- Tipos
- Adenomegalia aguda
- Adenomegalia crônica
- Adenomegalia de origem benigna
- Adenomegalia de origem maligna
- Sintomas
- Causas
- Infecções virais
- Resposta ao trauma
- Neoplasias malignas
- Referências
A adenomegalia é o crescimento de nódulos linfáticos em uma ou mais regiões do corpo; Esse crescimento é consequência da reação dos gânglios linfáticos (que fazem parte do sistema imunológico) a algum processo patológico benigno ou maligno.
A resposta natural do corpo a algum tipo de doença é a expansão clonal dos linfócitos T e B para responder à agressão. Como parte desse processo ocorre nos linfonodos, quando há um quadro inflamatório, infeccioso ou neoplásico, os linfonodos da região aumentam de tamanho.
Fonte: Por Meher Aziz, Prasenjit Sen Ray, Nazima Haider e Sumit Prakash Rathore. https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ ("Atribuição 3.0 não portada (CC BY 3.0)")
Do ponto de vista clínico, as adenomegalias são identificadas pela palpação dos nódulos nas cadeias linfáticas regionais. O espectro dos achados clínicos varia desde a palpação de nódulos aumentados sem quaisquer outros sintomas associados, até nódulos dolorosos, com vermelhidão da pele sobrejacente e até febre.
Dependendo da idade e das condições clínicas do paciente, tanto a causa quanto as características dos linfonodos podem variar. Por isso, a avaliação clínica e laboratorial são essenciais para se chegar a um diagnóstico preciso e, assim, estabelecer um tratamento adequado. Em alguns casos, é mesmo necessária a realização de biópsia linfonodal para o diagnóstico definitivo.
Tipos
Existem diferentes tipos de classificação para adenomegalias dependendo de suas características clínicas e do tempo de evolução; Esses sistemas não são exclusivos, pelo contrário, complementam-se, ajudando a estabelecer um diagnóstico etiológico preciso.
Assim, de acordo com o tempo de evolução, as adenomegalias são classificadas em agudas e crônicas; por outro lado, quando classificadas de acordo com sua causa, as adenomegalias podem ser de origem benigna ou maligna.
Adenomegalia aguda
A adenomegalia, ou síndrome adenomegálica, como é freqüentemente chamada na medicina, é considerada aguda quando surge repentinamente (entre algumas horas e alguns dias de evolução) e não persiste por mais de 15 dias.
Geralmente são muito frequentes em crianças, associados a febre e mal-estar geral; Nestes casos, a causa principal geralmente são as doenças virais, embora outras patologias não possam ser excluídas à partida sem um estudo detalhado do paciente.
Adenomegalia crônica
A adenomegalia é classificada como crônica quando persiste por mais de 15 dias após seu aparecimento. Nesses casos, a adenomegalia pode persistir por meses ou até anos, associada ou não a outros sintomas.
Os linfonodos crônicos são geralmente observados em pacientes adultos e estão associados a doenças granulamóticas crônicas, como tuberculose ou hanseníase; da mesma forma, são frequentes em certos tipos de câncer.
Adenomegalia de origem benigna
Também conhecidas como linfonodos reativos ou adenite, as adenomegalias de origem benigna costumam estar associadas a doenças inflamatórias, infecciosas ou traumáticas que geralmente se resolvem sem deixar sequelas para o paciente.
Geralmente são agudos (embora haja exceções) e estão associados a outros sintomas, como mal-estar, febre e, em alguns casos, erupções cutâneas.
O diagnóstico clínico é fundamental para decidir o melhor tratamento, embora na maioria dos casos vise controlar os sintomas, uma vez que este tipo de linfonodomegalia (e as doenças a ele associadas) costumam ser autolimitadas.
Adenomegalia de origem maligna
A adenomegalia é considerada de origem maligna quando o crescimento do gânglio se deve à infiltração de células tumorais malignas.
