- Os problemas ambientais mais relevantes no México
- 1- Poluição do ar
- Índice Metropolitano de Qualidade do Ar
- Contingências ambientais
- Cronologia de contingências
- 2- Desmatamento
- 3- Poluição da água por derramamentos químicos
- 4- Poluição da água pela drenagem doméstica
- 5- Espécies em perigo de extinção e perda de biodiversidade
- Zonas úmidas
- 6- Invasão de espécies exóticas
- Diversidade de espécies
- A mariposa (
- 7- Superexploração pesqueira
- 8- Tráfico ilegal de espécies
- A família Psittacidae
- 9- Lixo
- 10- Desertificação
- 11- Poluição dos mares
- Sargassum
- A zona morta do Golfo do México
- 12- Transporte e trânsito terrestre
- 13- Planejamento urbano
- A casa
- 14- Sobrepesca e destruição de manguezais
- O totoaba (
- 15- Mudanças climáticas
- Evaporação
- Geleiras de alta montanha
- 16- Fraturamento hidráulico ou fracking
- 17- Superpopulação
- Referências
Os problemas ambientais no México afetam todos os ecossistemas. A biodiversidade mexicana é fortemente afetada e até mesmo algumas espécies estão em perigo de extinção.
No México, são evidentes sérios problemas ambientais, como a poluição do ar gerada por gases gerados por automóveis e fábricas.
Puebla, México
Há também uma grave contaminação das águas que foi gerada, entre outros aspectos, pelo crescimento abrupto da população e pelo contrabando de fluidos químicos, que acabam se derramando nos rios, lagos e praias do México.
Além da fauna e da flora, o homem tem sido afetado por esses problemas ambientais. A poluição do ar gerou problemas respiratórios crônicos em alguns mexicanos, especialmente aqueles que vivem nas grandes cidades.
Também foi determinado por meio de estudos que os habitantes do México têm altos níveis de chumbo e cádmio no sangue, o que resulta em um alto risco de sofrer de doenças renais, estomacais ou mesmo de câncer.
As principais causas destes problemas ambientais prendem-se com as regulamentações estaduais, cuja aplicação não é estrita em termos de prevenção de ações lesivas, ou nas correspondentes sanções, uma vez cometida uma ação lesiva do meio ambiente.
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Os problemas ambientais mais relevantes no México
1- Poluição do ar
Poluição do ar no México. Fonte: Criador: Fidel Gonzalez
Este é um dos problemas mais conhecidos no México. A Organização das Nações Unidas declarou a Cidade do México a mais poluída do mundo em 1992, apresentando problemas ambientais significativos.
Em 2013, a Comissão Ambiental da Megalópole (CAMe) foi criada para lidar com emergências recorrentes devido à poluição do ar no Vale do México.
Índice Metropolitano de Qualidade do Ar
Esta comissão utiliza o Índice Metropolitano de Qualidade do Ar (IMECA), baseado nos níveis de vários poluentes atmosféricos. Entre eles estão ozônio, partículas suspensas, dióxido de enxofre e nitrogênio e monóxido de carbono.
Contingências ambientais
As contingências ambientais ocorrem periodicamente porque o IMECA atinge a faixa considerada perigosa devido à má qualidade do ar (superior a 101). A primeira grande contingência de poluição do ar na Cidade do México ocorreu em 1987, quando um grande número de pássaros morreu.
Cronologia de contingências
As emergências ocorreram em 2002 com um IMECA de 242 pontos, em 2016 quando atingiu 203 pontos e durante 2019 foi declarada outra emergência quando foram atingidos 158 pontos IMECA.
De acordo com a Universidade Autônoma do México, os níveis de ozônio troposférico no Vale do México excedem o permitido durante metade do ano. De acordo com as regulamentações mexicanas, o ozônio troposférico não deve exceder 80 partes por bilhão.
2- Desmatamento
Segundo dados do Instituto de Geografia da Universidade Nacional Autônoma do México, este país perde cerca de 500 mil hectares de selvas e florestas anualmente. Diante dessa realidade, o México é o quinto país do mundo em taxa acelerada de desmatamento.
O desmatamento é gerado em conseqüência da utilização dos solos como cenários de cultivo, ou para a construção de indústrias ou complexos urbanos.
Dados do governo determinaram que pelo menos 17% da superfície mexicana está totalmente erodida.
