Referências
A visualização de esportes consiste em usar sua imaginação para modificar padrões físicos e / ou emocionais presentes em diferentes situações. Embora seja uma técnica complexa, é possível aprendê-la. Neste artigo iremos expor alguns pontos que podem ajudá-lo a entender o que é e como praticá-lo.
O uso da visualização não se limita apenas ao campo esportivo. Você pode usar a visualização para trabalhar com as emoções que sente em momentos que são importantes para você, como dar uma conferência, participar de uma entrevista de emprego, enfrentar um exame, etc.
Você é atleta e quer otimizar seu desempenho nos treinos e nas partidas? Para atingir seu desempenho máximo, é muito importante que, além de treinar habilidades físicas, técnicas e táticas, você dedique tempo ao treinamento de suas habilidades psicológicas.
Definição de metas, relaxamento, prática imaginativa, habilidades de atenção ou autoavaliação e controle de ativação são algumas das habilidades psicológicas fundamentais que os atletas devem dominar.
Para que serve?
Pode ser de grande ajuda para qualquer um dos seguintes objetivos:
-Reproduzir mentalmente os movimentos correspondentes à execução técnica, manipulando a velocidade para poder dominar os pequenos detalhes que possam ser essenciais.
-Aprenda a tomar decisões táticas, já que você pode se posicionar diante de certos estímulos e tomar a decisão correta (assim estará potencializando a relação funcional entre os estímulos e a decisão).
-Preparar o desempenho em competições, expondo-se às condições que pode encontrar na competição (por exemplo, antecipando dificuldades psicológicas e testando habilidades para controlá-las).
-Reensa os comportamentos pouco antes de executá-los (por exemplo, um arremessador de dardo ensaia seus movimentos alguns minutos antes de ser sua vez de arremessá-los).
-Contribui para o processo de recuperação de uma lesão: reduz os níveis de ansiedade e ajuda o atleta a manter sua autoconfiança graças ao treinamento em diferentes situações de seu esporte.
Quais são os benefícios da visualização?
- Reduza o tempo de aprendizagem.
- Melhora a estabilidade da habilidade aprendida.
- Melhora a precisão e velocidade de execução.
- Nenhum material é necessário.
- O risco de lesões é praticamente nulo, já que você não se move.
Como sempre acontece, nem tudo são vantagens. E é que a visualização também tem algumas desvantagens:
- É uma habilidade complexa que requer treinamento para ser aplicada corretamente.
- É necessário um bom conhecimento técnico-tático das ações a serem aprimoradas.
- Por ser uma estratégia que exige muita concentração, não é aconselhável prolongá-la por mais de dois ou três minutos.
Por que a visualização é eficaz?
Existem diferentes teorias que apoiam a eficácia da visualização. O objetivo deste artigo não é fazer uma justificativa teórica da técnica, de modo que as três que mais se destacam serão brevemente explicadas de acordo com os critérios do autor do artigo.
Teoria psiconeuromuscular
Ele argumenta que, quando você visualiza, existem microcontrações dos músculos específicos envolvidos nos movimentos que você está imaginando, embora você não esteja realmente se movendo.
Diferentes profissionais da Psicologia e da Atividade Física têm sido capazes de demonstrar esse fato (entre outros: Jacobson, 1932; Eccles, 1958; Hale, 1982).
Teoria de regulação de atenção
Isso sugere que a prática mental o ajuda a concentrar sua atenção nos estímulos mais relevantes para um bom desempenho.
Teoria da Autoeficácia
Propõe que a visualização favorece uma melhora no seu desempenho graças, em parte, ao fato de que suas expectativas também aumentam.
Se você está interessado em se aprofundar nas teorias que defendem o uso da visualização, recomendamos que você dê uma olhada na Teoria da Aprendizagem Simbólica, na Teoria Bioinformativa e na Teoria do Triplo Código.