Se o câncer se originou nos gânglios linfáticos, é chamado de linfomas. Nestes casos, a origem do câncer são as células do próprio linfonodo e de lá podem migrar para outras áreas do corpo.
Por outro lado, quando as células cancerosas se originam em outro órgão e atingem o nódulo, é denominado metástase linfonodal, sendo uma indicação da disseminação do câncer primário para além do local de origem.
Geralmente, as adenomegalias de origem maligna são de evolução crônica. No entanto, em alguns casos, a detecção precoce e o estudo clínico agressivo permitem o diagnóstico de uma metástase ou tumor de nódulo primário a ser detectado antes que o nódulo tenha evoluído mais de 15 dias.
Sintomas
A adenomegalia pode ser considerada em si um sintoma de um processo patológico além do linfonodo. Nesse sentido, o crescimento dos linfonodos pode ou não estar associado a outros sintomas.
O sintoma cardinal em todos os casos é o aumento do linfonodo, mas… quando é que um linfonodo é considerado aumentado?
Pois bem, clinicamente os linfonodos não devem ser palpáveis em condições normais, portanto considera-se que quando essas estruturas são detectáveis pela palpação das cadeias linfonodais durante o exame físico, é porque seu tamanho já é maior que o normal.
Nesse sentido, a consistência dos linfonodos é muito útil para orientar o diagnóstico. Nos casos de doença granulomatosa benigna ou crônica, os gânglios são geralmente de consistência pétrea (semelhante à borracha), enquanto nos casos de doença maligna, os nódulos geralmente são de pedra.
Em muitos casos, a adenomegalia se apresenta como um achado clínico isolado não associado a outros sintomas óbvios, enquanto em outros há achados concomitantes, como dor (no gânglio), febre, vermelhidão da pele sobrejacente e em alguns casos até secreção purulenta.
Causas
As causas da adenomegalia são múltiplas e variadas, aliás, dado que os gânglios constituem uma espécie de "alcabala" que protege o corpo de qualquer invasão ou agente externo, é possível que a adenomegalia ocorra em situações tão triviais como a unha em cunha (onicocriptose)
Agora, a fim de dar uma visão mais ou menos geral das possíveis causas da adenomegalia, abaixo está uma lista das condições clínicas mais comuns em que os gânglios linfáticos estão aumentados:
Infecções virais
É um grupo de doenças caracterizado pela formação de granulomas e evolução lenta, que afetam não só os gânglios linfáticos, mas também outros órgãos.
As doenças granulomatosas podem ser de origem infecciosa, como ocorre na tuberculose, hanseníase e algumas micoses profundas, ou de origem autoimune, como é o caso da granulomatose de Wegener.
Resposta ao trauma
Isso é especialmente visível em crianças pequenas, onde os gânglios linfáticos estão aumentados em certas áreas devido a trauma crônico; Por exemplo, em crianças que jogam futebol, a adenomegalia pode ser vista na região inguinal devido a traumas constantes e pequenas lesões nos membros inferiores. Da mesma forma, em pacientes que sofrem de queimaduras extensas, é possível que se desenvolvam nódulos linfáticos.
Neoplasias malignas
A adenomegalia em si não requer nenhum tratamento, de fato, na maioria dos casos, os linfonodos regredirão (desaparecerão) espontaneamente e sem deixar sequelas.
No entanto, quando ocorrem sintomas associados, como febre ou dor, o tratamento sintomático específico pode ser indicado para aliviar esses sintomas; Da mesma forma, uma vez identificada a causa da adenomegalia, o tratamento deve ser direcionado ao tratamento dessa condição.
Nesse sentido, alguns pacientes com adenogalias não necessitarão mais do que tratamento sintomático (como no caso dos linfonodos reativos secundários a doenças virais), enquanto outros necessitarão do uso de antibióticos (infecções bacterianas) e até quimioterapia quando se tratar de adenomegalia de origem. mal.
Referências
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