Isso resultou no desaparecimento de grande parte do ecossistema terrestre do México, como as florestas tropicais e temperadas, e podem desaparecer completamente.
3- Poluição da água por derramamentos químicos
O México sofreu vários derramamentos de produtos químicos em seu território. Isso é considerado consequência de uma regulamentação estadual frouxa e do baixo comprometimento ambiental de alguns administradores de grandes indústrias mexicanas.
Em agosto de 2014, foram despejados no rio Sonora cerca de 40 mil litros de ácido sulfúrico, elemento altamente tóxico para os seres vivos e que pode causar a morte.
Nesse mesmo mês ocorreu um derramamento de óleo no rio Hondo, em Veracruz; e outra no rio San Juan, em Nuevo León. Esses dois derramamentos foram atribuídos a entradas ilegais de dutos.
A conseqüência dessa poluição atinge todos os seres vivos que habitam as águas, o gado e os seres humanos.
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4- Poluição da água pela drenagem doméstica
Um dos problemas mais preocupantes do México é seu sistema de drenagem, que geralmente direciona o lixo doméstico para rios, lagos, praias e outros ecossistemas aquáticos.
Isso levou à destruição de recifes, pântanos e manguezais. A ausência de regulamentos rígidos em relação ao tratamento de águas residuais resultou em milhares de espécies animais sendo afetadas.
Um exemplo disso é Xochimilco, um lugar localizado a sudeste da Cidade do México que possui mais de 140 espécies aquáticas essenciais para a fauna mexicana e que está sendo afetado, entre outras coisas, pela drenagem domiciliar em leitos de rios e praias.
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5- Espécies em perigo de extinção e perda de biodiversidade
Como conseqüência da poluição e do desmatamento, existe uma grande biodiversidade mexicana em perigo de extinção.
O México é considerado um dos países com maior biodiversidade do mundo, e isso depende diretamente dos ecossistemas terrestres e aquáticos do país.
Estima-se que mais de 2% da fauna mexicana, que em muitos casos não pode ser encontrada em outras partes do mundo, está em risco de extinção. Um exemplo disso é o axolotl, um anfíbio capaz de se regenerar por conta própria. Também em perigo de extinção está a vaquita marina, um cetáceo endêmico do México que geralmente é encontrado em águas rasas.
De acordo com a Comissão Nacional de Conhecimento e Uso da Biodiversidade (CONABIO), a cobertura vegetal primária foi reduzida em 50%. Além disso, segundo o Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais, existem 98 espécies já extintas no país.
Zonas úmidas
Segundo a CONABIO, a mudança climática está afetando os pântanos mexicanos. Nos estados de Sonora, Coahuila e Durango, cerca de 2.500 km de rios secaram e 92 nascentes foram esgotadas.
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6- Invasão de espécies exóticas
A introdução de espécies exóticas em uma região (espécies não nativas) é um sério problema ambiental porque essas espécies muitas vezes carecem de competidores naturais. Portanto, eles se tornam pragas que afetam a agricultura e a vida selvagem porque muitos casos competem vantajosamente com as espécies nativas.
Diversidade de espécies
Segundo a Comissão Nacional para o Conhecimento e Uso da Biodiversidade (CONABIO), a lista de espécies exóticas inclui uma grande diversidade de organismos. Eles foram introduzidos a partir de vírus, bactérias, fungos e algas, para plantas e animais de vários grupos taxonômicos.
Muitas plantas introduzidas acabam se transformando em ervas daninhas agrícolas, assim como insetos, moluscos e roedores. A lista total de espécies invasoras no México chega a 351, sendo a maioria plantas (47%) e peixes (18%).
A mariposa (
Um exemplo é a mariposa, que ao ser introduzida no México causou graves perdas econômicas no cultivo do nopal. A mariposa é um lepidóptero (borboleta) cujas larvas se alimentam dos caules do nopal, um cacto amplamente cultivado no México.
7- Superexploração pesqueira
A sobrepesca massiva no México tem resultado na recuperação inadequada de peixes e, portanto, no perigo de extinção de algumas espécies.
Existem algumas reservas marinhas, mas cobrem apenas 2% do território aquático do México. A pesca ilegal e o contrabando de espécies são fatores intimamente relacionados à sobreexploração da pesca.
Também há críticas quanto à posição do governo sobre o problema, uma vez que a regulamentação existente não é rigorosamente cumprida.