Etapas para visualizar
Vá para um lugar tranquilo
Você precisa se encontrar em um espaço longe de interrupções, onde possa relaxar o tempo que precisar. Se possível, certifique-se de que o espaço tem pouca luz, isso facilitará o seu relaxamento.
apenas relaxe
Alcançar um estado de relaxamento é vital para você praticar a visualização. Os exercícios de respiração diafragmática podem ajudá-lo a atingir esse estado de relaxamento.
Neste artigo, você pode aprender técnicas de relaxamento.
Concentrado
Você deve concentrar sua atenção nos estímulos relevantes. Algumas vezes esses estímulos estarão no próprio corpo e, em outras, você terá que focar sua atenção em referências externas às quais você deve olhar para tomar a decisão adequada.
Seja o seu objetivo aprimorar uma técnica específica do seu esporte, ou se o que você deseja melhorar é a tomada de decisões, é muito importante que você conheça as instruções técnicas / táticas. O técnico e o psicólogo esportivo podem ajudá-lo com isso.
Assuma o controle de suas imagens
A capacidade de controlar as imagens em sua tela é uma das chaves da técnica. Você deve garantir que a imagem que deseja é aquela que está em sua mente e não outra.
Vista de uma perspectiva interna ou externa, dependendo do objetivo
Ao visualizar, você pode ver as imagens como as veria em uma situação real, ou seja, de seus próprios olhos (perspectiva interna), ou você pode fazer isso como se fosse um espectador sentado na arquibancada olhando para si mesmo (perspectiva externa).
Se o que você quer é trabalhar um elemento técnico, convém visualizá-lo desde uma perspectiva interna, enquanto se o seu objetivo é revisar uma ação global será mais adequado fazê-lo desde uma perspectiva externa.
Modifique a velocidade das imagens de acordo com suas necessidades
Você deve aprender a modificar a velocidade de suas imagens de acordo com suas necessidades. Movimento lento para corrigir um determinado aspecto técnico, velocidade normal para rever a execução e movimento rápido quando a tarefa é longa.
Envolva seus sentidos
Visualizar não é apenas construir imagens visuais. Você também pode envolver o resto dos seus sentidos: audição (visualize o barulho do público ou as instruções do seu treinador), olfato (perceba o cheiro do campo), paladar (sinta o gosto do seu suor) e sinestesia (perceba as sensações). Envolver os seus sentidos dará às suas imagens mais vivacidade.
Use o ambiente
Pessoas na plateia, colegas e rivais ou ruídos são elementos presentes em sua realidade competitiva, mas nem sempre precisam aparecer em suas visualizações. Se quiser aprimorar ações técnicas, será mais fácil visualizar sem levar em conta o contexto, pois permitirá que você foque na ação.
Para trabalhar em situações emocionais ou movimentos táticos, é importante levar em consideração o contexto.
No início, pode ser difícil controlar as imagens em sua mente, a perspectiva da qual você as vê ou a velocidade com que você as vê. O trabalho rigoroso com o especialista e muita prática irão ajudá-lo a melhorar esta habilidade.
Referências
- Notas do Mestrado em Psicologia do Esporte e Atividade Física - UNED.
- Buceta, JM (1998): Psicologia do treinamento esportivo. Madrid: Dinkinson.
- Budney, AJ e Woolfolk, RL (1990). Usando a imagem errada: uma exploração dos efeitos adversos das imagens no desempenho motor. Journal of Mental Imagery, 14, 75-86.
- Carpenter, WB (1894). Princípios de fisiologia mental. Nova York: Appleton.
- Eccles, J. (1958). A fisiologia da imaginação. Scientific American, 199, 135.
- Lippman, LG e Selder, DJ (1992). Prática mental: algumas observações e especulações. Journal of Sports Psychology, 1, 17-25.
- Sánchez, X. e Lejeune, M. (1999). Prática mental e esporte: o que sabemos depois de um século de pesquisa? Journal of Sports Psychology, 8, 21-37.
- Suinn, RM (1997). Prática mental em psicologia do esporte: onde estivemos, para onde vamos? Clinical Psychology, Science and Practice, 4, (3), 189-207.