8- Tráfico ilegal de espécies
Um dos graves problemas que afetam a biodiversidade no México é o comércio ilegal de espécies silvestres. Entre as espécies de plantas mais ameaçadas por esse comércio estão cactos, orquídeas e palmeiras.
Já no caso da fauna, as espécies mais afetadas são aves como papagaios (papagaios e araras) e tucanos. São os casos do periquito-de-cabeça-amarela (Amazona oratrix), da arara-vermelha (Ara macao) e do tucano-de-peito-amarelo (Ramphastos sulfuratus).
Da mesma forma, primatas como o bugio (Alouatta palliata) e o macaco-aranha (Ateles geoffroyi) são comercializados ilegalmente. Até aranhas como a tarântula de joelho vermelho (Brachypelma smithi) e iguanas, como a iguana negra (Ctenosaura pectinata) e a verde (iguana Iguana).
A família Psittacidae
Um exemplo das terríveis consequências do tráfico ilegal de espécies é o caso dos periquitos, papagaios e araras. Das 22 espécies de papagaios do México, 11 estão ameaçadas de extinção, principalmente devido à captura para comercialização e 77% dos animais capturados morrem neste processo.
9- Lixo
Gerenciamento de lixo no México. Fonte: AlejandroLinaresGarcia No México, são produzidas mais de 50 milhões de toneladas de lixo por ano, o que implica uma cota de pouco mais de 1 kg / pessoa por dia. Somente no lixo eletrônico são geradas mais de 29 bilhões de toneladas por mês, sendo o México o segundo produtor latino-americano desse tipo de lixo.
10- Desertificação
Desertificação Fonte: Para respeitar os termos de uso e licenciamento desta imagem, o seguinte texto deve acompanhar a imagem quando publicada em qualquer meio, o não cumprimento desta norma constitui violação dos termos de licenciamento e violação de direitos autorais: © Tomas Castelazo, www.tomascastelazo.com / Wikimedia Commons
60% do território mexicano é árido ou semi-árido, e entre as principais causas estão o uso indevido de agroquímicos, o sobrepastoreio e o desmatamento para expansão de terras agrícolas. Isso, junto com a superpopulação, causa sérios problemas de degradação de seus solos.
Em alguns casos, a desertificação avança sob os efeitos da erosão eólica, como por exemplo nas regiões de Querétaro e Hidalgo. Em outros, o principal problema é a salinização de solos como em Baja California, Tamaulipas e Sinaloa.
Também a disseminação do cultivo do abacate em Michoacán está contribuindo para a desertificação, devido à sua alta demanda de água e ao desmatamento de áreas florestais para sua expansão.
11- Poluição dos mares
As costas mexicanas apresentam altos percentuais de contaminação, principalmente por resíduos sólidos descartados pelos rios e levados pelas correntes marinhas. A maior parte dos resíduos é de plástico, mas também existem problemas com a proliferação excessiva da alga Sargassum (Sargassum spp.).
Sargassum
Em 2018, estimava-se que cerca de 24 milhões de metros cúbicos de sargaço haviam chegado às costas do sudeste do México. A proliferação de algas afeta o turismo na área e causa a morte de espécies de peixes, tartarugas e outras espécies marinhas.
Por outro lado, sua decomposição nas praias gera problemas de saúde pública por conter altos teores de arsênio e outros metais pesados. A explosão populacional do sargaço e sua chegada massiva às costas se deve aos processos de eutrofização e aquecimento dos oceanos.
A zona morta do Golfo do México
Um dos principais problemas ambientais ao nível dos ecossistemas marinhos no México é a contaminação do Golfo do México. Esta área do Oceano Atlântico sofre com altos níveis de contaminação de atividades de óleo e gás e derramamentos de agroquímicos há mais de 50 anos.
A principal causa desse desastre ecológico não está no México, mas nos agroquímicos que o rio Mississippi, que atravessa os Estados Unidos, leva para o Golfo. Esses agroquímicos fornecem nitratos e fosfatos que causam a proliferação de algas que consomem oxigênio dissolvido (eutrofização).
12- Transporte e trânsito terrestre
Tráfego terrestre no México. Fonte: UpstateNYer Com mais de 11 milhões de veículos, o Vale do México é uma das áreas mais congestionadas do planeta devido ao tráfego terrestre. O relatório TomTom Traffic Index (2016) indica que na Cidade do México, 59 min / pessoa / dia são usados mais do que o necessário nas transferências.
Esses atrasos devido ao congestionamento do trânsito representam perdas de 94 bilhões de pesos / ano, quando consideradas as 32 cidades analisadas pelo estudo. Por outro lado, esta grande concentração de veículos motorizados produz grandes quantidades de emissões poluentes.
13- Planejamento urbano
O México enfrenta problemas ambientais relacionados ao planejamento urbano de suas principais cidades, especialmente a Cidade do México. Esses problemas estão associados ao crescimento não planejado e geram problemas de mobilidade, gestão de água potável e esgoto, gestão de resíduos, entre outros.
A casa
De acordo com a Secretaria Agrária, Territorial e de Desenvolvimento Urbano (SEDATU), 30% das moradias no México não respondem a uma racionalidade urbana adequada. Ao mesmo tempo, estima-se que no México haja um déficit de 9 milhões de moradias.
14- Sobrepesca e destruição de manguezais
O México ocupa a 16ª posição entre os países pesqueiros, com uma produção de 1,7 milhão de toneladas por ano. Estima-se que para cada 10 kg de pescado obtido legalmente, outros 6 kg são capturados ilegalmente.
A sobrepesca, principalmente devido a esta pesca ilegal, é um problema ambiental importante no México. Espécies como robalo, pargo e totoaba, entre outras, são particularmente afetadas.
Das espécies capturadas no país, estima-se que 70% estão no auge da exploração e 30% já estão em sobreexploração. Estima-se que se as tendências atuais de sobrepesca continuarem, o número de espécies de peixes será reduzido em 385 em 20 anos.
O totoaba (
Existem casos especiais como o da totopaba, endêmica do Golfo da Califórnia, capturada ilegalmente para atender à demanda dos mercados asiáticos. Essa demanda se deve ao fato de a bexiga desse peixe ser altamente valorizada como alimento e remédio e sua superexploração a colocou na categoria de Perigo de Extinção.
15- Mudanças climáticas
O aquecimento global é um problema que afeta todo o planeta, por isso o México não escapa de suas consequências. Ocupa a 14ª posição entre os países que mais contribuem com gases de efeito estufa e, em 2015, emitiu cerca de 683 milhões de toneladas equivalentes de dióxido de carbono.
Evaporação
O México está listado como particularmente vulnerável aos efeitos do aquecimento global devido à sua condição amplamente árida. O aumento da evaporação da água devido ao aumento das temperaturas em um território predominantemente árido representa um problema sério.
Geleiras de alta montanha
As geleiras nas altas montanhas do México estão recuando devido ao aumento das temperaturas globais. Na verdade, o gelo glacial no Monte Popocatépetl já desapareceu, enquanto em Iztaccíhuatl e Pico de Orizaba está em claro recuo.
16- Fraturamento hidráulico ou fracking
O fraturamento hidráulico é o procedimento de quebrar a rocha subterrânea por meio de ação química e hidráulica para extrair óleo das rochas de xisto. Esse processo é prejudicial ao meio ambiente porque muitos poluentes químicos são utilizados, há um impacto físico no subsolo e há consumo de uma grande quantidade de água que posteriormente é contaminada.
No México, a prática de fraturamento hidráulico em sua indústria de petróleo é recente, já se desenvolvendo em áreas como Coahuila, Nuevo León e Tamaulipas. Essas regiões enfrentam um grande déficit hídrico e a atividade de fraturamento hidráulico ameaça exacerbar ainda mais esse problema.
No país existem mais de 8 mil poços de petróleo onde a técnica de fracking é utilizada e há um forte movimento em favor da proibição dessa técnica em todo o seu território.
17- Superpopulação
Superpopulação no México (Cidade de Puebla). Fonte: Ger1010 Um dos principais problemas ambientais do México é a superpopulação, pois nele vivem 128 milhões de pessoas. Essa população está distribuída em um território de apenas 1.973.000 km², o que determina uma densidade populacional de 65 habitantes / km². Essa situação é agravada por um padrão populacional desequilibrado, onde mais de 20 milhões de pessoas vivem na capital, somente na Cidade do México.
Isso implica uma enorme pressão sobre a demanda por recursos naturais, principalmente água, além de uma produção considerável de resíduos poluentes.
Referências
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